sábado, 7 de novembro de 2015

A solidariedade da Ação Católica italiana com o Papa Francisco


A Presidência nacional da Ação Católica Italiana expressou “de maneira forte e pública” ao Santo Padre “os mais profundos sentimentos de afeto e filial proximidade, de solidariedade pelos graves atos de deslealdade que são feitos em detrimento da Igreja e da Sua pessoa, de gratidão pela sua incansável obra de reforma e purificação da própria Igreja”.

"Este é um momento em que nos parece justo que todo o povo de Deus, leigos, consagrados, ministros e pastores digam em alta voz, sem demora, a sua fidelidade e confiança no magistério de Pedro”, lê-se em um comunicado da Ação Católica.

"O Santo Padre - continua a nota - vive em primeira pessoa e indica a cada um de nós um estilo e um modo de agir que só podem ser desagradáveis para aqueles que pensam e trabalham com lógicas de poder e com métodos sórdidos de luta, que visam a afirmação pessoal e a busca de privilégios".

Francisco está guiando toda a Igreja com “sincero espírito de serviço” e com “o estilo sinodal que aprendemos a conhecer, em um caminho de autêntica conversão missionária, de corajosa abertura aos homens e às mulheres de hoje, de forte renovação pastoral na fidelidade a Cristo e à beleza do humano”. 

Massimo, o "mendigo misterioso" do Conclave reapareceu na Praça São Pedro.


Em março de 2013, enquanto o conclave escolhia o Papa Francisco, um personagem chamou a atenção da imprensa internacional: um homem vestido como mendigo que rezava de joelhos na Praça de São Pedro. Na última terça-feira, o mesmo “mendigo” reapareceu em Roma para rezar pela Igreja, exortando os fiéis a fazerem penitência.

“Estou andando aqui para fazer penitência pela Igreja, a fim de rezar desde esta manhã a Deus, implorando que tenha piedade da sua Igreja, a qual está passando por uma situação muito, muito difícil, e que infelizmente é um escândalo”, disse Massimo Coppo ao Grupo ACI.

Apesar de parecer a primeira vista um monge mendigo, Massimo esclareceu que não é sacerdote, ele é leigo e membro da comunidade Família de Belém, a qual foi criada na terra de São Francisco de Assis há mais de 30 anos.

Massimo vive em Assis, escolheu o voto de pobreza e a vida dedicada à oração aos 32 anos. Durante sua juventude, morou nos Estados Unidos, também por isso domina o idioma inglês. É licenciado em Ciências da Agricultura e exerceu o ofício de professor.


Ladrão rouba a imagem de Jesus e a devolve restaurada


A proverbial ovelha perdida voltou para o rebanho. Em 28 de outubro, alguém roubou uma estátua de Jesus que estava exposta na entrada da loja de artigos religiosos Angels & Company, na cidade norte-americana de Monroe (Connecticut).

Foi um choque para a devota proprietária Midge Saglimbene, que, incrédula, relatou imediatamente o caso à polícia local. Após quatro dias de silêncio e de buscas em vão, a estátua do Cristo “reapareceu” no mesmo lugar de onde tinha sido furtada, em pleno dia de Todos os Santos.

RESTAURAÇÃO

Mas não só reapareceu: o ladrão tentou se redimir fazendo uma significativa restauração na imagem votiva: a estátua, que antes tinha rachaduras e estava desbotada, voltou renovada, com o manto repintado de vermelho brilhante e com a barba e o cabelo de Cristo reavivados (Daily Mail, 4 de novembro). 

O sentido cristão do sexo


Antes de tudo o casal cristão precisa conhecer bem o sentido do sexo no plano de Deus. Ele o quis. De todas as alternativas possíveis que Deus poderia ter empregado para gerar e manter a espécie humana, Ele escolheu a relação física e espiritual do amor conjugal. Deus quis que o casal humano fosse o arquétipo da humanidade, e que sua geração fosse por meio da via sexual.

