sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Papa estuda possibilidade de “Motu Proprio” para esclarecer pontos do Conclave.



“O Papa está considerando a possibilidade da publicação de um Motu Proprio, nos próximos dias, obviamente antes do início da Sé Vacante, para precisar alguns pontos particulares da Constituição apostólica sobre o Conclave, pontos estes que ao longo dos últimos anos foram apresentados”. Foi o que declarou na manhã desta quarta-feira o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi, num colóquio com jornalistas.

Em seguida, o sacerdote jesuíta acrescentou não saber se o Pontífice “considerará necessário ou oportuno fazer um esclarecimento sobre a questão do tempo de início do Conclave”.


“Se e quando o documento será publicado o veremos – disse. O que me resulta é o estudo, por exemplo, de alguns pontos de detalhe para a plena harmonização com outro documento que diz respeito ao conclave, ou seja, o Ordo Rituum Conclavis”, prosseguiu Pe. Lombardi.

“Em todo caso, a questão depende da avaliação do Papa, e se houver esse documento, será publicado no modo oportuno – concluiu o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé. (RL)
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Disponível em: Fratres in Unum.com

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Pastoral da Juventude inicia celebração de 40 anos



Diante do caminho já trilhado, das opções feitas ao longo da existência da Pastoral da Juventude, do momento vivido pela Igreja do Brasil e da oportunidade de celebrar uma data tão significativa: o jubileu de 40 anos da PJ no Brasil! A Coordenação Nacional da PJ, juntamente com a sua Comissão Nacional de Assessores acredita e propõe a celebração dos 40 anos das primeiras articulações da Pastoral da Juventude no Brasil. As comemorações contarão com iniciativas, atividades e ações que desencadearão processos significativos na vida e na caminhada dos jovens organizados como PJ e tantos outros que poderão fazer parte desta bela festa de vidas, histórias e comunhão.

A celebração proposta tem como objetivo fortalecer o processo de evangelização juvenil protagonizado pelos grupos de jovens organizados em todo o Brasil por meio da celebração dos 40 anos da PJ. Deseja, ainda, celebrar nos mais diversos espaços e âmbitos os 40 anos das primeiras articulações da PJ no Brasil; retomar e potencializar os processos construídos pela PJ ao longo da história, ressignificando-os a partir do contexto atual; e fortalecer a identidade e caminhada da Pastoral da Juventude.


Caminho a ser percorrido

A proposta da Coordenação Nacional da PJ é que o caminho de celebração aconteça durante o período de março de 2013 a janeiro de 2104 e perpasse alguns processos e atividades que acontecerão no Brasil.

De forma intensa, permeará a celebração dos 40 anos da PJ o processo de estudo do subsídio “Somos Igreja Jovem: nosso jeito de ser e fazer”, lançado em janeiro de 2012, durante o Encontro Nacional da PJ, ocorrido em Maringá/PR. Este processo de estudo da publicação, visa, sobretudo, aprofundar a proposta da PJ nos mais diversos âmbitos e especificidades, envolvendo um número significativo de pessoas de forma participativa e colaborativa.

A Coordenação Nacional e Comissão Nacional de Assessores da PJ organizarão, ao longo ano, algumas atividades e ações em âmbito nacional, como por exemplo: Criação de selo comemorativo e peças de comunicação; festival de música, arte e poesia; produção de cds com as músicas mais cantadas pela juventude Pjoteira, principais hinos das atividades, novas músicas; publicações de materiais com artigos sobre a caminhada da PJ no Brasil; documentário sobre a caminhada da PJ no Brasil; e seminários e/ou encontros dos projetos nacionais. Também serão organizados roteiros de encontros e ofício divino da juventude, para colaborar na dinamização e envolvimento dos grupos de jovens em vista da celebração dos 40 anos da PJ. Existe a indicação para que sejam fomentadas ações e atividades em todos os níveis da organização (regional, diocesano, paroquial, comunitário).

É tempo de celebrar...

No ano de 2013 a juventude é pauta para grande parte da sociedade, de maneira especial para a Igreja do Brasil. Muitos serão os espaços que refletirão a temática juvenil. Momentos que possibilitarão um olhar para a realidade da juventude brasileira.

Ao longo da história da evangelização da juventude no Brasil, muitas organizações têm contribuindo de forma significativa, dentre elas e de maneira especial, podemos destacar a trajetória da Pastoral da Juventude (PJ). Com sua proposta de ação junto às juventudes engajadas especialmente nas comunidades eclesiais de base da Igreja Católica a PJ há décadas organiza jovens em pequenos grupos de base, dinamizados por suas coordenações comunitárias, paroquiais, diocesanas, regionais e nacional, sendo acompanhados por assessores adultos, dentre eles: leigos, leigas, religiosos, religiosas, padres e bispos.

