quarta-feira, 18 de outubro de 2017

Nossa Senhora Mãe, Rainha e Vencedora Três Vezes Admirável de Schoenstatt


A devoção a Nossa Senhora de Schoenstatt surgiu em 1912 a partir do movimento criado pelo Pe José Kentenich, chamado Obra de Schoenstatt.  O padre, ao fazer uma palestra aos alunos do Seminário em Schoenstatt, na Alemanha, convocou a todos a orarem e fazerem sacrifícios para que a capela da Congregação, então consagrada a São Miguel, fosse o ponto de partida de um movimento que se espalhasse por todo o mundo.  A capela deveria tornar-se, assim, um local de manifestação das glórias de Nossa Senhora.

Schoesntatt (Schönstatt – que significa Belo Lugar) é uma região da cidade de Vallendar, próximo de Coblença.

Mãe Peregrina é o centro de espiritualidade do Movimento Apostólico Internacional de Schöenstatt. É o centro e origem mundial do Movimento, que tem como objetivo a renovação religiosa e moral das pessoas por meio da educação. Esse movimento ficou conhecido como “Aliança de Amor de 1914”, e em 18 de outubro desse mesmo ano foi oficializada a Obra de Schoesntatt.  Em 1915, os fiéis, então, deram o nome de “Maria Três Vezes Admirável” à imagem colocada na capelinha de São Miguel, e que é cópia do quadro original pintado por Crosio, um pintor italiano do século XIX. Maria é venerada como intercessora junto à Deus, alcançando tríplice graça a seus devotos: a graça do abrigo espiritual, a graça da missão e da fecundidade apostólica.

Réplicas dessa capelinha percorrem as casas dos fiéis e muitos têm sido os relatos de peregrinos que acorrem a santuários dedicados à Nossa Senhora de Schoenstatt que então se espalharam pelo mundo inteiro.  A todos os que procuram os santuários são dedicadas três graças: a do abrigo espiritual, a da transformação interior e a da missão apostólica.

A imagem de graças da Mãe, Rainha e Vencedora Três Vezes Admirável de Schoenstatt é a reprodução de uma obra do pintor italiano, Crosio, criada no fim do século XIX. O título original desta imagem é “Refugium Peccatorum” – Refúgio dos pecadores.

Na imagem vemos Maria, a Mãe de Deus, com seu Filho Jesus,  intimamente unidos.

Maria segura seu Filho com ambas as mãos. Com a esquerda O estreita a si, e com a direita segura o braço do Filho, oferecendo-O ao mesmo tempo a Deus Pai. Apesar de sua atitude tão relacionada com o Filho, ela O abraça desprendida de si mesma. Será que Ela espera que alguém Lhe peça o filho? Seus olhos falam desta espera.

A atitude interna da Mãe em relação ao seu Filho se expressa também nas múltiplas dobras do seu manto. De um lado Ela envolve e protege o Menino, mas deixa a visão totalmente livre para o Filho divino. Maria deseja conduzir Jesus a todos os homens que a Ela se confiam.

O Véu que cobre a cabeça da Mãe parece continuar a envolver o Filho como se fossem um só. Este detalhe encontra expressão muito acertada numa oração do Pe. Kentenich, fundador da Obra de Schoenstatt:

Vem, habita em nossa terra,
Com teu Filho, Mãe de Deus.
Que seguindo vossos passos
Ele encontre a paz de Deus.
Por Maria, a Cristo unida,
Pátria, tu serás remida.

A coroação da Mãe, Rainha e Vencedora Três Vezes Admirável de Schoenstatt tem uma caminhada histórica. A coroação da Peregrina Original acontece em 10 de setembro de 1955, quando a Campanha completava cinco anos. A coroa foi conquistada material e espiritualmente pelo Sr. João e as crianças da Escola Humberto de Campos, em Santa Maria, Rio Grande do Sul. A partir deste momento a coroação da Mãe Peregrina Original é renovada a cada ano.


Mãe, Rainha e Vencedora Três Vezes Admirável. Mostra-Te Mãe na minha vida. Toma-me nos Teus braços, toda vez que sou frágil. Mostra-Te Rainha e faz do meu coração o Teu trono. Reina em tudo o que eu fizer. Eu Te corôo como Rainha dos meus empreendimentos, dos meus sonhos e dos meus esforços. Mostra-Te vencedora no meu dia a dia, esmagando a cabeça da serpente do mau, nas tentações que me afligem. Vence em mim o egoísmo, a falta de perdão, a impaciência, a falta de fé, de esperança e de amor. Tu és Três Vezes Admirável. Eu sou mil vezes miserável. Converte-me Mãe, para a glória de Teu Filho Jesus. Amém.

terça-feira, 17 de outubro de 2017

Jesus é Misericordioso, mas também Justo!


