sábado, 1 de dezembro de 2012

Seminário da Semana Social Brasileira em São Luís



O Dezembro de Paz em São Luís terá em pauta o seminário da 5ª Semana Social Brasileira. A finalidade  é olhar a realidade e discutir propostas que contemplem a participação da sociedade na gestão pública, com ideias elaboradas pelos participantes. Dentro do foco da programação nacional, a CJP, juntamente com as Pastorais Sociais, quer trabalhar “a cidade que temos e a cidade que queremos”, com a participação efetiva desses segmentos. Ao final, um documento com as propostas será entregue ao prefeito eleito de São Luís e o compromisso dos participantes de  exercerem o controle social da nova administração municipal.

Com a 5ª SSB, trata-se de colocar em pauta o Estado Brasileiro. Histórica e estruturalmente, é um Estado que carrega uma série de nós, de entraves e de vícios difíceis de explicar e mais ainda de substituir por instituições sadias e saudáveis. Expressões como oligarquias e coronelismo, curral eleitoral e bancada ruralista, patrimonialismo e apadrinhamento, corrupção com enriquecimento ilícito e compra e venda de apoio político, tráfico de influência e balcão de negócios, demagogia, populismo, centralismo e personalismo, para não falar de outros “ismos”.  Tudo isso desenha um panorama nada idôneo do que tem sido, e segue sendo, a prática política no país em não poucas instâncias do cenário político. O tecido sociopolítico brasileiro, salvo raras e boas exceções, está carcomido por vírus difíceis de extirpar. Em maior ou menor grau, voltam à tona por ocasião dos pleitos e das disputas eleitorais, com ataques e acusações de parte a parte. Hoje nenhum partido escapa a semelhante clima.




Com freqüência preocupante, a rex publica escancara as portas para o oportunismo de toda sorte. O Estado é visto como uma gigantesca “vaca leiteira”, com leite abundante para quem conhece os meandros e corredores dos órgãos federais, estaduais ou municipais. Mais do que a inteligência e responsabilidade na gestão da coisa pública, acaba prevalecendo a “esperteza” de quem sabe se aproveitar do cargo, da “boquinha”, da ocasião propícia para fazer seu “pé de meia”. O político na acepção mais popular do termo prima não pela ética, e sim pela maneira como “soube aproveitar a chance”. Daí os políticos de carreira que só têm olhos e ouvidos para os próprios negócios. Daí também a idéia difundida pelas ruas de que há a Política(com “P” maiúsculo) e a política (com “p” minúsculo). Mesclam-se e se confundem empreendimentos públicos e privados, uns dando suporte aos outros, numa espiral dialética e dinâmica que só faz crescer o patrimônio das grandes famílias, ao lado do abandono de populações inteiras. Cargo político e enriquecimento tornam-se simultaneamente causa e efeito de um processo promíscuo em sua história, em sua estrutura e em suas bases.

Cada Diocese está organizando seu seminário. Em maio haverá o Seminário estadual em Santa Inês e em setembro acontecerá a Semana Social em Brasília.
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Fonte: http://cjpazsaoluis.wordpress.com/2012/11/27/seminario-da-semana-social-brasileira-em-sao-luis/

Sugestão para acender a Coroa do Advento



Um dos símbolos do Advento é a Coroa do Advento.  Essa Coroa (ou guirlanda do advento) é um objeto muitas vezes de forma circular coberta de ramos verdes (ou o chamado festão) na que se põe quatro velas (três roxas e uma rosa ou uma roxa uma verde, uma vermelha e uma branca).

É exposta nas igrejas nas quatro semanas que precedem o santo natal de Jesus. Geralmente é posta próximo ao presépio ou do ambão. Enfim, num lugar de destaque na Igreja.

 A coroa de advento é feita com ramos verdes, geralmente envolvida por uma fita vermelha e nela quatro velas são afixadas. Ela simboliza a preparação das pessoas para receber o Natal.

O círculo da coroa simboliza a Nova Aliança de Deus com a humanidade. Ao círculo da coroa pode ser relacionada também a coroa de espinhos colocada na cabeça de Jesus quando o mesmo foi crucificado. Os ramos verdes da coroa do advento significam a esperança. Essa mesma esperança que leva a perseverança, uma entrega total da vida a Deus.

A fita vermelha está ligada à cor do fogo e do sangue. Simboliza a cor da vida, do amor e ao mesmo tempo do derramamento do sangue: o sacrifício de Jesus.


