domingo, 12 de junho de 2016

O Coração de Maria e o espírito de reparação: “Não ofendam mais a Nosso Senhor”.


“Meu Deus, eu creio, adoro, espero e amo-Vos”.

Para um mundo que está perdendo o sentido do pecado, as mensagens de Fátima começam exigindo uma conversão do coração. O Anjo ensina as crianças a rezar com um sentido de reparação “pelos que não crêem, não adoram, não esperam e não amam”. Ensina-lhes a oferecer orações e sacrifícios “pela conversão dos pecadores”. E lhes convida a gestos de penitência: ajoelhar-se, prostrar-se em terra, inclinar a cabeça até o chão. 

A Virgem Maria, além de estabelecer a devoção ao seu Coração Imaculado, cujo fruto espontâneo é o amor, pediu com insistência a reparação pelos ultrajes cometidos contra o seu Coração Imaculado:

“Quereis vos oferecer a Deus para fazer sacrifícios e aceitar voluntariamente todos os sofrimentos que Ele quiser vos enviar, em reparação de tantos pecados com que a divina Majestade é ofendida, para obter a conversão dos pecadores e em desagravo das blasfêmias e ultrajes feitos ao Imaculado Coração de Maria?”

Seu ensinamento é dirigido contra o pecado: “Vistes o inferno, para onde vão as almas dos pobres pecadores”. As suas últimas palavras são: “Não ofendam mais a Nosso Senhor, que já está muito ofendido”. 

São João de Sahagun

 
João Gonzáles, filho de nobres cristãos, nasceu em 1430 na cidade de Sahagún, Espanha. Estudou na sua cidade natal com os monges beneditinos, recebendo a ordenação sacerdotal em 1453. O Arcebispo de Burgos o nomeou cônego e capelão da diocese. Devoto da Santíssima Eucaristia, João celebrava a missa diariamente, ministrava os Sacramento e pregava para a população pobre e ignorante. Esta era sua maneira de catequizar. O seu fervor ao celebrar a missa emocionava os fiéis que, em número cada vez maior, acorriam para ouvir seus ensinamentos. Era o conselheiro espiritual de todos na cidade e todos seguiam seus conselhos. Em suas pregações condenava com veemência os poderosos, os injustos e os corruptos. Em 1463 ele foi acometido de uma doença muito grave. Nesta ocasião decidiu entrar para uma ordem religiosa e ingressou na Ordem dos Eremitas de Santo Agostinho. Chamado de Apóstolo de Salamanca, logo tornou-se Prior da comunidade. São João foi envenenado por uma mulher que não se conformou com a conversão de seu amante, aconselhado por João a voltar para uma vida decente. Morreu em 11 de junho de 1479.

Querido Deus Trindade, somos agradecidos pelo amor que dedicas a todo nós. Somos agradecidos porque envias ao mundo homem e muheres que nos ajudam a conhecê-Lo mais profundamente. Concedei-nos também, pela intercessão de São João de Sahagún, conhecer vossos mistérios pela escuta da Boa Nova do Evangelho. Por Cristo Nosso Senhor. Amém.

sábado, 11 de junho de 2016

Vós sois a luz do mundo


Vós sois a luz do mundo. Não se pode ocultar uma cidade situada sobre um monte; nem se acende uma lâmpada para a colocar debaixo do alqueire, mas sobre o candelabro, e assim brilhe para todos os que estão em casa. O Senhor chamou aos seus discípulos sal da terra, porque eles deviam condimentar, por meio da sabedoria celeste, os corações dos homens que o demónio tornara insensatos. E também lhes chama luz do mundo, porque, iluminados por Ele, que é a luz verdadeira e eterna, se tornassem também eles, luz que brilha nas trevas.

O Senhor é o Sol de justiça; é com toda a razão, portanto, que chama aos seus discípulos luz do mundo, porque é por meio deles que irradia sobre o mundo inteiro a luz da sua própria ciência; com efeito eles afugentaram do coração dos homens as trevas do erro, manifestando a luz da verdade.

Iluminados por eles, também nós passámos das trevas à luz, como diz o Apóstolo: Outrora éreis trevas, mas agora sois luz no Senhor; vivei como filhos da luz. E noutro passo: Não sois filhos da noite nem das trevas, mas sois filhos da luz e filhos do dia.

Com razão diz também São João numa sua Epístola: Deus é luz; e quem permanece em Deus está na luz, como também Ele próprio está na luz. Portanto, uma vez que temos a felicidade de estar libertos das trevas do erro, devemos andar sempre na luz, como filhos da luz que somos. Por isso, diz o Apóstolo: Vós brilhais entre eles como estrelas no mundo, ostentando a palavra da vida.