Segundo o Marco Referencial das Pastorais da Juventude do Brasil, as primeiras tentativas de articulação em nível nacional se deram no período de 1973 a 1978, promovidas pela própria CNBB com o objetivo de reunir as experiências de PJ esparsas pelo Brasil. Em 1973, no Rio de Janeiro aconteceu o Primeiro Encontro Nacional da PJ. Em 1976, também no Rio de Janeiro, aconteceu o Segundo Encontro Nacional da PJ. Estes dois primeiros encontros reuniram pessoas com prática de PJ, para refletir a situação e buscar caminhos de organização.

Os grupos de base, opção fundamental de organização da PJ, acreditam em uma atuação diferenciada na Igreja e na sociedade, fundamentada em características e metodologias próprias. Dentre elas destacam-se: seguimento a Jesus Cristo, opção preferencial pela juventude empobrecida, protagonismo juvenil, clareza da necessidade de um processo eficaz de educação na fé, compromisso com a formação integral dos jovens, ação inculturada na vida da juventude, aprofundamento do diálogo ecumênico e inter-religioso, entre outras características.

Programação

Seguem abaixo, algumas atividades e processos que acontecerão durante o período da celebração e que serão espaços propícios para o envolvimento neste processo comemorativo:

1      Abertura do ano Celebrativo: Seminário Nacional nos dias 09 e 10 de março de 2013, em São Leopoldo/RS, na sede da Trilha Cidadã, com o lançamento do Selo Comemorativo dos 40 anos.

2      Campanha da Fraternidade 2013.

3      Semana da Cidadania - SdC, 14 a 21 de abril de 2013.

4      Seminário Nacional "Campanha contra a violência e o extermínio de Jovens”, de 03 a 05 de maio de 2013, em Brasília/DF.

5      Semana Missionária, nos dias 16 a 20 de julho de 2013, em todas as dioceses do Brasil.

6      Jornada Mundial da Juventude, de 23 a 28 de julho de 2013, no Rio de Janeiro/RJ.

7      Semana do/a Estudante - SdE, 05 a 11 de agosto de 2013.

8      Dia Nacional da Juventude - DNJ, 27 de outubro de 2013.

9      13º Intereclesial das CEBs, de 07 a 11 de janeiro de 2014, no Crato/CE.

10   Encerramento do Ano Celebrativo: Ampliada Nacional da Pastoral da Juventude, nos dias 19 a 26 de janeiro de 2014, em Belo Horizonte/MG.
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Fonte: Pastoral da Juventude Nacional

Ex-pastor "evangélico" explica porque a Missa é totalmente bíblica

Scott Hahn compartilhando seu testemunho na Catedral de Westminster, Londres.

Conheça o impressionante depoimento de Scott Hahn, ex-ministro presbiteriano, autor, entre muitos outros, do livro autobiográfico “O Banquete do Cordeiro”, que conta em detalhes a trajetória de sua conversão à Igreja de Jesus Cristo. O texto abaixo é um trecho desta obra, que recomendamos vivamente.

"Ali estava eu, incógnito, um ministro protestante à paisana, esgueirando-me nos fundos de uma capela em Milwaukee para participar pela primeira vez da Missa. A curiosidade me arrastara até lá e eu ainda não tinha certeza de que fosse uma curiosidade saudável. Ao estudar os escritos dos primeiros cristãos, encontrei inúmeras referências à “liturgia”, à “Eucaristia”, ao “sacrifício”. Para aqueles primeiros cristãos, separada do acontecimento que os católicos de hoje denominam “Missa”, a Bíblia – o livro que eu mais amava – era incompreensível.

Eu queria entender os cristãos primeiros, mas não tinha nenhuma experiência de liturgia. Por isso, persuadi a mim mesmo a ir ver, como uma espécie de exercício acadêmico, mas jurando o tempo todo que não ia me ajoelhar nem participar de idolatria.

Sentei-me na obscuridade, em um banco bem no fundo daquela capela no subsolo. À minha frente havia um número considerável de fiéis, homens e mulheres de todas as idades. Impressionaram-me suas reflexões e sua evidente concentração na oração. Então um sino soou e todos se levantaram quando o padre surgiu de uma porta ao lado do altar. Hesitante, permaneci sentado. Durante anos, como calvinista evangélico, fui instruído para acreditar que a Missa era o maior sacrilégio que alguém poderia cometer. Tinha aprendido que a Missa era um ritual com o propósito de “sacrificar Jesus Cristo outra vez”. Por isso, eu seria um espectador, ficaria sentado, com a Bíblia aberta ao meu lado.

Entretanto, è medida que a Missa prosseguia, alguma coisa me tocou. A Bíblia não estava só ao meu lado. Estava diante de mim – nas palavras da Missa! Um versículo era de Isaías, outro dos Salmos, outro de Paulo. A experiência era prodigiosa. Eu queria interromper tudo e gritar: “Ei! Posso explicar o que está acontecendo a partir das Escrituras? Isso é maravilhoso!” Não obstante, mantive minha posição de espectador à parte até que ouvi o sacerdote pronunciar as palavras da consagração: “Isto é o meu corpo… Este é o cálice do meu sangue”.

