sexta-feira, 12 de julho de 2013

Motu Proprio do Papa que altera o sistema penal vaticano


Carta Apostólica em forma de Motu Proprio sobre a jurisdição dos organismos judiciários do Estado da Cidade do Vaticano em matéria penal
Quinta-feira, 11 de julho de 2013


Em nossos tempos, o bem comum é sempre mais ameaçado pela criminalidade transnacional e organizada, pelo uso impróprio do mercado e da economia e pelo terrorismo.

É então necessário que a comunidade internacional adote idôneos instrumentos jurídicos que permitam prevenir e combater a criminalidade, favorecendo a cooperação judiciária internacional em matéria penal.

A Santa Sé, agindo também em seu nome e por conta do Estado da Cidade do Vaticano, no ratificar numerosas convenções internacionais nesse âmbito, sempre afirmou que tais acordos constituem meios de efetiva prevenção da atividade criminosa que ameaça a dignidade humana, o bem comum e a paz.


Querendo agora reafirmar o compromisso da Sé Apostólica em cooperar com estes fins, com a presente Carta Apostólica em forma de Motu Proprio disponho que:

1.     Os competentes organismos judiciários do Estado da Cidade do Vaticano exercitem a jurisdição penal também sobre:

a)     crimes cometidos contra a segurança, os interesses fundamentais ou o patrimônio da Santa Sé;

b)     crimes indicados:

- na Lei do Estado da Cidade do Vaticano n. VIII, de 11 de julho de 2013, sobre Normas complementares em matéria penal;

- na Lei do Estado da Cidade do Vaticano n. IX, de 11 de julho de 2013, sobre Alterações no código penal e no código de processo penal; cometidos por pessoas referidas ao sucessivo ponto 3 em ocasião do exercício das suas funções;

c)     a todo outro crime cuja punição é requerida por um acordo internacional ratificado pela Santa Sé, se o autor se encontra no Estado da Cidade do Vaticano e não é extraditado ao exterior.

2.     Os crimes mencionados no ponto 1 são julgados segundo a legislação vigente no Estado da Cidade do Vaticano no ato da sua prática, sem prejuízos dos princípios gerais do ordenamento jurídico relativos à aplicação das leis penais no tempo.

3.     Aos fins da lei penal vaticana são equiparados os “públicos oficiais”:

a)     os membros, os oficiais e os dependentes dos vários organismos da Cúria Romana e das Instituições a essa ligadas;

b)     os relacionados pontifícios e o pessoal de papel diplomático da Santa Sé;

c)     as pessoas que exercem funções de representação, de administração ou de direção, e aqueles que exercem, também de fato, a gestão e o controle das entidades diretamente dependentes da Santa Sé e inscritas no registro das pessoas jurídicas canônicas mantido no Governatorato do Estado da Cidade do Vaticano;

d)     toda outra pessoa titular de um mandato administrativo ou judiciário na Santa Sé, a título permanente ou temporário, remunerado ou gratuito, qualquer que seja o seu nível hierárquico;

4.     A jurisdição do ponto 1 se estende também à responsabilidade administrativa das pessoas jurídicas resultantes do crime, como disciplinada pelas leis do Estado da Cidade do Vaticano.

5.     Quando o mesmo fato proceder em outros Estados, são aplicáveis as disposições sobre competência de jurisdição vigentes no Estado da Cidade do Vaticano.

6.     Resta salvo quanto estabelecido no artigo 23 da Lei n. CXIX, de 21 de novembro de 1987, que aprova o Ordenamento judiciário do Estado da Cidade do Vaticano.

Isto decido e estabeleço, não obstante qualquer disposição em contrário.

Estabeleço que a presente Carta Apostólica em forma de Motu Próprio seja promulgada mediante a publicação no L’Osservatore Romano e entre em vigor em 1º de setembro de 2013.

Dado em Roma, no Palácio Apostólico, em 11 de julho do ano de 2013, primeiro de Pontificado.

 ______________________________

Fonte: Boletim da Santa Sé
Tradução: Jéssica Marçal

Lobos em pele de cordeiro


Foi o Próprio Deus, Nosso Senhor, Jesus Cristo, quem nos advertiu no "Sermão da Montanha"- "Guardai-vos dos falso profetas, que vêm a vós vestidos de cordeiros mas por dentro são lobos vorazes". (Mt. 7,15) Estas palavras ecoam através dos séculos para nós Católicos de agora, que estamos tanto quanto, ou até mais, necessitados de tal advertência. O que deveria nos motivar a prestar mais atenção nesta advertência e ter mais cuidado em nossas vidas diárias? O fato de que a pureza e a integridade da fé é um assunto sério. A Fé de uma pessoa pode ser facilmente corrompida.

