sexta-feira, 6 de maio de 2016

"Se Deus chorou, também eu posso chorar", diz Papa em Vigília




Reflexão do Papa Francisco  
Vigília “para enxugar as lágrimas”
5 de maio de 2016

Na sequência dos testemunhos comoventes que escutamos e à luz da Palavra do Senhor que clarifica a nossa situação de sofrimento, comecemos por invocar a presença do Espírito Santo, para que venha entre nós. Seja Ele a iluminar a nossa mente, a encontrar as palavras certas e capazes de proporcionar conforto; seja Ele a abrir o nosso coração, para ter a certeza da presença de Deus que não nos abandona na provação. O Senhor Jesus prometeu aos seus discípulos que nunca os deixaria sozinhos: em cada situação da vida, estaria junto deles com o envio do Espírito Consolador (cf. Jo 14,26) que havia de os ajudar, sustentar e confortar.

Nos momentos de tristeza, na tribulação da doença, na angústia da perseguição e na desolação do luto, cada um de nós procura uma palavra de consolação. Temos intensa necessidade de alguém que esteja ao nosso lado e sinta compaixão por nós. Experimentamos o que significa estar desorientados, confusos, feridos profundamente como nunca tínhamos pensado acontecer-nos. Incertos, olhamos em redor para ver se encontramos alguém que possa realmente compreender a nossa dor. A mente enche-se de interrogações, mas as respostas não chegam. A razão, sozinha, não é capaz de iluminar o nosso íntimo, compreender a dor que sentimos e dar a resposta que esperamos. Nestes momentos, temos mais necessidade das razões do coração, as únicas capazes de nos fazerem entender o mistério que envolve a nossa solidão.

Quanta tristeza nos acontece vislumbrar em tantos rostos que encontramos! Quantas lágrimas são derramadas,em cada instante, no mundo; uma diferente da outra; e, juntas, formam como que um oceano de desolação, que invoca piedade, compaixão, consolação. As mais amargas são as lágrimas causadas pela maldade humana: as lágrimas de quem viu arrancar-lhe violentamente uma pessoa querida; lágrimas de avós, de mães e pais, de crianças… Há olhos que muitas vezes param fixos no pôr-do-sol e têm dificuldade em ver a alvorada dum dia novo. Precisamos de misericórdia, da consolação que vem do Senhor. Todos nós precisamos dela; é a nossa pobreza, mas também a nossa grandeza: invocar a consolação de Deus, que, com a sua ternura,vem enxugar as lágrimas do nosso rosto (cf.Is 25,8; Ap 7,17; 21,4).

Nesta nossa dor, não estamos sozinhos. Também Jesus sabe o que significa chorar pela perda duma pessoa amada. Uma das páginas mais comoventes do Evangelho é esta: quando Jesus vê Maria a chorar pela morte do irmão Lázaro, também Ele não conseguiu conter as lágrimas. Emocionou-se profundamente e desatou a chorar (cf. Jo 11,33-35). Com esta descrição, o evangelista João quer mostrar como Jesus toma parte na tristeza dos seus amigos e Se solidariza com o seu desconforto. As lágrimas de Jesus embaralharam muitos teólogos ao longo dos séculos, mas sobretudo lavaram tantas almas, aliviaram tantas feridas! Também Jesus experimentou, em Si mesmo, o medo do sofrimento e da morte, a decepção e o desconforto pela traição de Judas e de Pedro, a dor pela morte do amigo Lázaro. Jesus «não abandona aqueles que ama» (Agostinho, Inevangelium Johannis 49,5). Se Deus chorou, também eu posso chorar, ciente de que sou compreendido. O pranto de Jesus é o antídoto contra a indiferença face ao sofrimento dos meus irmãos. Aquele pranto ensina-me a assumir a dor dos outros, a tornar-me participante do incômodo e do sofrimento de quantos vivem nas situações mais dolorosas. Mexe comigo para me fazer perceber a tristeza e o desespero de quantos viram até roubar-lhes o corpo dos seus entes queridos, e já não têm sequer um lugar onde possam encontrar consolação. O pranto de Jesus não pode ficar sem resposta por parte de quem acredita n’Ele. Como Ele consola, assim somos chamados nós a consolar.