— “A sua misericórdia e a usa ira chegam rapidamente, e em sua ira olha para os pecadores” (Eclo 5, 7).

De dois modos o demônio engana os homens e arrasta muitos consigo ao inferno. Depois do pecado arrasta-os ao desespero, por meio da justiça divina; e antes do pecado excita-os a cometê-lo pela esperança da divina misericórdia. Se quisermos desfazer a arte do inimigo, façamos o contrário: depois do pecado, confiemos na misericórdia divina, mas, antes do pecado, temamos a sua justiça inexorável. Como poderia confiar na misericórdia de Deus quem abusa da mesma misericórdia para o ofender?

Diz Santo Agostinho que o demônio engana os homens de dois modos: pelo desespero e pela esperança. Quando o pecador caiu, arrasta-o ao desespero, representando-lhe o rigor da divina justiça; mas antes do pecado, excita-o a cometê-lo pela confiança na divina misericórdia. — Com efeito, será difícil encontrar um pecador tão desesperado que se queira condenar por si próprio. Os pecadores querem pecar, mas sem perderem a esperança de se salvar. Pecam e dizem: Deus é misericordioso; cometerei este pecado e depois irei confessar-me dele. Mas, ó Deus! é assim que falaram tantos que agora estão condenados!

Avisa-nos o Senhor: “Não digas: são grandes as misericórdias de Deus; por muitos pecados que eu cometa, obterei o perdão por um só ato de contrição” (Eclo 5, 6). Não digas assim, avisa-nos Deus; e por quê? Porque a sua misericórdia e a sua justiça vão sempre juntas; e a sua indignação se inflama contra os pecadores impenitentes, que amontoam pecados sobre pecados e abusam da misericórdia para mais pecares: A sua misericórdia e a sua ira chegam rapidamente, e a sua indignação vira-se contra os pecadores. — A misericórdia de Deus é infinita, mas os atos dessa misericórdia são finitos. Deus é misericordioso, mas também é justo. “Eu sou justo e misericordioso”, disse um dia o Senhor a Santa Brígida; “mas os pecadores julgam-me somente misericordioso”.

Não queiramos, escreve São Basílio, considerar só uma das faces de Deus. E o Bem-aventurado João Ávila acrescenta que tolerar os que abusam da misericórdia de Deus, para mais o ofenderem, não seria mais ato de misericórdia, mas falta de justiça. A misericórdia é prometida ao que teme a Deus, não ao que dela abusa: Et misericordia eius timentibus eum (Luc 1, 50). A justiça ameaça os pecadores obstinados; e assim como Deus, observa Santo Agostinho, não falta às suas promessas, tão pouco faltará a suas ameaças.

segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Novela da Globo enfrentará a família tradicional com personagens gays


Estreia no dia 23 de outubro a novela “O Outro Lado do Paraíso”, escrita por Walcyr Carrasco. A trama trará diversas histórias para confrontar a família tradicional, entre elas um médico casado que terá relações com outro homem. 

O personagem Samuel (Eriberto Leão) é uma crítica aos homens que se declaram heterossexuais, mas vivem uma vida dupla para não assumirem a homossexualidade. 

Samuel será um psiquiatra que trabalha em um hospital, ambiente onde ele se mostrará machista e homofóbico. Mas fora do ambiente de trabalho, o personagem terá o caso com Cido (Rafael Zulu). 

No meio da trama Samuel se casará com a enfermeira Suzy (Ellen Rocche) para realizar o sonho de sua mãe, Adneia (Ana Lúcia Torre) de vê-lo formando uma família. Mas a relação com Suzy não o impedirá de continuar se encontrando com Cido.  

'Malhação' irá promover a Ideologia de Gênero, expondo garotos usando saia.


A agenda da rede Globo para promover a ideologia de gênero parece se intensificar cada vez mais, enquanto a novela Malhação se prepara para expor seus jovens atores – que interpretam estudantes de uma escola de zona nobre de São Paulo – vestindo saias como parte do uniforme.

