quinta-feira, 12 de outubro de 2017

Todo santo é homem antes de ser santo


São Francisco era um homenzinho fisicamente frágil e ativo, magro como um barbante e vibrante como a corda de um arco, e, em seus movimentos, parecia uma flecha saindo do arco. Toda sua vida foi uma série de saltos e carreiras: disparar atrás de um mendigo; ir depressa, despido, para a floresta; entrar escondido no navio desconhecido; aparecer de repente na tenda do sultão e oferecer-se para se jogar no fogo. Em termos de aparência, ele deve ter sido como uma folha outonal esquelética e fina, amarronzada, dançando eternamente no vento, mas a verdade é que ele era o próprio vento.

São Tomás era um homem imenso e bem sólido, gordo, lento e de gestos controlados; muito amável e magnânimo, mas não muito sociável; tímido, mesmo se ignorarmos a humildade do santo; e distraído, mesmo sem levar em conta suas casuais, e cuidadosamente escondidas, experiências de êxtase ou de transe. São Francisco era tão agitado e até irrequieto que os eclesiásticos diante dos quais ele de repente aparecia julgavam-no louco. São Tomás controlava tanto suas emoções que os professores das escolas que ele frequentou regularmente o julgaram tolo. Na verdade, ele era o tipo de aluno, não incomum, que preferia ser um tolo a ter seus sonhos pessoais invadidos por tolos mais ativos ou animados.

Esse contraste externo alcança quase todos os aspectos dessas duas personalidades.

quarta-feira, 11 de outubro de 2017

Onde está o céu de Deus?


Ao rezarmos o Pai-Nosso, elevamos o coração a Deus, que “está nos céus”. Mas o que, exatamente, queremos dizer com isso? Por acaso Deus se encontra mesmo acima das nuvens, em algum lugar físico que não conseguimos enxergar?

“… que estais nos céus…”

O valor da confiança

Entre as disposições necessárias ao orante, a confiança desempenha um papel fundamental: “Peça com fé”, escreve São Tiago, “sem nenhuma vacilação” (Tg 1, 6). Por isso, ao ensinar-nos a orar, o Senhor alude primeiro aos motivos que nos podem gerar confiança, a saber: (a) a bondade do Pai, e por isso diz “Pai nosso”, conforme o que se lê no Evangelho segundo Lucas: “Se vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas coisas a vossos filhos, quanto mais vosso Pai celeste dará o Espírito Santo aos que lho pedirem” (Lc 11, 13); e (b) a dimensão de seu poder, e por isso diz “que estais nos céus”, como cantamos no Salmo: “Levanto os olhos para vós, que habitais nos céus” (Sl 122, 1).

Os três fins desta expressão

Ora, as palavras “que estais nos céus” podem servir a três propósitos:

a) Antes de tudo, à preparação de quem irá rezar, <pois assim manda o Eclesiástico>: “Antes da oração, prepara a tua alma” (Eclo 18, 23). De modo que por “céus” entenda-se a glória celeste, como se lê em São Mateus: “Será grande a vossa recompensa nos céus” (Mt 5, 12). Ora, essa preparação deve consistir tanto na (i) imitação das coisas celestes, porquanto o filho tem o dever de imitar o pai, como escreve São Paulo: “Assim como reproduzimos em nós as feições do homem terreno, precisamos reproduzir as feições do homem celestial” (1Cor 15, 49), quanto na (ii) contemplação das realidades do céu, pois os homens costumam pensar com mais frequência no que diz respeito a seu pai e às coisas que amam, de acordo com o Evangelho segundo Mateus: “Porque onde está o teu tesouro, lá também está o teu coração” (Mt 6, 21). Por isso dizia o Apóstolo: “Nós, porém, somos cidadãos dos céus” (Fl 3, 20). A preparação requer, ademais, (iii) que se dirija a atenção às coisas do alto, de modo que não peçamos àquele que está nos céus senão bens espirituais: “Buscai as coisas lá do alto, onde Cristo está sentado” (Cl 3, 1) [1].

