sábado, 2 de janeiro de 2016

Deus quer a vida que vem de um estupro?


Em um mundo perfeito, onde não existia o pecado, Deus quis que uma nova vida surgisse da intimidade sexual entre um homem e uma mulher unidos em matrimônio. Mas, precisamente porque Deus nos deu o livre arbítrio – inclusive a possibilidade de pecar -, pode acontecer que uma gravidez seja resultado de um pecado.

O estupro é um pecado gravíssimo, mas esta ação malvada de um dos pais não afeta o valor da vida de uma pessoa inocente. Cada vida, apesar das circunstâncias em que foi concebida, é querida por Deus.

O estupro é sempre um ato intrinsecamente mau, porque se exerce uma violência contra outro ser humano.

O Senhor quis que a intimidade sexual acontecesse somente no contexto do matrimônio entre um homem e uma mulher. No Gênesis, podemos ver como Adão exclama: “Esta sim que é osso dos meus ossos e carne da minha carne!”. A Escritura continua dizendo: “Por isso, o homem deixa seu pai e sua mãe e se une à sua mulher, e os dois formam uma só carne” (Gn 2, 23-24).

A intimidade da união sexual se dá entre os esposos e Deus quis que esta fosse livre, confiante e frutífera. A Igreja sustenta que tal união não é somente física, mas também espiritual: “No matrimônio, a intimidade corporal dos esposos torna-se sinal e penhor de comunhão espiritual” (CIC 2360).

Está claro que um estupro é um ato violento e um pecado gravíssimo que atenta diretamente contra o que deveria ser a intimidade sexual. O Catecismo afirma: “A violação designa a entrada na intimidade sexual duma pessoa à força, com violência. É um atentado contra a justiça e a caridade. A violação ofende profundamente o direito de cada um ao respeito, à liberdade e à integridade física e moral” (CIC 2356).

O Senhor nunca quis que o ato sexual fosse realizado de maneira tão violenta. O estupro é sempre um pecado gravíssimo.

Em todos os casos, a vida humana é sempre sagrada, a partir do momento da concepção, seja qual for a maneira pela qual o filho foi concebido. 

sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

Chegou o aplicativo oficial do Jubileu da Misericórdia


Agora, você poderá assistir e viver, de qualquer cidade do mundo, o Jubileu especial da Misericórdia com o Papa Francisco. Graças ao aplicativo oficial do Jubileu 2015-16, com o logotipo oficial: SPES NOSTRA ONLUS.

O APP permitirá que todos os fiéis participem virtualmente deste grande acontecimento cristão do Ano Santo, com links em live-straeaming que estarão disponíveis a partir de 8 de dezembro de 2015 até a conclusão no dia 16 de novembro de 2016. Não somente os eventos "ao vivo" mas qualquer informação oficial, incluindo o programa e os principais compromissos do Jubileu estarão disponíveis em 5 línguas.

Através do APP da Misericórdia, disponível para download em todas as plataformas on-line, você poderá fazer um tour virtual nas quatro basílicas papais: São Pedro, São João de Latrão, São Paulo fora dos Muros e Santa Maria Maior e nas três igrejas da Misericórdia: Espírito Santo em Sassia, Santa Maria in Traspontina e Santuário do Divino Amor. Imagens inéditas e exclusivas feitas com a mais moderna tecnologia, incluindo o impressionante trabalho realizado com drones, que permitiu capturar todos os detalhes internos e externos. Tudo isso e muito mais estará disponível nos celulares de todos os fiéis do mundo.

A apresentação do Jubileu virtual foi realizada por meio de um vídeo do arcebispo Rino Fisichella, presidente do Pontifício Conselho para a Nova Evangelização, que ilustra a importância e o significado deste evento extraordinário da Misericórdia, convidando todos a rezar com o Papa Francisco.

Uma seção específica é dedicada à oração: Oração da Misericórdia, Orações da manhã, Orações vespertinas entre outras. Outra seção é dedicada a interatividade entre os fiéis, que poderão fazer upload de vídeos e fotos da própria igreja jubilar local ou de sua paróquia. Os vídeos e fotos serão postados no Facebook, Twitter e Instagram conectados ao APP. 

