segunda-feira, 27 de maio de 2013

A Pedra sobre a qual a Igreja se fundamenta neste mundo

Cristo concede autoridade a S. Pedro e seus sucessores
Guido Reni (1575-1642).


O estudo abaixo é bem fundamentado e bastante esclarecedor. Leitura recomendada para todos aqueles que desejam uma instrução segura a respeito deste tema fascinante e fundamental. Trata-se de uma discussão recorrente, e por isso mesmo vale a pena conhecer a verdade dos fatos.

Adaptado do artigo "Quem é a Pedra: Jesus ou Pedro?", de Karl Keating - (Veritatis Splendor).

O argumento a seguir representa uma das alegações usuais dos "evangélicos", quando tentam argumentar que a “Pedra” citada por Jesus em Mateus 16, 18 não seria o Apóstolo Pedro, mas sim o próprio Jesus, uma vez que as Sagradas Escrituras, em outras passagens, identificam o Cristo como “Rocha” e a “Pedra Angular”.

De fato existem passagens bíblicas em que os termos “pedra” e “rocha” realmente se referem a Jesus. Mas é claro que isso não significa que todas as vezes que a Bíblia usa essas palavras está se referindo exclusivamente a Jesus.

Um exemplo: o próprio Cristo se proclamou a “Luz do Mundo” (Jo 8, 12). Mas Ele disse aos Apóstolos quetambém eles deveriam ser “Luz do Mundo” (Mt 5, 13). Veja que nem todas as vezes que a Bíblia fala em luz, se refere a Jesus. Da mesma maneira, é óbvio que nem todas as vezes que fala em pedra está se referindo a Jesus. Poderíamos citar muitos outros exemplos como este, mas parece-nos que já ficou claro que o fato de Jesus ser chamado de "Pedra Angular" é uma coisa, e o fato de o Apóstolo Simão bar Jonas ter seu nome mudado para Pedro (Pedra) é outra coisa.

Além da passagem de Mateus 16,18, em que a “pedra” referida, naquele caso, evidentemente é Pedro, temos também Isaías 51, 1-2: nesta passagem, a pedra é Abraão. Também em 1Pedro 2, 4-5, as Escrituras falam das "pedras vivas", que, neste caso, são Jesus e também os cristãos fiéis.

O fato de Jesus aplicar a Simão Filho de Jonas um título que a Bíblia aplica também a Jesus, demonstra a intenção do Senhor em fazer de Simão um representante seu na Terra, assim como acontecera antes com Abraão. Também este teve seu nome mudado (antes era Abrão) quando foi escolhido para conduzir o povo de Deus na Terra, e também este foi comparado a uma pedra ou rocha,exatamente como Pedro. E Jesus Cristo confirmou explicitamente sua intenção ao entregar a autoridade a Pedro, para ligar e desligar na Terra o que seria ligado e desligado no Céu!


E além de tudo isso, convenhamos: se Jesus estivesse naquele momento falando de si mesmo, que era Ele mesmo a Pedra, logicamente diria "Eu sou a Pedra", assim como disse "Eu sou a Luz do Mundo", "Eu sou o Pão da Vida", "Eu sou a Ressurreição e a Vida" ou "Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida".

O Senhor Jesus Cristo, sem dúvida alguma, elevou Pedro como um "pai" na família dos cristãos (Is 22,21), para guiar o seu rebanho. E Pedro é mais uma vez confirmado como o pastor terreno das ovelhas de Cristo, logo após aRessurreição do Senhor. Em João 21, 15-17, por três vezes Jesus pergunta a Pedro se este o amava, e por três vezes Pedro reafirma seu amor e dedicação inabaláveis. Então o Salvador, à véspera de deixar seus discípulos, confia a Pedro a guarda do seu rebanho, e é importante entender que, naquele momento, confiava-lhe o cuidado de toda a cristandade, fazendo questão de entregar a ele a guarda dos "cordeiros" e também das "ovelhas. “Apascenta os meus cordeiros”, repete o Senhor duas vezes; e à terceira, diz: “Apascenta as minhas ovelhas”. “Apascentar” significa cuidar, conduzir, guiar, assumir a responsabilidade pelo rebanho; neste caso, é receber do Divino Proprietário a autoridade sobre o seu rebanho. Apascentar os cordeiros e as ovelhas é, portanto, governar com autoridade a Igreja de Cristo; é ser o condutor: é ter o Primado.