Já não é a primeira vez que a novela adota esta estratégia para promover o que chama de “debate sobre questões de gênero”. Na temporada de 2013, outros atores também gravaram cenas vestindo saias para a Malhação.

A abordagem atual foi divulgada pelo ator Marcello Antony – que interpreta o dono da escola particular na trama. No dia 11 de outubro publicou uma foto com os atores desta temporada vestindo saias.

Sem muitos detalhes, o ator descreveu a foto como sendo uma novidade da novela, que irá aparecer nos próximos capítulos. “Minha escola???? Aguardem….. #malhacao2017 #Amomeutrabalho”, escreveu Antony como legenda para a publicação em seu perfil oficial do Instagram.

A publicação gerou muitas críticas nos próprios comentários do post. Um usuário da rede social acusou a emissora de querer disseminar uma doutrinação.

“A eterna vontade da GloboLixo doutrinar as crianças e adolescente desse país. Não quero e não vou entrar nessa ‘luta’ hétero x homo, mas vou dizer que não concordo com essa nova onda de tentar ‘doutrinar’ a todos a serem homossexuais. Está havendo uma forçação de barra. E a senhora Globo faz isso”, disse.

O novo roteiro de Malhação parece retratar uma polêmica que ganhou manchetes de diversos jornais no ano passado: a autorização para que garotos usassem saias como parte do uniforme no tradicional Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro. 

"A Rede Globo é um demônio dentro de nossas casas", afirma Bispo


O bispo Celso Antônio Marchiori, da Diocese de Apucarana (norte do Paraná), foi contundente ao criticar a Rede Globo nesta quinta-feira (12) durante parte do sermão na missa da Padroeira do Brasil e de 300 anos da descoberta da imagem de Nossa Senhora Aparecida, realizada no Ginásio de Esportes Lagoão. O líder religioso não poupou críticas à forma como temas polêmicos, entre os quais pedofilia, aborto e transexualidade, são escancarados nas novelas da emissora, com forte repercussão social e chegou a afirmar que os católicos não deveriam assistir as novelas da emissora carioca. “Nós, católicos, não deveríamos mais assistir nenhuma novela da Rede Globo. Aliás, nós, católicos, não deveríamos assistir mais a Rede Globo, porque a Rede Globo é um demônio dentro das nossas casas”, declarou ele. 

O áudio deste sermão foi compartilhado pelo WhatsApp e podemos ouvir ao fundo o público batendo palmas pela declaração do religioso que se referia às reportagens da última semana, onde o programa Fantástico defendeu exposições que vilipendiaram símbolos cristãos e ainda ligou evangélicos ao tráfico de drogas do Rio de Janeiro. 

Dom Celso afirmou incisivamente a milhares de fieis que 'as novelas da Rede Globo são um demônio dentro dos lares das famílias brasileiras'. 

“Cuidado, pois a Palavra de Deus diz na II carta de Paulo aos Coríntios que o diabo tem poder de se transformar em um anjo de luz para enganar, se possível, até os eleitos”, declarou o bispo. “A Rede Globo é uma rede manipuladora que está nos conduzindo para o abismo, para a destruição”, completou. 

Ele falou ainda sobre a supremacia da Globo no contexto nacional. "Esses dias falei sobre esse assunto com os pastores Valdir e Daniel Acioly.  Disse aos dois - alguém precisa frear essa ditadura de imoralidade da Globo, no que ambos concordaram", frisou Dom Celso.

O bispo foi muito aplaudido após as afirmações e o monsenhor Roberto Carrara acrescentou ao final da missa. "É preciso que todos os católicos fiquem alerta em relação a uma conspiração mundial contra a família." 

Eucaristia: É... ou representa Jesus?


A Eucaristia é "Fonte de toda a vida cristã" A palavra Eucaristia vem do grego Eucharistein que quer dizer "Dar Graças a Deus", c.f. Lc 22,19: "E tomou um pão, deu graças, partiu e distribuiu-o a eles, dizendo: ‘Isto é o meu corpo...". Este texto lembra as bênçãos judaicas que proclamam, sobretudo durante a refeição, as obras de Deus: a Criação, a Redenção e a Santificação.

É o sacrifício e Sacramento da nova lei, instituído por Nosso Senhor Jesus Cristo, no qual sob as espécies de "pão e vinho", está presente e vivo, e o fruto é recebido. Enquanto Sacrifício a Eucaristia é chamada "Missa", enquanto Sacramento é chamada "Sagrada Comunhão" ou "Santíssimo Sacramento". A Eucaristia, quer como Sacrifício quer como Sacramento, é o centro de toda a vida e de todo o culto cristão, porque leva o homem a Deus e traz Deus ao homem.

