terça-feira, 25 de março de 2014

Igreja ortodoxa, Estado e sociedade


Em uma conversa sobre a Igreja ortodoxa russa, cerca de doze anos atrás, aquela minha famosa fonte que só pode ser citada em sigilo, o oficial sênior do Vaticano, me disse o seguinte: "Eles só sabem ser capelães do czar, seja quem for o czar".
 
Essa aspereza refletia a profunda frustração com a contínua rudeza do patriarcado ortodoxo russo de Moscou (ou crueldade, diriam alguns) para com João Paulo II, além do seu péssimo hábito de jogar areia nas engrenagens do diálogo ortodoxo-católico internacional.
 
O meu interlocutor certamente sabia que havia exceções à sua regra: homens como o falecido pe. Alexander Men, assassinado a machadadas em 1990, quase com certeza porque os políticos e altos clérigos ortodoxos russos temiam que esse filho de família judaica pudesse, na Rússia pós-soviética e livre, ajudar a criar uma nova relação entre as autoridades religiosas e as autoridades políticas; homens como o pe. Gleb Yakunin, um dos fundadores do Comitê Cristão para a Defesa dos Direitos dos Crentes, que, precisamente por isso, teve de enfrentar o gulag; e homens como os padres do interior da Rússia, que, desde 1991, com o colapso da União Soviética, estiveram reconstruindo a ortodoxia russa nas áreas rurais, alma por alma.

 
Apesar disso, também havia duras verdades naquele comentário do oficial sênior do Vaticano. A Igreja ortodoxa russa esteve no encalço do poder político durante séculos. Sua história no século XX foi particularmente infeliz. Os bolcheviques odiavam os sacerdotes piedosos: Lenin e seus sucessores esmagaram implacavelmente a autêntica vida religiosa ortodoxa russa, que era expressão de uma grande tradição espiritual e teológica. A lista dos mártires ortodoxos do comunismo é longa e nobre. Mais tarde, Stalin reabilitou a Igreja ortodoxa em sua campanha nacionalista russa subsequente à invasão alemã de junho de 1941; assim, a liderança da ortodoxia russa, o patriarcado de Moscou, se tornou uma subsidiária integral do regime soviético, especificamente da sua polícia secreta, a KGB. Os patriarcas de Moscou eram altos oficiais da KGB. O atual patriarca, Kirill, começou a sua carreira como representante da Igreja ortodoxa no Conselho Mundial de Igrejas em 1971, quando tinha apenas 25 anos de idade. Este é um sinal claro de filiação à KGB.



Nos últimos anos, Kirill e seu "ministro das Relações Exteriores", o metropolita Hilarion, têm sido porta-vozes dos esforços do presidenterusso Vladimir Putin para reconstituir algo parecido com a velha União Soviética, em nome de um "espaço russo histórico". Este processo avançou de forma particularmente grave na crise da Ucrânia. Ao mesmo tempo, eles realizaram uma campanha de sedução no Vaticano e entre os americanos protestantes evangélicos, supostamente a serviço de uma frente unida contra a decadência ocidental e o secularismo.

 
Mas, pelas ironias da história (ou pelos estranhos caminhos da Providência Divina), a crise na Ucrânia, em que Kirill foi tão dúbio quanto Hilarion foi mentiroso, pode ter iniciado uma ruptura nesse jogo histórico em que, no meio dos eslavos orientais, a ortodoxia russa andou se comportando como um cãozinho obediente ao poder autoritário.

 
Quando o povo da Ucrânia se levantou contra o governo cleptocrático e despótico de Viktor Yanukovich, no ano passado, dentro de um movimento de renovação moral e cívica nacional simbolizado pela Praça Maidan, as Igrejas ortodoxas ucranianas enfrentaram uma escolha dramática: solidarizar-se pastoralmente com o povo ou ficar do lado do Estado que reprimia brutalmente os cidadãos-reformadores ucranianos?