As quatro velas: uma vela para cada domingo que antecede ao dia 25 de dezembro. As velas da coroa são acesas (a cada domingo mais uma), para iluminar a vigília do advento, a preparação para vinda da luz ao mundo. Simboliza que Jesus Cristo é a luz do mundo.

Elas indicam as quatro semanas do Tempo do Advento, as quatro fases da História da Salvação preparando a vinda do Salvador, os quatro pontos cardeais, a Cruz de Cristo, o Sol da salvação, que ilumina o mundo envolto em trevas.

O ato de acender gradativamente as velas significa a progressiva aproximação do Nascimento de Jesus, a progressiva vitória da luz sobre as trevas.

Originariamente, a velas eram três de cor roxa e uma de cor rosa, as cores dos domingos do Advento. Para nosso caso, vamos adotar as cores originais da Coroa.

O roxo, para indicar a penitência, a conversão a Deus e a cor róseo como sinal de alegria pelo próximo nascimento de Jesus. Esta é  usada no 3º domingo do Advento -  Domingo “Gaudete” (Alegrai-vos), pois a Antífona da Celebração Eucarística começa com essa palavra de esperança.

Existem diferentes tradições sobre os significados das velas. Uma bastante difundida:

  • a primeira vela é do profeta;
  • a segunda vela é de Belém;
  • a terceira vela é dos pastores;
  • a quarta vela é dos anjos.

Outra tradição vê nas quatro velas as grandes fases da História da Salvação até a chegada de Cristo. Assim:

  • a primeira é a vela do perdão concedido a Adão e Eva, que de mortais se tornarão seres viventes em Deus;
  • a segunda é a vela da fé dos patriarcas que crêem na promessa da Terra Prometida;
  • a terceira é a vela da alegria de Davi pela sua descendência;
  • a quarta é a vela do ensinamento dos profetas que anunciam a justiça e a paz.

Nesta perspectiva podemos ver nas quatro velas as vindas ou visitas de Deus na história, preparando sua visita ou vinda definitiva no seu Filho Encarnado, nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo:

  • o tempo da criação: de Adão e Eva até Noé;
  • o tempo dos patriarcas;
  • o tempo dos reis;
  • o tempo dos profetas.

Paróquia da Cohab promove sorteio para a JMJ 2013


A Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro está promovendo mais um sorteio de vários prêmios com o objetivo de levar alguns membros da comunidade para a Jornada Mundial da Juventude que acontecerá em 2013. As cartelas estão à venda na secretaria da paróquia e entre os grupos da paróquia. Colabore! 


Veja a seguir o regulamento do sorteio:






sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Decisão provisória da justiça mantém "Deus seja louvado" no real



A 7ª Vara de Justiça de São Paulo negou na quinta-feira (29) pedido de antecipação de tutela feito pelo Ministério Público Federal solicitando que a União e o Banco Central retirassem, no prazo de 120 dias, a expressão “Deus seja louvado” de todas as cédulas a serem impressas.

A juíza federal Diana Brunstein argumenta na decisão que “não foi consultada nenhuma instituição laica ou religiosa não cristã que manifestasse indignação perante as inscrições da cédula e não há notícia de nenhuma outra representação perante o Ministério Público neste sentido. Entendo este fato relevante na medida em que a alegação de afronta à liberdade religiosa não veio acompanhada de dados concretos, colhidos junto à sociedade, que denotassem um incômodo com a expressão ‘Deus’ no papel-moeda”.
A decisão é provisória e o processo segue agora os trâmites normais. Não há previsão de quando a ação será julgada. O que foi negado nesta quinta-feira foi o pedido de antecipação de tutela, pois a Justiça interpretou não se tratar de algo urgente.

Um dos principais argumentos apresentados pela Procuradoria da República no Estado de São Paulo pedindo a retirada da frase é que o Estado brasileiro é laico e, portanto, deve estar completamente desvinculado de qualquer manifestação religiosa.

Uma das teses da ação é que a frase “Deus seja louvado” privilegia uma religião em detrimento das outras. Como argumento, o texto cita princípios como o da igualdade e o da não exclusão das minorias.