O Catecismo de Baltimore afirma que: 

"Uma pessoa que nega até mesmo um só artigo de nossa fé não poderia ser um Católico; pois a verdade é uma só e precisamos aceitá-la inteira ou então não aceitar nada". Isto meramente repete o ensinamento de Nosso Senhor conforme escrito por São Tiago: "pois quem guarda os preceitos da lei, mas faltar em um só ponto, tornar-se-á culpado de toda ela." (S. Tiago 2,10) 

São Tomás de Aquino acrescenta: "rejeitar um só artigo ensinado pela Igreja é suficiente para destruir a fé do mesmo jeito que um pecado mortal é suficiente para destruir a caridade..." 


Papa Leão XIII, em sua encíclica "Satis Cognitum", ensina com todas as palavras: "Nada é mais perigoso do que os hereges que, enquanto conservam quase todo o remanescente do ensino da Igreja intacto, corrompem com uma única palavra, como uma gota de veneno, a pureza e a simplicidade da fé que nós recebemos através da tradição tanto de Deus quanto dos Apóstolos". Não somente deveríamos prestar muita atenção ao aviso de Nosso Senhor por causa da FACILIDADE com que a Fé de uma pessoa pode ser corrompida, mas deveríamos também encontrar motivação no fato de que o perigo prevalece hoje em dia mais do que o era na virada do século, 87 anos atrás, quando São Papa Pio X sentiu a necessidade de escrever: 

"Os partidários do erro não devem ser procurados apenas entre os que são abertamente inimigos da Igreja; mas... em seu próprio seio, e estes são mais nocivos por atuarem às escondidas." "A Igreja não tem inimigos piores". Pois eles colocam em operação seus desígnios para a destruição dela não pelo lado de fora, mas por dentro. Assim, o perigo está presente quase nas próprias veias e no coração da Igreja, e o dano é mais certo pelo próprio fato de que o conhecimento que eles têm dela é mais íntimo"."Eles tomam o encargo de professores nos seminários e universidades e, gradualmente ,fazem deles e delas cadeiras de pestilência". Certamente não esperamos encontrar homens vestidos com pele de ovelhas. Não. O que nos é dito para "temer" é aquilo que na superfície soa agradável aos ouvidos; aquilo que parece "positivo" ou "benigno" à primeira vista. Mas por trás de tudo isso está um erro sutil que destrói a Fé. Qual é um dos melhores meios pelos quais um erro contra a fé pode ser ensinado a um Católico e fazer com que ele o aceite facilmente como verdade mesmo se, a princípio, ele questionava a sua novidade. O jeito que foi usado na virada do século foi dizer que "doutrina evolui", ou que "a verdade evolui com o homem". Hoje em dia, entretanto, como a evolução não é geralmente olhada de maneira favorável pelos Católicos, eles vão ao invés disso dizer que temos que perceber que há um "desenvolvimento doutrinal" - esta é a "pele de cordeiro" da qual Nosso Senhor falou.

Qual maneira seria melhor para que falsas doutrinas sejam aceitas pelos fiéis do que clamar que a doutrina só "parece diferente" porque são verdades do tempo antigo que "desenvolveram" e progrediram, ou avançaram! Este é um dos mais incidiosos e traiçoeiros métodos de corrupção da fé de um Católico. A palavra "desenvolvimento" soa benévola ou muito "teológica" aos ouvidos, e pode muito bem pegar as pessoas desprevenidas. É um termo muito geral que tem mais de um significado: tenha cuidado com palavreado ambíguo. O termo tem que ser entendido corretamente.

Quando um carvalho cresce, amadurece e se desenvolve como qualquer coisa na natureza. O carvalho contém em perfeição o que a sua semente guardava. A semente do carvalho não poderia mais tarde tornar-se uma macieira. Com relação às verdades sobrenaturais de Revelação Divina vemos que isto é verdade. A Igreja não pode em certo tempo condenar algo como sendo pecado ou erro e mais tarde ensinar que é verdade ou uma virtude.

Vamos examinar o caso de um jovem que viveu gerações atrás, digamos, Michael Ghislieri. Aos 10 anos, o menino aprende seu catecismo, recebe os sacramentos e professa sua Fé. Ele é um Católico puro e simples e sabe as verdades de sua fé. Conforme amadurece, assim acontece com sua fé e compreensão das verdades, que ele sempre soube que são verdadeiras. Mais tarde na vida, ele estuda filosofia e teologia e se torna um teólogo. Ele ainda é tão Católico quanto foi aos 10 anos, mas agora ao invés de simplesmente SABER que as coisas são verdade, ele agora sabe os PORQUÊS e COMOS dessas verdades. Ele adquiriu uma MELHOR compreensão conforme cresceu. Isso nada mais é do que um "desenvolvimento de doutrina" em seu VERDADEIRO SENTIDO. Aos 10 anos ele era Católico com BOA compreensão das Verdades da Fé. Sendo um teólogo e mais velho ele acredita e professa as MESMÍSSIMAS doutrinas com o MESMO SIGNIFICADO mas com MELHOR compreensão. 

(Agora conhecemos Michael Ghislieri por S. Papa Pio V.)

