sábado, 28 de fevereiro de 2015

O adultério é realmente tão grave assim?

Se o primeiro casamento fracassou e a pessoa constituiu uma nova união, 
o que pede o Direito Canônico?

Adultério é a união sexual voluntária entre uma pessoa casada e outra que não é seu cônjuge.

Por que a Igreja considera isso grave? Não se trata somente de fazer sexo fora do casamento, mas também atentar contra o vínculo matrimonial, que não é algo simplesmente humano, mas sim estabelecido pelo próprio Deus.

Diante da realidade do adultério, é preciso ter algumas coisas claras:

1. A magnitude do pecado de adultério

As pessoas costumam achar que, se não há escândalo, não há gravidade. Mesmo que ninguém fique sabendo, o pecado existe – e os primeiros prejudicados são os próprios protagonistas.

Este pecado machuca a Igreja, a sociedade e tem a ver com algo ainda mais profundo, que é romper a aliança com Deus.

2. Nenhum pecado tem justificativa

Nenhum pecado tem justificativa, e menos ainda o de adultério, com uma suposta lógica humana, dizendo: "todo mundo faz", "a culpa do fracasso no casamento não foi minha e por isso tenho o direito de refazer minha vida junto a outra pessoa" etc.

O inimigo faz o mal com aparência de bem, seguindo a lógica do mundo.

3. Sacrificar-se pelo bem maior

É preferível fazer sacrifícios e renúncias para ter uma consciência limpa, tranquila e pura, que ter o que o mundo oferece, mas com remorsos e longe da salvação.

Jesus disse: "Nem todo aquele que me diz 'Senhor, Senhor' entrará no Reino dos Céus, mas sim aquele que faz a vontade do meu Pai" (Mt 7, 21). Qual é a vontade do Pai? Respeitar o vínculo sacramental, apesar de tudo.

4. Em uma relação adúltera não há amor

Não pode haver amor em meio ao pecado; podem chamar isso de paixão, carência, necessidade de sexo, busca de proteção, mas não de amor.

Deus é amor (1 Jo 4, 8) e, por isso, o amor só pode estar realmente em relações abençoadas por Ele, nas quais respeitam sua presença.

5. Comunhão

Só se pode comungar em estado de graça, ou seja, sem pecados graves ou mortais. Recebe a comunhão quem está em comum-união com Deus.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Ex-Ministra do Iraque afirma: Há um genocídio de cristãos do qual ninguém fala


"No Iraque está acontecendo um autêntico genocídio do qual ninguém quer falar e nenhuma instância internacional se ocupa", assim o denunciou Pascale Warda, ex-ministra iraquiana entre os anos 2004 e 2005.

Em roda de imprensa organizada pela organização internacional Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) e pela Fundação Promoção Social da Cultura (FPSC), Pascale Warda assegurou que "necessitamos ajuda internacional para lutar contra o Estado Islâmico. É diabólico. É um movimento internacional de terrorismo que necessita soluções autênticas internacionais".

Em sua opinião, o Estado Islâmico (EI) só quer "aniquilar" a presença cristã e toda minoria social e religiosa que se oponha aos seus princípios, quando a comunidade cristã no Iraque se remonta ao século I, muito antes da chegada do Islã. "Em Mosul pela primeira vez agora em 2.000 anos não se celebra a Eucaristia. É uma etapa histórica muito negra" para os caldeus.

"Os cristãos estão sendo massacrados e têm que buscar agora como restabelecer a sua existência em um país que é seu muito antes que dos outros. É muito difícil, são poucos e estão enfraquecidos", disse.

Neste sentido, Warda advertiu aos países ocidentais que se o Estado Islâmico "está agora localizado no Iraque, amanhã mesmo pode estar em seus próprios países" e, por isso, pediu colaboração à comunidade internacional para solucionar o problema. 

Igreja Ortodoxa reconhecerá oficialmente como mártires os 21 cristãos coptos decapitados na Líbia

O vídeo da matança dos 21 imigrantes coptas na Líbia inspirou esta pintura.
Fonte: Terrasanta.net

O Patriarca da Igreja Copta Ortodoxa, Teodoro II, anunciou que os nomes dos 21 cristãos egípcios decapitados na Líbia pelo Estado Islâmico (ISIS), serão incluídos no Sinaxario, o equivalente oriental do martirológio romano.

Assim o informou no dia 20 de fevereiro o site Terrasanta.net, que é a revista dos Santos Lugares a serviço da Custódia da Terra Santa.

