Já ganhou as manchetes de todo o Brasil a
notícia de que Nossa Senhora Aparecida será usada durante os desfiles de uma
escola de samba no Carnaval de São Paulo em 2017.
Estou perplexa, triste, ao pensar que nossa
mãezinha está exposta a tamanha profanação, e com o consentimento de nossa
Igreja. Pedem para compreendermos, argumentam, rebaixam nosso sentimento
religioso, mas não há como entender.
Como o mais alto símbolo da santidade no
Brasil será jogado no mais baixo símbolo da vulgaridade, do pecado, da
imoralidade, do sincretismo, da maior de todas as nossas vergonhas?…
Será que não percebem que o carnaval é a
festa da depravação, que durante esses quatro dias milhares de pessoas morrem
embriagadas, contaminam-se com doenças venéreas, roubam, matam, esquecem-se de
Deus e da fé, destroem famílias e pervertem os nossos filhos?
Como colocar a Mãe de Jesus na festa
máxima da usurpação da dignidade feminina, em que mulheres são expostas à
cobiça como num grande açougue? Maria Santíssima não pode ocupar esse espaço!
Isso agride a nossa fé, agride a nossa dignidade. E ainda colocarão uma dessas
dançarinas paramentada de Nossa Senhora Aparecida!
Dizem por aí que Nosso Senhor esteve com
os pecadores… Mas Ele esteve para convertê-los, para com amor lhes mostrar o
seu pecado. Quando lhe perguntaram porque ele comia com os publicanos, ele
respondeu que “não são os que
estão bem que precisam de médico, mas sim os doentes” (Mt 9,12).
Cristo sabia que eram doentes e ia lá para sará-los.
No caso, ninguém estará naqueles carros
alegóricos pregando contra o pecado e exortando alguém à penitência. Ali
estarão legitimando aquele acontecimento horroroso, e usando a imagem de Nossa
Senhora para referendá-lo, com o pretexto de homenageá-la pelos 300 anos de sua
aparição.
O problema não é o lugar, se é o
sambódromo ou a cracolândia. O problema é o que se fará ali. O desfile de uma
escola de samba é muito diferente de uma procissão, ainda mais da procissão
santíssima de Corpus Christi. Nem toda homenagem é honrosa, ainda mais quando é
feita no contexto contrário daquilo que Nossa Senhora pede, que é a conversão.
Fico pensando… Se esses padres tivessem que receber uma homenagem num
prostíbulo será que aceitariam como ocasião de evangelizar? Por que querem
submeter Nossa Senhora a essa vergonha?