Pedagogia Litúrgica para o mês de Janeiro de 2016: "Vimos a sua luz e caminhos nos seus caminhos!"


A pedagogia litúrgica, no decorrer do mês de janeiro, divide-se em dois momentos. No primeiro, a conclusão do Tempo Natalino, que acontece com a celebração da festa do Batismo de Jesus. No segundo, inicia-se a primeira parte do Tempo Comum que, neste Ano Litúrgico, constará de apenas cinco Domingos.

Tempo Natalino

Dentro do contexto Natalino, a primeira celebração de janeiro acontece no início do ano civil de 2016, com a celebração de Maria, Mãe de Deus. Uma celebração que professa a fé da Igreja na maternidade divina de Maria. Celebra também, em Maria, a contribuição da humanidade em favor da encarnação. Na prática, trata-se de uma celebração natalina que manifesta a misericórdia divina, agindo em favor da humanidade e, por isso e para isso, o caminho da encarnação. Maria torna-se assim modelo da humanidade acolhedora do Verbo feito carne.

Ainda no contexto do Tempo Natalino, a Liturgia ajuda os celebrantes a ir ao encontro do Senhor a exemplo dos Reis Magos, na Epifania; a manifestação de Deus em Jesus Cristo. Como os Reis Magos, a Igreja se coloca a caminho para buscar o Rei que acaba de nascer. Com esta finalidade de peregrinação, neste ano, estamos propondo refletir a Epifania a partir da Teologia Paulina, presente na 2ª leitura, para compreender e para participar do Mistério divino, manifestado na pessoa do Menino Jesus, como a luz que veio ao mundo para iluminar a vida humana e social.

Por fim, a terceira celebração do Tempo Natalino, e aquela que conclui o Tempo Natalino, o Batismo do Senhor. Nesta celebração João Batista anuncia a promessa de Jesus batizará que se fizer discípulo e discípula dele no Espírito Santo. Não mais viver guiado pelo espírito do mundo, mas pelo Espírito Santo de Deus. É neste sentido que Jesus se torna a referência existencial de cada celebrante e de toda a sociedade. Em Jesus, no Evangelho que ele prega e propõe, existe um modelo de vida a ser vivenciado e uma estrada que conduz à realização pessoal, iniciada no Batismo. Pelo Batismo, além do mais, cada cristão se compromete a favor do projeto divino; para que o projeto divino aconteça nele e na sociedade.

Tempo Comum

Como dito, uma vez concluído o Tempo Natalino, que conduz os celebrantes a se comprometerem com o projeto divino, o Tempo Comum tem a finalidade de aprofundar cada celebrante no caminho do discipulado. Um caminho feito passo a passo, em cada momento da vida e em todos os momentos existenciais. Isto tem início com um conselho e uma orientação da Mãe de Jesus “Fazei tudo o que ele vos disser” (2DTC-C).

O símbolo do casamento, presente no 2º Domingo do Tempo Comum, é um dos símbolos mais expressivos da Bíblia para indicar o relacionamento amoroso de Deus com a humanidade. Deus tanto ama a humanidade que a desposa, que a toma como esposa para derramar nela todo seu amor. Por isso, como membros da humanidade amada por Deus, somos convidados a celebrar e saborear o vinho novo oferecido por Jesus, com sabor de vida plena e de muita alegria interior. Isto acontece com que se coloca no caminho do discipulado e faz do Evangelho a luz da sua vida.

O início das atividades de Jesus como evangelizador e como Mestre de vida, acontece com uma mensagem programática, da parte de Jesus: "Para proclamar um ano da graça do Senhor" (3DTC-C). Uma frase programática que nos remete diretamente ao Ano Jubilar que estamos vivendo agora, com o Ano Santo da Misericórdia. Por isso, considerando este Ano Santo da Misericórdia que estamos vivendo e celebrando, sugerimos para o 3º Domingo do Tempo Comum – C um contexto próprio de reflexão sobre o sentido e a finalidade de um tempo especial dedicado à Misericórdia, enfatizando a libertação e o perdão em vista da vida digna; da vida vivida na liberdade de Deus.