Para a juíza da 7ª Vara Federal, “a menção a expressão Deus nas cédulas monetárias não parece ser um direcionamento estatal na vida do indivíduo que o obrigue a adotar ou não determinada crença, assim como também não são os feriados religiosos e outras tantas manifestações aceitas neste sentido, como o nome de cidades, exemplificativamente”.

Desde 1986

A inclusão da expressão nas cédulas aconteceu em 1986, por determinação do então presidente José Sarney, de acordo com informações do Ministério da Fazenda passadas à procuradoria. Em 1994, com o Plano Real, a frase foi mantida pelo ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso, supostamente por ser “tradição da cédula brasileira”, apesar de ter sido inserida há poucos anos, diz.

Um dia depois de o MPF entrar com a ação na Justiça, Sarney criticou a situação. "Eu acho que é uma falta do que fazer, porque, na realidade, precisamos cada vez mais ter a consciência da nossa gratidão a Deus por tudo o que ele fez por todos nós humanos e pela criação do universo. Nós não podemos jamais perder o dado espiritual. Eu tenho pena do homem que na face da terra não acredita em Deus", disse o presidente do Senado.
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Fonte: http://www.catolicanet.com/?system=news&action=read&id=67032&eid=293

O que é a Igreja Católica Brasileira?



A Igreja Católica Apostólica Brasileira ou "Igrejas Católicas Apostólicas Brasileiras" (ICAB), têm lançado confusão no público, pois pretendem guardar a aparência de Igreja Católica e facilitam a praxe religiosa dos seus seguidores. Daí a conveniência de uma análise precisa do fenômeno:

1. Origem da ICAB

A "Igreja Católica Apostólica Brasileira" (ICAB) tem como fundador D. Carlos Duarte Costa.


Este nasceu aos 21 de julho de 1888 no Rio de Janeiro e recebeu a ordenação sacerdotal a 1º de abril de 1911. Aos 4 de julho de 1924 foi nomeado bispo de Botucatu (SP). Pouco feliz foi o governo do novo prelado, que se viu envolvido em questões de mística desorientada (devoções pouco condizentes com a reta fé); também enfrentou problemas de administração financeira e de embates políticos. Em conseqüência foi afastado de sua diocese e nomeado bispo titular de Maura (na Mauritânia, África Ocidental); fixou então residência no Rio de Janeiro. Em breve, porém, D. Carlos viu-se a braços com novas lutas: em 1942 o Brasil entrou em guerra contra o nazi-fascismo; nessa ocasião o bispo apelou publicamente para o Presidente da República a fim de que interviesse na Igreja e expulsasse bispos e sacerdotes "fascistas, nazistas e falangistas"; acusou a Ação Católica de espionagem em favor do totalitarismo da direita. Prefaciou elogiosamente o livro "O Poder Soviético" de Hewlet Johnson e atacou por escrito as Forças Armadas do Brasil. Em conseqüência, foi preso como comunista e enviado a uma cidade de Minas Gerais, onde permaneceu na qualidade de hóspede. Diante dos rumores que se propagavam em torno da pessoa de D. Carlos, as autoridades eclesiásticas procuraram apaziguá-lo. Como isto não desse resultado, D. Carlos em 1944 foi suspenso de ordens, isto é, perdeu a autorização para exercer as funções do sagrado ministério. Esta medida de nada serviu; por isto D. Carlos foi excomungado aos 6 de julho de 1945; neste mesmo dia resolveu fundar a sua Igreja, dita "Igreja Católica Apostólica Brasileira". Em vista desta atitude, o Santo Ofício declarou D. Carlos excomungado vitandus (= a ser evitado) aos 3 de julho de 1946.

Um dos primeiros atos públicos da ICAB foi a fundação do "Partido Socialista Cristão", sob a orientação de D. Carlos. Este chegou a apresentar um candidato à presidência da República, o qual, porém, se desentendeu em breve, ficando fracassado o novo Partido. 

D. Carlos promoveu direta ou indiretamente a ordenação de numerosos "bispos" e "presbíteros", cuja formação doutrinária e cultural era precária. O infeliz prelado veio a falecer aos 26 de março de 1961; terminou a vida de maneira desvairada, obcecado por paixões, que se exprimiam em injúrias através do seu jornal "LUTA". Todavia um Concílio Nacional da ICAB, aos 6 de julho de 1970, chegou a atribuir-lhe o título de "Santo": "São Carlos Duarte"!