Como se não bastasse, além de tudo isso, o contexto do Novo Testamento demonstra que Pedro tinha a palavra final nos assuntos da Igreja primitiva, em diversas passagens:

# É Pedro quem propõe a eleição de um discípulo para ocupar o lugar de Judas e completar o Colégio dos Doze (At. 1, 15-22);

# É Pedro o primeiro que prega o Evangelho aos judeus no dia de Pentecostes (At. 2, 14; 3, 16);

# É Pedro que, inspirado por Deus, recebe na Igreja os primeiros gentios (At. 10, 1);

# Pedro realiza visitas pastorais às igrejas (At. 9, 32);

# No Concílio de Jerusalém, temos a prova definitiva: é Pedro quem põe um fim à longa discussão que ali se travava, decidindo ele que não se deveria impor a circuncisão aos pagãos convertidos, e ninguém ousou opor-se à sua decisão (At. 15, 7-12).

E esta autoridade de Pedro, assim como a de todos os Apóstolos, era e continua sendo transmitida de um homem para outro, sendo eleitos os novos sucessores pelo próprioColegiado dos Apóstolos, através dos tempos. No caso de Pedro, as Chaves do Reino dos Céus, entregues por Jesus Cristo, vêm sendo transmitidas, nesses dois mil anos de história, através do papado. Dizer que a autoridade de Pedro morreu com ele seria o mesmo que renegar a Promessa do próprio Senhor Jesus Cristo: "Ide e fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado. Eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém".

Se o Senhor prometeu que continuaria com a sua Igreja até o fim do mundo, também a autoridade que ele concedeu à sua Igreja permanece, até o fim dos tempos. Esta é a doutrina católica. Esta é a Palavra de Deus, segundo as Sagradas Escrituras. Esta é a Tradição Cristã, de dois mil anos de história. Quem pregar o contrário, seja considerado anátema. Porque, "de fato, não existem 'dois evangelhos': existem apenas pessoas que semeiam a confusão entre vós, e querem perturbar o Evangelho de Cristo. Mas ainda que alguém, nós ou um anjo baixado do céu, vos anunciasse um evangelho diferente do que vos temos anunciado, que seja anátema" (Gálatas 1, 6-8). Graças a Deus.

Como os fatos que apresentamos até aqui, quando analisados de perto são inquestionáveis, numa tentativa desesperada de negar a realidade do Primado de Pedro alguns outros chegaram a criar uma outra interpretação (já bastante conhecida e manjada), que podemos encontrar em diversos websites e redes sociais da internet:

Argumento "evangélico": "Sim, a pedra era Pedro, mas em grego a palavra para pedra grande é 'petra', que significa uma rocha grande e maciça. A palavra usada como nome para Simão é 'petros', que significa uma pedra pequena, uma pedrinha."

De fato, o argumento é tão fraco e desprovido de sentido que chega a dificultar a resposta: o difícil é saber por onde começar a desmantelá-lo, de tão absurdo! E vemos o quanto são desunidas as denominações "evangélicas", e como a única intenção que possuem em comum é negar o catolicismo: se o Evangelho de Mateus não está se referindo a Pedro, mas ao próprio Jesus Cristo, então está chamando o Senhor de "pedrinha"!? - Em outras palavras, uma "igreja evangélica" acaba ridicularizando a teoria da outra, na tentativa de negar o catolicismo. Se houvesse mesmo essa alegada diferença nas expressões em grego (que não existe, como veremos), isto só serviria como uma comprovação a mais de que Jesus não estava se referindo a si mesmo nessa frase! Porém, como sabem os conhecedores do grego antigo (não precisa ser católico), as palavras petros e petra eramsinônimos no grego do primeiro século.

 Essa diferença de significado pode ter existido séculos antes de Cristo, mas essa distinção já havia desaparecido no tempo em que o Evangelho de Mateus foi traduzido para o grego. Como podemos ter absoluta certeza disso? Simples: a diferença de significados existe apenas no grego ático, e o Novo Testamento foi escrito em grego koiné, um dialetobastante diferente. No grego koiné, tanto petros quantopetra significam "pedra" ou “rocha”. Se Jesus quisesse chamar Simão de “pedrinha”, teria usado o termo lithos.Estudiosos das igrejas protestantes históricas reconhecem este fato: podemos citar, por exemplo, a respeitável obra de D. A. Carson e Frank E. Gaebelein, "The ExpositorsBible Commentary" (veja aqui).

