quarta-feira, 21 de junho de 2017

RS: Bispo da Diocese de Novo Hamburgo esclarece padres sobre atuação dos Arautos do Evangelho


DIOCESE DE NOVO HAMBURGO
ESCLARECIMENTO AOS NOSSOS PADRES

A Diocese de Novo Hamburgo, através de Seu Bispo, Dom Zeno Hastenteufel, e atendendo o pedido de inúmeros leigos e leigas que foram lesados pelos “Arautos do Evangelho” (Associação Internacional de Fiéis de Direito Pontifício) com Sede em São Paulo, SP, em suas visitas não autorizadas a casas e condomínios dos fiéis pertencentes a esta Diocese, com “campanhas” não esclarecidas, faz saber que:

-Em nenhum momento houve a concessão de licença para visitas ou para angariar qualquer tipo de fundos para seminários ou outras obras dos Arautos do Evangelho.

-Após uma rápida visita de seus membros aos Bispos locais, com a cordial visita e entrega de algum presente, fez com que de maneira ardilosa utilizam o nome do Bispo local, sem a sua permissão, para seus empreendimentos, fez com que houvesse um desvio de recursos, prejudicando a Igreja local de suas necessidades;

-Não obstante, se faz necessário constatar, que mesmo a chamada promoção vocacional com os jovens dessa Diocese, em nenhuma ocasião foi informada ao Bispo local, fazendo com que as vocações fossem desviadas para seus centros de formação; 

-Os acontecimentos recentes junto de nossas famílias, nas mais variadas Paróquias da Diocese, bem como em outras Dioceses do Estado do RS, desde o início deste ano de 2017 e em anos anteriores, nos faz constatar e afirmar que o problema suscitado não é apenas de caráter eclesial, religioso e de fé; é um assunto público, que afeta diretamente os movimentos, grupos e pastorais paroquiais e aqueles que as integram e as diversas estruturas eclesiais. 

Arautos, a doutrina secreta: "Dr. Plínio incentiva a morte do Papa".


Toda repercussão aconteceu depois de um vídeo ter sido divulgado, no qual é possível ver membros do Arautos do Evangelho citando um diálogo entre o grupo e o Satanás em que é citada a morte do Papa Francisco, entre outros temas. Nas imagens divulgadas, o monsenhor João Scognamiglio Clá Dias, um cânone honorário da Igreja Católica em Roma e líder da organização, protagoniza a cena e, segundo as informações oficiais, ele renunciou ao cargo. Confira a matéria:

Plínio Corrêa de Oliveira lá do além, sentado ao lado de Nossa Senhora, determina alterações climáticas e empenha-se a valer para que o Papa Francisco morra em breve. Esses são os tipos de absurdos valorizados pelos líderes da entidade Arautos do Evangelho. Para muitos ficou óbvio que havia razões bem sólidas na origem da decisão do Vaticano quando solicitou uma investigação sobre os Arautos, embora outros logo tratassem de torcer o pedido tentando enquadrar a decisão da Congregação para os Religiosos em uma intolerância inexistente contra as realidades eclesiais mais tradicionais e conservadoras.


Em 12 de junho, tornou-se pública a carta em que se comunicava o pedido de afastamento de monsenhor João Scognamiglio Clá Dias, 77 anos, fundador e superior geral da sociedade clerical de vida apostólica "Virgo Flos Carmeli” e presidente da associação privada de fiéis "Arautos do Evangelho”, a primeira nascida e aprovada no novo milênio. Monsenhor Clá não faz nenhuma referência à profunda investigação iniciada pelo dicastério do Vaticano liderada pelo bispo brasileiro Cardeal João Braz de Aviz. Mas a coincidência temporal fala por si. 

“Eu fui um tolo”: pastor pede perdão por ofender católicos


O Pastor Claudio Duarte pediu desculpas por comentários críticos que supôs ter feito dentro de uma Igreja Católica aos dogmas “Maria, mãe de Deus” e “Virgindade perpétua”. “Em uma de minhas ministrações fiz uma brincadeira que não devia. Acabei criando uma situação desagradável para a fé de pessoas que me respeitam”, afirma o palestrante protestante.


“Eu não deveria ter falado da maneira que falei”, justifica o pastor. No vídeo que circulou na internet e descontentou os fieis, Claudio afirmava em tom jocoso que “ninguém pode ser mãe de alguém que é mais velho [a si]”.  

Catequese: "Os santos, testemunhas e companheiros de esperança".


CATEQUESE
Praça São Pedro – Vaticano
Quarta-feira, 21 de junho de 2017

Queridos irmãos e irmãs, bom dia!

No dia do nosso Batismo, ressoou para nós a invocação dos santos. Muitos de nós, naquele momento, éramos crianças, portanto, nos braços dos pais. Pouco antes de fazer a unção com o óleo dos catecúmenos, símbolo da força de Deus na luta contra o mal, o sacerdote convidou toda a assembleia a rezar por aqueles que estavam para receber o Batismo, invocando a intercessão dos santos. Aquela era a primeira vez em que, no curso da nossa vida, nos era presenteada esta companhia dos irmãos e irmãs “maiores” – os santos – que passaram pela nossa mesma estrada, que conheceram nossos mesmos cansaços e vivem para sempre no abraço de Deus. A Carta aos Hebreus define esta companhia que nos circunda com a expressão “multidão de testemunhas” (12, 1). Assim são os santos: uma multidão de testemunhas.