2. Doutrina e atuação da ICAB:


Em matéria de doutrina, a ICAB procura reproduzir a da Igreja Católica, excluindo evidentemente (como se compreende) o primado de Pedro...

A sua mensagem teológica é muito diluída, visão que os seus orientadores pouco estudam. Vários destes são homens que tentaram chegar ao sacerdócio na Igreja Católica, mas, por um motivo ou outro, não o conseguiram; então passaram-se para a ICAB, onde o estudo e o acesso às ordens sagradas lhes foram extremamente facilitados.

Infelizmente nota-se nos membros da hierarquia e nos fiéis da ICAB certo oportunismo, ou seja, a procura de atender a interesses pessoais: ordenação "sacerdotal" ou "episcopal", lucros financeiros mediante celebração do culto, "casamento" facilitado em favor de pessoas já casadas, "batizados" sem preparação dos pais e padrinhos... Dir-se-ia que a ICAB procura adeptos a todo e qualquer preço.

Lê-se, por exemplo, na Lista Telefônica de assinantes classificados do Rio de Janeiro:

"ICAB, Igreja Católica Apostólica Brasileira, Paróquia São Jorge: casamento com ou sem efeito civil de pessoas solteiras, desquitadas e divorciadas. Crismas. Consagrações. Também em residências ou Clubes Realengo, Piraquara".

Dado que a ICAB se adapta às diversas oportunidades de crescer, há atualmente muitos ramos da mesma independentes uns dos outros, o que sugere a denominação "Igrejas Católicas Apostólicas Brasileiras" em vez de "Igreja Brasileira".


O que dá certo êxito a essa corrente religiosa, são os dois seguintes fatores:

1) A reprodução dos ritos e a conservação dos símbolos (inclusive da linguagem) da Igreja Católica. Muitas pessoas não conseguem distinguir entre a Igreja Católica e a Igreja Brasileira. Parece haver a intenção de guardar em tudo as aparências da Igreja Católica entre os responsáveis das Igrejas Brasileiras.

2) O procedimento facilitário e oportunista dos mentores da ICAB. Esta não apresenta normas definidas de Direito Eclesiástico, de modo que os seus ministros são capazes de "legitimar" religiosamente qualquer situação ilegal daqueles que os procuram. Este comportamento facilitário é, naturalmente, fonte de dinheiro, pois a ICAB sabe prevalecer-se da generosidade dos fiéis. A exploração se torna ainda mais fácil em virtude da ignorãncia religiosa de muitos cidadãos brasileiros.


A falta de estrutura doutrinária e disciplinar das Igrejas Brasileiras lhes tira a coesão desejável e faz que não tenham quase significado no cenário público do Brasil; apesar disto, conseguem penetrar dentro da população desprevenida da nossa Pátria, favorecendo o ecleticismo e solapando a vitalidade religiosa de muitos católicos.

A propósito pergunta-se:

3. Qual a validade dos ritos da ICAB?

Respondemos em três etapas:

3.1. A eficácia dos Sacramentos

a) Um sacramento é um rito mediante o qual Cristo comunica as graças da Redenção ex opere operato, ou seja, desde que o ministro respectivo aplique a matéria (água, pão, vinho, óleo) e a forma devida (as palavras que indicam o efeito da matéria).

b) Os sacramentos não são eficazes ou não conferem a graça em virtude da santidade do homem (sacerdote, bispo) que os administra mas sim por ação do próprio Cristo, que se serve do homem como instrumento de sua obra redentora.

Todavia, para a validade do sacramento, requer-se que:

- O ministro tenha sido validamente ordenado padre ou bispo;

- Tenha, ao administrar o sacramento, a intenção de fazer o que Cristo queria que fosse feito, ou a intenção de se identificar com as intenções de Cristo, Sumo Sacerdote.

3.2. Que diz a ICAB?


Os adeptos da ICAB afirmam que:

- Seus ministros foram validamente ordenados padres e bispos, pois receberam a sucessão apostólica das mãos de D. Carlos Duarte Costa, que foi verdadeiro bispo da Igreja Católica, sagrado por D. Sebastião Leme. Embora Dom Carlos se tenha separado da Igreja Católica, conservou o caráter episcopal perenemente impresso em sua alma;

- D. Carlos e os bispos que ele ordenou sempre fizeram questão de transmitir as ordens sacras segundo o ritual exato adotado pela Igreja Católica (usando mesmo o latim em algumas ocasiões);

- As missas, os batizados e outros ritos ocorrentes nas cerimônias de culto da ICAB obedecem estritamente à essência do Ritual sempre vigente na Igreja Católica.