Além disso, por meio deste ato, quis aprofundar o amor do casal. Então, a conclusão a que se chega, é que Deus não só inventou o sexo, mas o dotou de profunda dignidade e sentido, e por isso colocou normas para ser vivido de maneira correta, para que não causasse desajustamento e sofrimento.

Deus quis que o ser humano fosse material e espiritual, algo como uma síntese bela do animal que apenas tem corpo, com o anjo que apenas é espírito.

E dotando-o de corpo quis que o homem fosse sexuado como os animais; porém, a sua vida sexual devia ser guiada não pelo instinto, como nos animais, mas, pela alma, e iluminada pela inteligência, embelezada pela liberdade, conduzida pela vontade e vivida no amor.

A vida sexual é algo muito sublime no plano de Deus; por isso, jamais um casal deve pensar que Deus esteja longe no momento de sua união mais íntima; pois este ato é santo e santificador no casamento e querido por Deus.

O amor conjugal tem um sentido único; o amor entre dois seres do mesmo sexo, como, por exemplo, pai e filho ou dois amigos, não contém a complementação no plano físico. O uso do sexo no seu devido lugar, no casamento, bem entendido nos seus aspectos espiritual e psicológico, é um dos atos mais nobres e significativos que o ser humano pode realizar; pois ele é a fonte da vida e da celebração do amor. A virtude da castidade, mais do que consistir na renúncia ao sexo, significa o seu uso adequado.

Vatileaks: os livros, a traição de Vallejos e Chaouqui e a caixa entregue por Bento XVI ao Papa Francisco


Nos dias em que são publicados livros com documentos ‘secretos’ do Vaticano e Vallejo-Chaouqui são investigados, volta com força, nas páginas dos jornais a palavra “Vatileaks” número 2 ou segundo ato.

Alguns analistas e observadores recordaram um ato, então famoso, e de uma notícia que, quando foi publicada, causou sensação: o primeiro encontro do novo Papa, Francisco, em Castel Gandolfo, com o pontífice emérito Bento XVI.

Era o dia 23 de março de 2013, dez dias depois da eleição do novo Papa.

Os jornais de então escreveram que Bergoglio e Ratzinger, num longo encontro face-a-face, privadamente, discutiram o dossier Vatileaks.

Um comunicado do Pe. Federico Lombardi narrou o encontro: os dois, depois de uma saudação de boas-vindas, “subiram até o apartamento e foram até a capela para um momento de oração. Na capela, o Papa emérito ofereceu o posto de honra ao Papa Francisco, mas este respondeu: “Somos irmãos”, e se ajoelhou ao lado de Bento XVI, no mesmo banco. Depois de um breve momento de oração, se dirigiram até a Biblioteca privada, onde, pelas 12h30min, começou o encontro reservado”.

Deste encontro reservado não se soube nada até hoje. Deste momento histórico somente temos a famosa fotografia, que suscitou grande atenção, da mesa, onde foram colocados os presentes recíprocos, e bem visível, uma caixa onde, segundo se dizia, estariam mais de 300 fichas com as conclusões do evento Vatileaks. Um verdadeiro e encorpado dossiê escrito por três cardeais nomeados por Bento XVI para investigar sobre a delicada questão que terminou no processo e na condenação de Paolo Gabriele por furto e divulgação de documentos reservados do Papa Bento XVI.

Os cardeais – o espanhol Julian Herranz, o eslovaco Jozef Tomko, e o italiano Salvatore De Giorgi – que haviam entregue o relatório final no dia 17 de dezembro de 2012, foram recebidos pela segunda vez, três dias antes do fim do pontificado do Papa Ratzinger no dia 23 de fevereiro de 2013.

Talvez agora saibamos o que havia no dossiê que permaneceu top-secret.

Uma hipótese sobre o conteúdo do dossiê poderia ser esta: nas 300 fichas havia grande parte do conteúdo sobre o qual se escreveu nestes dias por ocasião da publicação dos livros de Nuzzi e Fittipaldi. Conteúdos que dizem respeito aos fatos investigados e analisados de modo aprofundado pela Pontifícia Comissão Referente ao Estudo e Diretrizes da Organização da Estrutura Econômico-Administrativa da Santa Sé (COSEA), instituída com um quirógrafo no dia 18 de julho de 2013.