 
A Igreja greco-católica ucraniana, a maior das Igrejas orientais católicas (bizantina em liturgia e organização eclesial, mas em plena comunhão com o bispo de Roma), não enfrentou esse dilema: afinal, ela já era um depósito seguro da consciência nacional da Ucrânia e, no período pós-soviético, dedicou a sua vida pública à construção da sociedade civil ucraniana. Já as Igrejas ortodoxas da Ucrânia tiveram que encarar a histórica encruzilhada: Estado ou sociedade civil?


 
As escolhas não ficaram livres de ambiguidades. Mas as evidências, até agora, são de que vários líderes e crentes ortodoxos ucranianos optaram por ficar do lado da sociedade civil, rejeitando o apoio do patriarcado de Moscou ao grande nacionalismo russo de Putin. Se este novo alinhamento durar, ele pode levar a uma revolução capaz de mudar a história nos entendimentos ortodoxos sobre as relações adequadas entre Igreja, Estado e sociedade: uma revolução que, entre outros resultados, honraria a memória dos mártires da ortodoxia do século XX.
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Disponível em: Aleteia

segunda-feira, 24 de março de 2014

Filme de saliência “educa” crianças nas escolas públicas.


Masturbação, gaysismo e consumo de pornografia: essas são as lições que o governo brasileiro está passando maciçamente para as nossas crianças e jovens. Na maioria das escolas públicas do país, os alunos recebem uma educação precária, mas no quesito sacanagem a gente já pode comemorar! Os brasileirinhos e brasileirinhas vão virar Ph.D.!

Para difundir a imoralidade sexual, o governo federal cada vez mais se supera em criatividade e ousadia. A sua mais nova arma de doutrinação é um desenho animado que mostra um menor de idade se masturbando, consumindo pornografia e virando gay, tudo isso de forma muito positiva. O filme é recomendado para ser exibido a alunos do Ensino Fundamental Final (de 11 a 14 anos), no Portal do Professor, no site do MEC.

Veja o desenho a partir dos 2:20 min.:



A denúncia foi feita por Damares Alves, advogada, missionária evangélica e assessora parlamentar (Fonte: Folha Metropolitana). As greves são frequentes, a falta de recursos é gritante, a formação dos professores é deficiente… Mas o ensino de pu*#@ria nas escolas públicas é padrão Suécia!

Cada vez mais cedo, nossas crianças estão sendo expostas à ideologia gênero (saiba aqui o que é isso). Se não nos mobilizarmos contra isso, em poucos anos estarão doutrinando as crianças no Jardim da Infância, tal como já ocorre nos Estados Unidos (saiba mais aqui).

A desculpa do governo e dos ativistas LGBT é de que estão apenas combatendo a discriminação e o preconceito nas escolas. Sim, é fundamental ensinar as crianças a respeitar e a jamais excluir ou agredir quem é diferente – seja gordo, tímido, magro, efeminado, deficiente físico etc. Mas praticar a tolerância não significa anular os valores pessoais para concordar ou ser neutro em relação às atitudes alheias.

O governo está fomentando o preconceito aos alunos que recebem de seus pais os valores pautados na família tradicional. Numa sala de aula em que esse filme nojento é exposto, com que cara vai ficar um aluno que rejeite seu conteúdo? Certamente, será taxado de homofóbico e intolerante, afinal, o texto do MEC diz que as pessoas quem desaprovam as práticas homossexuais são comparáveis a racistas.

Na foto ao lado, os ativistas LGBT declaram a laicidade de seus ânus. Concordo. Nenhum religioso tem o direito de os impedir de fazer o que bem entenderem de seus briocos. Por outro lado, A RECÍPROCA DEVE SER VERDADEIRA: não violentem o cérebro das nossas crianças com suas imundícies ideológicas, pois a maioria da população brasileira é cristã!