b) A expressão “que estais nos céus”, em segundo lugar, pode referir-se à facilidade que Deus tem de nos ouvir, uma vez que está próximo de nós. Nesse sentido, as palavras “que estais nos céus” significam “que estais nos santos”, nos quais Deus habita [2], segundo o profeta Jeremias: “Mas vós, Senhor, estais entre nós” (Jr 14, 9). Os santos, com efeito, recebem <nas Escrituras> o nome de “céus”, conforme o Salmo: “Narram os céus a glória de Deus” (Sl 18, 2). Ora, Deus habita nos santos pela (i) fé, como testemunha a Epístola aos Efésios: “Que Cristo habite pela fé em vossos corações” (Ef 3, 17) [3]; pela (ii) caridade: “Quem permanece no amor permanece em Deus e Deus nele” (1Jo 4, 16); e pela (iii) observância dos Mandamentos: “Se alguém me ama, guardará a minha palavra e meu Pai o amará, e nós viremos a ele e nele faremos a nossa morada” (Jo 14, 23).

c) Finalmente, a expressão “que estais nos céus” pode dizer respeito à capacidade que tem Deus de nos ouvir, de modo que por “céus” entendamos o céu físico, não no sentido de estar Deus encerrado nos céus corpóreos, pois “o céu e os céus dos céus não vos podem conter” (1Rs 8, 27), mas a fim de conotar que ele é (i) penetrante em seu olhar, pois do alto tudo contempla, segundo o Salmo: “Porque o Senhor olhou do alto do seu santuário” (Sl 101, 20); (ii) sublime em seu poder: “No céu estabeleceu o Senhor o seu trono” (Sl 102, 19); e (iii) estável em sua eternidade: “Vós, porém, Senhor, sois eterno” (Sl 101, 13) e “vossos anos não têm fim” (v. 28), o que também é dito nos Salmos em referência a Cristo: “Seu trono terá a duração dos céus” (Sl 88, 30). E o Filósofo afirma em I Sobre o Céu que, devido à sua incorruptibilidade, todos consideram o céu morada de espíritos [4].

Santo Alexandre Sauli


Santo Alexandre Sauli nasceu em Milão no ano de 1530. Desde a infância foi cumulado com as mais abundantes bênçãos do céu. Consagrou-se sem reserva ao serviço de Deus na Congregação dos Barnabitas. Entregou-se com zelo ao ministério da Palavra e da Reconciliação, mortificando o corpo com a fadiga dos trabalhos e vigílias; e nem o cargo de professor de Filosofia e Teologia na Universidade de Pavia, fez Alexandre abandonar o ministério da Palavra e do Confessionário. Comunidades inteiras se colocaram sob a sua direção espiritual para aprender de tão abalizado mestre os meios para chegar à perfeição.

Ainda não tinha 32 anos quando foi eleito Superior Geral da Ordem. A capacidade com que desempenhou este cargo deu novo esplendor ao Instituto. Foi nomeado Bispo da Igreja de Aléria, na Ilha de Córsega, em 1570 pelo Papa Pio V.

O novo Bispo, apenas sagrado por São Carlos Borromeo, partiu com três padres da sua Ordem para o rebanho que o Senhor lhe confiara. Chegando em Aléria, encontrou nesta diocese inúmeras dificuldades: por toda a parte teve de cortar abusos, abolir costumes escandalosos, fundar igrejas e levantar as que estavam em ruínas, e prover à decência do culto. Necessitou de estabelecer colégios e fundar seminários onde se pudesse formar a juventude. Seus constantes trabalhos não lhe impediam os jejuns contínuos e a rigorosa abstinência. Apesar de seus poucos rendimentos, o santo Bispo não deixava de dar esmolas abundantes.

A veneração em que era tido o santo apóstolo de Córsega, levou as cidades de Trotona e de Gênova a pedi-lo para seu pastor, mas ele de modo nenhum queria deixar a sua primeira diocese, à qual tinha profunda afeição. No entanto, em 1591, teve de obedecer às ordens do Papa Gregório XIV, que o nomeou Bispo de Pavia. Uma vez ali, Santo Alexandre empreendeu logo a visita da sua nova diocese.