Nosso Senhor deu à Igreja as Verdades da Fé. A Igreja ensina que a Revelação terminou com a morte do último apóstolo. Este "Depósito da Fé" tem sido preservado e ensinado infalivelmente desde o começo. Quando a Igreja era jovem, os Cristãos tinham um BOM conhecimento da Fé. Conforme a Igreja cresceu nós desenvolvemos um MELHOR entendimento do que o sagrado depósito contém. Um Católico no ano 94 D.C. é tão Católico como um teólogo ortodoxo do século XX, acreditando nas mesmas doutrinas - nada contrário. A Verdade é imutável. O que foi condenado uma vez pela Igreja no passado, não pode mais tarde ser aprovado por princípio, nem pode algo que uma vez foi declarado verdadeiro e bom pela Igreja tornar-se mais tarde falso e pecaminoso. Um verdadeiro desenvolvimento da doutrina "aumenta" sua compreensão de pontos delicados e sua relação com outras verdades. Nunca pode um MELHOR entendimento significar que o que foi entendido previamente era defeituoso. Era entendido com menos detalhes, mas NÃO era um erro, nem algo contrário. Um teólogo acredita nas mesmas verdades que um garoto de escola, com a diferença que aquele sabe com mais detalhes. Estes maiores detalhes não podem ser contrários ao que o garoto de escola sabe.

Então, vemos Nosso Senhor nos alertando sobre homens que procurariam corromper nossa Fé. Hoje em dia tais homens muito frequentemente vestem a pele de cordeiro do "desenvolvimento doutrinal" para enganar Católicos incautos, a fim de que acreditem em doutrinas diferentes do que as que lhes foram ensinadas previamente pela Igreja. A pele de cordeiro que é tão traiçoeira e insidiosa é a da "posição eclesiástica". A Igreja tem tido que lidar com tais hereges no passado, e lidou com eles de forma severa. Hereges que ocupam altos cargos na Igreja podem facilmente enganar o Católico mediano simplesmente permanecendo em seu posto de dignidade (como vemos na citação acima, de S. Papa Pio X). A história mostra que isso tem causado desastres na Igreja. Bispo Arius é um bom exemplo. A heresia Ariana fez com que cerca de 80% do clero se afastasse da Fé. E muitos foram com eles, não porque tenham entendido aquela heresia, mas simplesmente porque seguiram seu clero.

São Paulo parece ter nos advertido a respeito de doutrina diferente quando vêm de uma fonte com ofício ou dignidade especial: "...há apenas pessoas que semeiam a confusão entre vós e querem perturbar o Evangelho de Cristo. Mas, ainda que alguém - nós ou um anjo baixado do céu, vos anunciasse um evangelho diferente do que vos temos anunciado, que ele seja anátema." (Gl. 1,7-9) São Paulo nos dá um princípio para lembrarmos: "irmãos, ficai firmes e conservai os ensinamentos que de nós aprendestes, seja por palavras, seja por carta nossa." (2 Ts. 2,14) A Verdade imutável é encontrada na tradição. Muitas pessoas hoje em dia reconhecem as heresias que estão infestando a Igreja e estão tentando prestar ouvidos às palavras de São Paulo.

Um Católico comum não há muito tempo atrás mencionou o fato perturbante de que seu pároco na Pennsylvania estava dizendo a seu rebanho que o batismo não era necessário! Se isso tivesse acontecido há centenas de anos atrás, mesmo considerando-se as comunicações e transportes lentos, ele seria hoje um herege infame como um Zwingli, Donatus ou Calvino! Hoje em dia, entretanto, este sacerdote vai casualmente seguindo seu caminho destruindo almas.

Muitos Católicos hoje em dia tem que estar extra vigilantes porque esses hereges não estão sendo condenados, e podem ser encontrados em muitas paróquias. Alguns desses Católicos vigilantes se auto denominam "Católicos tradicionais" para se diferenciarem daqueles que não estão se apegando com força às tradições. O termo, entretanto, é redundante: O Catolicismo, como temos visto, é essencialmente tradicional. Chamar um Católico de "tradicional" é como chamar um círculo de "redondo" ou dizer "um triângulo de três lados". Mas o termo hoje em dia parece ser necessário para contra atacar aqueles que quebraram com a tradição mas ainda assim se chamam "Católicos". Infelizmente, há inúmeros tipos diferentes desses "tradicionalistas", mas a despeito de nossos sentimentos para com eles, temos que estar conscientes para NÃO deixar que nossos sentimentos diminuam o amor que todos nós deveríamos ter pela tradição, que é a pedra de toque do Catolicismo. Ninguém está acima da tradição.