Ignorando a explicação, insiste o "evangélico": "Os católicos pensam que Jesus comparava Pedro à rocha. Na verdade, é o contrário. Ele os contrastava: de um lado, a rocha sobre a qual a Igreja seria construída, o próprio Jesus ('Petra'). De outro, esta mera pedrinha ('Petros'). Jesus queria dizer que ele mesmo seria o fundamento da Igreja, e que Simão não estava nem de longe qualificado para tanto"...

A criatividade humana realmente não tem limites, e éimpressionante perceber do que a má vontade é capaz: os "evangélicos" adoram interpretar a Bíblia literalmente, em tudo que não faz sentido, como no caso da proibição às imagens, que já estudamos aqui, e em diversos outros casos. Mas quando é para renegar o óbvio, o evidente, o explícito, aí eles vão procurar interpretações desnecessariamente complicadas a partir do texto em grego.

Com certeza é interessante estudar os textos sagrados no original. E, por isso mesmo, não podemos nos esquecer que a origem dos Evangelhos não está na língua grega. As narrativas que possuímos hoje foram traduzidas do aramaico, já que esta era a língua falada por Jesus, pelos Apóstolos e por todos os judeus da Palestina. Era essa a língua corrente da região, e sabemos com certeza que Jesus falava aramaico, também, devido a algumas de suas palavras que foram preservadas nos Evangelhos, traduzidas para o grego, como em Mt 27, 46, onde Ele diz, na cruz: Eli, Eli, Lama Sabachtani. Isto é aramaico, e significa, “Meu Deus, meu Deus, porque me abandonaste?”.

Os livros do NT foram escritos em grego porque não visavam apenas os cristãos da Palestina, mas também os de outros lugares, como Roma, Alexandria e Antioquia, onde o aramaico não era falado, e é por isso que também os Evangelhos foram traduzidos. Muito importante:nas epístolas gregas de Paulo (por 4 vezes em Gálatas e outras 4 vezes em 1Coríntios), preservou-se a formaaramaica do novo nome de Simão. Em nossas Bíblias, aparece como Cefas. Isto não é grego, mas sim umatransliteração do aramaico Kepha (traduzido por Kephasna forma helenística).

Então, sabemos o nome que Cristo realmente deu a Simão, na língua em que eles falavam. Seu nome era Simão, mas o Senhor lhe confere um novo nome, como fizera antes com Jacó e com Abrão, ao entregar-lhes suas missões fundamentais na História da Salvação. Foi assim que o Senhor chamou a Simão, mudando seu nome, por ter sido ele o primeiro a confessar que Jesus era o Cristo: Kepha. E o que significa Kepha, em aramaico? Significa rocha, pedra grande e maciça: é este o mesmo sentido de petra, em grego.

Já a palavra aramaica para uma pequena pedra é evna. O que Jesus realmente disse a Simão em Mt 16, 18 foi: “A partir de agora tu és Rocha e sobre esta Rocha construirei a minha Igreja”. - O que é óbvio, afinal, como construir a Igreja sobre uma pedrinha?

Quando se conhece o que Jesus disse em aramaico, percebe-se que ele comparava Simão à uma rocha; não estava comparando a si mesmo com o Apóstolo, de modo algum; isso seria absurdo. Podemos ver esta realidade,vividamente, em algumas versões modernas e mais apuradas da Bíblia em língua inglesa, nas quais este versículo é assim traduzido: "You are Rock, and upon thisrock I will build my Church". - Já em francês, sempre se usou apenas o termo pierre, tanto para o novo nome de Simão quanto para rocha.

O mais óbvio, claro e evidente: o fato concreto é que não é preciso se perder em estudos linguísticos complexos, nem em traduções de línguas orientais difíceis para entender a questão. Além de toda evidência gramatical, a própria estrutura da narração de Mt 16 15-19 não permite uma diminuição do papel de Pedro na Igreja, de modo algum. Basta observar a forma na qual se estruturou o texto. Teria algum sentido Jesus dizer: “Bendito és tu, Simão, pois não foi a carne nem o sangue que te revelaram este Mistério, mas meu Pai, que está nos Céus. Por isto eu te digo: és uma pedrinha insignificante, sem valor, e sobre a Rocha, que sou eu mesmo, edificarei a minha Igreja... Eu te darei as chaves do Reino dos Céus, e tudo o que ligares na Terra será ligado no Céu, e tudo o que desligares na Terra será desligado no Céu”...