Eu senti todas as minhas dúvidas se esvaírem. Quando vi o sacerdote elevar aquela hóstia branca, percebi que uma prece subiu de meu coração em um sussurro: “Meu Senhor e meu Deus. Sois realmente vós!”


A partir daquele ponto, fiquei, por assim dizer, tolhido. Não imaginava uma emoção maior que a que aquelas palavras provocaram em mim. Porém a experiência intensificou-se um momento depois, quando ouvi a congregação repetir: “Cordeiro de Deus… Cordeiro de Deus… Cordeiro de Deus”, e o sacerdote responder: “Eis o Cordeiro de Deus…”, enquanto elevava a hóstia.

Em menos de um minuto a frase “Cordeiro de Deus” ressoou quatro vezes. Graças a longos anos de estudos bíblicos, percebi imediatamente onde eu estava. Estava no livro do Apocalipse, no qual Jesus é chamado Cordeiro nada menos que vinte e oito vezes em vinte e dois capítulos. Estava na festa de núpcias que João descreve no final do último livro da Bíblia. Estava diante do trono do Céu, onde Jesus é saudado para sempre como o Cordeiro. Entretanto, não estava preparado para isso – eu estava na Missa!


Voltei à Missa no dia seguinte e no outro dia e no outro. Cada vez que voltava, eu “descobria” mais passagens das Escrituras consumadas diante dos meus olhos. Contudo, naquela capela escura, nenhum livro me era tão visível quanto o da revelação de Jesus Cristo, o Apocalipse, que descreve a adoração dos anjos e santos do Céu. Como nesse livro, vi, naquela capela, sacerdotes paramentados, um altar, uma assembléia que entoava: “santo, santo, santo”. Vi a fumaça de incenso, ouvi a invocação de anjos e santos; eu mesmo entoava os aleluias, pois me sentia cada vez mais atraído a essa adoração. Continuei a me sentar no último banco com minha Bíblia e mal sabia para onde me voltar – para a ação no Apocalipse ou para a ação no altar, que pareciam cada vez mais ser exatamente a mesma.

Mergulhei com vigor renovado em meu estudo do cristianismo antigo e descobri que os primeiros bispos, os Padres da Igreja, tinham feito a mesma “descoberta” que eu fazia a cada manhã. Eles consideravam o livro do Apocalipse a chave da liturgia e a liturgia a chave do livro do Apocalipse. Alguma coisa intensa aconteceu com o estudioso e crente que eu era. O livro da Bíblia que eu achava mais desconcertante – o do Apocalipse – agora elucidava as idéias mais fundamentais de minha fé: a idéia da aliança como elo sagrado da família de Deus. Além disso, a ação que eu considerava a maior das blasfêmias – a Missa – agora se revelava o acontecimento que ratificou a aliança de Deus: “Este é o cálice do meu sangue, o sangue da nova e eterna aliança”.

Eu estava aturdido com a novidade de tudo aquilo. Durante anos tentei compreender o livro do Apocalipse como uma espécie de mensagem codificada a respeito do fim do mundo, a respeito do culto no Céu distante, a respeito de algo que, em sua maioria, os cristãos não poderiam experimentar aqui na terra. Agora, depois de duas semanas de comparecimento diário à Missa, eu me via querendo levantar durante a liturgia e dizer: “Ei, pessoal. Quero lhes mostrar onde vocês estão no livro do Apocalipse! Consultem o capítulo 4, versículo 8. Agora mesmo vocês estão no Céu”.

No Céu agora mesmo! Os Padres da Igreja mostraram que essa descoberta não era minha. Pregaram a respeito há mais de mil anos. Entretanto, eu estava convencido de que merecia o crédito pela redescoberta da relação entre a Missa e o livro do Apocalipse. Então descobri que o Concílio Vaticano II tinha me passado para trás. Reflita nestas palavras da Constituição sobre a Sagrada Liturgia:

Na liturgia terrena, antegozando, participamos da liturgia celeste, que se celebra na cidade santa de Jerusalém, para a qual, peregrinos, nos encaminhamos. Lá, Cristo está sentado à direita de Deus, ministro do santuário e do tabernáculo verdadeiro; com toda a milícia do exército celestial entoamos um hino de glória ao Senhor e, venerando a memória dos Santos, esperamos fazer parte da sociedade deles; suspiramos pelo Salvador, Nosso Senhor Jesus Cristo, até que ele, nossa vida, se manifeste, e nós apareçamos com ele na Glória.

Espere um pouco. Isso é Céu. Não, isso é a Missa. Não, é o livro do Apocalipse. Espere um pouco: isso é tudo o que está acima.