Nós lemos as fortes palavras de São Paulo - "mesmo que nós, ou um anjo do céu". Estas palavras incluem a advertência de que mesmo o ofício de um Papa pode ser usado para espalhar heresia. Obviamente, em tal caso, haveria um "anti-papa" e não um Papa de verdade. A Pele de Cordeiro do "ofício eclesiástico" é tão eficaz em promover o erro que São Bernardo, Cardeal Newman, e outros, logicamente acreditavam que a única maneira pela qual o Anti-Cristo poderia ser tão eficaz ao criar uma "grande apostasia" entre Católicos seria tornando-se um "anti-papa" o qual a maior parte do mundo Católico pensaria ser um Papa válido. (veja o artigo ANTICRISTO na "Enciclopédia Católica)

Então vemos: 

1) Como se pode facilmente cair em erro e cessar de ser Católico. 
2) Como o erro prevalece hoje em dia. 
3) Quão sério é o apego a tradição. 
4) O verdadeiro sentido de "Desenvolvimento Doutrinal" 
5) A pele de cordeiro tanto do "ofício eclesiástico" quando da "evolução da verdade". O princípio que está no coração de tudo isso: A Verdade Católica é imutável. Ela não mudou, não pode e não vai mudar. Seria bom ler citações da Igreja declarando esta verdade de importância crucial.

O juramento Solene feito perante Deus e imposto a todos os sacerdotes de 1910 até 1868 é muito claro quanto ao significado de verdade imutável: "Eu aceito sinceramente a doutrina da fé transmitida pelos apóstolos através dos pais ortodoxos, sempre com o mesmo sentido e interpretação, mesmo para nós; e dessa forma rejeito a invenção herege da evolução dos dogmas, passando de um significado para outro diferente daquele que a Igreja tinha no princípio; ...a absoluta e imutável verdade pregada pelos apóstolos desde o começo não pode nunca ser acreditada de outra forma, nunca pode ser entendida de outra forma.... Assim o prometo, assim eu juro, e que Deus, etc."

"Se alguém diz: pode acontecer que a respeito de doutrinas apresentadas pela Igreja, algumas vezes, conforme o conhecimento avança, elas deveriam receber um outro sentido diferente daquele que a Igreja entendeu e entende, que seja anátema". - Concílio Vaticano (1870)

S. Pio X, que chamou o "modernismo" de "supra sumo de toda heresia", condenou o seguinte: CONDENADO "58. A verdade não é mais imutável do que o próprio homem, já que evolui com ele, nele e através dele""...o erro dos modernistas, que afirmam que a verdade dogmática não é absoluta mas sim relativa, quer dizer, que ela muda de acordo com as necessidades que variam de acordo com tempo e lugar e com as mutáveis tendências da mente; que ela não é contida numa tradição imutável, mas pode ser alterada para se adaptar às necessidades da vida humana."

Catecismo de Baltimore: 

Q. 546. A Igreja pode mudar suas leis? 

A. A Igreja pode, quando necessário, mudar as leis que ela mesmo fez, mas não pode mudar as leis feitas por Cristo. A Igreja também não pode mudar nenhuma doutrina de fé ou de moral.

Q. 568. A Igreja, definindo certas verdades, faz dessa maneira novas doutrinas? 


A. A Igreja definindo, quer dizer, proclamando certas verdades, artigos de fé, não faz novas doutrinas, mas simplesmente ensina de maneira mais clara e com maior esforço verdades que sempre foram acreditadas e mantidas pela mesma.
________________________________
Disponível em: Veritatis Splendor
Tradução: Alessandro Lima do original em inglês "The Wolves in Sheep's Clothing..."

Agenda do Papa Francisco no Brasil


As impressões do Boff sobre a Lumen Fidei

Leonardo Boff, afastado da Igreja
por transmitir ensinamentos da Teologia da Libertação

O Leonardo Boff não gostou da primeira encíclica do Papa Francisco. Claro que ele não poderia gostar, uma vez que é bem conhecido o orgulhoso desprezo do ex-frade por tudo aquilo que é católico. O seu texto, contudo, é espantoso: analisando-o, parece que o “teólogo” sequer leu a Lumen Fidei que desde o primeiro parágrafo se propõe a desqualificar. Vejamos:

A Encíclia (sic) não traz nenhuma novidade espetacular que chamasse a atenção da comunidade teológica

Certamente é bem difícil conceber algum tipo de “novidade espetacular” que pudesse ser possível em um texto sobre a Fé da Igreja, que é a mesma ontem, hoje e sempre! No entanto, «[a] fé como escuta e visão» (LF 29-31) é um dos pontos mais ricos do texto pontifício, que aborda o assunto sob um prisma que eu não me recordo de ter encontrado em documentos eclesiásticos. O Papa diz que a Fé é simultaneamente ouvir e ver, o que transcende a Revelação vetero-testamentária (cuja expressão máxima se encontra no Sh’ma Yisrael - «ouve, ó Israel») e só encontra a sua plenitude na Encarnação de Cristo, que é a Palavra do Pai, que pode ser vista e ouvida e até mesmo tocada: «Por meio da sua encarnação, com a sua vinda entre nós, Jesus tocou-nos e, através dos sacramentos, ainda hoje nos toca; desta forma, transformando o nosso coração, permitiu-nos — e permite-nos — reconhecê-Lo e confessá-Lo como Filho de Deus» (LF 31). A beleza da imagem escapa completamente aos olhos remelentos do caquético ex-franciscano.


