IV. Rito da
comunhão
A.
Pai-Nosso: oração conjunta entre sacerdotes e fiéis.
Como prática de piedade, se você costuma elevar suas mãos ou segurar nas mãos
de outras pessoas para rezar o Pai-Nosso, sugere-se que não se force outras
pessoas a seguirem sua prática pessoal, pois algumas podem se distrair com isso
e não prestar atenção à oração em si.
B.
Embolismo: é uma oração exclusiva do sacerdote, que desenvolve
a última petição do Pai-Nosso para toda a comunidade dos fiéis: a libertação do
poder do mal. O povo conclui com a doxologia: “Vosso é o Reino, o poder e a
glória…”.
C. Saudação
da paz: este é um momento de muitos abusos e motivo de desordem; é preciso
manter o clima de recolhimento e silêncio. O fiel saúda somente quem está ao
seu lado, pois é só uma saudação de paz. Neste momento, é necessário evitar
algumas ações, tais como:
1. A
introdução de um “canto da paz”, inexistente no rito romano.
2.
Deslocamento dos fiéis para dar a saudação da paz.
3. Que o
padre saia do altar para dar a paz aos fiéis.
4. Que a
saudação da paz seja ocasião para felicitar ou expressar condolências entre os
presentes (cf. carta circular da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina
dos Sacramentos sobre o rito da paz, n. 6).
Se você
precisa se reconciliar com alguém (ainda que esteja ausente), faça isso durante
a missa, cumprindo o que o
Senhor diz: “Se estás, portanto, para fazer a tua oferta diante do altar e te
lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa lá a tua oferta
diante do altar e vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; só então vem fazer
a tua oferta” (Mt 5, 23-24). Portanto, o rito da saudação de paz não é um
momento de esticar exageradamente o braço, saudar à distância, dar voltas
inteiras ou fazer deslocamentos.
D. Cordeiro
de Deus e fração do pão: o sacerdote toma o pão consagrado, parte-o sobre a
patena e deixar cair uma parte dele no cálice, dizendo uma oração em particular para significar a
unidade do Corpo e Sangue do Senhor, ou seja, do Corpo de Cristo Jesus vivente
e glorioso na obra da redenção.
E. Rito de
procissão de comunhão e canto de comunhão: o canto de comunhão, ao qual todos
os fiéis se unem em pé, comungando ou não, dura até que o último fiel comungue.
O ideal é
comungar na boca, se possível de joelhos.
A comunhão
na mão é uma opção, mas a forma geral e ideal da Igreja é a recepção da
comunhão na boca e de joelhos como ato de absoluto respeito ao Santíssimo
Sacramento.
Ainda que a
Igreja o permita, não é aconselhável fazer uso desnecessário e sem razão desta
prática. Você estará recebendo o próprio Deus, e cada particular que fica em
suas mãos ou cai é uma profanação ao Santíssimo.
É desejável
que os fiéis recebam o Corpo do Senhor das hóstias consagradas nessa mesma missa e, nos casos previstos, participem do
cálice. Cheios de alegria, nós nos aproximamos para receber Jesus, pão da vida.
Antes de
comungar, fazemos um ato de humildade e de fé. O sacerdote faz uma genuflexão,
toma o pão consagrado e, elevando-o sobre a patena, mostra-o ao povo, dizendo:
“Este é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Felizes os convidados
para a ceia do Senhor”. Os fiéis respondem: “Senhor, eu não sou digno…”, usando
as palavras do centurião de Cafarnaum quando se reconheceu indigno de receber
Jesus em sua casa.
Chamamos
Jesus de “Cordeiro” à semelhança dos cordeiros que eram sacrificados no templo,
mas com uma grande diferença: os cordeiros do templo não tiravam o pecado do
mundo, enquanto o “Cordeiro de Deus” o faz.
A comunhão é
um dom que o Senhor oferece aos fiéis por meio de um ministro autorizado. Imita-se
um gesto do Senhor: “Ele o deu, dizendo: tomai…”. Por este motivo, a Igreja não
admite que os fiéis tomem por si mesmos o pão consagrado e o cálice sagrado,
nem que o passem um ao outro.
F. Tempo
amplo de silêncio: depois que o último fiel comunga e o sacerdote guarda a
reserva de hóstias no sacrário, os fiéis se sentam ou se ajoelham e oram em
particular.
G. Oração após a comunhão: todos os fiéis ficam
em pé e suplicam os frutos do mistério celebrado, para terminar a súplica do
povo de Deus e também para concluir todo o rito de comunhão.
H. Momento
para eventuais avisos paroquiais