II – Anúncios da Páscoa

A Ceia Pascal no Antigo Testamento

No Antigo Testamento, a Ceia Pascal era um memorial que pelos gestos e alimentos (Cordeiro Pascal, Pão sem fermento ou pães ázimos e Ervas amargas) lembrava a libertação milagrosa do povo de Israel da escravidão do Egito e sua partida para a Terra Prometida. Em Ex 12,5-6 lê-se: "O cordeiro será macho, sem defeito e de um ano. Vós o escolhereis entre os cordeiros ou entre os cabritos, e o guardareis até o décimo quarto dia desse mês; e toda a assembléia da comunidade de Israel o imolará ao crepúsculo". (c.f. Lv 23, 4-14; Nm 28, 16-25). Comentário: "A Páscoa Judaica preparava assim a Páscoa Cristã: Cristo, Cordeiro de Deus, é imolado (cruz) e comido (ceia) no quadro da Páscoa Judaica (Semana Santa). Ele traz a salvação ao mundo, e a renovação mística deste ato de redenção torna-se o centro da Liturgia Cristã que se organiza tendo por centro a Missa, Sacrifício e Redenção" (c.f. nota ‘q’ - bíblia de Jerusalém, pág. 121). 

domingo, 15 de outubro de 2017

Papa canoniza mártires brasileiros e anuncia Sínodo dos Bispos para a região Pan-Amazônia


SANTA MISSA E CANONIZAÇÃO DOS BEATOS:
ANDRÉ DE SOVERAL, AMBRÓSIO FRANCISCO FERRO, 
MATEUS MOREIRA E 27 COMPANHEIROS LEIGOS;
CRISTÓVÃO, ANTÓNIO E JOÃO; FAUSTINO MÍGUEZ; ÂNGELOS DE ACRI

HOMILIA DO PAPA FRANCISCO

Praça São Pedro
Domingo, 15 de outubro de 2017

A parábola, que ouvimos, fala-nos do Reino de Deus comparando-o a uma festa de núpcias (Mt 22, 1-14). Protagonista é o filho do rei, o noivo, no qual facilmente se vislumbra Jesus. Na parábola, porém, nunca se fala da noiva, mas de muitos convidados, desejados e esperados: são eles que trazem o vestido nupcial. Tais convidados somos nós, todos nós, porque o Senhor deseja «celebrar as bodas» com cada um de nós. As núpcias inauguram uma comunhão total de vida: é o que Deus deseja ter com cada um de nós. Por isso o nosso relacionamento com Ele não se pode limitar ao dos devotados súbditos com o rei, ao dos servos fiéis com o patrão ou ao dos alunos diligentes com o mestre, mas é, antes de tudo, o relacionamento da noiva amada com o noivo. Por outras palavras, o Senhor deseja-nos, procura-nos e convida-nos, e não se contenta com o nosso bom cumprimento dos deveres e a observância das suas leis, mas quer uma verdadeira e própria comunhão de vida connosco, uma relação feita de diálogo, confiança e perdão.

Esta é a vida cristã, uma história de amor com Deus, na qual quem toma gratuitamente a iniciativa é o Senhor e nenhum de nós pode gloriar-se de ter a exclusividade do convite: ninguém é privilegiado relativamente aos outros, mas cada um é privilegiado diante de Deus. Deste amor gratuito, terno e privilegiado, nasce e renasce incessantemente a vida cristã. Podemos interrogar-nos se, ao menos uma vez por dia, confessamos ao Senhor o amor que Lhe temos; se, entre tantas palavras de cada dia, nos lembramos de Lhe dizer: «Amo-Vos, Senhor. Vós sois a minha vida». Com efeito, se se perde de vista o amor, a vida cristã torna-se estéril, torna-se um corpo sem alma, uma moral impossível, um conjunto de princípios e leis a respeitar sem um porquê. Ao contrário, o Deus da vida espera uma resposta de vida, o Senhor do amor espera uma resposta de amor. No livro do Apocalipse Ele, dirigindo-Se a uma das Igrejas, faz-lhe concretamente esta censura: «Abandonaste o teu primitivo amor» (2, 4). Aqui está o perigo: uma vida cristã rotineira, onde nos contentamos com a «normalidade», sem zelo nem entusiasmo e com a memória curta. Em vez disso, reavivemos a memória do primitivo amor: somos os amados, os convidados para as núpcias, e a nossa vida é um dom, sendo-nos dada em cada dia a magnífica oportunidade de responder ao convite.