Os cristãos, no combate contra o mal, não se desesperam. O cristianismo cultiva uma incurável confiança: não crê que as forças negativas e que dividem possam prevalecer. A última palavra sobre a história do homem não é o ódio, não é a morte, não é a guerra. Em todo momento da vida nos assiste a mão de Deus e também a discreta presença de todos os crentes que “nos precederam com o sinal da fé” (Canone Romano). A existência deles nos diz, antes de tudo, que a vida cristã não é um ideal inatingível. E junto nos conforta: não estamos sozinhos, a Igreja é feita de inúmeros irmãos, muitas vezes anônimos, que nos precederam e que pela ação do Espírito Santo estão envolvidos nos eventos de quem ainda vive aqui embaixo.

A do Batismo não é a única invocação dos santos que marca o caminho da vida cristã. Quando dois noivos consagram o seu amor no sacramento do Matrimônio, é invocada de novo para eles – desta vez como casal – a intercessão dos santos. E esta invocação é fonte de confiança para os dois jovens que partem para a “viagem” da vida conjugal. Quem ama verdadeiramente tem o desejo e a coragem de dizer “para sempre” – “para sempre” – mas sabe ter necessidade da graça de Cristo e da ajuda dos santos para poder viver a vida matrimonial para sempre. Não como alguns dizem: “até que o amor dure”. Não: para sempre! Do contrário é melhor que não se case. Ou para sempre ou nada. Por isso na liturgia nupcial se invoca a presença dos santos. E nos momentos difíceis é preciso ter a coragem de levantar os olhos para o céu, pensando em tantos cristãos que passaram pela tribulação e preservaram brancas suas vestes batismais, lavando-as no sangue do Cordeiro (cfr Ap 7, 14): assim diz o Livro do Apocalipse. Deus nunca nos abandona: toda vez que temos necessidade virá um anjo seu a nos levantar e infundir consolação. “Anjos” algumas vezes com uma face e um coração humanos, porque os santos de Deus estão sempre aqui, escondidos no meio de nós. Isso é difícil de entender e também de imaginar, mas os santos estão presentes na nossa vida. E quando alguém invoca um santo ou uma santa, é justamente porque está próximo a nós.

Quem são os Amigos da Cruz?


Um Amigo da Cruz é um homem escolhido por Deus, entre 10 mil que vivem segundo os sentidos e a razão para ser unicamente um homem todo divino e elevado acima da razão, e todo em oposição aos sentidos, por uma vida e uma luz de pura fé e por um amor ardente pela Cruz.

Um Amigo da Cruz é um rei todo-poderoso e um herói triunfante do demônio, do mundo e da carne em suas três concupiscências. Pelo amor às humilhações, esmaga o orgulho de Satanás; pelo amor à pobreza, triunfa da avareza do mundo; pelo amor à dor, amortece a sensualidade da carne.

Um Amigo da Cruz é um homem santo e separado de todo o visível, cujo coração está acima de tudo quanto é caduco e perecível, e cuja conversa está no Céu; que passa pela Terra como estrangeiro e peregrino; e que, sem lhe dar o coração, a contempla com o olho esquerdo e com indiferença, calcando-a com desprezo aos pés.

Um Amigo da Cruz é uma ilustre conquista de Jesus Cristo crucificado no Calvário, em união com sua Santa Mãe; é um Benoni ou um Benjamim, filho da dor e da dextra, gerado em seu dolorido coração, vindo ao mundo por seu lado direito atravessado e coberto da púrpura de seu sangue. Dada a sua extração sangrenta, só respira cruz, sangue e morte ao mundo, à carne e ao pecado, para estar totalmente oculto, aqui na Terra, com Jesus Cristo em Deus.

terça-feira, 20 de junho de 2017

Caso Encerrado: Pastor mente ao afirmar que pregou contra os dogmas marianos em Igreja Católica


O gaiato pastor Cláudio Duarte gabava-se no vídeo abaixo, gravado numa igreja evangélica e que circula na internet, de ter questionado os dogmas marianos diante dos católicos dentro de uma igreja católica. Veja o vídeo:


É verdade que o pastor Cláudio esteve presente numa palestra realizada na Paróquia Nossa Senhora Rainha, da Arquidiocese de Belo Horizonte. Mas a paróquia negou em comunicado que o pastor tenha tratado de dogmas marianos em suas dependências como podemos ver abaixo:


Detém-te! O Coração de Jesus está comigo.


Conhecido como 'Detém-te', trata-se de um pequeno emblema que pode ser usado sobre o peito, em volta do pescoço ou preso ao casaco, embora o ideal fosse levá-lo à altura do coração, como um lembrete das palavras de São Paulo “Tende em vossos corações os mesmos sentimentos que teve Jesus Cristo no seu” (Filipenses 2,5).