Essa tradução fica até cômica, não é mesmo? Somente um indivíduo dotado de muita, mas muita má vontade para aceitar uma insanidade dessas. A verdade, que está na Escritura para quem quiser ver, é que Jesus abençoa Pedrotriplamente, inclusive com o dom das Chaves. Jesus coloca Pedro como uma forma de comandante ou primeiro ministro abaixo do Rei dos reis, dando-lhe as chaves do Reino. Como em Is 22, 22, os reis, no AT, apontavam um comandante para os servir em posição de grande autoridade, para governar sobre os habitantes do reino. Jesus cita quase que verbalmente esta passagem de Isaías, o que torna claríssimo aquilo que Ele tinha em mente.

Numa última tentativa de argumentar, diz o "evangélico":
 "Então, se 'kepha' significa o mesmo que 'petra', porque a versão grega não traz 'Tu és Petra'? Por quê, para o novo nome de Simão, Mateus usa o grego 'Petros'?"

A resposta é simples: o tradutor de Mateus teve que fazer isso, simplesmente porque não teve escolha. Grego e aramaico possuem diferentes estruturas gramaticais: em aramaico, pode-se usar somente kepha na passagem de Mt16, 18. Em grego, encontramos um problema: nesta língua, os substantivos possuem terminações diferentes para cadagênero. Em grego, existem substantivos femininos, masculinos e neutros. A palavra grega petra é feminina. Pode-se usá-la na segunda parte do texto, sem problemas. Mas não se pode usá-la para traduzir o novo nome de Simão, somente porque ele é homem, e não uma mulher. Ao traduzir para o grego, não seria possível usar um nome feminino para um homem. Foi preciso "masculinizar" a terminação do nome. Fazendo-o, surgiu o termo Petros, da mesma maneira que no português não dizemos "Apóstolo Pedra", já que o substantivo pedra é feminino. Também em português foi preciso criar o masculino de pedra, que deu em "Pedro".

Observação: no português, 'pedra' pode ser usado tanto para uma estrutura gigantesca como a Pedra da Gávea, no Rio de Janeiro, quanto para uma pequena pedra que atiramos no rio para formar ondas. Por certo, na tradução do aramaico para o grego perdeu-se parte do jogo de palavras usado pelo Senhor, assim como na tradução para o português.
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A Igreja tão frágil, tão forte; tão pobre, tão rica...



Infelizmente, enquanto o mundo for mundo, enquanto a Igreja estiver a caminho, experimentará em si a debilidade de seus membros.

Assim, foi no grupo dos Doze, assim, nas comunidades do Novo Testamento, assim é hoje. É interessante que o Evangelho de hoje começa com Judas, o nosso irmão, que traiu o Senhor, saindo do Cenáculo, saindo do grupo dos Doze, saindo da Comunidade: “Depois que Judas saiu do cenáculo”... – são as primeiras palavras do Evangelho...

E, no entanto, apesar da fraqueza de Judas e dos Doze, apesar da nossa fraqueza, Jesus continua nos amando e crendo em nós: “Eu vos dou um novo mandamento: amai-vos uns aos outros. Como Eu vos amei, assim também vós deveis amar-vos uns aos outros. Nisto todos conhecerão que sois Meus discípulos, se tiverdes amor uns pelos outros”.


Não tenhamos medo, não desanimemos, não nos escandalizemos: o Senhor está conosco, ama-nos, porque somos o Seu rebanho, as Suas ovelhas, a Sua Igreja. Ama-nos e derramou sobre nós o Seu amor e Sua força que é o Espírito Santo!

Se agora vivemos entre tribulações e desafios, nossa esperança é firmemente alicerçada em Cristo; Nele, venceremos, Nele, a Mãe católica, um dia, triunfará, totalmente glorificada e tendo em seu regaço materno toda a humanidade.

É comovente: “Vi um novo céu e uma nova terra... O primeiro céu e a primeira terra passaram e o mar já não existe” – o Senhor nos promete um mundo renovado, sem a marca do pecado, simbolizado pelo mar. “Vi a Cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do céu, de junto de Deus, vestida qual esposa enfeitada para o seu marido”. - É a Igreja, totalmente renovada pela graça de Cristo, totalmente Esposa, numa eterna aliança de amor, realizada na Páscoa e consumada no fim dos tempos!