Por conseguinte, concluem os ministros da ICAB, a Igreja Brasileira possui autênticos bispos e presbíteros, e ministra validamente os sacramentos.

3.3. E que diz a Igreja Católica?


a)- Embora os ministros da Igreja Brasileira apliquem exatamente a matéria e a forma de cada sacramento, falta-lhes algo de essencial para que seus sacramentos sejam válidos, isto é, a intenção de fazer o que Cristo quis que fosse feito.

b)- Na verdade, os ministros da ICAB, mediante os seus ritos, intencionam criar e desenvolver uma "Igreja" separada da única Igreja fundada por Cristo; tal "Igreja" nova já não professa as verdades do Credo Apostólico, mas se entrega ao ecleticismo religioso: Protestantes, espíritas, maçons e comunistas podem ser igualmente membros da ICAB. Sim; a revista "A Patena", revista da "diocese da Baixada Fluminense" da ICAB, em seu nº 3 de 1971, 4ª capa, diz que a Igreja Brasileira "religiosamente é católica, porque aceita em seu grêmio cristãos de qualquer mentalidade, sem repelir os que sejam ou se digam protestantes, espíritas, maçons, católicos-romanos etc."Isto significa que a Igreja Brasileira vem a ser uma sociedade filantrópica, humanitária, mas já não tem a mensagem religiosa definida que o Cristo confiou ao mundo e que o Símbolo de fé apostólico professa.


c)- Donde se vê que a ação dos ministros da ICAB carece daquela intenção que é essencial para a validade dos sacramentos: a intenção de fazer o que Cristo faz mediante os sacramentos.

d) Já que a ICAB se ramificou, dando origem a múltiplas "Igrejas", Ordens e Irmandades independentes, já não se pode saber até que ponto nas denominações "católico-brasileiras" se conserva a fidelidade aos ritos sacramentais; com o tempo as arbitrariedades e os desvios facilmente se introduzem nas pequenas comunidades.

e)- Em conseqüência, a Igreja Católica não reconhece as ordenações conferidas pela ICAB, muito menos reconhece a autenticidade das Missas e dos sacramentos celebrados pela ICAB.


4. Observações Finais:

 4.1)- A Igreja fundada por Cristo (cf. Mt 16,16-19) é Católica (aberta a todos os homens), Apostólica (baseada sobre a ação missionária dos doze Apóstolos) e Romana, isto é, governada visivelmente por Pedro e seus sucessores, que têm sede em Roma (como poderiam ter em Jerusalém, Antioquia ou  Alexandria,se a Providência Divina tivesse encaminhado Pedro e os acontecimentos iniciais da história da Igreja em rumo diverso do que realmente ocorreu, ou seja, estes Patriarcados tombaram, ficando de Pé somente Roma pela Graça e permissão Divina).


4.2)- O título de "Romana" portanto, não significa que a Igreja de Cristo esteja presa aos interesses políticos da cidade de Roma ou da nação italiana; nem implica subordinação dos fiéis católicos do Brasil a uma potência estrangeira, mas apenas indica que essa Santa Igreja tem seu chefe visível, instituído por Cristo, na cidade de Roma.

Os fatos atrás apontados evidenciam a urgência de sólida catequese para o povo de Deus no Brasil.

D. Estevam Bettencourt – O.S.B.
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Fonte: http://berakash.blogspot.com.br/2012/10/afinal-o-que-e-igreja-catolica.html
Fotos: http://www.igrejabrasileira.com.br/

A pedra ameaçadora



Ninguém sabia se havia sido um anjo ou um demônio a colocar aquela pedra enorme naquele lugar. Ela estava encostada na montanha, mas podia desprender-se dela a qualquer momento e acabar com boa parte da pequena vila que estava no fundo do vale. Os homens tinham acolhido o desafio de vigiar os movimentos da pedra. Todas as noites, um deles subia ao monte com uma lanterna na mão e ficava observando. Se a pedra saísse do lugar, ele devia avisar a população da vila tocando uma trombeta. Podia chover ou soprar o vento, com a lua no céu ou se caísse neve, um homem vigiava para que todos pudessem dormir em paz. Ficar vigiando a pedra era uma grande fadiga, mas também um orgulho. Na manhã seguinte, aquele homem descia do monte e parecia-lhe que toda a vila estivesse sorrindo para ele, agradecida.