O 'Detém-te' tem uma imagem do Sagrado Coração, que, normalmente, está circundada da seguinte frase: “Detém-te! (ou Alto!) O Sagrado Coração de Jesus está comigo”.

Diz-se que, em 1870, uma cidadã de Roma, depois de consagrar ao Sagrado Coração e à Santíssima Virgem o seu filho que estava de partida para a guerra da unificação da Itália, alistado com os Zuavos Pontifícios[1], lhe entregou um 'Detém-te' que ela mesma desenhou sobre um pedaço de pano vermelho, dizendo: “Ele te trará são e salvo.” O jovem saiu ileso da guerra, dizendo que uma bala atingiu o seu peito, onde tinha o 'Detém-te', e parou sem causar qualquer dano. A Mãe contou isto ao Santo Padre.


O Papa concedeu a aprovação definitiva a essa devoção e disse: “Isso, senhora, é uma inspiração do Céu.” E, em seguida, acrescentou. “Abençoo este Coração e quero que todos aqueles que forem feitos segundo este modelo recebam esta mesma bênção, sem ser necessário que um Padre a renove. Ademais, quero que de modo algum Satanás possa causar dano àqueles que levem consigo o Escudo, símbolo do Coração adorável de Jesus”.

segunda-feira, 19 de junho de 2017

O jihadista não conseguiu me degolar: “Quem é você? Eu não consigo mexer o facão!”.


O pe. Abuna Nirwan é um franciscano que nasceu no Iraque e, antes de ser ordenado sacerdote, estudou medicina. Foi destinado à Terra Santa e, em 2004, ganhou das Irmãs Dominicanas do Rosário uma relíquia da sua fundadora e um terço usado por ela. O padre passou a trazer a relíquia e o rosário sempre consigo.

A fundadora em questão é Santa Marie Alphonsine Danil Ghattas, cristã palestina canonizada em 2015 pelo Papa Francisco. Em 2009, quando o Papa Bento XVI aprovou o milagre para a sua beatificação, a Santa Sé pediu a exumação do corpo da religiosa. Esta missão costuma caber ao bispo local, que, para realizá-la, designa um médico. E esse médico foi justamente o padre Abuna Nirwan.

Em 2004, a relíquia e o rosário… Em 2009, a exumação… E esses dois fatos extraordinários não foram os únicos que ligaram o padre Nirwan àquela santa fundadora.

Dois anos antes da aprovação do Papa Bento à beatificação da religiosa, mais um fato simplesmente arrepiante envolvendo o pe. Nirwan e a madre Marie Alphonsine tinha sido relatado pelo padre Santiago Quemada no seu blog “Un sacerdote en Tierra Santa”.

Eis o relato:

A história que vamos contar aconteceu em 14 de julho de 2007. Abuna Nirwan foi visitar a sua família no Iraque e, para isso, precisou contratar um táxi. Ele mesmo relatou o caso na homilia de uma missa que celebrou em Bet Yalla. O padre Nirwan contou:

Não havia possibilidade de ir de avião para visitar a minha família. Era proibido. O meio de transporte era o carro. Meu plano era chegar a Bagdá e ir de lá para Mossul, onde viviam os meus pais.

O motorista tinha medo por causa da situação no Iraque. Uma família, formada pelo pai, a mãe e uma menininha de dois anos, pediu para viajar conosco. O taxista me falou do pedido e eu não vi nenhum inconveniente. Eram muçulmanos. O motorista era cristão. Ele disse que havia lugar no carro e que eles podiam ir conosco. Paramos num posto de combustível e outro homem jovem, muçulmano, também pediu para ir junto até Mossul. Como ainda restava um assento, ele também foi aceito.

A fronteira entre a Jordânia e o Iraque só abre quando amanhece. Quando o sol se levantou, uma fila de cinquenta ou sessenta carros foi avançando lentamente, todos juntos.

Seguimos a viagem. Depois de mais de uma hora, chegamos a um lugar onde estavam fazendo uma inspeção. Preparamos os passaportes. O motorista nos disse: “Tenho medo desse grupo”. Antes era um posto militar, mas uma organização terrorista islâmica havia matado os militares e tomado o controle do local.

Quando chegamos, eles nos pediram os passaportes sem nos fazer descer do carro. Levaram os passaportes a um escritório. A pessoa voltou, se dirigiu a mim e disse: ‘Padre, vamos continuar a investigação. Podem ir até o escritório mais à frente. Depois já é o deserto”. “Muito bem”, respondi. Caminhamos uns quinze minutos até chegar à cabana a que eles se referiam.

Quando chegamos à cabana, saíram dois homens de rosto coberto. Um deles tinha uma câmera em uma mão e um facão na outra. O outro era barbudo e estava segurando o alcorão. Chegaram até nós e um deles perguntou: “Padre, de onde está vindo?”. Respondi que vinha da Jordânia. Depois ele perguntou ao motorista.

Depois se dirigiu ao rapaz que vinha conosco, o agarrou por trás com os braços e o matou com o facão. Amarraram as minhas mãos por trás das costas e disseram:

“Estamos gravando isto para a Al-Jazeera. Quer dizer algumas palavras? Tem menos de um minuto”.