Contudo, Santo Alexandre adoeceu gravemente vindo a falecer a 11 de outubro de 1592. Atestaram a sua santidade diferentes milagres. Foi beatificado em 1741 pelo Papa Bento XIV e canonizado em 1904 por São Pio X.


Santo Alexandre Sauli, o tempo passou, mas vosso nome permaneceu entre nós, porque tivestes a graça, e a ela correspondestes, de escolher a melhor parte que jamais lhe será tirada. Hoje, mesmo na imensa alegria dos eleitos, sabeis que nosso mundo se encontra decadente e o mal avassala em todos os ambientes. Olhai benignamente os que sofrem a descrença e a desilusão causadas até mesmo por alguns que se dizem cristãos, mas que se comportam como pagãos que não conhecem a Deus. Olhai por todo o clero; pelos nossos sacerdotes, bispos e cardeais; pelo nosso santo Papa e nossos seminaristas. Dispensai vossos cuidados a todos os que se encontram na missão de levar o Evangelho ao mundo. Por Cristo Nosso Senhor. Amém.


Santo Alexandre Sauli, rogai por nós!

terça-feira, 10 de outubro de 2017

O demônio é um cara carente


O mal existe, tem personalidade e gosta de nos incomodar com suas ofertas e seduções. No começo ele é simpático. É formoso. É agradável como aquele amigo de bar. O pecado até parece gostoso. Quando caímos ele muda a estratégia e a sedução se transforma em acusação. Ele tenta nos jogar cada vez mais para baixo.

Em tudo isso percebemos que satanás é uma criatura muito carente. Não consegue viver sem ser o assunto principal. Sobrevive de audiência. Ama ser causa de escândalos.

Hoje vivemos em um mundo em rede. Precisamos cuidar para não sermos instrumento dos diabos de plantão. Recebo diariamente dezenas de vezes a mesma imagem do peladão da performance sacrílega, do peladinho que chama pedofilia de liberdade artística, da exposição com obras de profanação religiosa. Tive que ver a imagem das hóstias profanadas umas 200 vezes. O demônio vibrava no inferno a cada clic dos santos ingênuos de plantão. 

Não é brincadeira. É mais do que sério!


Meus irmãos, gostaria de falar aqui como sacerdote, mas também como cidadão brasileiro. E antes que me chamem de fascista, nazista, eletricista e sinônimos, deixo claro que pouco me importa a opinião de quem discorda do que vou dizer, pois tenho plena consciência de que os brasileiros honestos irão concordar, e é para eles que me dirijo!

Esta última reportagem do Fantástico, onde alguns artistas defenderam, na maior cara de pau, uma criança tocando num homem pelado, é simplesmente uma porta aberta para o quem vem aí pela frente.

Essa turma, ou melhor, essa corja, tem uma AGENDA. Sim, uma agenda bem programada para destruir a família e a religião cristã. Enquanto eles não derrubarem estes dois pilares, nunca conseguirão colocar sua maldita agenda em prática. E como eles irão conseguir isto? Usando a Rede Globo e todos os meios de comunicação possíveis.

Eles vão empurrando goela abaixo todo esse discurso de "tolerância", "respeito", "arte" e o diabo à quatro... Mil e umas palavras adocicadas para mostrar que eles estão certos e que nós, família, somos os retrógrados que impedem o avanço do Brasil. E o que nós estamos fazendo? Continuamos sentados no sofá assistindo Encontro, Fantástico e novelas. 

Programa Fantástico defende incentivo à pedofilia!


O Fantástico desse domingo foi tão sensacional que já pode até mudar o nome pra Lacrástico!

No programa eu aprendi que:

1) Um casal de dois bizarros esquisitos de aparência suja, que criam os filhos homens brincando de bonecas, são mais modernos e corretos do que você, seu mauricinho retrógrado e cafona, que usa cabelo curto, faz a barba 3x por semana, usa camisa polo de grife importada e que cria seu filho homem jogando futebol.