As duas vidas


A Igreja conhece duas vidas, que lhe foram anunciadas por Deus; uma é vivida na fé; a outra, na visão. Uma, no tempo da caminhada; outra, na mansão eterna. Uma, no trabalho; outra, no descanso. Uma no exílio; outra, na pátria. Uma, no esforço da atividade; outra, no prêmio da contem­plação.

A primeira é representada pelo apóstolo Pedro; a segun­da, pelo apóstolo João. A primeira desenvolve-se completa­mente sobre a terra até que o mundo acabe, e então encon­trará o fim; a outra prolonga-se para além do fim dos tempos, e nunca acabará no mundo que há de vir. Por isso foi dito a Pedro: Segue-me (Jo 21,19); mas a João diz-se: Se eu quero que ele permaneça até que eu venha, o que te importa isso? Tu, segue-me!(Jo 21,22).

"Segue-me tu, imitando minha paciência em suportar os males temporais. E ele permaneça até que eu venha, para conceder os bens eternos". Ou ainda mais claramente: "Siga-me a atividade que, a exemplo de minha paixão, já terminou. Mas a contemplação, que apenas começou, per­maneça assim até que eu venha para levá-la à perfeição".

Portanto, quem segue a Cristo, acompanha-o na santa plenitude da paciência, até à morte. Permanece até a vinda de Cristo, para lhe manifestar a plenitude da ciência. Agora suportam-se os males deste mundo, na terra dos mortais. Depois, contemplaremos os bens do Senhor, na terra dos vivos.

As palavras de Cristo: Quero que ele permaneça até que eu venha, não devem ser interpretadas como se quisesse dizer: "permanece até o fim" ou "fica assim para sempre", mas "permanece na esperança"; pois o que João representa não atinge agora a sua plenitude, mas apenas quando Cristo vier. Pelo contrário, o que Pedro representa, a quem o Senhor disse: Segue-me, deve cumprir-se agora, para podermos alcançar o que esperamos.

Contudo, ninguém ouse separar estes dois insignes apóstolos. Ambos se encontravam na situação representada por Pedro e ambos haviam de se encontrar na situação representada por João. No plano do símbolo, Pedro seguiu e João ficava; mas no plano da fé, ambos suportavam os males da vida presente, ambos esperavam os bens da felici­dade futura.

O que sucedeu com eles, sucede com toda a santa Igreja, esposa de Cristo: também ela lutará no meio das tentações do mundo para alcançar a felicidade futura. Pedro e João representavam as duas vidas, cada um simbolizando uma delas; mas ambos viveram esta vida temporal, animados pela fé, e agora já se alegram eternamente na outra vida, pela contemplação.

Pedro, o primeiro apóstolo, recebeu as chaves do reino dos céus, com o poder de ligar e desligar os pecados, para que fosse timoneiro de todos os santos, unidos inseparavelmente ao corpo de Cristo, em meio às tempestades desta vida. E João, o evangelista, reclinou a cabeça sobre o peito de Cristo, para exemplo dos mesmos santos, a fim de lhes indicar o porto seguro daquela vida divinamente tranquila e feliz.

Todavia, não é somente Pedro, mas a Igreja universal, que liga e desliga os pecados. E não é só João que bebe da fonte do coração do Senhor, para ensinar com sua pregação que, no princípio, a Palavra era Deus junto de Deus, e outros ensinamentos profundos a respeito da divindade de Cristo, da Trindade e da Unidade de Deus. No reino dos céus, estas verdades serão por nós contempladas face a face, mas na terra nos limitamos a vê-las como num espelho e obscuramente, até que o Senhor venha. Não foi só ele que descobriu estes tesouros do coração de Cristo, mas a todos foi aberta pelo mesmo Senhor a fonte do evangelho, a fim de que por toda a face da terra todos bebessem dele, cada um segundo sua capacidade.