É um texto dirigido para dentro da Igreja. Fala da luz da fé para quem já se encontra dentro no mundo iluminado pela fé.

Aqui o absurdo chega às raias da falsificação intelectual pura e simples. A introdução da Encíclica coloca a questão em termos absolutamente não-crentes: começa analisando justamente «a objecção que se levanta de muitos dos nossos contemporâneos, quando se lhes fala desta luz da fé» (LF 2) e diz que «urge recuperar o carácter de luz que é próprio da fé, pois, quando a sua chama se apaga, todas as outras luzes acabam também por perder o seu vigor» (LF 4). E ainda: «a fé enriquece a existência humana em todas as suas dimensões» (LF 6). Não há sombra de «reflexão intrasistêmica» aqui, como se fosse um texto auto-referenciado e que só servisse para sedimentar católicos hermeticamente isolados de um mundo sem Fé.

E mais: os capítulos II e IV têm um evidente apelo para os que não crêem. Aquele por colocar a Fé como uma modalidade de conhecimento; este, por advogar com veemência os influxos benéficos da Fé para a vida em sociedade. Leiam-se os seguintes excertos – trago só dois – e digam honestamente se é possível dizer que esta Encíclica não tem nada a dizer para os que não têm Fé:

A fé ilumina também a matéria, confia na sua ordem, sabe que nela se abre um caminho cada vez mais amplo de harmonia e compreensão. Deste modo, o olhar da ciência tira benefício da fé: esta convida o cientista a permanecer aberto à realidade, em toda a sua riqueza inesgotável. A fé desperta o sentido crítico, enquanto impede a pesquisa de se deter, satisfeita, nas suas fórmulas e ajuda-a a compreender que a natureza sempre as ultrapassa. Convidando a maravilhar-se diante do mistério da criação, a fé alarga os horizontes da razão para iluminar melhor o mundo que se abre aos estudos da ciência [LF 34].

Assimilada e aprofundada em família, a fé torna-se luz para iluminar todas as relações sociais. Como experiência da paternidade e da misericórdia de Deus, dilata-se depois em caminho fraterno. Na Idade Moderna, procurou-se construir a fraternidade universal entre os homens, baseando-se na sua igualdade; mas, pouco a pouco, fomos compreendendo que esta fraternidade, privada do referimento a um Pai comum como seu fundamento último, não consegue subsistir; por isso, é necessário voltar à verdadeira raiz da fraternidade [LF 54].

Ainda, o número 35 da Encíclica fala sobre «A fé e a busca de Deus» e tenciona explicitamente «oferece[r] a contribuição própria do cristianismo para o diálogo com os seguidores das diferentes religiões» (id. ibid.).

E ainda vem o Boff me dizer que se trata de um texto que somente fala da Fé Católica para os que já são católicos! Ele tem certeza de que está falando daLumen Fidei?

[O texto t]em dificuldade em aceitar um dos temas mais caros do pensamento moderno: a autonomia do sujeito e o uso que faz da luz da razão.

Evidentemente nenhum sujeito tem “autonomia” alguma frente à realidade das coisas: se minha conta bancária está negativa, é claro que eu não posso evocar a minha “autonomia intelectual” para afirmá-la cheia de dinheiro e com isso saldar os meus credores. Mas o «uso que [o indivíduo] faz da luz da razão» perpassa todo o documento, e é exatamente isto que o Papa em diversos pontos evoca em favor da Fé. Por exemplo, citando Sto. Agostinho, afirma que «a busca da razão, com o seu desejo de verdade e clareza, aparece integrada no horizonte da fé, do qual recebeu uma nova compreensão» [LF 33]. E ainda: «a busca da verdade é uma questão de memória, de memória profunda, porque visa algo que nos precede e, desta forma, pode conseguir unir-nos para além do nosso « eu » pequeno e limitado» [LF 25].

Esta afirmação [«“sem a verdade a fé não salva” (n.24)»] é problemática em termos teológicos

Em termos teológicos, o Boff é que é problemático. Aliás, problemático é eufemismo: ele é errado mesmo.

pois toda a Tradição, especialmente, os Concílios tem afirmado que somente salva “aquela verdade, informada pela caridade” (fides caritate informata).

Sim, e isso é repetido pela própria Lumen Fidei logo no seu início: «Fé, esperança e caridade constituem, numa interligação admirável, o dinamismo da vida cristã rumo à plena comunhão com Deus» (LF 7). De onde raios o Boff tirou que a Encíclica defenderia uma Fé separada da Caridade?

Mas se constata na Encíclia uma dolorosa lacuna que lhe subtrae (sic) grande parte da relevância: não aborda as crises da fé do homem de hoje, suas dúvidas, suas perguntas que nem a fé pode responder: Onde estava Deus no tsunami que dizimou milhares de vida ou em Fukushima? Como crer depois dos massacres de milhares de indígenas feitos por cristãos ao longo de nossa história, dos milhares de torturados e assassinados pelas ditaduras militares dos anos 70-80? Como ainda ter fé depois dos milhões de mortos nos campos nazistas de extermínio? A encíclica não oferece nenhum elemento para respondermos a estas angústias.