Façam o que quiserem de suas vidas, mas deixem nossas crianças e jovens em paz! Desafio as escolas a mostrarem esse desenho animado para as famílias… a rejeição será geral! A maioria esmagadora dos brasileiros jamais aprovaria que seus filhos fossem expostos a esse conteúdo podre.
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Fonte: O Catequista

Sexo oral: legal ou imoral?


Oi Povo Católico! (confesso que fiquei pensando em um verbo pra colocar no lugar do “oi”, mas não houve nenhum que não me deixasse constrangido)

Anda rolando por aí a notícia de que um determinado arcebispo de um país de língua espanhola teria afirmado que as mulheres casadas poderiam fazer sexo oral em seus maridos, sem cair em pecado. Para se livrar do risco de perversão, ao fazer tal ato deveriam “pensar em Jesus”. Essa história é verdade? Não sei. Mas, se for, o tal arcebispo se expressou muito mal (#VergonhaAlheia). Ainda que não tenha ensinado nada errado, não é muito legal pensar em Jesus nessas horas…

Podem vasculhar a Bíblia, os documentos da Igreja, os escritos dos santos… Até onde sei, não há qualquer referência a sexo oral. Então, como poderemos saber se esse ato, dentro do casamento, é moral ou imoral? Povo, basta colocar os neurônios pra funcionar! Nenhuma carícia sexual é pecaminosa, desde que não substitua o ato sexual em si, ou seja, a penetração na vagina com “happy end”.

Na Quaresma, olhar para as necessidades espirituais, diz Papa


ANGELUS
Praça São Pedro – Vaticano
Domingo, 23 de março de 2014


Queridos irmãos e irmãs, bom dia!

O Evangelho de hoje nos apresenta o encontro de Jesus com a mulher samaritana, acontecido em Sicar, junto a um antigo poço para onde a mulher ia todos os dias para pegar água. Naquele dia, encontrou Jesus, sentado, “fatigado da viagem” (Jo 4, 6). Ele logo lhe disse: “Dá-me de beber” (v.7). Deste modo, supera as barreiras de hostilidade que existiam entre judeus e samaritanos e rompe o esquema de preconceito contra as mulheres.

O simples pedido de Jesus é o início de um diálogo franco, mediante o qual Ele, com grande delicadeza, entra no mundo interior de uma pessoa à quem, segundo os esquemas sociais, não deveria nem dirigir a palavra. Mas Jesus o faz! Jesus não tem medo. Jesus, quando vê uma pessoa segue adiante, porque ama. Ama todos nós. Não para diante de uma pessoa por preconceitos. Jesus coloca-a diante da sua situação, não a julgando, mas fazendo-a sentir-se considerada, reconhecida e suscitando, assim, nela o desejo de ir além da rotina cotidiana.

Aquela sede de Jesus não era tanto de água, mas de encontrar uma alma seca. Jesus precisava encontrar a samaritana para abrir-lhe o coração: pede a ela de beber para colocar em evidência a sede que havia nela mesma. A mulher fica tocada por este encontro: dirige a Jesus aquelas perguntas profundas que todos temos dentro de nós, mas que muitas vezes ignoramos. Também nós temos tantas perguntas a fazer, mas não encontramos a coragem de dirigi-las a Jesus!


A Quaresma, queridos irmãos e irmãs, é o tempo oportuno para olharmos dentro de nós, para fazer emergir as nossas necessidades espirituais mais verdadeiras e pedir a ajuda do Senhor na oração. O exemplo da samaritana convida-nos a nos exprimirmos assim: “Jesus, dá-me aquela água que me saciará para sempre”.

O Evangelho diz que os discípulos ficaram maravilhados com o fato de o seu Mestre estar falando com aquela mulher. Mas o Senhor é maior que os preconceitos, por isto não teve medo de parar com a samaritana: a misericórdia é maior que o preconceito. Devemos aprender bem isso! A misericórdia é maior que o preconceito, e Jesus é tão misericordioso, tanto!