Esforcei-me bastante para ir devagar, cautelosamente, com o cuidado de evitar os perigos aos quais os convertidos são suscetíveis, pois eu estava depressa me convertendo à fé católica. Contudo, essa descoberta não era produto de uma imaginação superexcitada; era o ensinamento solene de um concílio da Igreja Católica. Com o tempo, descobri que era também a conclusão inevitável dos estudiosos protestantes mais rigorosos e honestos. Um deles, Leonard Thompson, escreveu que “até mesmo uma leitura superficial do livro do Apocalipse mostra a presença da linguagem litúrgica disposta em forma de culto… A linguagem de culto desempenha importante papel na coerência do livro”. Bastam as imagens da liturgia para tornar esse extraordinário livro compreensível. As figuras litúrgicas são essenciais para sua mensagem, escreve Thompson, e revelam “algo mais que visões de ‘coisas que estão por vir’”.

O livro do Apocalipse tratava de Alguém que estava por vir. Tratava de Jesus Cristo e sua “segunda vinda”, a forma como, em geral, os cristãos traduziram a palavra grega parousia. Depois de passar horas e horas naquela capela de Milwaukee, em 1985, aprendi que aquele Alguém era o mesmo Jesus Cristo que o sacerdote católico erguia na hóstia. Se os cristãos primitivos estavam certos, eu sabia que, naquele exato momento, o Céu tocava a terra. “Meu Senhor e meu Deus. Sois realmente vós!”.

A partir daquele ponto da Missa, fiquei, por assim dizer tolhido. Não imagino uma emoção maior do que aquelas palavras provocaram em mim. Porém a experiência intensificou-se um momento depois, quando ouvi a congregação repetir: Santo,Santo,Santo, Senhor Deus do Universo…

Meu Deus,eu que estudara o Apocalipse durante 20 anos,entendia muito bem o que estava acontecendo ali… o Céu baixava-se naquele local para celebrar com os católicos!

Mais aturdido ainda fiquei quando ouvi toda assembléia proclamar: 'Cordeiro de Deus que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós… Dai-nos a Paz!', e o sacerdote responder: 'Eis o Cordeiro de Deus; eis Aquele que tira o pecado do mundo!'

Em menos de um minuto a frase 'Cordeiro de Deus' ressoou quatro vezes. Graças aos longos anos de estudos bíblicos, percebi imediatamente onde eu estava. Estava no livro do Apocalipse, no qual Jesus é sempre chamado Cordeiro. Estava na Festa de Núpcias que João descreve no Apocalipse. Estava diante do Trono do Céu, onde Jesus é saudado para sempre como Cordeiro. Entretanto,eu não estava preparado para isso – EU ESTAVA NA SANTA MISSA DO SENHOR!

Voltei à Missa no dia seguinte, e no outro dia e no outro. Cada vez que voltava, eu descobria mais passagens das Escrituras consumadas diante de meus olhos.

Mergulhei com vigor renovado em meu estudo do cristianismo antigo e descobri que os primeiros padres e bispos da Igreja, haviam feito a mesma descoberta que eu fazia a cada manhã. Eles consideravam o livro do Apocalipse a chave da Liturgia. Alguma coisa intensa acontecia com o estudioso e crente que eu era. ALÉM DISSO, A MISSA, QUE EU ACHAVA A MAIOR DAS BLASFÊMIAS, agora se revelava no acontecimento que ratificou a Aliança com Deus: 'Este é o Cálice de meu Sangue…'

Eu estava aturdido com a novidade de tudo aquilo. Em meio a crianças chorando e correndo dentro da igreja, para cá e acolá; em meio a um coral destoado nas vozes; em meio a mulheres vestidas como se fossem para a praia, o Céu se une com os católicos para celebrarem o Banquete do Cordeiro.

Depois de duas semanas de comparecimento diário à Missa, eu me via querendo levantar durante a Liturgia e dizer: “Ei pessoal! Quero lhes mostrar onde vocês estão no livro do Apocalipse! Consultem o capítulo 4, versículo 8; agora mesmo vocês verão que estão no Céu!”.

Verdadeiramente me converti à Igreja Católica, e descobri que os padres é que descobriram toda essa riqueza, e não eu. Descobri que o Concílio Vaticano II tinha me passado para trás, quando diz: 'Na Liturgia terrena, antegozando, participamos da Liturgia Celeste, que se celebra na Cidade Santa de Jerusalém, para a qual, peregrinos, nos encaminhamos. Lá, Cristo está sentado à direita do Pai, Ministro do Santuário e do Tabernáculo verdadeiro; com toda Milícia do Exército Celestial entoamos um hino de Glória ao Senhor e, venerando a memória dos Santos, esperamos fazer parte da sociedade deles; suspiramos pelo Salvador, Nosso Senhor Jesus Cristo, até que ele, nossa vida, se manifeste, e nós apareçamos com ele na Glória'."

A paz!

Diácono Bastos

Graças a Deus!