Da COSEA faziam parte Pe. Lucio Vallejo Balda, secretário da Prefeitura dos Negócios Econômicos, secretário da COSEA; Joseph F. X. Zahra, presidente da COSEA; Jean-Baptiste de Frannsu; Enrique Llano; Jochen Messemer; Jean Videlain-Sevestre; George Yeo e Francesca Immacolata Chaouqui. 

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Pesquisadores encontram fortaleza grega em Jerusalém mencionada no livro dos Macabeus, na Bíblia


Após um século de buscas, arqueólogos disseram ter descoberto os resquícios de uma antiga fortaleza grega que já foi um centro de poder em Jerusalém e um bastião usado para conter uma rebelião judaica comemorada no livro bíblico dos Macabeus.

Há tempos os pesquisadores debatem a localização da cidade de Acra, construída mais de dois mil anos atrás por Antíoco Epifânio, rei do império selêucida helênico. Muitos afirmam que ocupava o local onde hoje se encontra a Cidade Velha de Jerusalém, com vista para a Igreja do Santo Sepulcro ou junto à colina onde dois templos judeus estiveram no passado e que hoje abriga o complexo da mesquita de Al-Aqsa.

Mas os restos desenterrados pela Autoridade de Antiguidades de Israel e tornados públicos nesta terça-feira (3) estão do lado de fora dos muros da Cidade Velha e dão vista para um vale ao sul, uma área na qual, segundo os arqueólogos, a construção de Jerusalém se concentrou nos tempos do rei bíblico David.


Antíoco, que viveu entre 215 e 164 a.C., escolheu o local para Acra para poder controlar a cidade e monitorar a atividade no templo judeu, afirmou Doron Ben-Ami, que liderou a escavação.

Com um comprimento estimado em mais de 250 metros e uma largura de 60 metros, ela teria dominado o campo. Debaixo do que uma década atrás era um estacionamento pavimentado, a equipe de Ben-Ami escavou uma colina artificial composta por várias camadas de terra deixadas por sucessivas culturas. 

Carta aberta de um católico homossexual para um sacerdote católico homossexual


Um católico escreve a Krzysztof Charamsa, o padre da Cúria Romana que apresentou à mídia mundial o seu parceiro homossexual.

Caro Krzysztof Charamsa,

Meu irmão,

Estou lhe escrevendo de Lourdes, onde oro por você à nossa Mãe de Misericórdia. Devo dizer que a sua declaração pública de homossexualidade realmente me marcou. Como você, eu sou um homem católico que experimenta a atração homossexual e é por esta razão que gostaria de responder à sua declaração pública.

É verdade que “muitos católicos homossexuais sofrem” diante do imobilismo da Igreja a respeito deles. As linhas que falam sobre a homossexualidade no Catecismo da Igreja Católica não constituem, em si mesmas, um programa pastoral. Nessa atmosfera, é normal que, às vezes, experimentemos “exclusão e estigmatização”.

Eu entendo, em parte, a “homofobia” de alguns de nossos irmãos católicos, porque eles nada sabem sobre a homossexualidade e muito menos como comportar-se diante de uma pessoa que se diz abertamente “gay”. Às vezes, eu me sinto como um marciano. Devemos reconhecer, no entanto, que as coisas estão mudando. Na Relatio Synodalis §76, os padres sinodais declaram: “Reserve-se particular atenção ao acompanhamento das famílias onde vivem pessoas homossexuais”. Percebemos que a Igreja entendeu que precisa envolver-se nesta pastoral. Na França, existe a Courage et Encourage, que presta apoio às pessoas que experimentam a atração pelo mesmo sexo, assim como às suas famílias, na jornada para seguir a Cristo.