Custa acreditar que este parágrafo possa ter sido escrito, pois a Lumen Fidei reserva, sim, e explicitamente, um trecho para falar do sofrimento do mundo:

A luz da fé não nos faz esquecer os sofrimentos do mundo. Os que sofrem foram mediadores de luz para tantos homens e mulheres de fé; tal foi o leproso para São Francisco de Assis, ou os pobres para a Beata Teresa de Calcutá. Compreenderam o mistério que há neles; aproximando-se deles, certamente não cancelaram todos os seus sofrimentos, nem puderam explicar todo o mal. A fé não é luz que dissipa todas as nossas trevas, mas lâmpada que guia os nossos passos na noite, e isto basta para o caminho. Ao homem que sofre, Deus não dá um raciocínio que explique tudo, mas oferece a sua resposta sob a forma duma presença que o acompanha, duma história de bem que se une a cada história de sofrimento para nela abrir uma brecha de luz. [LF 57]

E este eu tenho certeza de que o Boff o leu, porque dois parágrafos antes ele citou a «lâmpada que guia os nossos passos na noite». Parece que, para o ex-franciscano, a resposta do Papa Francisco não é suficiente. Gostaria, então, de conhecer a relevante contribuição teológica que o Leonardo Boff tem a dar para o problema do mal no mundo, que seja melhor do que os textos magisteriais sobre o assunto resumidos nas linhas acima da Lumen Fidei.


Na verdade, o grande problema do Boff é com as partes «fortemente doutrinárias» do documento do Papa Francisco. O que provoca calafrios no velho boffento é ler a Doutrina Católica explícita com desconcertante clareza em vários pontos da Encíclica, como p.ex. quando o Papa diz com todas as letras que «[s]em verdade, a fé não salva» (LF 24); ou que «a teologia é impossível sem a fé» (LF 36), que ela «partilha a forma eclesial da fé» (id. ibid) e que «não considera o magistério do Papa e dos Bispos em comunhão com ele como algo de extrínseco, um limite à sua liberdade, mas, pelo contrário, como um dos seus momentos internos constitutivos» (id. ibid.); ou ainda que a Fé «é uma só» e por isso deve ser confessada «em toda a sua pureza e integridade» (LF 48), e isso de tal modo que «danificar a fé significa danificar a comunhão com o Senhor» (id. ibid.). É isso que o Boff não suporta. O que, para nós católicos, tem um quê de positivo: afinal, se o Boff não gostou da Encíclica, isso significa que ela é realmente boa. E que portanto deve ser bem lida, meditada e posta em prática.
______________________________

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Cheiro de protestantismo no tradicionalismo

A página do CaiaFarsa no facebook é um exemplo de "católicos tradicionalistas" conhecidos como "sedevacantistas" por negarem o Concílio Vaticano II e o primado dos papas João XXIII, João Paulo II, Bento XVI e Francisco.

É interessante notar que os protestantes não admitem que tais interpretações sejam realmente pessoais, mas, e isso é comum sobretudo entre luteranos, calvinistas e anglicanos, invocam a autoridade da Tradição e do Magistério - com citações patrísticas e de Concílios pré-Reforma -, freqüentemente fora de seu contexto, para justificar suas posições. Para cada protestante, sua interpretação é a verdadeira, pois diz - e, se não analisamos detidamente, quase nos convencemos disso - que é a mais adequada à ortodoxia, aos costumes dos primeiros cristãos, além, é evidente, de ser, na sua opinião, "inspirada" pelo Espírito Santo - qualquer outra, então, passa a ser demoníaca, numa petição de princípio flagrante!


Semelhantemente às Escrituras, há textos do Magistério da Igreja que aparentam estar em contradição entre si. Se quando o problema apresenta-se em relação à Bíblia, é bastante a autoridade da Igreja para resolver, interpretando adequadamente o dado escriturístico, no caso de aparente incoerência interna do próprio Magistério, é óbvio que será este a autoridade legítima para a interpretação correta. Cristo, conferindo autoridade à Igreja, i.e., ao Romano Pontífice, para interpretar Sua Palavra, harmonizando passagens bíblicas aparentemente desconexas, por evidente também confiou à idêntica Igreja, ao mesmo Papa, autoridade suficiente para, entre textos emanados dela mesma - ainda que com a direção do Espírito Santo -, que apresentem, à primeira impressão, descontinuidade de doutrina, fixar-lhes o verdadeiro sentido.