“Esta é a morada de Deus entre os homens. Deus vai morar no meio deles. Eles serão Seu povo, e o próprio Deus estará com eles”. - A Igreja é o “lugar”, o “espaço” onde o Reino acontece visivelmente: Deus, em Cristo, habita no nosso meio e será sempre “Deus-com-eles”, Deus-conosco, Emanuel!“Deus enxugará toda lágrima dos seus olhos. A morte não existirá mais, e não haverá mais luto, nem choro, nem dor, nem morte, porque passou o que havia antes. Aquele que está sentado no trono disse: ‘Eis que Eu faço novas todas as coisas’”.

Caríssimos, olhem para mim, olhem-se uns para os outros! Somos a cara da Igreja, o cheiro da Igreja, a fisionomia da Igreja, a fraqueza e a força, a fidelidade e a infidelidade, a glória e a vergonha da Igreja!

Tão pobre, tão frágil, tão deste mundo... Mas também tão destinada à glória, tão divina, tão santa, tão católica, tão de Cristo!

Coragem! Vivamos profundamente nossa vida de Igreja; é o único modo de ser cristão como Cristo sonhou!

Soframos as dores e desafios da Igreja agora, para sermos partícipes da vitória que Cristo dará a Igreja na glória! Como diz o Apocalipse, “estas palavras são dignas de fé e verdadeiras”.
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Título Original: Tão pobre, tão rica; tão frágil, tão forte...
Fonte: Visão cristã
Disponível em: Viver em Deus

Conheça a eCatholicus: uma rede social católica



No último dia 30 de abril foi lançada a eCatholicus (www.ecatholicus.com.br), uma rede social mantida que tem o apoio da CNBB e do CERIS (Centro de Estatísticas Religiosas e Investigações Sociais), órgão ligado à CNBB que realiza o Censo Anual da Igreja Católica (CaicBr). Com a missão inicial de ajudar na divulgação da JMJ Rio 2013, a eCatholicus nasce também como ponto de encontro “antecipado” para os peregrinos que estarão no Rio para a Jornada, assim como aqueles que não poderão participar do encontro mas que podem acompanhar tudo através da Rede Social.

Segundo o padre Valdeir Goulart, "o projeto faz parte do processo maior de informatização do banco de dados da Igreja e publicação do Anuário Católico na internet." Ele explica também que a rede tem o objetivo de ampliar e potencializar a captação de dados para o Censo da Igreja, facilitando os trabalhos. "Uma rede social exclusivamente católica nos dará a possibilidade de falar diretamente com as células da Igreja presentes no Brasil, fato que contribuirá ativamente para a qualificação das pesquisas", completou.


Mesmo com tão pouco tempo no ar, esta nova rede social já conta com mais de 20 mil perfis de leigos e leigas, cadastrados com vínculos a uma das mais de onze mil paróquias pré-cadastradas na rede com base no cadastro oficial do CERIS que compõem o Anuário Católico do Brasil. "Paróquias, padres, bispos, diáconos, religiosos(as), comunidades católicas, enfim, as células oficiais da Igreja já estão no eCatholicus pois a Rede já conta com o cadastro do CERIS, o qual será atualizado constantemente", explica Fábio Castro, da Promocat Marketing, empresa responsável pelo projeto que conta também com o apoio da Thèos Informática, especializada em Sistemas de gestão de paróquias e dioceses, como o SGCP.

O usuário da nova rede também encontra comunidades de artistas, bandas, orações, santos e eventos que estão se cadastrando. No eCatholicus, o usuário pode postar suas fotos, enviar vídeos, mensagens e recados fechados para seus amigos virtuais, além de conversar com eles através do chat. "O fato de termos os leigos e leigas cadastrados diretamente ligados a uma paróquia favorecerá muito as comunicações entre as igrejas e os seus fiéis, proporcionando ganhos em escala para todas as células da Igreja", disse o padre Valdeir.

Para se cadastrar na Rede eCatholicus basta acessar o endereço www.ecatholicus.com e seguir as instruções.

Vaticano confirma a Cidade da Fé como local de encontro do Papa com os voluntários da JMJ Rio 2013



O Vaticano já divulgou a agenda do Papa Francisco pela ocasião de sua vinda ao Brasil para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ). Dentre as atividades previstas para o Santo Padre uma delas é o seu encontro com os voluntários na Cidade da Fé (Riocentro) às 17h do domingo dia 28 de julho.

A Cidade da Fé é um grande centro de apoio da JMJ onde ocorrerão diversas atividades sendo elas: catequese, cultura, diversão, doação, vocação, oração e música, muita música!