Dos Tratados sobre o Evangelho de João, de Santo Agosti­nho, bispo
(Tract. 124, 5.7: CCL 36, 685-687)         (Séc. V)

Probabilidade de o Santo Sudário ser falso: 1 em 225 bilhões!


Quando era criança e ouvia falar do Santo Sudário de Turim, o Dr. Pierluigi Baima Bollone, professor de Medicina Legal na Universidade de Turim, ficava empolgado. Ele não imaginava que uma comissão de especialistas haveria de levantar a hipótese da presença de traças de soro no Santo Lenço e que ele seria o primeiro patologista capaz de analisá-las. Foi em 1978, avaliando uma dúzia de fios tirados do Sudário e uma microcrosta de frações de milímetros extraída por uma equipe de cientistas suíços.

“Assim descobri que se tratava de sangue humano. Depois, com a ajuda de alguns especialistas em DNA, eu pude identificar algumas de suas características”, disse o professor em entrevista ao site Vatican Insider. “Eu era um jovem médico forense que se interessava por microvestígios. O Pe. Coero-Borga me perguntou se eu conseguiria esclarecer se as manchas do Santo Sudário eram verdadeiramente de sangue”, conta ele.

O médico aceitou o desafio e analisou as amostras com microscópio ótico, depois com um eletrônico e assim chegou à maravilhosa descoberta.

“Foi um momento que jamais poderei esquecer. Estava com outros médicos patologistas na biblioteca do Palácio Real, que tinha as janelas bloqueadas com sacolas negras que tínhamos posto. O Sudário estava estendido sobre uma grande mesa, iluminado por uma luz rasante com uma inclinação de 45 graus para retirar os fragmentos de pano, e nos sentávamos um por vez sobre um cavalete. Quando foi a minha vez, tive a impressão de que a imagem virava um corpo. Era como se eu a visse em três dimensões, e pensei que meus olhos estivessem aprontando comigo”.

Desde então, os estudos do prof. Bollone sobre o Sudário nunca cessaram. 

São Domingos Sávio


São Domingos Sávio nasceu em 2 de abril de 1842, em Riva, na Itália. Era filho de pais muito pobres, um ferreiro e uma costureira, cristãos muito devotos. Ao fazer a primeira comunhão, com sete anos, jurou para si mesmo o que seria seu modelo de vida: "Antes morrer do que pecar". Cumpriu-o integralmente enquanto viveu.

Nos registros da Igreja, encontramos que, com dez anos, chamou para ele próprio a culpa de uma falta que não cometera, só porque o companheiro de escola que o fizera tinha maus antecedentes e poderia ser expulso do colégio. Já para si, Domingos sabia que o perdão dos superiores seria mais fácil de ser alcançado. Em outra ocasião, colocou-se entre dois alunos que brigavam e ameaçavam atirar pedras um no outro.

"Atirem a primeira pedra em mim" disse, acabando com a briga. Esses fatos não passaram despercebidos pelo seu professor e orientador espiritual, João Bosco, que a Igreja declarou santo, que encaminhou o rapaz para a vida religiosa. No dia 8 de dezembro de 1954, quando foi proclamado o dogma da Imaculada Conceição, Domingos Sávio se consagrou à Maria, começando a avançar para o caminho da santidade. Em 1856, fundou entre os amigos a "Companhia da Imaculada", para uma ação apostólica de grupo, onde rezavam cantando para Nossa Senhora.

Mas Domingos Sávio tinha um sentimento: não conseguiria tornar-se sacerdote. Estava tão certo disso que, quando caiu doente, despediu-se definitivamente de seus colegas, prometendo encontrá-los quando estivessem todos na eternidade, ao lado de Deus. Ficou de cama e, após uma das muitas visitas do médico, pediu ao pai para rezar com ele, pois não teria tempo para falar com o pároco. Terminada a oração, disse estar tendo uma linda visão e morreu.