Este projeto divino, na vida pessoal, que tem início no Batismo, passa pela recomendação da Mãe para fazer o que Jesus pede, ingressando assim no discipulado passa, no 4º Domingo do Tempo Comum – C, pela experiência do chamado vocacional. Inicialmente, o chamado a ser profeta, testemunhando a caridade. A vocação do profeta Jeremias e a narrativa do episódio de Jesus, na conclusão do Evangelho deste Domingo, destacam o destino dos profetas, mas destacam também o poder divino, capaz de transformar tudo, até mesmo o deserto, em caminho de Salvação.  

Santa Maria, Mãe de Deus e nossa!


No oitavo dia de Natal, a Igreja celebra a Solenidade de Maria, Mãe de Deus. É o dia 1º de janeiro, abertura de um ano civil e celebra-se também o DIA MUNDIAL DA PAZ.

A piedade cristã plasmou de mil formas diferentes a festa da Mãe de Deus que celebramos hoje! Um exemplo disso é que inúmeras são as imagens de Maria com o Menino nos braços. A Maternidade de Maria é o fato central que ilumina toda a vida da Virgem e é o fundamento dos outros privilégios com que Deus quis adorná-la.

Maria é a Senhora, cheia de graça e de virtudes, concebida sem pecado, que é Mãe de Deus e Mãe nossa, e está nos céus em corpo e alma. A Bíblia fala-nos dela como a mais excelsa de todas as criaturas, a bendita, a mais louvada entre as mulheres, a cheia de graça (Lc 1,28), Aquela que todas as gerações chamarão bem-aventurada (Lc 1,48).

A Igreja ensina-nos que Maria ocupa, depois de Cristo, o lugar mais alto e o mais próximo de nós, em função da sua maternidade divina. Diz o Concilio Vaticano II, na Lumen Gentium, 63: “Ela, pela graça de Deus, depois do seu Filho, foi exaltada sobre todos os anjos e todos os homens.”

Ensina S. Paulo: “Quando chegou a plenitude dos tempos, Deus enviou o seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei…” (Gl 4,4). Jesus não apareceu de repente na terra vindo do céu, mas fez-se realmente homem, como nós, tomando a nossa natureza humana nas entranhas puríssimas da Virgem Maria. Enquanto Deus, é eternamente gerado, não feito, por Deus Pai. Enquanto homem, nasceu, “foi feito”, de Santa Maria. “Muito me admira –diz por isso São Cirilo- que haja alguém que tenha alguma dúvida de que a Santíssima Virgem deve ser chamada Mãe de Deus. Se Nosso Senhor Jesus Cristo é Deus, por que a Santíssima Virgem, que o deu à luz, não há de ser chamada Mãe de Deus? Esta é a fé que os discípulos do Senhor nos transmitiram, ainda que não tenham empregado essa expressão. Assim nos ensinaram os Santos Padres”.

“Quando a Virgem respondeu livremente Sim àqueles desígnios que o Criador lhe revelava, o Verbo divino assumiu a natureza humana: a alma racional e o corpo formado no seio puríssimo de Maria. A natureza divina e a natureza humana uniam-se numa única Pessoa: Jesus Cristo, verdadeiro Deus e, desde então, verdadeiro Homem; Unigênito eterno do Pai e, a partir daquele momento, como Homem, filho verdadeiro de Maria. Por isso Nossa Senhora é Mãe do Verbo encarnado, da segunda pessoa da Santíssima Trindade que uniu a si para sempre –sem confusão- a natureza humana. Podemos dizer bem alto à Virgem Santa, como o melhor dos louvores, estas palavras que expressam a sua mais alta dignidade: Mãe de Deus” (São Josemaría Escrivá, Amigos de Deus, n. 274). 

Ano novo


Estamos entrando em mais um “Ano Novo”. Marcamos o tempo transcorrido de nossa era cristã com o número 2016. Desde o evento histórico do nascimento de Jesus, passaram-se 2016 anos.

Passaram-se também vários anos de nossa vida. A espécie humana está presente sobre o planeta Terra há milhões de anos. Nosso próprio planeta possui milhardes de anos. Vemos, pois, que o tempo de nossa existência transcorre, porém ele é insignificante diante da idade da Terra. A imensidade se torna para nós inimaginável, e o efêmero, nossa possibilidade. 