Venha o novo Papa




1.            O Código de Direito Canónico (Cân.401) reza assim: roga-se ao Bispo diocesano, que tiver completado 75 anos de idade, que apresente a renúncia do ofício ao Sumo Pontífice. O Cardeal Ratzinger, quando foi eleito Papa, isto é, Bispo da diocese de Roma, testemunha da fé apostólica de Pedro e Paulo, em comunhão e ao serviço dos Bispos das outras dioceses da Igreja Católica, já tinha 78 anos. Quanto à idade, um Bispo diocesano merece mais cuidados do que um Papa, que tem uma responsabilidade muito mais ampla e pesada.

O alarido em torno da renúncia de Bento XVI, deve-se à estranha ideia de que ele desempenhava um cargo vitalício. A possibilidade de um Papa renunciar está prevista no Direito Canónico (Cân. 332 § 2). O próprio Bento XVI, em 2010, mostrou que poderia vir a ser confrontado com essa situação: “Quando um Papa tem clara consciência de que já não está em grau de cumprir os deveres do seu ofício, física, psicológica e espiritualmente, tem o direito, e em algumas circunstâncias, também o dever, de se demitir”.

Muitos de nós fomos testemunhas das dificuldades físicas que João Paulo II enfrentou, durante anos, ao não atender a esse critério. É certo que foi encontrada, para uso interno, uma “mística da imolação” pelo bem da Igreja, que convenceu apenas os já convencidos. Era demasiado evidente que ele já não se encontrava em condições de responder às enormes carências e responsabilidades da Igreja no século XXI. A falta de atenção aos sintomas de uma certa degradação, em determinados ambientes eclesiásticos e na Cúria Romana, assim como a persistência do sistema de abafar as vozes discordantes, acabaram por adiar uma reforma que se mostra cada vez mais urgente.


2.            Em 1999, durante o Sínodo Internacional dos Bispos, convocado por Wojtyla, para analisar a Europa, após a queda do Muro de Berlim, o então Arcebispo de Milão, Cardeal Martini, surpreendeu os outros padres sinodais, ao evocar o "sonho" de um novo Concílio que tivesse a coragem de discutir os problemas mais espinhosos: "A eclesiologia de comunhão do Vaticano II", a carência já dramática de padres, a posição da mulher na Sociedade e na Igreja, a participação dos leigos em algumas responsabilidades ministeriais, o tema da sexualidade, a disciplina católica do matrimônio, o ecumenismo e as relações com as Igrejas irmãs da Ortodoxia.

Era essa uma agenda crucial, que os Papas Wojtyla e Ratzinger nunca tiveram coragem de enfrentar, mas à medida que o tempo passa, tudo se vai complicando de forma dramática.

Bento XVI espelhou a situação, subjectiva e objectiva em que se encontra: “Depois de ter examinado repetidamente a minha consciência diante de Deus, cheguei à certeza de que as minhas forças, devido à idade avançada, já não são idóneas para exercer adequadamente o ministério petrino. Estou bem consciente de que este ministério, pela sua essência espiritual, deve ser cumprido não só com as obras e com as palavras, mas também e igualmente sofrendo e rezando. Todavia, no mundo de hoje, sujeito a rápidas mudanças e agitado por questões de grande relevância para a vida da fé, para governar a barca de São Pedro e anunciar o Evangelho, é necessário também o vigor quer do corpo quer do espírito; vigor este, que, nos últimos meses, foi diminuindo de tal modo em mim que tenho de reconhecer a minha incapacidade para administrar bem o ministério que me foi confiado.”

3.            Até à eleição do novo Papa, vão surgir muitas projecções, dentro e fora da Igreja, segundo os grupos e as tendências, acerca das possíveis figuras, desejadas ou não, para ocupar a cátedra de Pedro. Muito em breve, a lista dos papabili, ao ritmo do sobe e desce, irá circular e cada um poderá ir construindo também a sua. Bento XVI já balizou o espaço no qual os eleitores se devem mover: “procurar alguém que perceba o ritmo deste tempo de rápidas mudanças e seja capaz de identificar quais são as questões, de grande relevância para a vida da fé, no governo da barca de S. Pedro e no anúncio do Evangelho”. Para esta tarefa, a assistência do Espírito Santo está divinamente garantida, mas Ele não costuma agir sozinho, nem substituir o discernimento dos eleitores.

A graça não substitui a natureza e sendo assim, o importante é garantir um método de eleição, humanamente fiável, no interior da vida da Igreja, cujas preocupações têm de ser as de Cristo. Para governar a barca de Pedro, além de comprovada capacidade de liderança espiritual, cultural e pastoral, o Papa deve mostrar, sobretudo, um grande gosto de escutar e de consultar, não só os seus irmãos no episcopado, mas sobretudo a vida concreta das pessoas, dentro e fora das comunidades cristãs, em diálogo com todas as correntes que atravessam as sociedades. Em todo o caso, o Papa, Bispo de Roma, não deveria poder ser escolhido por tempo indeterminado, nem ultrapassar a idade de 75 anos, aquela que está marcada para todos os Bispos. A Igreja não pode ser uma monarquia absolutista e vitalícia.