A publicação explicou que este procedimento “equivale à canonização na Igreja latina”. “O martírio destes 21 fiéis se comemorará no dia 8 de Amshir do calendário copto (em 15 de fevereiro do calendário gregoriano), que também é a festa da Apresentação de Jesus no Templo”, assinalou.

Em 15 de fevereiro, o Estado Islâmico difundiu um vídeo chamado “Uma mensagem assinada com sangue à nação da cruz”, na qual mostrou a execução dos 21 cristãos ortodoxos e onde ameaça tomar Roma, que é considerada por eles como a capital “dos cruzados”.

Pronunciaram o nome de Jesus

Dias depois do assassinato, o Bispo copto católico de Guiza (Egito), Dom Anba Antonios Aziz Mina, afirmou que estas novas vítimas do ISIS morreram como mártires, que “no momento de sua Bárbara execução, repetem: 'Senhor Jesus Cristo'”.

“O nome de Jesus foi a última palavra que saiu dos lábios dos mártires. Assim como na Paixão dos primeiros mártires, confiaram-se nas mãos daquele que logo depois ia recebe-los. E assim celebraram a sua vitória, a vitória que nenhum assassino poderá tirar-lhes. Esse nome sussurrado no último momento é como o selo de seu martírio”, assinalou Dom Aziz.

Imagens de Santos Deus manda fazer, imagens de divindades ele proíbe.



1-Uma das grandes malícias protestantes é associar as imagens de santos a ídolos.

A Imagem representa o que nela está. Quando Jesus viu a imagem de Cesar Ele não disse que era um ídolo, associou a gravura somente a Cesar (Lc 20,24-25).

A arte sacra representada por esculturas de santos tem como fim o agradar a Deus, já que os santos entregaram suas vidas ao Senhor.

Sl 116,15: “PRECIOSA é à vista do Senhor A MORTE DOS SEUS SANTOS”.

1Co 10,31: “Portanto, quer comais quer bebais ou façais qualquer outra coisa, fazei tudo para a glória de Deus”.

No livro “Viciados em mediocridade" do ex-protestante Frank Schaeffer, ele retrata a inimizade que o movimento protestante tem com a arte como forma de evangelização. O protestantismo prega um deus inimigo da arte totalmente contrário ao Deus citado nas Escrituras Sagradas.

Êxodo 31,2-5 diz: "Eu escolhi Bezalel , filho de Uri, filho de Hur, da tribo de Judá , e o enchi do Espírito [...] e o enchi do Espírito de Deus, dando-lhe destreza, habilidade e plena capacidade ARTÍSTICA para DESENHAR e EXECUTAR TRABALHOS em ouro, prata e bronze. Dilapidar e engastar pedras, ENTALHAR MADEIRA e realizar todo tipo de trabalho".

A escultura mais sagrada do Antigo Testamento era a Arca da Aliança.

Ex 25,1” Javé disse a Moisés:”
Ex 25,10” Faz uma arca de madeira de acácia”
Ex 25,18” faz DOIS QUERUBINS de ouro batido:”

Os querubins jamais poderiam ser comparados a ídolos já que servem a Deus nas regiões celestes. Da mesma forma fazem os santos do céu que "SERVEM DIANTE DO TRONO DIA E NOITE"(Ap 7,15)

Santa Sé esclarece comentário do Papa Francisco sobre “mexicanização”.

Padre Federico Lombardi, esclareceu a expressão “evitar a mexicanização”, 
utilizada pelo Papa Francisco / Foto: Arquivo

O Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi, esclareceu uma recente afirmação do Papa Francisco sobre “evitar a mexicanização” em alusão à Argentina e precisou que em nenhum momento o Santo Padre quis ferir os sentimentos do povo mexicano.

O sacerdote jesuíta explicou que ontem pela tarde a Secretaria de Estado do Vaticano entregou uma Nota ao embaixador do México junto à Santa Sé na qual esclarece que este tema gerou polêmica depois da divulgação de um e-mail privado enviado pelo Papa Francisco ao seu amigo, o deputado Gustavo Vera em Buenos Aires que é o diretor da ONG La Alameda e depois que o Governo do México enviou uma nota de protesto através de seus canais diplomáticos.

Na mensagem, entre outras coisas, o Papa disse ao deputado: “vejo seu trabalho incansável a todo vapor. Peço muito para que Deus proteja você e os seus alamedenses. E tomara que estejamos a tempo de evitar a mexicanização. Estive falando com alguns bispos mexicanos e a coisa é do terror. Amanhã vou, por uma semana, fazer Exercícios Espirituais com a Cúria Romana”.