Se assim não fizermos, ocultaremos e obscureceremos com o véu da nossa infidelidade, para prejuízo tanto nosso como dos outros, uma luz tão útil e necessária. Eis a razão porque incorreu em castigo aquele servo, que, recebendo o talento para o fazer dar juros no Céu, preferiu escondê-lo a colocá-lo no banco.

Por conseguinte, aquela lâmpada resplandecente, que foi acesa para nossa salvação, deve brilhar sempre em nós. Temos a lâmpada dos mandamentos de Deus e da graça espiritual, da qual afirmou David: O vosso mandamento é farol para os meus passos e luz para os meus caminhos. E dela disse também Salomão: O preceito da lei é uma lâmpada.

Por isso é nosso dever não ocultar esta lâmpada da lei e da fé, mas colocá-la sempre no candelabro da Igreja para salvação de todos, a fim de gozarmos nós da luz da própria verdade e de serem iluminados todos os crentes.


Dos Tratados de São Cromácio, bispo, sobre o Evangelho de São Mateus(Tract. 5,1.3-4: CCL 9, 405-407) (Sec. IV)

A difamação contra Pio XII


É sabido que os comunistas não conseguem conviver com o Papado, com o Cristianismo. Por isso, sempre que podem lançam mão de suas táticas para desmoralizá-los e prejudicá-los. Foi o que fizeram com o Papa Pio XII.

Por muito tempo foi alimentado o boato de que o Papa Pio XII, por ocasião da Segunda Guerra Mundial, havia sido um aliado de Hitler e que teria auxiliado e incentivado o Holocausto. No ano de 1963, foi lançada a peça teatral “O Vigário", que teria o propósito de retratar o Papa Pio XII vinculando-o a Hitler, tachando-os de amigos.

Por ordem de Nikita Kruschov, a KGB montou uma farsa para incriminar o Papa, que já estava morto e não podia defender-se. Vários documentos falsos foram forjados, os quais davam a impressão de que havia uma afinidade, uma amizade entre Hitler e o Papa Pio XII. Tais documentos embasaram a peça teatral mencionada. Contudo, pela pesquisa histórica ocorrida quando os arquivos secretos da KGB foram abertos, o que se viu foi exatamente o contrário: Hitler odiava Pio XII e queria destruí-lo.

Diante disso, os comunistas utilizaram outra tática, a da desmoralização, pois, passaram a acusar Pio XII de ter silenciado diante das atrocidades de Hitler. O livro “O Papa de Hitler", de John Cornwell, foi publicado em 1999 versando sobre essa mentira. O autor teria passado meses pesquisando nos arquivos do Vaticano, porém, isso não é verdade, pois ele não passou mais que algumas horas e teve pouquíssimo acesso aos arquivos. As teses por ele apresentadas não têm o menor fundamento.

Para quem deseja saber o que realmente dizem os arquivos secretos do Vaticano sobre Pio XII, o Nazismo, a Segunda Guerra Mundial, a indicação é o livro do Padre Pierre Blet, “Pio XII e a Segunda Guerra Mundial segundo os Arquivos do Vaticano". Trata-se de uma investigação histórica séria e não uma farsa como a montada por John Cornwell. 

São Barnabé, apóstolo e mártir

 
Barnabé, que significa "filho da consolação", não fez parte dos primeiros doze Apóstolos escolhidos por Jesus, mas acompanhou os Apóstolos naqueles primeiros dias. Vendeu um campo de plantações que possuía para doar seu dinheiro aos Apóstolos. Era um homem bom, cheio do Espírito Santo e de fé. Ele era da tribo de Levi. Estudou com mestre Gamaliel, de quem aprendeu a firmeza de caráter, as ciências e as virtudes. Tinha o seu maravilhoso dom de acalmar e de consolar os aflitos. Foi pelas mãos de Barnabé que Paulo de Tarso ingressou nos círculos judaico-cristãos. Barnabé também o acompanhou em sua primeira viagem apostólica e foram parceiros na grande obra de conversão realizada em Antioquia, onde estabeleceram e firmaram a primeira comunidade denominada de cristã. Barnabé estava em Chipre quando foi apedrejado no ano 61. Outra tradição diz que Barnabé teria sido consagrado o primeiro Bispo de Milão, cidade que o tem como seu padroeiro até hoje.