O resultado daquele encontro no poço foi que a mulher foi transformada: “deixou o seu cântaro” (v.28), com o qual tinha ido pegar água, e correu à cidade para contar a sua experiência extraordinária. “Encontrei um homem que me disse todas as coisas que eu fiz. Seria o Messias?”. Estava entusiasmada. Tinha ido pegar água do poço e encontrou outra água, a água viva da misericórdia que jorra para a vida eterna. Encontrou a água que procurava desde sempre! Corre ao vilarejo, aquele vilarejo que a julgava, condenava-a e a rejeitava e anuncia que encontrou o Messias: um que mudou sua vida. Porque cada encontro com Jesus muda a nossa vida, sempre. É um passo adiante, um passo mais próximo a Deus. E assim cada encontro com Jesus muda a nossa vida. Sempre, é sempre assim.

Neste Evangelho, encontramos também nós o estímulo para “deixar o nosso cântaro”, símbolo de tudo aquilo que aparentemente é importante, mas que perde valor diante do “amor de Deus”. Todos temos um, ou mais de um! Eu pergunto a vocês, também a mim: “Qual é o seu cântaro interior, aquele que te pesa, aquele que te afasta de Deus?”. Deixemo-no um pouco à parte e com o coração escutemos a voz de Jesus que nos oferece uma outra água, uma outra água que nos aproxima do Senhor.

Somos chamados a redescobrir a importância e o sentido da nossa vida cristã, iniciada no Batismo e, como a samaritana, testemunhar aos nossos irmãos. O que? A alegria! Testemunhar a alegria do encontro com Jesus, porque eu disse que cada encontro com Jesus muda a nossa vida, e também cada encontro com Jesus nos enche de alegria, aquela alegria que vem de dentro. E assim é o Senhor. E contar quantas coisas maravilhosas o Senhor sabe fazer no nosso coração quando nós temos a coragem de deixar de lado o nosso cântaro.
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Fonte: Boletim da Santa Sé

Tradução: Jéssica Marçal

O Pai Nosso na Missa


Hoje esclarecemos algumas dúvidas com relação à posição, às palavras e a forma como deve ser rezada a Oração Dominical (Pai nosso) durante a celebração eucarística. Algumas dúvidas achamos por bem retratá-las em forma de perguntas e respostas para assim tornar mais acessível a compreensão dos leitores e não deixámo-los exaustivamente cansados.

A assembleia pode erguer as mãos no momento do Pai nosso, juntamente com o Sacerdote?

Não. Esta é uma atitude errada que observamos em muitas Paróquias, quase que uma realidade do Brasil. Este gesto compete unicamente ao Sacerdote, enquanto a assembleia apenas acompanha a oração em alta voz, sem, no entanto, estender os braços. Também o gesto de dar as mãos, como muitos sacerdotes convidam a fazer, deve ser considerado impróprio e inoportuno para o momento.

Terminada a Oração eucarística o Sacerdote procede a admonição, convidando os fiéis para a oração. Segundo encontra-se nas rubricas do Missal: "Extendit manus et, una cum populo, pergit: Pater Noster...". Traduzindo: "Estende as mãos e, com o povo, prossegue: Pai Nosso..." Ou seja, o povo compartilha da Oração recitando, mas sem prosseguir com o gesto sacerdotal. É necessário que para o ornamento da Liturgia e uma melhor harmonização da celebração, os fiéis possam seguir à risca os ensinamentos transmitidos pelas rubricas litúrgicas.

A Admonição e a oração podem ser cantadas?

Sim, porém a admonição nunca pelo Coral ou grupo de música, mas única e estritamente pelo Celebrante. Somente a ele compete proferir este convite à oração. "Terminada a Oração eucarística, o sacerdote, de mãos juntas, diz a admonição que antecede a oração dominical; e a seguir recita, de braços abertos, esta oração juntamente com o povo" (IGMR 152). Portanto fórmulas como "Vamos dar as mãos, vamos dar...", entre outras, são totalmente incoerentes e não cabíveis ao momento.