Era o dia 9 de março de 1857. Domingos Sávio tinha dois sonhos na vida, tornar-se padre e alcançar a santidade. O primeiro não conseguiu porque a terrível doença o levou antes, mas o sonho maior foi alcançado com uma vida exemplar. Curta, pois morreu com quinze anos de idade, mas perfeita para os parâmetros da Igreja, que o canonizou em 1957. Nessa solenidade, o papa Pio XII o definiu como "pequeno, porém um grande gigante de alma" e o declarou padroeiro dos cantores infantis. Suas relíquias são veneradas na basílica de Nossa Senhora Auxiliadora, em Torino, Itália, não muito distantes do seu professor e biógrafo são João Bosco. A sua festa foi marcada para o dia 6 de maio.



Ó amável São Domingos Sávio, que em vossa breve vida de adolescente, fostes admirável exemplo de virtudes cristãs, ensinai-nos a amar a Jesus com vosso fervor, à Virgem Santa com vossa pureza, às almas com vosso zelo; fazei ainda que, imitando-Vos no propósito de tornarmo-nos santos, saibamos, como Vós, preferir a morte ao pecado, para poder-Vos encontrar na eterna felicidade do Céu. Assim seja.

quinta-feira, 5 de maio de 2016

Deus não conhece "cultura do descarte", diz Papa




Catequese do Papa Francisco
4 de maio de 2015 A ovelha perdida (Lc 15,1-7)

Queridos irmãos e irmãs, bom dia!

Todos nós conhecemos a imagem do Bom Pastor que leva nos ombros a ovelha perdida. Este ícone sempre representou a preocupação de Jesus para com os pecadores e a misericórdia de Deus que não quer perder ninguém. A parábola é contada por Jesus para fazer as pessoas entenderem que sua proximidade com os pecadores não deve escandalizar, mas provocar em todos uma séria reflexão sobre a forma como vivemos a nossa fé. A história tem, de um lado, os pecadores que se aproximam de Jesus para ouvi-lo e, de outro, os doutores da lei, os escribas que se desviam Dele por causa de seu comportamento. Eles desviam porque Jesus se aproximou dos pecadores. Estes eram orgulhosos, soberbos, se achavam justos.

Nossa parábola se desenrola em torno de três personagens: o pastor, a ovelha perdida e o resto do rebanho. Mas quem age é só o pastor, não as ovelhas. O pastor, então, é o único protagonista e tudo depende dele. Uma pergunta introduz a parábola: “Qual de vós, tendo cem ovelhas e perdendo uma, não deixa as noventa e nove no deserto e vai em busca da que se perdeu, até encontrá-la?” (V. 4). É um paradoxo que leva a duvidar da ação do pastor: é aconselhável deixar noventa e nova por causa de uma ovelha? E não seria no aprisco das ovelhas, mas no deserto.

Segundo a tradição bíblica, o deserto é um lugar de morte, onde é difícil encontrar comida e água, sem abrigo e à mercê das feras e ladrões. O que podem fazer noventa e nove ovelhas indefesas? O paradoxo continua, no entanto, dizendo que o pastor, quando encontra a ovelha”, coloca-a em seus ombros, vai para casa, convoca os amigos e vizinhos e lhes diz: Alegrai-vos comigo” (v. 6).

Parece, portanto, que o pastor não volta para o deserto para recuperar todo o rebanho! Esforçando-se para encontrar aquela ovelha parece esquecer as outras noventa e nove. Mas, na realidade não é assim. O ensinamento que Jesus quer nos dar é que nenhuma ovelha pode ser perdida. O Senhor não pode resignar-se ao fato de que mesmo uma pessoa possa se perder.

20 frases para homenagear sua mãe

 

1. Um amor mais forte que tudo, mais obstinado que tudo, mais duradouro que tudo, é somente o amor de mãe. Você é tudo para mim, mãe!