Parecem não pensar assim os auto-denominados tradicionalistas. À maneira protestante - pois seu método muito se assemelha do utilizado pelos hereges -, encontrando alguma dificuldade de entendimento dos documentos do Magistério, que crêem estar em contradição, põem-se os tradicionalistas a fazer grosseira operação exegética, tarefa que, aliás, não lhes compete em definitivo - as obras teológicas nada são sem a palavra final da Igreja, recomendando-as -, sem esperar a elucidação do próprio Magistério. Muitas vezes, inclusive, diante do esclarecimento magisterial posterior, dado pelos Papas, resolvendo os aparentes conflitos, rechaçam a interpretação pontifícia, como os protestantes. Na prática, reclamam que o Magistério posterior ao Vaticano II está fora de sintonia com o anterior - que não é verdade -; tentam resolver por si mesmos o que alegam ser uma contradição, usurpando tarefa que não é sua; acusam a Igreja de não dar a interpretação que resolva a referida contradição; e, quando ela o faz, não aceitam - pura teimosia mesclada com orgulho, em nome de um estranho conceito de "Tradição sem Magistério vivo".

Sustentam, para isso, que a Igreja ter-se-ia corrompido - ou Roma, o que dá no mesmo -, velha desculpa de Lutero e Calvino para a Reforma Protestante.

A isso, juntam argumentos de que sua interpretação (dos tradicionalistas) é a ortodoxia, citam a Tradição e o Magistério fora de contexto - duas manobras protestantes -, e, gnose das gnoses - característica dos protestantes e também dos "católicos progressistas" tão combatidos pelos tradicionalistas -, parecem supor uma imunidade à heresia, fruto talvez de sua assistência à Missa no rito antigo. Como se, por si só, a fórmula da Missa Tridentina pudesse santificar automaticamente os que a assistem, ou como se o rito de São Pio V - venerabilíssimo, aliás, e felizmente incentivado pelo Papa, pelos Padres de Campos erigidos em Administração Apostólica, pela Fraternidade São Pedro, e tantos outros - fosse garantia infalível de ortodoxia.

Fora de Roma, não só não há salvação, como também não há autêntica Tradição!


"Estamos ao passo da Igreja. Nem adiante dela, tampouco atrás." (Pe. Marcial Maciel, LC. Fundador dos Legionários de Cristo e do Movimento Regnum Christi).
______________________________
Autor: Rafael Vitola
Imagem: Facebook

Com 'Motu proprio', Papa reforma o código penal do Vaticano


Punições mais severas em caso de crime contra menores e lavagem de dinheiro são algumas das novas normas contidas no ‘Motu Proprio’ apresentado na manhã de quinta-feira, 11, no Vaticano. Papa Francisco decreta também que estas novas leis penais sejam empregadas em todo o âmbito da Santa Sé e inseridas no regulamento do Vaticano. 

O primeiro resultado disso será a aplicação da ‘linha dura’ contra a pedofilia e a criminalidade transnacional e organizada. As novas normas foram apresentadas na Sala de Imprensa pelo Presidente do Tribunal do Vaticano, Giuseppe Dalla Torre, e por Padre Federico Lombardi.

O “decreto” nasce da constatação que “em nossos tempos, o bem comum está cada vez mais ameaçado pela criminalidade, pelo uso impróprio do mercado e pelo terrorismo” – escreve Papa Francisco. 


Ganha destaque no texto a “introdução do crime de tortura e a ampla definição dos crimes contra menores (venda, prostituição, recrutamento, violência sexual; pornografia infantil, possesso de material pornográfico com crianças, e atos sexuais com menores”.

“As leis adotadas – explicou o jurista Dalla Torre – são o prosseguimento na adequação das normas jurídicas vaticanas com as ações já empreendidas por Bento XVI”. 

Outro efeito desta reforma do código penal é a abolição da pena de prisão perpétua, considerada inútil e desumana e que, portanto, será substituída com a detenção de 30 a 35 anos. 


Um campo importante também se refere às normas relativas à cooperação judiciária internacional, com a adoção de medidas que se adéquam às convenções internacionais mais recentes. Na prática, como explicou Dalla Torre, a reforma do código penal faz com que as normas possam ser aplicadas aos funcionários dos dicastérios da Cúria, escritórios, comissões, nunciaturas, e em geral, a todos as entidades dependentes da Santa Sé.
____________________________

Dia de Oração pela Jornada Mundial da Juventude Rio 2013


Neste dia 11 de julho, a Igreja do Brasil estará vivenciando o “Dia de Oração pela Jornada Mundial da Juventude Rio 2013” convocado pela Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da CNBB. Deve ser um dia dedicado à oração e intercessão. 

Os jovens já estão chegando em vários lugares do Brasil para as Semanas Missionárias e alguns também já chegaram aqui no Rio de Janeiro. A JMJ não irá acontecer. Ela está acontecendo! É para nós um bela emoção poder começar a perceber que um sonho da juventude brasileira, que sempre desejou ter uma Jornada no Brasil, vai se tornando realidade. Depois da belíssima peregrinação dos símbolos da JMJ (Cruz peregrina e o ícone de Nossa Senhora), agora é a vez da chegada dos protagonistas da Jornada: os jovens.