O Pe. Lombardi explicou que com esta mensagem o Santo Padre não tinha a intenção absolutamente de ferir os sentimentos do povo mexicano, que ama muito, nem ignorar o compromisso do Governo mexicano no combate ao tráfico de drogas.

Além disso, explicou que a expressão ''evitar a mexicanização'', foi utilizada pelo Papa em um e-mail de caráter estritamente privado e informal, em resposta a um amigo argentino muito comprometido na luta contra as drogas, que tinha usado esta frase. 

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Estado Islâmico sequestra 260 cristãos, queima igrejas e destrói cruzes na Síria

Foto: Wikipedia / Menendj (CC-BY-SA-2.5)

O avanço do Estado Islâmico (ISIS) no nordeste da Síria continua afetando as vilas cristãs que se encontram nas margens do rio Khabur, na região de Hassakeh, onde os jihadistas mantêm cerca de 260 pessoas como reféns, enquanto queimam igrejas e profanam as cruzes.

CNN informou nesta quinta-feira que “o grupo extremista sunita tem 262 assírios aprisionados”, conforme assinalou Osama Edward, fundador da Rede de Direitos humanos Assíria, que foi quem advertiu que os jihadistas “continuam tomando mais e mais vilas assírias”.
  
Nas duas margens do rio Khabur se encontram 35 vilas povoadas principalmente por cristãos, das quais até o momento dez caíram nas mãos do ISIS.

A primeira invasão ocorreu na madrugada da segunda-feira, quando o ISIS atacou os dois primeiros povoados e capturou 90 cristãos. Até quarta-feira os reféns aumentaram para 150 e ontem já foi denunciado que o Estado Islâmico tem 262 pessoas, entre homens, mulheres, idosos e crianças. Desde que começou o ataque, milhares de famílias que viviam ao lado leste do rio começaram a deixar as suas casas para não serem capturadas.

Edward mora na Suécia, mas tem família na área atacada pelos extremistas e indicou que a informação foi dada pela equipe da Rede de Direitos Humanos Assíria que se encontra na zona.

O representante da rede de direitos humanos disse temer que os reféns assírios sejam decapitados, tal como aconteceu com os 21 cristãos coptos na Líbia.

Homilética: 2º Domingo da Quaresma - Ano B: "Tribulações e consolações".


O Evangelho deste domingo apresenta a fé dos Apóstolos, fortalecida na Montanha, pela Transfiguração de Jesus. O Mistério da Transfiguração não deve ser separado do contexto do caminho que Jesus está a percorrer. Ele já se orientou decididamente para o cumprimento da sua missão, sabendo bem que, para alcançar a Ressurreição, deverá passar sempre através da Paixão e da Morte de Cruz. Disto falou abertamente aos discípulos, os quais contudo não compreenderam, aliás, recusaram esta perspectiva, porque não pensam segundo Deus, mas segundo os homens (cf. Mt 16, 23). Por isso, Jesus leva consigo três deles ao monte e revela a sua Glória divina, esplendor de Verdade e de Amor. Jesus quer que esta luz possa iluminar os seus corações quando atravessarem a escuridão espessa da sua Paixão e Morte, quando o escândalo da Cruz for para eles insuportável. Deus é luz, e Jesus deseja doar aos seus amigos mais íntimos a experiência desta luz, que habita n’Ele. Assim, depois deste acontecimento, será neles luz interior, capaz de os proteger dos assaltos das trevas. 

Ao olharmos um pouco o contexto, observamos que Jesus tinha anunciado aos seus que “é necessário que o Filho do homem padeça muitas coisas, seja rejeitado pelos anciãos, pelos príncipes dos sacerdotes e pelos escribas. É necessário que seja levado à morte e ressuscite ao terceiro dia” (Lc 9,22); que ele tinha falado também que se alguém o quisesse seguir que tomasse a cruz (cf. Lc 9,23-24); por outro lado, alguns discípulos esperavam um messias político que vencesse pela força de um exército dominador o poder dos romanos, de cujo jugo desejavam ver-se livres.