A Cidade da Fé vai abrigar o Bote Fé Brasil, evento que vai acontecer a partir de 20 de julho que reunirá os principais nomes da música católica como Dunga, Eliana Ribeiro, Banda Conexa, Amor e Adoração, Brais Oss, Anjos de Resgate, Martin Valverde, Eugênio Jorge, Ziza Fernandes entre outros e santa missa com Pe. Fábio de Melo e Pe. Reginaldo Manzotti em um grande momento de celebração e festa. O Bote Fé Brasil será a edição nacional deste grande evento idealizado pela CNBB e que encerra a passagem da Cruz peregrina e o ícone de Nossa Senhora pelo Brasil.


Outros eventos importantes que acontecerão na Cidade da Fé simultaneamente serão: a ExpoCatólica em sua 10ª edição, o FÉstival que em parceria com o Ministério do Turismo receberá estandes dos estados brasileiros incentivando o turismo religioso, EXPO VOCACIONAL e o Espaço ADORAR (Ação, Doação, Oração, Respeito, Atitude e Recreação) onde o jovem poderá fazer doações de agasalhos, alimentos e do próprio sangue que será recolhido por profissionais da saúde.
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Fonte: CNBB

domingo, 26 de maio de 2013

Papa Francisco celebra Missa para crianças na Solenidade da Santíssima Trindade



Homilia
Paróquia de Santa Isabel e Zacarias
Domingo, 26 de maio de 2013


Queridos irmãos e irmãs,

O pároco, em suas palavras, me fez lembrar de algo belo em Maria. Quando ela acabou de receber o anúncio de que seria a mãe de Jesus e também a notícia de que sua prima Isabel estava grávida – diz o Evangelho – saiu depressa, não esperou. Não disse: “Mas agora estou grávida, devo cuidar de minha saúde, minha prima tem amigos que poderão ajudá-la”. Ela ouviu algo e “saiu depressa.” É bonito perceber isso da Virgem Maria, nossa Mãe, que vai com pressa, porque tem isso dentro de si: ajudar. Vai para ajudar, não para se gabar e dizer à sua prima: “Mas escute, agora eu que mando, porque sou a Mãe de Deus!” Não, não fez isso. Foi até lá para ajudar!

E Nossa Senhora é sempre assim. É a nossa Mãe, que sempre vem imediatamente quando precisamos. Seria bom adicionar à Ladainha de Nossa Senhora: “Senhora que vai com pressa, rogai por nós!”. É lindo isso, não é verdade? Porque ela vai sempre depressa, ela não se esquece de seus filhos. E quando seus filhos estão com problemas, têm alguma necessidade e a invocam, ela vai imediatamente. E isso nos dá a segurança, a segurança de ter a Mãe ao lado, sempre ao nosso lado. Caminhamos melhor na vida quando temos a mãe perto. Pensemos nesta graça de Nossa Senhora: de estar perto de nós, sem nos fazer esperar. Sempre! Ela está – tenhamos confiança nisso – para nos ajudar. Maria que sempre vai depressa, por nós.

Nossa Senhora também nos ajuda a entender bem Deus, Jesus, compreender bem a vida de Jesus, a vida de Deus, para entender bem o que é o Senhor, como é o Senhor, quem é Deus.


A vocês crianças, eu pergunto: “Quem sabe quem é Deus?”. Levante sua mão. Diga-me? É isso aí! Criador da Terra. E quantos Deus existem? Um? Mas me disseram que são três: o Pai, o Filho e o Espírito Santo! Como se explica isso? Existe um ou existem três? Um? Um? E como se explica que um é o Pai, o outro o Filho e o outro o Espírito Santo? Forte, forte! Certo. Eles são três em um, três pessoas em uma.

E o que faz o Pai? O Pai é o princípio, o Pai, que criou tudo, que nos criou. O que faz o Filho? O que faz Jesus? Quem pode dizer o que Jesus faz? Ele nos ama? E depois? Leva a Palavra de Deus! Jesus veio para nos ensinar a Palavra de Deus. Muito bem! E depois? O que Jesus fez na terra? Ele nos salvou! E Jesus veio para dar a Sua vida por nós. O Pai cria o mundo, Jesus nos salva. E o Espírito Santo, o que faz? Ele nos ama! Nos dá amor!