O ser humano foi aprendendo a marcar o transcorrer do tempo, observando a efemeridade, o ritmo do nascer e do pôr do sol, a mudança das estações, o subir e o descer das marés, as fases da lua. 

Uma questão se impôs ao longo dos séculos: o que é o tempo? Santo Agostinho, refletindo sobre essa questão, observou: “Se estou só comigo mesmo, eu sei o que é o tempo, mas se me perguntam, não o sei”. Alguns antigos afirmavam que o tempo era um círculo eterno. Para os egípcios, ele era como uma serpente que morde a cauda; muda de pele e rejuvenesce cada vez, porém seu corpo envelhece. Ensinavam que o ser humano se encontra dentro deste ritmo, e que o tempo o vai consumindo. Para os hindus, o tempo é como uma linda mulher que tudo gera e produz, que tudo envolve e resgata para si. 

Iniciamos um novo ano! Novo significa inusitado, desconhecido, não experimentado; algo a respeito do qual não se pode oferecer resposta segundo esquemas preordenados.  Por isso, a partir da compreensão da fé, nos abrimos à possibilidade nova de um tempo que irrompe diante de nós com sentimentos de prosperidade, com votos de felicidade, confiantes de que o Senhor haverá de nos sustentar e inspirar, acompanhar e conservar. 

Temos consciência de sermos únicos. Por isso nos empenhamos em tornar cada instante que o tempo nos concede em algo precioso, com sabor de eternidade.  

São Fulgêncio


Fulgêncio nasceu em Cartago, na África, no ano 465. Nasceu numa rica família cristã. Seu pai era um senador romano e a mãe era de uma família local influente. Teve uma formação intelectual excelente, com caráter firme, espírito de liderança e habilidade para os negócios. Interessava-se pela religião, pelas artes e literatura. Freqüentava um mosteiro perto de sua casa, onde conheceu os livros de santo Agostinho e decidiu-se pela vida de sobriedade e solidão. 

Tentou morar entre os monges do deserto no Egito, mas acabou desistindo. Foi na sua própria cidade onde se tornou padre. Em segredo, por causa das perseguições, tornou-se bispo da diocese de Ruspe. Mas o notícia de novos bispos chegou aos ouvidos do rei e este exilou sessenta homens na ilha de Sardenha, entre eles o jovem Fulgêncio.

No exílio Fulgêncio tornou-se um líder e sua influência fez com que o rei o recebesse de volta na pátria. Fulgêncio pôs-se na luta contra os hereges arianos, escrevendo muitas obras e mantendo vasta correspondência com amigos e discípulos.

Morreu no dia primeiro de janeiro de 533, aos sessenta e oito anos, pregando a caridade como "o caminho que conduz ao céu".


ORAÇÃO:

São Fulgêncio, rogai por nós para que aceitemos com alegria e obediência tudo o que estiver em conformidade aos planos do Pai, para que possamos sentir a paz e a força do Alto, que sempre nos é concedida. Por Cristo Nosso Senhor. Amém.
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A12

Theotokos: Mãe de Deus


Maria é Mãe de Deus porque Jesus é Deus! Todas aquelas passagens da Sagrada Escritura que dizem que Jesus é o Filho de Deus e que ele nasceu de Maria são argumentos a favor desta verdade de fé. Ora, se Jesus é Deus e Maria é Mãe de Jesus, a conclusão necessária é que Maria é Mãe de Deus. A passagem do Evangelho de hoje nos transmite que Jesus foi “concebido no seio materno” de Maria (Lc 2,21).

No século II, os Padres da Igreja estavam de acordo que Jesus nasceu de Santa Maria Virgem e foi gerado verdadeiramente dela, ex Maria Virgine. Essa verdade também estava presente na piedade dos fiéis, que desde o século III rezavam aquela oração: “À vossa proteção recorremos, Santa Mãe de Deus, não desprezeis as súplicas que vos dirigimos em nossas necessidades, mas livrai-nos sempre de todos os perigos, ó Virgem gloriosa e bendita”. Parece que foi no Egito que surgiu a expressão Theotokos (Dei Genitrix = geradora de Deus, Mãe de Deus) para falar da maternidade divina.