Frei Bento
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Fonte: Religionline

50 anos da Campanha da Fraternidade



A Campanha da Fraternidade (CF) surgiu em Natal (RN). Os dirigentes do Serviço de Assistência Social (SAR) da Arquidiocese de Natal julgaram ser importante criar, entre os católicos, uma mentalidade de cooperação local às obras pastorais e sociais da Igreja.

O saudoso Cardeal Dom Eugênio de Araújo Sales buscou os meios para iniciar um grande projeto evangelizador. Ainda estudante em Roma, vai à Alemanha, de férias, e traz todo o material da estrutura de campanhas da Misereor, entidade do Episcopado Alemão que ajuda a toda Igreja. Os subsídios vindos da Europa foram traduzidos, adaptados à realidade brasileira e escolhido o nome: Campanha da Fraternidade.

A primeira experiência aconteceu na comunidade Timbó, da Arquidiocese de Natal. Experiência que continua dando frutos para toda a Igreja. O surgimento da CF não tinha pretensões nacionais. A primeira CF ficou circunscrita à Arquidiocese de Natal, em 1962.

A segunda CF, na Quaresma de 1963, abrangeu 25 Dioceses do Nordeste, dizendo: “Entre nós, iniciamos no ano passado essa campanha, que encontrou uma receptividade de nossas comunidades paroquiais. Ela é feita neste tempo, para significar o sacrifício da Quaresma de toda a comunidade diocesana, em favor de seus irmãos”.


Em 1964, o jornal diocesano “A Ordem”, de 15 de fevereiro, traz o seguinte título: CF realiza-se, este ano, em todo o Brasil”. Assim começa a matéria: “Iniciou-se nesta semana a Quaresma e, com a Quaresma, a Terceira CF, em Natal. Este ano, pela primeira vez, saiu como “Campanha Nacional com Dioceses de todo o País, tendo as mesmas finalidades”. Trata-se de uma oportunidade De os fiéis assumirem suas responsabilidades na manutenção das obras católicas e da evangelização. Inicialmente, há muitas idéias iluminadoras que fizeram nascer e crescer essa benemérita iniciativa, no dever de cada católico na manutenção das obras destinadas à expansão do Reino de Deus. Cito uma frase muito repetida nas origens: “Pedimos justiça, não esmola”, como o fortalecimento do espírito comunitário: “Somos fortes quando agimos como “membros” de uma comunidade viva”.

A CF é uma Campanha de apelo à participação ativa de todos os cristãos e homens de boa vontade na construção de uma sociedade mais justa, solidária e fraterna. A vivência da Quaresma tem, na CF, um valioso estímulo. Tempo de conversão, que se manifesta na fraternidade entre os irmãos e irmãs em Cristo. Os 50 anos da CF em âmbito nacional impõem uma reflexão sobre o seu alcance evangelizador. Neste ano, com o tema: “Fraternidade e Juventude” e o lema, inspirado no profeta Isaías 6,8: “Eis-me aqui, envia-me”. É um convite para nos convertermos e irmos ao encontro dos jovens e, ao mesmo tempo, é um convite aos jovens para se deixarem encontrar por Jesus Cristo. Oportunidade em que já preparamos o espírito missionário da JMJ Rio2013. Providencialmente, os 50 anos da CF em âmbito nacional serão celebrados nesta quaresma do Ano da Fé e do Ano da Juventude. Uma ocasião propícia para avaliar, celebrar o objetivo da CF nestes 50 anos de evangelização e, ao mesmo tempo, momento favorável para projetar o futuro.

Foi realizada uma vasta programação em comemoração aos 50 anos de história da CF nos dias 14 e 15 de fevereiro de 2013 em Nísia Floresta (RN) e em Natal (RN), com a participação de autoridades constituídas, artistas, missionários, jovens e fiéis de âmbito nacional, regional e local.

Que a CF seja sempre uma ocasião de mobilizar toda a Igreja e os seguimentos da sociedade na luta pela vida e pela evangelização.

Dom Francisco de Assis Dantas de Lucena 
Bispo de Guarabira (PB)

Operário da Vinha do Senhor



Vaticano, Praça de S. Pedro, 19 de abril de 2005. Fiéis do mundo inteiro estavam lá, com os olhos fixos na pequena chaminé da Capela Sixtina. Quando apareceu a fumaça branca, todos explodiram em grito de alegria, na certeza de que o novo papa havia sido eleito. Os sinos da Basílica começaram a tocar. Pouco depois, foi proclamado “Habemus Papam” (Temos Papa!) e foi anunciado o nome do sucessor de João Paulo II: Cardeal Joseph Ratzinger, que escolheu o nome de Bento XVI. O novo Papa apareceu na sacada da Basílica, com um semblante sereno e tímido, acenou para a multidão e, como que pedindo desculpas por estar ali, disse suas primeiras palavras como sucessor de Pedro: “Sou um humilde operário da vinha do Senhor!”

