sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Comunidade Shalom realiza mais um Renascer



A Comunidade Católica Shalom em São Luís realiza, entre os dias 10 e 12 de fevereiro, no Ginásio do Colégio Upaon Açu, mais uma edição do Renascer, evento que objetiva oferecer aos ludovicenses uma programação diferenciada no período de carnaval. Com o tema geral "Tudo é possível àquele que crê", o Renascer contará com palestras, momentos de louvor e oração, missas, adoração e apresentações artísticas e culturais. O evento contará também com a presença do missionário e consagrado da Comunidade de Vida Shalom Vanilton Lima, de Fortaleza-CE.

O tema do Renascer 2013, “Tudo é possível àquele que crê”, faz alusão ao Ano da Fé, proclamado pelo Papa Bento XVI em 11 de outubro de 2012. Em sua mensagem, o Papa destaca que “o cristão crê em Deus através de Jesus Cristo, que nos revelou a face de Deus”. Essa é, justamente, a proposta do Renascer 2013: proporcionar aos participantes, por meio da Fé, uma experiência pessoal com Jesus Cristo, que é o próprio Deus.


O Renascer vai trazer também curso de aprofundamento para jovens, com o tema "Ide e fazei discípulos entre todas as nações", em alusão à JMJ 2013, e curso para o público em geral com o tema ”A Fé é o encontro com uma pessoa".
Dividido em dois ambientes, o evento dispõe ainda de uma área recreativa para as crianças, o Renascerzinho, que contará com o apoio de recreadores e animadores. O evento contará com amplo ambiente com stands, segurança e praça de alimentação. A entrada é franca.

Cerca de 150 voluntários estão envolvidos na organização e equipes de serviço do evento. São esperados, diariamente, 300 participantes.

Histórico

O primeiro Renascer foi realizado em fevereiro de 1986, em Fortaleza-CE. Atualmente, outros retiros de carnaval também são promovidos pela Comunidade Shalom em várias cidades brasileiras, como Fortaleza, Belém, Salvador, João Pessoa, Aracajú, Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Belo Horizonte, Florianópólis e Curitiba. 

SERVIÇO

O QUÊ? Renascer 2013 - “Tudo é possível àquele que crê”

QUANDO? 10, 11 e 12 de fevereiro, a partir das 8h

ONDE? Ginásio do Colégio Upaon Açu – (Alameda D, nº 5, Lt Quitandinha – Cohafuma)

ATRAÇÕES: palestras, momentos de louvor e oração, missas, adoração, apresentações artísticas e culturais, oficinas e seminário de vida. ENTRADA FRANCA!

CONTATO: Adriana Garros, membro da Comunidade Shalom - (98) 9112-8262/ (98) 8179-9563

Carnaval, Cinzas e Fraternidade



O carnaval pode ser vivido de diversas maneiras. Não teve sua origem no Brasil, como muitos pensam, mas na Grécia. Era uma festa de alegria pagã. No Brasil, o carnaval é coisa séria. Há quem fale que o ritmo normal da vida no país só começa após o carnaval. É tempo do vale tudo. Vale mergulhar fundo no prazer sem freios, na bebida, nas drogas. E isso tudo equivocadamente é em nome da alegria. Que alegria é essa, que, no final da folia, se acaba?

Há, porém, o Carnaval verdadeiro, marcado por uma alegria verdadeira. Nesse Carnaval é dispensado o prazer irresponsável, a bebida, as drogas, para se celebrar a vida.  O católico pode comemorar o carnaval, desde que respeite os princípios cristãos, sem se entregar aos excessos permissivos tão difundidos em nossos dias. Quem não participa das festividades públicas, procure se alegrar junto a sua família e amigos. Isso precisa ser resgatado.

As Dioceses, as Paróquias e as Comunidades deste país promovem um carnaval diferente, repleto de alegria, a qual Deus quer para todos os seus filhos. Em todo caso, é carnaval. Quem vai fazer festa que faça com respeito ao próximo e aos valores. Muitos decidem passar o Carnaval na tranquilidade do campo, da praia. Outros em retiro espiritual, numa experiência de Deus, profunda e transformadora. Outros ainda vão ficar em casa e assistir ao espetáculo de criatividade, de luz e de cores, promovido pelas escolas de samba.

Enxugar a Missa



Alguns Padres deveriam filmar suas Missas, depois, calmamente e atenciosamente assistir. O que eles veriam?