2) Chamar uma menina de princesa é uma ofensa, porque segundo a "especialista", toda princesa é loira de olhos verdes (a ignorante não sabe que há princesas de todas as etnias em desenhos animados e em bonecas).

3) Segundo a outra "especialista", não criar meninos como meninas pode gerar divisão desigual no trabalho no futuro, inclusive salarial (oi?). Porém, a ignorante esqueceu que mulheres não aguentam carregar sacos de 50 kg de cimento nas costas e, por isso, a divisão do trabalho é necessária. Foi justamente a divisão do trabalho entre trabalhos de homens e trabalhos de mulheres que possibilitou o desenvolvimento da humanidade.

4) 1700 assassinatos em atentados causados por psicopatas armados nos EUA, em toda a história, são mto mais relevantes do que os 60 mil assassinatos anuais ocorridos no Brasil. Mas só porque lá o acesso a armas legalizadas é facilitado, ok?

5) Traficantes são intolerantes com umbandistas em comunidades dominadas por eles porque são religiosos cristãos, não porque são bandidos com ética e moral distorcidas. Fazem isso porque são crentes, entendeu? 

Convidados do #Encontro foram defender pedofilia mas não contavam com Dona Regina


O programa "Encontro com Fátima Bernardes" desta sexta-feira, 6, apresentado pela substituta oficial da TV Globo, Ana Furtado, retomou o assunto da performance do Museu de Arte Moderna de São Paulo, o MAM.

Para quem não se lembra, a instituição foi alvo de críticas (e apoios) por conta de uma performance em que um homem nu deitado ao chão era tocado em suas pernas e braços por uma criança.


Ao abordar o tema, uma senhora da plateia, dona Regina, colocou-se contra a situação. "Eu não sou contra a arte, mas sou contra a exposição da criança ali daquela forma. Eu sou contra a mãe que levou a criança, porque um adulto, tudo bem, mas será que essa criança foi preparada?", questionou.

Convidados do programa, os atores Andreia Horta e Bruno Ferreri ficaram incomodados com a opinião da senhora.  "Prefiro não comentar", disse a atriz em tom sarcástico. 

A religião na escola


Quando, nos EEUU, se promulgou a primeira lei compulsória sobre a educação pública, o “Boston’s Catholic Newspaper” assim comentou: “A própria compreensão do mundo, e desse modo uma educação acertada, é aquela centrada em torno de Deus. Qualquer outra coisa leva ao ateísmo ou à rejeição de Deus”. [...] As crianças são, em primeiro lugar, da responsabilidade de seus pais. A família é a ‘célula vital’ da sociedade. É anterior ao Estado, tanto cronológica quanto ontologicamente. O Estado pode oferecer ajuda à família, mas nunca suplantar sua estrutura básica ou integridade”. 

Para a doutrina moral católica, a sadia laicidade, entendida como autonomia da esfera civil e política da religiosa e eclesiástica – mas não da moral – é um valor adquirido e reconhecido pela Igreja, no mundo atual. “Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”, ensinou Jesus (Mt 22, 21). César não pode se intrometer nas coisas de Deus, nem a religião ditar normas que pertencem a César (o Estado). Mas César também tem deveres para com Deus, que lhe é superior. O Estado brasileiro é leigo e, por isso, não pode se intrometer no conteúdo da religião. Mas não é ateu, por isso não pode propagar o ateísmo ou a irreligião, que também são formas de religião. Deve sim oferecer às famílias, para auxiliá-las, o ensino religioso em suas escolas, sendo o conteúdo da alçada das autoridades religiosas de cada religião. Assim, a Constituição Federal do Brasil (art. 19) proíbe ao Estado, que é laico, estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvenciona-los, embaraçar-lhes o funcionamento, etc, mas, por não ser ateu, estabelece (art. 210 §1º) que “o ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental”.