No entanto, no século V, o Patriarca de Constantinopla, Nestório, opôs-se decididamente a essa verdade de fé. Ele dizia que em Cristo há duas pessoas, a humana e a divina, que se uniam através duma espécie de “pessoa de união”. Como a pessoa divina de Jesus tem como referência o próprio Pai eterno, consequentemente Maria só poderia ser Mãe da pessoa humana de Jesus. Na falsa opinião de Nestório, Maria é Mãe de Cristo (da sua pessoa humana) e não Mãe de Deus. Essa afirmação escandalizou os cristãos da época: a doutrina de Nestório vai contra a fé que nos foi transmitida pelos Apóstolos de Jesus Cristo.

São Cirilo de Alexandria, chamado “o teólogo da encarnação”, em consonância com o Papa Celestino I, defendeu com inteligência e fervor que foi o Verbo, a segunda Pessoa da Santíssima Trindade, quem se fez carne e que Maria é, portanto, a Mãe de Deus. O Concilio de Éfeso (ano 431) ratificou essa doutrina e esclareceu que Maria é Mãe de Deus não porque “a natureza do Verbo ou a sua divindade tivesse tido origem da Santa Virgem, mas porque dela nasceu o santo corpo dotado de alma racional, à qual o Verbo uniu-se substancialmente, e assim se diz que nasceu segundo a carne” (DZ 251). Resumindo: em Cristo há uma só Pessoa, a divina, e duas naturezas, a humana e a divina; é a Pessoa divina quem se encarna assumindo assim a natureza humana. Por outro lado, não conheço nenhuma mulher que seja mãe da natureza humana em geral, mas de Antônio, Joaquim, Maria, etc., de pessoas concretas; as mães não são mães de naturezas abstratas, mas de indivíduos. Santa Maria também, ela é Mãe de uma Pessoa, do Verbo do Pai; logicamente, não porque ela tenha gerado a Pessoa divina na eternidade, mas porque ela a gerou segundo a humanidade quando chegou a plenitude dos tempos (cf. Gl 4,4), ou seja, dela nasceu o Verbo feito carne, Jesus Cristo: ela é Mãe de Deus enquanto que o Verbo fez-se carne nela. 

Santa Maria Mãe de Deus


Oitavas de Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo. Que graça para nós começarmos o primeiro dia do ano contemplando este mistério da encarnação que fez da Virgem Maria a Mãe de Deus!

Este título traz em si um dogma que dependeu de dois Concílios, em 325 o Concílio de Nicéia, e em 381 o de Constantinopla. Estes dois concílios trataram de responder a respeito desse mistério da consubstancialidade de Deus uno e trino, Jesus Cristo verdadeiro Deus e verdadeiro homem.

No mesmo século, século IV, já ensinava o bispo Santo Atanásio: “A natureza que Jesus Cristo recebeu de Maria era uma natureza humana. Segundo a divina escritura, o corpo do Senhor era um corpo verdadeiro, porque era um corpo idêntico ao nosso”. Maria é, portanto, nossa irmã, pois todos somos descendentes de Adão. Fazendo a relação deste mistério da encarnação, no qual o Verbo assumiu a condição da nossa humanidade com a realidade de que nada mudou na Trindade Santa, mesmo tendo o Verbo tomado um corpo no seio de Maria, a Trindade continua sendo a mesma; sem aumento, sem diminuição; é sempre perfeita. Nela, reconhecemos uma só divindade. Assim, a Igreja proclama um único Deus no Pai e no Verbo, por isso, a Santíssima Virgem é a Mãe de Deus. 

No terceiro Concílio Ecumênico em 431, foi declarado Santa Maria a Mãe de Deus. Muitos não compreendiam, até pessoas de igreja como Nestório, patriarca de Constantinopla, ensinava de maneira errada que no mistério de Cristo existiam duas pessoas: uma divina e uma humana; mas não é isso que testemunha a Sagrada Escritura. porque Jesus Cristo é verdadeiro Deus em duas naturezas e não duas pessoas, uma natureza humana e outra divina; e a Santíssima Virgem é Mãe de Deus.

Santa Maria Mãe de Deus, rogai por nós!


Ó Deus, que pela virgindade fecunda de Maria destes à humanidade a salvação eterna, dai-nos contar sempre com a sua intercessão, pois ela nos trouxe o autor da vida. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.