Veriam os fiéis conversando enquanto o comentarista lê a interminável lista de intenções. Veriam que ninguém acompanha a introdução do folheto indevidamente inflacionada pelos acréscimos cometidos pela equipe de liturgia, que acrescentam, por sua conta, inúmeras outras intenções.

Veriam uma procissão de entrada ao som de música barulhenta, cobrindo a voz dos cantores. Aliás, com um tom que só o coro canta, enquanto a assembleia permanece muda, pois não conhece os cantos.

Veriam que o ato penitencial fala de pecados estruturais e macro-injustiças, ataca as multinacionais e as políticas globalizantes, mas não fala das bebedeiras do marido nem da preguiça da esposa, não se refere à desobediência dos adolescentes nem à safadeza dos moçoilas.

Quando a assembléia canta piedade, piedade, piedade de nós, canta da boca pra fora, pois sabe muito bem que seus pecados são outros...

Primeira leitura: Moisés caminha pelas areias do deserto, sob o sol causticante, enquanto os jumentos do Egito babam de calor.

Ali, bem diante do altar, um velhinho cochila e baba também. Dois bebês (a quem as mamães deram os folhetos de missa para mascar) babam igualmente. Futuramente as alfaias incluirão babadouros para a assembléia.

Segunda leitura: Um leitor esforçado luta com os óculos para encontrar o foco adequado. O templo mal iluminado em nada ajuda em seu combate. O texto sai truncado, as frases sincopadas, as sílabas finais inaudíveis. A assembléia é salva pelo gongo. De pé, aplaudem o Livro Santo, enquanto o coral entoa um canto de Aclamação que não tem nenhuma aclamação. Por pouco não cantam: Ora, bolas!

O seu vigário lê o Evangelho. Tem boa voz, mas o volume do microfone está alto demais e alguns zumbidos de microfonia competem com a mensagem central.


Dom José Maria Maimone
Bispo emérito de Umuarama (PR)

Nota da CNBB sobre a retirada dos poderes investigativos do Ministério Público – PEC Nº 37/2011




“Todo o que pratica o mal odeia a luz e não se aproxima da luz,
para que suas ações  não sejam denunciadas!” (Jo 3,20)

O Conselho Episcopal Pastoral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB, reunido em Brasília-DF, de 5 a 7 de fevereiro, vem manifestar sua opinião sobre Proposta de Emenda à Constituição (PEC) n.º 37/2011, que acrescenta o §10º ao art. 144 da Constituição Federal, estabelecendo que a apuração das infrações penais de que tratam os §§ 1º e 4º do mesmo artigo caberá “privativamente” às Polícias Federal e Civis dos Estados e do Distrito Federal.

A consequência prática de tal acréscimo significa a exclusividade de investigação criminal pelas Polícias Civil e Federal, que hoje têm o poder de investigar, mas sem que tal poder seja “privativo”. Tal exclusividade não garantiria uma melhor preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio (Art. 144). Ao contrário, poderia criar um clima de insegurança pública e jurídica, limitando ou impedindo uma ação civil dos cidadãos.
Essa exclusividade, além disso, resultará na indesejável restrição do poder investigativo de outros entes, em especial, do Ministério Público. No momento em que os valores e as convicções democráticas da sociedade brasileira passam por uma preocupante crise, custa-nos entender a razão de tal vedação.

A importância do Ministério Público em diversas investigações essenciais ao interesse da coletividade é fundamental para o combate eficaz da impunidade que grassa no país. Não se deve, portanto, privar a sociedade brasileira de nenhum instrumento ou órgão cuja missão precípua seja a de garantir transparência no trato com a coisa pública e segurança ao povo. A PEC é danosa ao interesse do povo devendo ser, por isso, rejeitada.

Que Deus, por intercessão de Nossa Senhora Aparecida, nos inspire a todos no compromisso com a construção de uma sociedade de irmãos em que prevaleçam a justiça e a paz.


Brasília, 6 de fevereiro de 2013.


Dom Raymundo Damasceno Assis
Arcebispo de Aparecida
Presidente da CNBB

Dom José Belisário da Silva
Arcebispo de São Luís
Vice-presidente da CNBB

Dom Leonardo Ulrich Steiner
Bispo Auxiliar de Brasília
Secretário Geral da CNBB

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

“O papa está certo”



 "Bento XVI disse que distribuição de preservativos não iria frear a epidemia de AIDS do continente africano. Edward Green concorda" 
(Edward Green, diretor do Projeto de Pesquisa e Prevenção da Aids da Escola de Saúde Pública de Harvard).