Tendo em conta tudo isso, podemos dizer que os discípulos encontravam-se bastante desnorteados e até mesmo desanimados. A transfiguração do Senhor é um consolo. De fato, dizia São Leão Magno que “o fim principal da transfiguração foi desterrar das almas dos discípulos o escândalo da Cruz”; trata-se de uma “gota de mel” no meio dos sofrimentos. A transfiguração ficou muito gravada na mente dos três apóstolos que estavam com Jesus, anos mais tarde São Pedro lembrar-se-ia deste fato na sua segunda epístola: “Este é o meu filho muito amado, em quem tenho posto todo o meu afeto”. Esta mesma voz que vinha do céu nós a ouvimos quando estávamos com ele no monte santo” (2 Pd 1,17-18).  Ele, Jesus, continua dando-nos o consolo – quando necessário – para podermos continuar caminhando e para que nunca desistamos.

Vale a pena seguir alguém que vai morrer na Cruz? Uma pergunta semelhante pôde ter passado pela mente dos discípulos do Senhor como também pôde ter passado alguma vez pela nossa, quiçá formulada de outra maneira.

A transfiguração de Jesus é uma catequese que revela aos discípulos e a nós Quem é Jesus: O Filho Amado de Deus! É um momento antecipado de luz que nos ajuda também a nós, a fitarmos a Paixão de Jesus com o olhar da fé. Sim, ela é um mistério de sofrimento, mas é inclusive a “Paixão bem-aventurada” porque é – no núcleo – um mistério de amor extraordinário de Deus; é o êxodo definitivo que nos abre a porta para a liberdade e a novidade da Ressurreição, da salvação do mal. Temos necessidade disto no nosso caminho quotidiano, muitas vezes marcado também pela escuridão do mal! Agora Jesus leva consigo os três discípulos, para os ajudar a compreender que o caminho para alcançar a glória, a vereda do amor luminoso que vence as trevas, passa através do Dom total de Si, passa pelo escândalo da Cruz. E, sempre de novo, o Senhor deve levar – nos consigo também a nós, pelo menos para começarmos a compreender que este é o caminho necessário.

Os discípulos da transfiguração são os mesmos do Monte das Oliveiras, os da alegria são também os da agonia. Em nossa caminhada para a Páscoa somos também convidados a subir com Jesus a montanha e, na companhia dos três discípulos, viver a alegria da comunhão com Ele. As dificuldades da caminhada não podem nos desanimar. No meio dos conflitos, o Pai nos mostra desde já sinais da Ressurreição e do alto daquele monte Ele continua a nos gritar: “Este é o Meu Filho Amado, escutai-O”. É preciso acompanhar o Senhor em suas alegrias e em suas dores. As alegrias preparam-nos para o sofrimento e o sofrimento por e com Jesus dá-nos alegria. Os discípulos, que estavam desanimados diante do Mistério da Cruz, são consolados por Jesus na transfiguração e preparados para os acontecimentos vindouros, como, por exemplo, o terrível sofrimento que Ele padecerá no Getsêmani. Vale a pena segui-lo? Certamente.

Quero sublinhar que Transfiguração de Jesus foi substancialmente uma experiência de oração (Cf. Lc 9, 28 – 29). Com efeito, a oração atinge o seu ápice, e por isso torna – se fonte de luz interior, quando o espírito do homem adere ao de Deus e as suas vontades se fundem, como que para formar uma só unidade. Jesus viu delinear – se diante de si a Cruz, o sacrifício extremo, necessário para nos libertar do domínio do pecado e da morte. E no seu coração, mais uma vez, repetiu o seu “Amém”. Disse sim, eis – me, seja feita, ó Pai, a tua Vontade de amor. E, como tinha acontecido depois do Batismo no Jordão, vieram do Céu os sinais do agrado de Deus Pai: a luz, que transfigurou Cristo, e a voz que O proclamou “Filho muito amado” (Mc 9,7).

Juntamente com o Jejum e as obras de misericórdia, a oração forma a estrutura principal da nossa vida espiritual.

Não desanimemos diante das dificuldades! Os Planos de Deus não conduzem ao fracasso, mas à Ressurreição, à vida definitiva, à felicidade sem fim! Com efeito, a existência humana é um caminho de fé e, como tal, progride mais na penumbra que na plena luz, não sem momentos de obscuridade e até de total escuridão. Enquanto estamos aqui em baixo, o nosso relacionamento com Deus realiza-se mais na escuta do que na visão; e a própria contemplação tem lugar, por assim dizer, de olhos fechados, graças à luz interior acesa em nós pela Palavra de Deus. 