Eles vêm como peregrinos. Fizeram enormes sacrifícios em suas comunidades, paróquias, países para poderem se deslocar até o Brasil. Nestes dias chegou um jovem que veio a pé da Argentina até aqui. Temos a certeza de que nós já os acolhemos e receberemos muito bem. Será uma bela festa de esperança e de fé. É um belo momento de ver esse protagonismo dentro de um momento muito especial de busca de vida mais justa e mais humana para nosso País.


E este evento público, aberto a todos e totalmente positivo, quer conquistar os corações de todos junto com o primeiro peregrino, que é o Papa Francisco, que declarou que já está se preparando para vir participar.

O dia escolhido, além de ter a proximidade do início da JMJ – 12 dias – que nos recordam os doze apóstolos, também é a data em que celebramos o dia de São Bento, o patrono da Europa, declarado em 1964 pelo Papa Paulo VI, reconhecendo a missão dos monges na civilização e cultura européias e por onde ela influenciou.

São Bento viveu entre 480 e 547 e foi um jovem inquieto na busca de um sentido para sua vida, seja enquanto se recolheu como eremita nos primeiros anos de sua experiência mística, ou quando começou a conduzir grupos de jovens que queriam uma experiência com Deus em uma vida de comunidade.

A época de São Bento a região de Roma tem uma história significativa, pois o ano 476 é colocado como a data da queda do império romano do ocidente (no oriente ele ficaria até o século XV como império bizantino). Essa queda trouxe muitas crises de valores e situações culturais, econômicas e religiosas. Foi uma época rica de iniciativas e de busca religiosa e cultural. As crises geralmente geram situações novas.

Por isso mesmo, São Bento foi o jovem do seu tempo com suas buscas e suas crises que encontrou em Cristo o caminho que não só o conduziu, mas também a uma numerosa multidão de homens e mulheres que seguem e que seguiram a Cristo segundo o seu carisma.

O Papa Pio XII, na carta Encíclia “Fulgens Radiatur” no XIV centenário da morte de São Bento, assim se refere: “quem pacientemente estudar a sua gloriosa vida e adentrar, à luz da história, o tempestuoso tempo em que viveu, há de sentir, indubitavelmente, a realidade da promessa que o Senhor deixou aos apóstolos e à sociedade que fundara: “Estarei convosco, todos os dias, até a consumação dos tempos”. Pois como diz ainda essa encíclica: “teve ocasião de ver, com imensa tristeza, o pulular das heresias, que arrastavam no vértice subsersivo do erro muitos dos espíritos mais belos; o rebaixamento dos costumes públicos e privados; o atoleiro sensual em que envolvia a mocidade galante e mundana de seu tempo, de tal modo que se podia dizer, verdade, da sociedade romana: “está morrendo e ri”. Então, “Bento estabeleceu na Igreja, com sua obra e vida, uma corrente perene de juventude, renovando a severidade dos costumes e robustecendo, de leis mais santas e vigorosas, a vida claustral”. E, é claro, isso influenciou os povos e regiões vizinhas aos mosteiros “unindo-os todos por laços de amor fraterno e caridade”.

E é justamente nesse dia de São Bento, um jovem que buscou fazer a vontade de Deus e cuja vida refulgiu na história, resplandecendo “como astro na cerração da noite”, que o Brasil reza pelos peregrinos, pelos jovens que estão participando da JMJ Rio 2013.

Também nós necessitamos de jovens corajosos como São Bento que, vivendo hoje as realidades da sociedade, sejam sinais transparentes de tempos novos: “protagonistas de um mundo novo”!

Convido a todos para que neste dia 11 de julho, Dia de São Bento, patriarca dos monges do Ocidente, que soube aproveitar as orientaçóes do passado e traduzi-las de modo novo para o seu presente, que todos nós nos coloquemos em oração por esse importante momento da história de nossa juventude.

Vamos clamar ao Senhor para que vivamos todos o caminho da santidade diante de situações tão diversificadas de hoje, muitas vezes eivadas de ódios e desprezos, mas que, longe de nos desanimar, nos colocam ainda mais entusiasmo nessa missão que o Senhor nos deu para empreender.

Fulgurante de luz, São Bento, interceda por todos nós!


† Orani João Tempesta, O. Cist.

Arcebispo Metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro, RJ

______________________________
Título Original: Oração e trabalho

Papa manda tirar estátua feita em sua homenagem


O Papa Francisco mandou retirar uma estátua feita em sua homenagem e que tinha sido colocada em Buenos Aires. A obra, criada por Fernando Pugliese, não chegou a estar exposta sequer 10 dias na catedral da cidade argentina.

Segundo o jornal diário "Clarín", quando Francisco soube da existência da estátua, comunicou imediatamente o seu desagrado e pediu que a mesma fosse retirada, um desejo que foi prontamente atendido pelos responsáveis da catedral. 

A estátua, em tamanho real, tinha sido colocada junto à imagem de Nossa Senhora de Luján, padroeira da Argentina. 



A diocese de Buenos Aires pretendia inaugurar um museu com objectos alusivos aos anos em que Francisco foi sacerdote na cidade, mas a inauguração foi entretanto suspensa.
__________________________
Fonte: Sapo.pt