Nessa sua auto-apresentação estava resumido o que ele pretendia fazer como sucessor de Pedro. O novo “operário da vinha do Senhor” sabia que não tinha o jeito de João Paulo II – isto é, a popularidade e a espontaneidade do papa polonês. Mas essa é a maneira de agir do Espírito Santo: sopra onde quer e como quer, não se repetindo, e escolhendo para cada momento da Igreja um “Pedro” diferente. 
Grande teólogo e profundo conhecedor dos desafios da Igreja, Bento XVI sabe apresentar as riquezas do Evangelho de forma simples e objetiva. Sua primeira encíclica – “Deus caritas est” (Deus é amor) – comprovou isso: “Deus é amor, e quem permanece no amor permanece em Deus e Deus nele (1Jo 4,16). Essas palavras da Primeira Carta de João exprimem, com singular clareza, o centro da fé cristã... O amor de Deus por nós é questão fundamental para a vida e coloca questões decisivas sobre quem é Deus e quem somos nós” (DC, 1 e 2).

Bento XVI tem a capacidade e a coragem de apontar a todos as exigências do seguimento de Cristo. Falando, por exemplo, a jovens, disse-lhes ter consciência de que só os conquistaria para Cristo se lhes falasse a verdade: “Os santos são os verdadeiros reformadores do mundo... Só dos santos, só de Deus provém a verdadeira revolução, a mudança decisiva do mundo... Não são as ideologias que salvam o mundo, mas unicamente a volta ao Deus vivo, que é o nosso criador, a garantia de nossa liberdade, a garantia daquilo que é realmente bom e verdadeiro... E o que nos pode salvar, a não ser o amor?... Não construímos para nós um Deus pessoal, um Jesus pessoal, mas cremos e nos prostramos diante daquele Jesus que nos é mostrado pelas Sagradas Escrituras e que na grande procissão dos fiéis chamada Igreja se revela vivo, sempre conosco e, ao mesmo tempo, sempre diante de nós” (20.08.05).

O Bispo de Roma, sucessor de Pedro, tem como missão ser o sinal visível de comunhão na Igreja. Entende-se, pois, a surpresa que tomou conta da Igreja e do mundo ao ser divulgada, na manhã da última segunda-feira, dia 11 de fevereiro de 2013, sua renúncia ao ministério que exerce. As razões que apresentou para essa decisão foram claras: “Minhas forças, devido à idade avançada, já não são idôneas para exercer adequadamente o ministério petrino... Para governar a barca de São Pedro e anunciar o Evangelho, é necessário também o vigor quer do corpo quer do espírito; vigor esse que, nos últimos meses, foi diminuindo de tal modo em mim que tenho de reconhecer a minha incapacidade para administrar bem o ministério que me foi confiado”.

Imagino quanta oração, reflexão e sofrimento precederam essa decisão, tomada conscientemente e com plena liberdade. Admirador de sua pessoa e de seus textos, e conhecendo-o pessoalmente desde 1985, sofri com sua decisão, mas a compreendi. Fica para nós o seu exemplo de humildade e de realismo: sentindo que não está mais em condições de exercer a função de “operário da vinha do Senhor” que havia assumido, renunciou, para não prejudicar a missão da Igreja. Ficam para nós seus ensinamentos, revestidos de uma imensa paixão por Jesus Cristo. Ficam para a Igreja seus livros sobre Jesus de Nazaré, que apresentam o Cristo vivo do Evangelho – o Cristo a quem Bento XVI dedicou sua vida e a quem quer servir agora na oração.

Dom Murilo S.R. Krieger, scj
Arcebispo de São Salvador da Bahia e Primaz do Brasil

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Mitos Litúrgicos



Quando eu era criança, tínhamos na creche que eu frequentava a "hora do conto", onde se contavam estórias sobre lendas infantis, como: chapeuzinho vermelho, lobo mau, branca de neve, sete anões, João e Maria, três porquinhos, Cinderela, Saci-Pererê, etc.

Infelizmente, tenho visto que muitos escritos sobre Liturgia editados no Brasil e muitos cursos de Liturgia ao nosso redor tem se tornado uma "hora do conto", onde se ensina mitos que não correspondem à verdade da doutrina e da disciplina da Santa Igreja Católica Apostólica Romana.

Não me refiro, evidentemente, à má intenção de quem promove ou ministra tais cursos, pois isto não cabe a mim julgar. A avaliação que faço aqui é puramente a nível de conteúdo.