2. O amor da mãe pode ser traduzido em uma palavra: doação. Falar desse sentimento é entender que ele é a mais completa forma de amor. Feliz Dia das Mães!

3. Mãe você é a estrela da minha vida que faz brilhar os meus dias mais sombrios que faz meu coração aquecer no frio. Você é a pureza do amor!

4. Nenhuma língua é capaz de expressar a beleza e a força de uma mãe. Feliz Dia das Mães!

5. Mãe, posso tentar fazer tudo para retribuir o que você fez por mim, mas sei que nunca vou conseguir nem chegar perto, então queria deixar registrado todo o amor que sinto por você

6. Mãe, você não se curva diante das dificuldades, mas as vence. Seu amor me encanta, sua força me orgulha e sou realmente privilegiado por tê-la em minha vida.

7. Mãe, és a única pessoa do mundo que sempre estás presente de forma incondicional. Se te rejeito, me perdoas. Se me equivoco, me acolhes. Se meus amigos não me acolhem, me abres uma porta. Se estou feliz, celebras comigo. Se estou triste, não sorris até me fazer rir. Obrigado por seres minha amiga incondicional!

8. Mãe, são três letras apenas. O Céu também tem três letras e nelas cabem o infinito. Feliz Dia das Mães!

9. O amor de mãe é o combustível que capacita um ser humano comum a fazer o impossível. Obrigado mamãe!

10. Amar ao pequeno até que cresça; ao enfermo, até que se cure; ao ausente, até que volte; só a mãe pode amar assim. Feliz Dia das Mães!

A ascensão do Senhor aumenta a nossa fé


Assim como na solenidade pascal a ressurreição do Senhor foi para nós motivo de grande júbilo, agora também a sua ascensão aos céus nos enche de imensa alegria. Pois recordamos e celebramos aquele dia em que a humildade da nossa natureza foi exaltada, em Cristo, acima de toda a milícia celeste, sobre todas as hierarquias dos anjos, para além da sublimidade de todas as potestades, e associada ao trono de Deus Pai. Toda a vida cristã se funda e se eleva sobre uma série admirável de ações divinas, pelas quais a graça de Deus nos manifesta sabiamente todos os seus prodígios. De tal modo isto acontece que, embora se trate de mistérios que escapam à capacidade humana de compreensão e que inspiram um profundo temor reverencial, nem assim vacile a fé, esmoreça a esperança ou esfrie a caridade.

Nisto consiste, efetivamente, o vigor das grandes almas e a luz dos corações fiéis: crer, sem hesitação, naquilo que não se vê com os olhos do corpo, e fixar o desejo onde a vista não pode chegar. Como poderia nascer esta piedade, ou como poderíamos ser justificados pela fé, se a nossa salvação consistisse apenas naquilo que nos é dado ver?

Na verdade, tudo o que na vida de nosso Redentor era visível passou para os ritos sacramentais; e para que a nossa fé fosse mais firme e autêntica, à visão sucedeu a doutrina, em cuja autoridade se devem apoiar os corações dos que creem, iluminados pela luz celeste.

Esta fé, aumentada com a ascensão do Senhor e fortalecida com o dom do Espírito Santo, nem os grilhões nem os cárceres nem os exílios nem a fome nem o fogo nem as dilacerações das feras nem os tormentos inventados pela crueldade dos perseguidores jamais puderam atemorizá-la. Em defesa desta fé, através de todo o mundo, homens e mulheres, meninos de tenra idade e moças na flor da juventude combateram até ao derramamento do sangue. Esta fé
expulsou os demônios, afastou as doenças, ressuscitou os mortos.

Os santos apóstolos, apesar dos milagres contemplados e dos ensinamentos recebidos, ainda se Atemorizavam perante as atrocidades da paixão do Senhor e hesitavam ante a notícia de sua ressurreição. Porém, com a ascensão do Senhor progrediram tanto que tudo quanto antes era motivo de temor, se converteu em motivo de alegria. Toda a contemplação do seu espírito se concentrava na divindade daquele que estava sentado à direita do Pai; agora, sem a presença visível do seu corpo, podiam compreender claramente, com os olhos do espírito, que aquele que ao descer à terra não tinha deixado o Pai, também não abandonou os discípulos ao subir para o céu.