Todos nós devemos rejeitar publicamente a violência contra os homossexuais. Não existe nenhuma violência que possa ser justificada. E se, entre nós, na Igreja, surgir alguma violência, peçamos perdão ao nosso Pai misericordioso. Não é abandonando a Igreja que poderemos curar essas feridas; é amando-a. Não devemos criar um cisma: uma “Igreja pró-gay” e uma “Igreja anti-gay”. É necessário avançarmos todos juntos, ouvindo-nos uns aos outros, sem julgamento, se o nosso objetivo comum é mesmo Cristo.

Podemos permanecer juntos? 

Papa preside Missa em memória de bispos e cardeais falecidos


SANTA MISSA EM SUFRÁGIO
PELOS CARDEAIS E BISPOS FALECIDOS DURANTE O ANO

HOMILIA DO PAPA FRANCISCO

Basílica Vaticana, Altar da Cátedra
Terça-feira, 3 de Novembro de 2015


Hoje recordamos os irmãos Cardeais e Bispos falecidos durante o último ano. Nesta terra amaram a Igreja, sua esposa, e nós rezamos para que em Deus possam gozar da plena alegria, na comunhão dos santos.

Voltamos a pensar com gratidão também na vocação destes Ministros sagrados: como indica a palavra, consiste antes de tudo em ministrar, ou seja, servir. Enquanto pedimos para eles a recompensa prometida aos «servos bons e fiéis» (cf. Mt 25, 14-30), somos chamados a renovar a escolha de servir na Igreja. É quanto nos pede o Senhor que, como um servo, lavou os pés aos seus discípulos mais próximos a fim de que, como Ele fez, também nós o façamos (cf. Jo 13, 14-15). Deus serviu-nos primeiro. O ministro de Jesus, que veio para servir e não para ser servido (cf. Mc 10, 45), não pode deixar de ser, por sua vez, um Pastor pronto a dar a vida pelas ovelhas. Aos olhos do mundo quem serve e doa parece um perdedor. Na realidade, é quando perdemos a vida que voltamos a encontrá-la. Porque uma vida que se desprende de si mesma, perdendo-se no amor, imita Cristo: vence a morte e dá vida ao mundo. Quem serve, salva. Ao contrário, quem não vive para servir, não serve para viver.

O Evangelho recorda-nos isto. «Deus amou de tal modo o mundo», diz Jesus (Jo 3, 16). Trata-se verdadeiramente de um amor muito concreto, tão concreto que Ele chegou a assumir sobre si a nossa morte. Para nos salvar, Ele alcançou-nos onde fomos parar, afastando-nos de Deus, doador da vida: na morte, num sepulcro sem saída. Este é o abaixamento que o Filho de Deus levou a cabo, inclinando-se como um servo sobre nós para assumir tudo o que é nosso, a ponto de nos abrir de par em par as portas da vida.

No Evangelho, Cristo compara-se com a «serpente elevada». A imagem evoca o episódio das serpentes venenosas, que no deserto atacavam o povo a caminho (cf. Nm 21, 4-9). Os israelitas que tinham sido mordidos pelas serpentes não morriam, mas permaneciam vivos se fitassem a serpente de bronze que Moisés, por ordem de Deus, tinha elevado num poste. Uma serpente salvava das serpentes. A mesma lógica está presente na cruz, à qual Cristo se refere falando com Nicodemos. A sua morte salva-nos da nossa morte.

No deserto as serpentes provocavam uma morte dolorosa, precedida pelo medo e causada por mordidas venenosas. Inclusive aos nossos olhos, a morte parece sempre obscura e angustiante. Do mesmo modo como a experimentavam, ela entrou no mundo por causa da inveja do diabo, recorda-nos a Escritura (cf. Sb 2, 24). No entanto, Jesus não a evitou mas assumiu-a plenamente sobre si mesmo com todas as suas contradições. Agora nós, olhando para Ele, acreditando nele, somos salvos por Ele: «Quem acreditar no Filho terá a vida eterna», repete duas vezes Jesus no breve trecho do Evangelho de hoje (cf. vv. 15.16).