Vejo que é freqüente se ensinar mitos como: "A Presença de Jesus na Palavra é tão completa como na Eucaristia; a Eucaristia é para ser comida e não para ser adorada; a adoração eucarística fora da Missa é ultrapassada; na consagração deve-se estar em pé; a noção da Missa como Sacrifício é ultrapassada; é mais expressivo no altar a imagem de Jesus Ressuscitado do que de Jesus crucificado; quem celebra a Missa não é o Padre, e sim toda a comunidade; a Igreja pode vir a ordenar mulheres; a Missa é para os fiéis; não se assiste à Missa; qualquer pessoa pode comungar; a absolvição comunitária substitui a confissão individual; é errado comungar na boca e de joelhos; a comunhão tem que ser em duas espécies; o Ministério extraordinário da Sagrada Comunhão existe para promover a participação dos leigos; o cálice e o cibório podem ser de qualquer material; os fiéis podem rezar junto a doxologia e a oração da paz; o sacerdote usar casula é algo ultrapassado; o Concílio Vaticano II aboliu o latim; para participar bem da Missa é preciso entender a língua que o padre celebra; o canto gregoriano é algo ultrapassado; atualmente o padre tem que rezar de frente para os fiéis; o Sacrário no centro é anti-litúrgico; não se deve ter imagens dos santos nas igrejas; cada comunidade deve ter a Missa do seu jeito; pode-se fazer tudo o que o Missal não proíbe; o padre é autoridade, por isso deve-se obedecê-lo em tudo; procurar obedecer à leis é farisaísmo; o que importa é o coração; a Missa Tridentina é antiquada; para celebrar a Missa Tridentina é preciso autorização do Bispo local; ir à Missa dominical não é obrigação." 

A diferença entre tais idéias e o autêntico pensamento católico é facilmente constatada, confrontando estes mitos aos documentos oficiais da Santa Igreja editados em Roma. São idéias que, evidentemente, não surgiram ao acaso, mas são fruto direto ou influência de uma teologia litúrgica modernista e incompatível com a autêntica teologia católica. Aqui na América Latina, muitas delas foram historicamente reforçadas pela disseminação de teologias importadas e da chamada "Teologia da Libertação", esta de caráter marxista, que é incompatível com o pensamento da Santa Igreja e faz uma releitura de toda teologia (inclusive da teologia litúrgica), como está expresso em diversos documentos do Sagrado Magistério (ver a "Instrução sobre alguns aspectos da Teologia da Libertação", da Sagrada Congregação para Doutrina da Fé, de 06 de Agosto de 1984).

O objetivo deste artigo é expor abaixo cada um desses mitos litúrgicos citados e os contrapor com a palavra oficial da Santa Igreja. Todas as citações utilizadas sobre disciplina litúrgica, de documentos da Santa Igreja, se aplicam à forma do Rito Romano aprovada pelo Papa Paulo VI (que é atualmente a forma ordinária), com exceção dos mitos 30 e 31, que falam expressamente sobre a Missa Tridentina, que é a forma tradicional e (atualmente) extraordinária do Rito Romano.

Vamos aos mitos listados (32, ao todo) e suas contra-argumentações:

Educar pela Conquista e pela Fé



É forte em algumas crianças o desejo de se mostrar, aparecer, e isto às vezes é estimulado pelos pais, mas não é bom. Na criança, é inato o desejo de se destacar e se sentir melhor do que os irmãos e os amigos. É o orgulho e a presunção presentes em cada ser humano desde o pecado original.

Muitos querem ser “o bom” entre os demais. É comum ver os filhos “contarem vantagens” para os amigos, sobre o carro do pai, o passeio “fantástico” das férias, a roupa última da moda que a mãe lhe comprou, etc… Este é um defeito que os pais precisam coibir para que os filhos não cultivem o orgulho.

Ao invés disso, é dever dos pais ensinar-lhes a serem humildes, discretos, não desprezar os outros e não se acharem melhores do que os amigos.

Os adolescentes até criaram uma gíria para falar dos colegas que se comportam assim: “ele se acha!” o bom. Dá para ver que são criticados pelos demais, isto não é bom. Há pais que têm o mau hábito de exibir os filhos, como se fossem as melhores crianças do mundo. É claro que os pais têm satisfação de mostrar os seus filhos, mas isto deve ser feito com discrição. Isto acontece no lar, na rua, na casa dos outros principalmente, e até na igreja durante a celebração da Missa.

Tem mãe que parece levar a criança na Igreja mais para exibi-la do que para ensiná-la a rezar, ou porque não tem com quem a deixar em casa. Ora, deixemos de ser exibicionistas. Aquela criança passeando no meio da Igreja está tirando a atenção de quem está participando da Missa, a maior celebração da nossa fé. Além do mais, atrapalha o celebrante.

É preciso se conscientizar que os nossos filhos não são objetos de decoração, exibição e nem vitrines do nosso eu que deseja às vezes aparecer através deles. Os pais devem cultivar nos filhos as atitudes de sobriedade, discrição, respeito, acolhimento, etc; e não, como tanto se vê, atitudes de exibicionismo. Isto não faz bem à criança.
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Fonte: União de Blogs Católicos.