Quando Bento XVI afirmou que a distribuição de camisinhas não resolveria o problema da Aids , muitos disseram que ele estava errado. As evidências mostram o contrário. Estudos importantes, como pesquisas demográficas e de saúde, não conseguiram encontrar uma associação entre uma maior disponibilidade ou o uso de preservativos e menores taxas de infecção pelo HIV na África.

Na prática, os preservativos mostraram não ser a melhor política para conter a Aids. As camisinhas não têm funcionado para frear a epidemia que se abate sobre o continente africano. Por mais católico que possa soar, a melhor política para epidemias generalizadas consiste em promover a fidelidade e a monogamia. O que vemos como resultado é uma redução do número de parceiros. O que também tem funcionado e deve se promover é a circuncisão masculina, que comprovadamente reduz as chances de contágio. 

Um exemplo claro é o que aconteceu em Uganda. O país promoveu a política ABC, sigla em inglês para abstinência, fidelidade ou camisinha. A população contaminada com o HIV foi reduzida em 66%. No entanto, o governo sofreu grande pressão para seguir a linha de prevenção de outros países. Como resultado, Uganda deixou a ênfase na redução do número de parceiros e passou a adotar a fórmula batida de preservativos + testes + remédios. Nos últimos anos, os índices de contaminação voltaram a aumentar.

O Brasil está em uma situação diferente, com uma chamada "epidemia concentrada". Preservativos têm mais chances de sucesso em lugares assim. No entanto, ainda faltam programas que desencorajem sexo casual ou com prostitutas e múltiplos parceiros. De maneira geral, a imprensa foi bastante irresponsável ao criticar o papa. E não culpo o público por estar confuso. Não seria errado pensar que muitos líderes e parte da mídia que "crucificaram" o papa deveriam checar antes os dados científicos mais recentes. Logo, logo, as provas passarão a ser tão contundentes que a maioria dos mitos sobre a Aids serão destruídos. Assim, poderemos começar a implementar programas de prevenção com base em evidências científicas. Com ou sem a bênção do papa.
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Fonte: revistagalileu.globo.com

Cardeal pede um gesto de clemência por Asia Bibi



O caso de Asia Bibi já é conhecido. A mãe de cinco filhos está no corredor da morte pelo crime de blasfêmia, por beber água do mesmo poço em que bebiam suas companheiras de trabalho muçulmanas que, acusaram-na de contaminar a água devido ser cristã.

Através de uma carta enviada ao presidente paquistanês, Asif Ali Zardari, o Cardeal Roger Etchegaray, pediu clemência à cristã: "Rogo que pense nela como uma irmã, como uma filha de Abraão, nosso pai comum na fé", diz um trecho da carta.
A carta, publicada no diarío Avvenire diz ainda a Asif Zardari que "esse gesto (libertar Asia Bibi) teria uma enorme importância e seria um grande impulso na reconciliação entre cristãos e muçulmanos".

Asia Bibi está presa desde 2010, e mesmo diante dos pedidos internacionais, a sentença de morte na forca ainda é mantida.
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Disponível em: Candango Conservador.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

O sigilo na confissão



Sigilo vem do latim sigillum, selo, lacre. Como em tempos já bem idos, se fechavam as cartas ou documentos contendo coisas reservadas com um selo ou lacre, a palavra metaforicamente passou a designar segredo.

Na Teologia da Penitência, chama-se sigilo a obrigação absoluta, perpétua e inviolável que tem o confessor de guardar segredo sobre a matéria da confissão. Ou, mais laconicamente, sigillum est debitum confessionem celandi: obrigação de ocultar a confissão (AQUINO, Tomás de. Suplemento de la Suma, q. 11, a. 3, ad resp.).

Porém, não é só sobre o sacerdote que pende a obrigação do segredo da matéria da confissão. Ela pende também sobre o intérprete, se houver, e sobre todos aqueles a quem, por qualquer motivo, tenha chegado o conhecimento de pecados por meio de confissão. Mas, neste caso, tal obrigação se chama segredo de confissão.

Esta distinção entre sigilo para o confessor e segredo de confissão para todos os outros a estabeleceu o CIC de 1983, atualmente vigente (c. 983). Antes dele, o CIC de 1917 não fazia semelhante distinção, como se vê:

889 § 1. O sigilo sacramental é inviolável; guarde-se, pois, muito bem o confessor de revelar no mais mínimo o pecador nem por palavra, nem por algum sinal, nem de qualquer outro modo e por nenhuma causa.