O tempo, porém, passou e trouxe outras satisfações e outros orgulhos. Assim, aos poucos, pareceu inútil aquilo que antes era considerado importante. Havia séculos que a grande pedra estava lá e nunca tinha se mexido, porque deveria cair logo agora? Também, diziam, era tarefa do prefeito pagar um vigia para este trabalho. E o governador? Que ele também ajudasse com o dinheiro público.

Depois de muitas discussões, os homens decidiram suspender o trabalho da vigilância. Não tinha mais graça nenhuma continuar. Nunca é fácil gostar do próprio dever. A não ser que a pessoa encontre nela mesma o gosto daquilo que faz e cada dia renove o seu compromisso. Aqueles homens eram atraídos demais por prazeres exteriores para procurar razões interiores.

Nunca mais ninguém subiu ao monte para conferir. A pedra ainda está lá, mas já desceu um bom metro rumo ao vale.
No início do tempo de Advento, recomeçando o ano litúrgico, somos convidados sempre a ficar atentos e a vigiar. Podemos pensar em coisas pavorosas, mas não é para tanto. Seria suficiente pensar em nossa vida que passa. Ninguém de nós sabe o que nos reserva o futuro. Como sempre serão alegrias e tristezas, momentos bons e momentos difíceis. A nossa vida é uma mistura de tudo isso.

Estar atentos, portanto, pode significar simplesmente dar atenção ao que está acontecendo e saber reconhecer a presença do Senhor que veio no meio de nós, mas sempre vem para oferecer o seu amor a todos. Pensamos nas situações da vida, mas também nas oportunidades que ela nos oferece. Pessoas que encontramos pelos caminhos do mundo; gestos e ações de bem, de bondade, paz e justiça que podemos realizar.

Vigiar, diz-nos o evangelho deste domingo, é fazer de tudo para não nos tornar “insensíveis por causa da gula, da embriaguez e das preocupações da vida”. Parece o retrato da nossa sociedade: todos tão atarefados, tão preocupados, correndo o dia todo, porém cada um atrás dos seus interesses, com a sensibilidade e, portanto, com a consciência entorpecida. Acordamos quando acontece algo de grave e de sério para nós. Se depois é questão de dinheiro, somos supersensíveis. Brigamos até o fim. Raramente nos deixamos envolver com as dificuldades dos irmãos. Falar em bem comum é discurso para candidato idealista; poucas vezes é fruto de uma consciência de cidadania unida à vontade de resolver os problemas juntos, assumindo a responsabilidade, também pessoal, de construir uma sociedade mais justa e fraterna.

O mistério do Natal de Jesus nos lembra da sensibilidade de Deus que continua vendo e ouvindo os clamores do seu povo e decide estar ao lado do pequeno e do pobre, de todo ser humano que deixa de lado o orgulho e reconhece a sua finitude. Somente assim acontece o encontro entre o amor de Deus e a nossa sede de amor. Também naquele tempo os insensíveis, seguros de si, não souberam acolher o Salvador. No entanto é com ele, o Senhor que vem, que sempre aprendemos de novo quanto vale ter um coração sensível e amoroso.

Ficamos sempre atentos, vigiando para nós e para os outros também, antes que a pedra gigantesca do egoísmo e da insensibilidade nos faça parecer inútil amar. Neste caso, a pedra já teria destruído a nossa vida, porque teria rolado do monte até parar em nosso coração. Talvez sem perceber.

Dom Pedro José Conti
Bispo de Macapá (AP)

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

A prática da maldade e os seus efeitos.



"O indivíduo acredita que pode praticar o mal e que não terá nenhuma consequência. Acredita que pode ameaçar, difamar, caluniar, entre outras coisas, e que nada acontecerá. Procurar outras forças para desejar o mal ao seu desafeto e que no final tudo dará certo. Mas, querendo ou não, acreditando ou não, toda maldade que é praticada se volta contra o malfeitor. Vender a alma tem um preço. Praticar o mal também tem um preço, o qual não será cobrado muitas vezes de imediato. A cobrança vem aos poucos, nos melhores dias da vida, nos momentos de felicidade, representada por várias situações, doenças, desavenças familiares, discórdias, problemas, perturbações, internações, uso exagero de álcool, entre outros tantos males. O dito popular aqui se faz aqui se paga é uma realidade. 