Todas as crianças juntas: o Pai cria tudo, cria o mundo, Jesus nos salva e o Espírito Santo? Ele nos ama! E esta é a vida cristã: falar com o Pai, com o Filho e com o Espírito Santo.
Jesus nos salvou, mas também caminha conosco na vida. É verdade isso? E como ele caminha? O que Ele faz quando caminha conosco na vida? Isto é difícil. Nos faz vencer o maligno! O que faz Jesus quando caminha conosco? Forte! Primeiro, nos ajuda. Nos conduz! Muito bem! Caminha com a gente, nos ajuda, nos orienta e nos ensina a seguir em frente. E Jesus também nos dá a força para caminhar. É verdade? Ele nos sustenta! Isso! Nas dificuldades, certo? E também nas tarefas da escola! Nos sustenta, nos ajuda, nos conduz, nos sustenta. É isso aí! Jesus está sempre conosco.

Mas escute, Jesus nos dá força. Como Jesus nos dá força? Vocês sabem como nos dá força! Forte, não estou escutando! Na comunhão nos dá força, nos ajuda com a força. Ele vem a nós.  Mas quando vocês dizem “dá-nos a comunhão”, um pedaço de pão nos dá tanta força? Não é um pão? Este é pão, mas aquele sobre o altar é pão ou não é pão? Parece pão! Não é exatamente pão. O que é? É corpo de Jesus. Jesus vem até o nosso coração.

Pensemos nisso, todos: o Pai nos deu a vida, Jesus nos deu a salvação, nos acompanha, nos guia, nos sustenta, nos ensina e o Espírito Santo? O que o Espírito Santo nos dá? Ele nos ama! Nos dá amor. Pensemos em Deus assim e peçamos à Nossa Senhora, Maria, nossa Mãe, sempre apressada a nos ajudar, que nos ensine a compreender bem como Deus é: como é Pai, Filho e Espírito Santo. Assim seja.

O Ano Litúrgico



A Igreja, Mãe e Mestra, desde o início do cristianismo sabiamente foi organizando o Calendário Litúrgico para comemorar os mistérios da fé, assim como a memória de Maria e dos santos. O Ano Litúrgico começa no primeiro domingo do Advento com a preparação para o Natal, seguindo-se os demais Tempos Litúrgicos. Através do ano, o Domingo, segundo a tradição dos Apóstolos é o principal dia da semana, no qual os fiéis têm a obrigação de participarem do Santo Sacrifício da Missa.

A principal data do Ano Litúrgico é a comemoração da Páscoa, o maior dia do ano. A sequência de leituras bíblicas que se repetem a cada três anos nos domigos e solenidades são dividas em ano A, B e C. No ano A lêem-se as leituras do Evangelho de São Mateus, no ano B, o de São Marcos e no ano C, o de São Lucas, como acontece neste ano de 2013. O Evangelho de São João é lido em ocasiões especiais, sobretudo nas Festas mais importantes.


Nos dias da semana no Tempo Comum há leituras diferentes para os anos pares e para os anos ímpares, com exceção do Evangelho que se repete de ano a ano. É assim  que, de três em três anos, aqueles que participam da liturgia diária terão praticamente lido toda a Bíblia. As leituras, inclusive os salmos, estão de acordo com os tempos litúrgicos, a saber, no Advento ajudam na preparação para a solenidade do Natal, quando também se dirigem os pensamentos para a segunda vinda de Cristo no fim dos tempos, ditos escatológicos. O tempo do Natal vai de 25 de dezembro até a festa do Batismo de Jesus.

O tempo da Quaresma, época de especial conversão e penitência, vai de quarta-feira de Cinzas até Quinta-feira Santa, quando começa o tríduo Pascal. O Tempo Pascal estende-se até o domingo de Pentecosts e depois continua o Tempo Comum até o Advento. Neste período se celebram também várias festividades em homenagem à Virgem Maria com leituras especiais. Como salienta a CNBB, "o Tempo comum não é tempo vazio, é tempo de a Igreja continuar a obra de Cristo nas lutas e nos trabalhos pelo Reino." (Documento 43, 132). Por isto também neste período a Liturgia apresenta as Leituras bíblicas numa catequese admirável. Sábios, portanto, os critérios da escolha das Leituras através do ano.

O calendário litúrgico cristão se torna uma celebração atualizada da salvação. Quando se relaciona a sinfonia do tempo cósmico com o tempo da história, se pode perceber que o tempo judaico e o tempo cristão se tornaram aquele da recordação das intervenções de Deus na história humana. Eis aí o aspecto de memorial que estrutura a concepção da liturgia na sua relação com o tempo. As festas não são apenas marcas na roda inexorável da sucessão das horas, ritmada pelo decurso de estações e fatos cósmicos. Elas são momentos chaves, permitindo à comunidade reencontrar a lembrança da presença de Deus. O ciclo lunar permaneceu um referencial para determinar o momento das festas especialmente a de Páscoa, celebrada no primeiro domingo depois da lua cheia do equinócio de março.