A partir de então, caríssimos filhos, o Filho do homem deu-se a conhecer de modo mais sagrado e profundo como Filho de Deus. Ao ser acolhido na glória da majestade do Pai começou, de um modo novo e inefável, a estar mais presente no meio de nós pela divindade quando sua humanidade visível se ocultou de nós.

Por conseguinte, a nossa fé começou a adquirir um maior e progressivo conhecimento da igualdade do Filho com o Pai, e a não mais necessitar da presença palpável da substância corpórea de Cristo, pela qual ele é inferior ao Pai. Pois, subsistindo a natureza do corpo glorificado, a fé dos que creem é atraída para lá, onde o Filho Unigênito, igual ao Pai, poderá ser tocado não mais pela mão carnal, mas pela contemplação do espírito.



Dos Sermões de São Leão Magno, papa
(Sermo 2deAscensione,1-4: PL 54, 397-399)            (Séc.V)

Erros e perigos da Astrologia


A maioria das pessoas conhece a Astrologia através dos horóscopos publicados nos jornais.  Muita gente lê e acredita nas previsões que são feitas, alguns inclusive seguem as sugestões dadas pelos astrólogos. Mas será que já se perguntaram no que se fundamentam estas previsões? Há base científica? Ou ainda, lembrando que nem tudo pode ser explicado pela ciência, há base racional para a Astrologia? E, fora estas questões, é lícito (ou, ao menos, convém) a um católico recorrer às previsões astrológicas? São questões relevantes, que precisam ser analisadas atentamente e respondidas com precisão. Além do mais, quando se procura entender as origens e as relações da Astrologia com o mundo atual, percebe-se claramente que hoje ela está muito ligada aos movimentos conhecidos por “New Age” ou, Nova Era. No que consiste esta tal de Nova Era?

Segundo os místicos e astrólogos a New Age (Nova Era) é o advento da Era de Aquário. Para eles, estamos no final da Era de Peixes, dominada pelo pensamento cristão repressivo, retrógrado e preconceituoso. O próximo Eon (ou Era) será o fim da dominação cristã e o início de um tempo de luz, tecnologia e paz. Como disse, a filosofia da Nova Era está intimamente ligada à Astrologia e esta, por sua vez, usa uma roupagem falsa de ciência quando utilizada (erroneamente) conceitos da Astronomia.

Tanto a Astrologia quanto a noção de Eras estão relacionadas com os movimentos da Terra. Basicamente a Terra possui três movimentos principais. O primeiro é o de rotação em torno do próprio eixo, que dura aproximadamente 24 horas e determina os dias e as noites. O segundo movimento é o de translação em torno do Sol, que dura um pouco mais que 365 dias. Ele determina quais partes do céu estão visíveis a noite pois, se no movimento da Terra o Sol fica na frente de alguma parte do céu, não podemos vê-la. Temos que esperar alguns meses para estarmos num outro ponto da órbita. Desta forma, falamos de “céu de inverno” e “céu de verão”, por exemplo. Quem gosta de espiar o céu sabe: as três Marias aparecem bem no verão e o Escorpião no inverno. O terceiro movimento é o de Precessão. É o mesmo movimento executado por um pião quando está próximo de parar. É uma pequena oscilação do eixo de rotação.

Portanto, os movimentos da Terra determinam que partes do céu podemos ver em cada época do ano e em cada momento do dia e da noite. Para demarcar o céu e as estações do ano, os astrônomos o dividiram em regiões. São as constelações. As estrelas de uma mesma constelação não precisam estar ligadas entre si. É apenas uma divisão aparente do céu, para facilitar a localização das estrelas. Atualmente, a União Astronômica Internacional divide o céu em 88 constelações, de tamanhos diversos.