Quanto ao Pai nosso, este pode ser cantado por toda a assembleia, contudo jamais outras fórmulas, mas aquela que se encontra unicamente prescrita no Ordinário da Missa. Sequer cogite-se a possibilidade de "Pai nosso dos trabalhadores", "Pai, meu Pai do Céu", etc... que não sigam à risca o texto original.

Profanação: desta vez, a vítima é o Sagrado Coração de Montmartre


“Deploramos mais um ataque contra a Igreja nesta quarta-feira [dia 19 de março, ndr]. A Basílica do Sagrado Coração de Montmartre, em Paris, foi alvo de uma odiosa profanação”, lamenta a Rádio Notre-Dame. “As pichações em preto e vermelho, na frente e no interior da Basílica do Sagrado Coração, foram descobertas hoje de manhã, na hora da abertura do edifício religioso. ‘Nem Deus nem o Estado’, ‘Fogo às capelas’ e ‘Abaixo toda autoridade’ são as frases pichadas dentro e fora da basílica”.
 
Um ato de vandalismo simbólico

 
“Os autores das pichações quiseram deixar um sinal. E conseguiram. A basílica do Sagrado Coração de Montmartre foi construída em 1873, depois dos históricos acontecimentos da Comuna de Paris, a fim de ser um símbolo do estabelecimento de uma nova ordem moral. ‘Abaixo toda autoridade’, lia-se nesta quarta-feira: esta frase é todo um símbolo. Deve-se admitir que os vândalos demonstraram, pelo menos uma vez, um pouco mais de cultura do que de costume”.

 
“Uma equipe de limpeza já está trabalhando”, informou logo o prefeito do 18º distrito de Paris ao jornal Metronews.



Muitas personalidades políticas francesas reagiram por volta do meio-dia, relata o Huffington Post: “‘Profanação’, ‘ódio aos cristãos’, ‘degradação inaceitável’... Um ato de vandalismo que, cometido contra a basílica do Sagrado Coração, um dos monumentos mais visitados de Paris, não deixou indiferente nenhum responsável político nesse tempo de eleições municipais (...). As duas favoritas na corrida à prefeitura de Paris, Anna Hidalgo (PS) e Nathalie Kosciusko- Morizet (UMP), condenaram com os mesmos termos essa ‘profanação’ da basílica”.

 
"Afrontar o Sagrado Coração de Montmartre significa afrontar a França”, declarou o presidente do Partido Democrata Cristão (PDC), Jean-Frédéric Poisson, em comunicado público: “Estamos atentos para não subestimar esse tipo de acontecimento, que, pela sua regularidade e violência, ameaça a coesão nacional e a comunidade cristã na França. Espero a mais firme condenação por parte das autoridades francesas e expresso toda a minha solidariedade para com a comunidade cristã de Montmartre e para com os parisienses. Conclamo os futuros eleitores locais a tomar medidas, em seus próprios distritos, para preservar a identidade cristã da França”.

 
Por sua vez, o ministro do Interior, Manuel Valls, condenou no site do seu ministério "esses escritos que são um insulto aos fiéis católicos e um grave dano contra um monumento emblemático do patrimônio arquitetônico de Paris".


 
Não se espera, por outro lado, nenhuma condenação por parte de Ian Brossat, líder do Partido Comunista de Paris, que, em outubro, declarou que substituiria a basílica do Sagrado Coração, da qual "não gosta", por um centro social.
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Disponível em: Aleteia

sexta-feira, 21 de março de 2014

Freira participa do “The Voice” na Itália e surpreende todos


Na noite da última quarta-feira, 19, durante a segunda edição italiana do The Voice, uma das candidatas agitou a plateia e surpreendeu o júri.