Santo Apóstolo, Barnabé, volvei o vosso olhar a nós e a todos os apóstolos da Igreja, para que servindo ao Evangelho, possam encontrar a fortaleza necessária para nunca se desanimar. Olhai para as pedras que se encontram em nosso caminho: que ela nos levem à santidade, aceitando-as nos sofrimentos, com brandura e paciência. Por Cristo Nosso Senhor. Amém.

sexta-feira, 10 de junho de 2016

O suave livro dos Salmos



 
Embora toda a divina Escritura exale a graça de Deus, o mais suave é o Livro dos Salmos. Moisés, que escreveu os feitos dos patriarcas em simples prosa, quando fez passar através do mar Vermelho o povo dos pais para imperecível admiração, vendo afogados o faraó e seus exércitos, sentiu inflamar-se seu engenho, pois conseguira portentos acima de suas forças, e elevou triunfal cântico ao Senhor. Maria, também, tomou o pandeiro e assim exortava as outras, entoando: Cantemos ao Senhor, que se cobriu de glória e de honra; lançou ao mar cavalo e cavaleiro.

A história instrui, a lei ensina, a profecia anuncia, a correção castiga, a moral persuade. Ora, no Livro dos Salmos há proveito para todos e remédio para a salvação do homem. Quem o lê, tem remédio especial para as chagas das paixões. Quem quiser lutar como em ginásio de almas e estádio de virtudes, onde estão preparados diversos gêneros de luta, escolha para si aquele que julgar mais adequado para mais facilmente alcançar a coroa.

Se alguém quiser recordar e imitar os feitos gloriosos dos antepassados, encontrará compendiada num salmo toda a história de nossos pais, podendo assim enriquecer o tesouro da memória numa breve leitura. Se alguém perscruta a força da lei que está toda no vínculo da caridade (quem ama o próximo, cumpriu a lei), leia então, nos salmos, com quanto amor um só se expôs aos mais graves perigos para repelir o opróbrio de todo o povo. Donde se reconhece não ser a glória da caridade menor do que o triunfo da virtude.

Que direi sobre o dom da profecia? Aquilo que outros anunciaram por enigmas, só a este, aparece clara e abertamente a promessa de que o Senhor Jesus nasceria de sua linhagem, conforme lhe falou: Porei sobre teu trono o fruto de tuas entranhas. Por conseguinte, nos salmos não apenas nasce Jesus para nós, mas ainda aceita a salvífica paixão de seu corpo, adormece, ressurge, sobe aos céus, assenta-se à direita do Pai. O que homem algum ousaria dizer, só este profeta anunciou e depois o próprio Senhor o manifestou no seu evangelho.


Dos Comentários sobre os Salmos, de Santo Ambrósio, bispo
(Ps.1,4.7-8:CSEL64,4-7)             (Séc.IV)

Filipinas: Vaticano rejeita aparição de Nossa Senhora em Lipa.


A Congregação para a Doutrina da Fé do Vaticano determinou recentemente que as supostas aparições da Virgem Maria no convento carmelita de Lipa, na província de Batangas (Filipinas), são “carentes de origem sobrenatural”.

Assim assinala um documento remetido à Arquidiocese de Lipa e cujo conteúdo foi divulgado a todos os fiéis pelo seu Arcebispo, Dom Ramón Cabrera Argüelles, em 31 de maio.

A história da aparição remonta a 1948, quando a postulante carmelita Teresita Castillo assinalou que a Virgem Maria lhe apareceu repetidamente. A devoção popular cresceu rapidamente nas Filipinas, país com maior número de católicos na Ásia.

Há menos um ano, em 12 de setembro de 2015, Dom Argüelles havia aprovado as aparições da Virgem de Lipa, com o título de Mediadora de Todas as Graças.

O documento da Congregação para a Doutrina da Fé, assinado pelo seu Prefeito, Cardeal Gerhard Müller, determinou que o decreto do Arcebispo de Lipa permanece “nulo e sem efeito”.

O Cardeal Müller precisou que a declaração de uma comissão de bispos formada para estudar o caso em 1951, a qual resolveu que as aparições não eram reais, “foi uma decisão confirmada pelo Supremo Pontífice (NdR: Pio XII) e, portanto, definitiva”.

O predecessor de Dom Argüelles, Dom Mariano Gaviola y Garcés, desobedecendo o pedido da Santa Sé, restabeleceu a devoção, que seria depois confirmada pelo atual Arcebispo de Lipa.

Entretanto, a Congregação para a Doutrina da Fé “confirma de maneira definitiva o decreto de 11 de abril de 1951, segundo o qual os fenômenos de Lipa foram declarados carentes de origem sobrenatural”.

“Além disso, a Congregação para a Doutrina da Fé repete sua instrução de que qualquer uma das comissões estudando o tema dos supostos fenômenos sobrenaturais das supostas aparições no Carmelo de Lipa sejam imediatamente dissolvidas”, acrescentou o Cardeal Müller.