Toda celebração litúrgica comemora e festeja o mistério pascal, mesmo si cada festa específica, como a da Transfiguração, se ligue mais a uma de suas facetas. O ano litúrgico combina as duas, seu epicentro é constituído pela Páscoa, mas todo o resto do ano se desenvolve segundo um programa que tem em conta os limites da capacidade humana de entrar neste mistério divino.

Nenhuma festa do ano litúrgico não se compreende sem a referência pascal, mesmo as festas dos santos nas quais a Igreja “proclama este mistério nos seus santos que sofreram com Cristo e são glorificados com ele” (SC n 104). É que viver a realidade da Ressurreição de Cristo consiste em fazer penetrar a eternidade de Deus no tempo humano. É inscrever a existência de cada um na perspectiva escatológica. Em cada dia do ano litúrgico, a liturgia eucarística e a liturgia das horas introduzem uma porosidade entre a vida presente e a vida eterna e leva os batizados a viverem o mistério pascal. Eis porque a morte não aparece então mais do que uma derradeira etapa da conformação com Cristo a qual foi iniciada no batismo.

Nesta trajetória terrena a presença Deus transfigura assim o tempo dos fiéis e todas as atividades humanas.  Pelo batismo e pela sua iniciação permanente na vivência de Cristo os cristãos são constituídos portadores do sacramento no qual renasceram para a vida sobrenatural. O ponto capital, portanto, do ano litúrgico é permitir aos fiéis terem sempre consciência do mistério pascal nesta vida, esperando que a escatologia realize a plenitude da mesma. Ao longo de sua história a liturgia não cessou nunca de ser a pedagoga desta sublime experiência que vai conhecendo através dos diversos ciclos litúrgicos a contínua novidade e grandeza de cada verdade da fé comunitariamente celebrada. 

Côn. Vidigal*
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Fonte: CatólicaNet
* Professor no Seminário de Mariana durante 40 anos

sábado, 25 de maio de 2013

Corpo e Sangue de Cristo



Na próxima quinta-feira, celebramos a festa do Corpo e Sangue de Cristo, também conhecida como festa de Corpus Christi. É uma festa típica da Igreja Católica e tem por motivação promover a fé na presença do Cristo Ressuscitado nas espécies do pão e do vinho consagrados.

Em cada missa, quando o padre toma o pão nas mãos e pronuncia as palavras: “Tomai todos e comei: isto é o meu corpo que será entregue por vós”, e, depois disso, ao tomar o cálice com vinho e proclamar:

“Tomai todos, e bebei! Este é o cálice do meu sangue, o sangue da nova e eterna aliança, que será derramado por vós e por todos para a remissão dos pecados: fazei isto em memória de mim!”, entendemos que se dá o milagre da transubstanciação do pão e do vinho no corpo e no sangue de Cristo.

Como católicos, cremos que, a partir daquele momento Cristo se faz presente no pão e no vinho consagrados. Por isso, nós o podemos adorar na hóstia consagrada, sem incorrer em ato de idolatria. Também por isso nós promovemos a adoração ao Santíssimo Sacramento em vários momentos do Ano Litúrgico, particularmente na noite da quinta-feira santa e na festa do Corpo e Sangue de Cristo.

Procissão do Fogaréu



Para comemorar seus dez anos de realização da Procissão do Fogaréu em Caxias, a Organização Caxiense de Artes e Tradições (OCAT) resolveu realizar a procissão em outras cidades maranhenses. Uma das escolhidas foi São Luís.

Aqui na capital maranhense a Procissão do Fogaréu será na quarta-feira, dia 29 de maio, às 20 horas.

A apresentação começa nas escadarias do Reviver, nas imediações da Câmara Municipal, segue para a Igreja da Sé, Igreja do Carmo e termina na Igreja do Desterro. A duração é de cerca de duas horas.

Depois de São Luís será a vez de Imperatriz, Codó e Viana.


O fogaréu é realizado há mais de três séculos na cidade de Goiás (Goiás Velho). No Maranhão, apenas em Caxias.

Para mais informações, ligue (99) 8831-2976.