Deus foi muito justo quando disse por meio do Homem da Galiléia que não se deve desejar ao próximo aquilo que você não gostaria que fizessem com você. No mundo existem muitos alienados e violentos, mas a força superior não faz distinção. Mais cedo ou mais tarde a cobrança chega e cada um sabe o que acontece em suas vidas. O maldoso ri, alto, KKKKKKKK, escondido em sua toca, atrás de sua mesa, de seu PC, feliz com as maldades praticadas, mas existe alguém que tudo observa. Basta esperar que as notícias começarão a chegar. Afinal como está nas escrituras, muitos são os chamados e poucos são os escolhidos. É por isso que muitos não entendem as coisas que acontecem à sua volta, é porque se esquecem de fazer um exame na consciência para lembrar das maldades que foram praticadas".

Paulo Tadeu Rodrigues Rosa.
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Proibida a reprodução no todo ou em parte sem citar a fonte em atendimento a lei federal que cuida dos direitos autorais no Brasil.
Extraído de: http://www.recantodasletras.com.br/pensamentos/2709793


quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Nota da CNBB sobre a seca no Nordeste



“Somos afligidos de todos os lados, mas não vencidos pela angústia; postos em apuros, mas não desesperançados” (2Cor 4,8)

Nós, bispos do Conselho Episcopal Pastoral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil - CNBB, reunidos em Brasília-DF, nos dias 27 e 28 de novembro de 2012, vimos manifestar nossa solidariedade aos irmãos e irmãs que sofrem com a seca no Nordeste. Esta situação, que se prolonga de forma desalentadora, exige a soma de esforços e de iniciativas de todos: governo, Igrejas, empresários, sociedade civil organizada - para garantir às famílias a superação de tamanha adversidade.

Os recursos liberados pelo governo e o auxílio das Cáritas Diocesanas e de outras entidades são, sem dúvida, imprescindíveis para o socorro imediato dos afetados por tão longa estiagem, considerada a pior nos últimos 30 anos. Estas iniciativas têm contribuído para diminuir a fome, a mortalidade infantil e o êxodo. Sendo, porém, a seca uma realidade do semiárido brasileiro, é urgente tomar medidas eficazes que possibilitem a convivência com este fenômeno. Considerem-se, para esse fim, o desenvolvimento de políticas públicas específicas para a região e o aproveitamento das potencialidades das populações locais. 

Preocupa-nos o risco de colapso hídrico urbano devido à falta de planejamento adequado do enfrentamento da seca.
 

Especialistas na área vêm nos mostrando que há meios mais baratos e de maior alcance social do que os megaprojetos, como a transposição dos recursos hídricos do Rio São Francisco, construção de grandes açudes, dentre outros.

No meio rural, as cisternas para a captação de água de chuva, iniciativa da Igreja Católica, mostraram-se eficientes no enfrentamento da seca. É importante ampliar essa iniciativa e também investir na construção de cisternas “calçadão” para a produção de hortaliças. Já a aplicação dos recursos financeiros e técnicos necessita ser ampliada e universalizada, levando-se em conta o protagonismo das populações locais e de suas organizações, no campo e na cidade. Torna-se necessário o controle para que os recursos sejam otimizados e cheguem realmente aos mais necessitados. Um planejamento adequado pode garantir soluções permanentes e duradouras que assegurem as condições de vida digna para todos.

A fé e a esperança, distintivos de nossos irmãos nordestinos, animem seus corações nesta hora de sofrimento e de dor. “Esperando contra toda esperança” (Rm 4,18), confiem-se ao Deus da vida e por seu Filho clamem: “Fica conosco, Senhor, porque ao redor de nós as sombras vão se tornando mais densas, e tu és a Luz; em nossos corações se insinua a desesperança, e tu os fazes arder com a certeza da Páscoa” (DAp 554).

Que o Divino Espírito Santo e Maria iluminem e inspirem a todos na esperança e na construção do bem.


Brasília, 28 de novembro de 2012.

Cardeal Raymundo Damasceno Assis
Arcebispo de Aparecida
Presidente da CNBB

Dom José Belisário da Silva
Arcebispo de São Luís do Maranhão
Vice-Presidente da CNBB

Dom Leonardo Ulrich Steiner
Bispo Auxiliar de Brasília
Secretário Geral da CNBB