A estrela da noite foi a Irmã Cristina Scuccia, uma freira de 25 anos que impressionou com sua ousadia ao participar do programa. A irmã cantou “No one”, de Alicia Keys.

O júri, composto por J-Ax, Noemi, Piero Pelù e Raffaella Carrà, ficou boquiaberto ao girar a cadeira e ter diante dos olhos uma freira. Além de vários elogios, o júri questionou sua decisão de participar do The Voice. J-Ax, aquele que foi escolhido pela Irmã Cristina para acompanhá-la na competição, se emocionou verdadeiramente ao ver a ousadia da irmã.

“Mas o que você acha que o Vaticano dirá por você ter se apresentado noThe Voice?”, indagou Raffaella Carrà.


“Olha, eu não sei, espero um telefonema do Papa Francisco de saudação. Ele nos convida a sair, evangelizar, a dizer que Deus não nos tira nada, pelo contrário, nos dá ainda mais. Eu estou aqui por isso”, disse a Irmã Cristina.


Assista à apresentação!
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Disponível em: Aleteia

Confissões de um maçom


Ser maçom facilitou minha ascensão profissional. No entanto, em 1983, tive grandes dificuldades profissionais. Ao mesmo tempo, a saúde da minha esposa Claude me preocupava cada vez mais. Ela apresentava problemas digestivos graves e muito dolorosos. Quase não comia. Nenhum tratamento, nem científico nem oculto, conseguia resolver seus males.

Eu propus a Claude que saísse da Grã-Bretanha e fosse passar uns dias em Font Romeu, levando em consideração os benefícios de uma mudança de clima. No início de fevereiro de 1984, eu a levei até lá, deitada no carro. Infelizmente, ela teve de permanecer de cama durante todo esse período.

Um choque cosmo-telúrico

Então, tive uma ideia muito estranha para um ateu. Eu lhe propus que, na viagem de volta, passássemos por Lourdes. Eu esperava que isso provocasse nela um choque psicológico salvador ou um choque cosmo-telúrico. Segundo minhas pesquisas em radiestesia e geobiologia, este lugar se encontrava situado em um cruzamento de correntes telúricas.

O choque foi imenso! Seu marido – médico, maçom e anticlerical – lhe sugeria ir a Lourdes! Cristã no segredo do seu coração, Claude começou a temer que um fracasso deste passo aumentasse meu ceticismo e ateísmo.

Em Lourdes, fomos à Gruta na qual os cristãos acreditam que Nossa Senhora apareceu a uma jovem pastora, Bernardette; depois, fomos às piscinas nas quais os doentes vindos em peregrinação se submergiam, acreditando que aquela água fosse milagrosa.

Confiando Claude aos especialistas do local, busquei refúgio em uma cripta. Estavam celebrando uma Missa. Escutei com atenção. Em um determinado momento, o padre se levantou e leu estas palavras: “Pedi e se vos dará. Buscai e achareis. Batei e vos será aberto”.

Esta frase, que eu tinha ouvido muitas vezes em ritos de iniciação maçônicos, era uma palavra desse Jesus que eu considerava um sábio e um grande iniciado, mas não o Senhor! Seguiu-se um grande momento de silêncio e escutei claramente uma doce voz que me dizia: “Está bem, você pede a cura de Claude, mas o que você tem a oferecer?”.

Fascinado por estas palavras interiores, só voltei aos meus sentidos no momento em que o sacerdote elevou a Hóstia e no qual, pela primeira vez, reconheci Cristo neste humilde pedaço de pão: era a Luz que eu havia buscado, em vão, em inúmeras iniciações.

Em um instante e como resposta, só vi a mim mesmo como oferenda. Eu, o ateu, anticlerical durante mais de 40 anos...


No final da Missa, segui o padre até a sacristia e pedi que ele me batizasse, sem suspeitar que era necessária toda uma preparação para receber este sacramento. Ele me explicou o procedimento e me encaminhou ao arcebispo de Rennes.