§ 2. Estão do mesmo modo obrigados a guardar o sigilo sacramental o intérprete e todos aqueles a quem de um modo ou de outro tivesse chegado a notícia da confissão.



Por Padre Caio Newton de Assis Fonseca, EP, publicado em Gaudium Press
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Fonte: Curiosidades Católicas.

Carta de fevereiro aos padres de todo Brasil!




Caros irmãos Párocos e Administradores Paroquiais,
Vigários Paroquiais e demais Presbíteros,

“Eis-me aqui, envia-me!” (Is 6,8)

Emocionados e abalados pelo trágico acontecimento em Santa Maria, nos perguntamos, também, se, realmente, nossas estruturas e instituições, eclesiais ou sociais, têm garantido condições suficientes de vida digna e propostas pedagógico-pastorais a favor da vida dos nossos jovens. A celebração da CF 2013, que estamos para iniciar, quer ser uma rica oportunidade para discutirmos este assunto e encontrarmos novos caminhos. Justamente no Jubileu de Ouro da existência da CF em nossa Igreja e após 20 anos da primeira CF sobre juventude (1992) voltamos a proclamar a todos esta prioridade em nossa dinâmica de evangelização.


Em sua missão de educadora e canal da Graça divina, a Igreja quer dar novo significado a sua presença no meio das novas gerações, considerando sua realidade e favorecendo reflexões, projetos e mecanismos que contribuam com sua vida e participação na construção do Reino. Portanto, não vamos reduzir a CF a encontros e palestras “para” jovens, nem a cartazes fixados nas paredes, hino cantado nas missas, coleta feita no último domingo da Quaresma! Isto tudo é muito importante, mas não basta! Provoquemos ocasiões qualificadas de estudo deste bonito e desafiador tema! Façamos o exercício de escutar os jovens e a sua realidade, apresentada por eles mesmos! Debrucemo-nos em nossos projetos pastorais, organizações e estruturas eclesiais em vista de mudanças a partir dos jovens!

A CF 2013 tem um objetivo claro: “acolher os jovens no contexto de mudança de época, propiciando caminhos para seu protagonismo no seguimento de Jesus Cristo, na vivência eclesial e na construção de uma sociedade fraterna fundamentada na cultura da vida, da justiça e da paz” (CF 2013, n. 4). Na evangelização da juventude, precisamos sempre adequar os espaços juvenis; qualificar nossa proposta formativo-evangelizadora (catequese, encontros, retiros, palestras, celebrações, subsídios, reuniões), cuidar da escolha e capacitação dos responsáveis diretos pela evangelização da juventude. Aproveitemos deste clima favorável da CF 2013!

A jovialidade da nossa Igreja passa pelo reconhecimento do valor e do significado que têm as novas gerações para os tempos atuais. A perene novidade, que vem de Deus e é condição imprescindível para o desenvolvimento da História da Salvação, encontra nos jovens a sua expressão, o seu olhar, o seu ardor, a sua voz… o seu coração. Deus tem sempre “novidades” para nós e quis contar com os jovens para que pudéssemos conhecer e experimentar aquilo tudo que preenche a existência e alegra o espírito!

Rezemos mais pela juventude que Deus nos confia para amar e servir! E rezemos “com” ela! Nosso testemunho contribuirá com sua convicção de que sem uma forte espiritualidade não se pode experimentar toda a beleza da vida nem entender todo o seu valor. Continuemos rezando por aqueles jovens, familiares e amigos que vivenciaram o drama de Santa Maria e por tantos outros espalhados pelo país vitimados por inúmeras formas de violência. Unamos nossas preces a favor do Filipe, um jovem engajado na diocese de Ponta Grossa e responsável pela arrecadação de recursos para participação de sua comunidade na JMJ. Nesse final de semana pude visitá-lo na Santa Casa, onde está internado vítima de assalto e vem testemunhando fé e paciência no aguardo de sua saúde completa. Prometi a ele que pediria aos senhores e aos seus jovens uma corrente de oração pelo sucesso do tratamento e procedimentos.

A maternidade de Maria nos eduque na sensibilidade diante do sofrimento de nossos jovens e nos conceda administrar nossos esforços e organizações a favor de sua vida. Que o seu colo refaça nossas energias e nos anime na continuidade de nosso pastoreio no meio dos jovens.


Brasília, 01 de fevereiro de 2013.
CJ – Nº 0026/13



Dom Eduardo Pinheiro da Silva, sdb
Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da CNBB
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Fonte: Jovens Conectados
Disponível em: Profissão de Fé.