Esta centelha da glória divina inundou os Apóstolos de uma felicidade tão grande que fez Pedro exclamar: “Senhor, é bom ficarmos aqui. Vamos fazer três tendas…” Pedro quer prolongar a situação! O que é bom, o que importa, não é estar aqui ou ali, mas estar sempre com Cristo, em qualquer parte, e vê-Lo por trás das circunstâncias em que nos encontramos. Se estamos com Ele, tanto faz que estejamos rodeados dos maiores consolos do mundo ou prostrados na cama de um hospital, padecendo dores terríveis. O que importa é somente isto: Vê-Lo e viver sempre com Ele! Esta é a única coisa verdadeiramente boa e importante na vida presente e na outra. Desejo ver-Te, Senhor, e procurarei o Teu rosto nas circunstâncias habituais da minha vida!

A vida dos homens é uma caminhada para o Céu, que é a nossa morada (2 Cor 5,2). Uma caminhada que, às vezes, se torna áspera e difícil, porque com frequência devemos remar contra a corrente e lutar com muitos inimigos interiores ou de fora. Mas o Senhor quer confortar-nos com a esperança do Céu, de modo especial nos momentos mais duros ou quando se torna mais patente a fraqueza da nossa condição: “À hora da tentação, pensa no Amor que te espera no Céu. Fomenta a virtude da esperança, que não é falta de generosidade” (São Josemaria Escrivá, Caminho, nº 139).

O pensamento da glória que nos espera deve animar-nos na nossa luta diária. Nada vale tanto como ganhar o Céu.

Não podemos ficar no Monte… de braços cruzados… O seguidor de Cristo deve descer do monte para enfrentar o mundo e os problemas dos homens!

Cada domingo, ao participar da Santa Missa, subimos a Montanha, para contemplar o Cristo transfigurado (ressuscitado) e escutar a sua voz.

Depois, ao descer a Montanha (tendo participado da Missa, ao sair da Igreja) devemos prosseguir a nossa caminhada, sendo sal da Terra e luz do mundo.

Que neste tempo de Quaresma, possamos encontrar momentos de silêncio, possivelmente de Retiro, para rever a própria vida à luz do desígnio de amor do Pai celeste. Deixemo-nos guiar nesta escuta mais intensa de Deus pela Virgem Maria, mestra e modelo de oração. Ela, também na extrema obscuridade da Paixão de Cristo, não perdeu mas conservou na sua alma a luz do Filho divino. É por isso que a invocamos como Mãe da confiança e da esperança! Que Maria, nossa guia no caminho da fé, nos ajude a viver o tempo da Quaresma, encontrando todos os dias alguns momentos para a oração silenciosa e para a Palavra de Deus. Ela, que acompanhou o seu Filho Jesus até à Cruz, nos ajude a ser discípulos fiéis de Cristo, cristãos maduros, para podermos participar juntamente com Ela na plenitude da alegria pascal. Amém!

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

“A quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna” (Jo 6,68).


Jesus falava do Reino de Deus às multidões que acorriam. Fazia isso com palavras simples, com parábolas tiradas do dia a dia. E, no entanto, o seu falar exercia um fascínio especial. O povo se encantava com o seu ensinamento, porque ele ensinava como quem tem autoridade, não como os escribas. Inclusive os guardas enviados para prendê-lo, ao serem questionados pelos sumos sacerdotes e pelos fariseus por não terem cumprido as ordens, responderam: “Ninguém jamais falou como este homem” (Jo 7,46).

O Evangelho de João nos apresenta também luminosos diálogos individuais, com pessoas como Nicodemos ou a samaritana. Com os seus apóstolos, Jesus vai ainda mais em profundidade: fala abertamente do Pai e das coisas do Céu, não mais recorrendo a figuras; eles sentem-se conquistados, e não voltam atrás nem mesmo quando não compreendem completamente as suas palavras, ou quando elas parecem ser exigentes demais.

“Esta palavra é dura” (Jo 6,60), responderam-lhe alguns discípulos quando o ouviram dizer que lhes daria o seu corpo para comer e o seu sangue para beber.

Jesus, vendo que os discípulos se retiravam e não iam mais com ele, dirigiu-se aos doze Apóstolos: “Vós também quereis ir embora?” (Jo 6,67)

Pedro, que já se sentia vinculado a Jesus para sempre, fascinado pelas palavras que tinha ouvido pronunciar por Ele desde o dia em que o encontrara, respondeu em nome de todos:

“A quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna”.