Mas o Evangelho adverte-nos: o convite pode ser recusado. Muitos convidados disseram que não, porque estavam presos aos próprios interesses: «eles, sem se importarem – diz o texto –, foram um para o seu campo, outro para o seu negócio» (Mt 22, 5). Uma palavra reaparece: seu; é a chave para entender o motivo da recusa. De facto, os convidados não pensavam que as núpcias fossem tristes ou chatas, mas simplesmente «não se importaram»: viviam distraídos com os seus interesses, preferiam ter qualquer coisa em vez de se comprometer, como o amor exige. Vemos aqui como se afasta do amor, não por malvadez, mas porque se prefere o seu: as seguranças, a autoafirmação, as comodidades... Então reclinamo-nos nas poltronas dos lucros, dos prazeres, de qualquer passatempo que nos faça estar um pouco alegres. Mas deste modo envelhece-se depressa e mal, porque se envelhece dentro: quando o coração não se dilata, fecha-se, envelhece. E quando tudo fica dependente do próprio eu – daquilo com que concordo, daquilo que me serve, daquilo que pretendo –, tornamo-nos rígidos e maus, reagimos maltratando por nada, como os convidados do Evangelho que chegam ao ponto de insultar e até matar (cf. v. 6) aqueles que levaram o convite, apenas porque os incomodavam.

Assim, o Evangelho pergunta-nos de que parte estamos: da parte do próprio eu ou da parte de Deus? Pois Deus é o oposto do egoísmo, da autorreferencialidade. Como nos diz o Evangelho, perante as contínuas recusas, os fechamentos em relação aos seus convites, Ele prossegue, não adia a festa. Não se resigna, mas continua a convidar. Vendo os «nãos», não fecha a porta, mas inclui ainda mais. Às injustiças sofridas, Deus responde com um amor maior. Nós muitas vezes, quando somos feridos por injustiças e recusas, incubamos ressentimento e rancor. Ao contrário Deus, ao mesmo tempo que sofre com os nossos «nãos», continua a relançar, prossegue na preparação do bem mesmo para quem faz o mal. Porque assim é o amor, faz o amor; porque só assim se vence o mal. Hoje, este Deus que não perde jamais a esperança, compromete-nos a fazer como Ele, a viver segundo o amor verdadeiro, a superar a resignação e os caprichos de nosso «eu» suscetível e preguiçoso.

Há um último aspeto que o Evangelho destaca: o vestido dos convidados, que é indispensável. Com efeito, não basta responder uma vez ao convite, dizer «sim» e… chega! Mas é preciso vestir o costume próprio, é preciso o hábito do amor vivido cada dia. Porque não se pode dizer «Senhor, Senhor», sem viver e praticar a vontade de Deus (cf. Mt 7, 21). Precisamos de nos revestir cada dia do seu amor, de renovar cada dia a opção de Deus. Os Santos canonizados hoje, sobretudo os numerosos Mártires, indicam-nos esta estrada. Eles não disseram «sim» ao amor com palavras e por um certo tempo, mas com a vida e até ao fim. O seu hábito diário foi o amor de Jesus, aquele amor louco que nos amou até ao fim, que deixou o seu perdão e as suas vestes a quem O crucificava. Também nós recebemos no Batismo a veste branca, o vestido nupcial para Deus. Peçamos a Ele, pela intercessão destes nossos irmãos e irmãs santos, a graça de optar por trazer cada dia esta veste e de a manter branca. Como consegui-lo? Antes de mais nada, indo sem medo receber o perdão do Senhor: é o passo decisivo para entrar na sala das núpcias e celebrar a festa do amor com Ele.

Você lê a Bíblia com regularidade?


Alimentamos a nossa alma com a Palavra Encarnada de Deus, Nosso Senhor Jesus Cristo, presente na Sagrada Eucaristia. E também nutrimos a nossa mente e o nosso coração com a Palavra de Deus que nos foi entregue pelos patriarcas, profetas e Apóstolos que escreveram os livros da Bíblia. O que eles nos dão é palavra de Deus. Ainda que não tivessem necessariamente que perceber o que ocorria, Deus inspirou os autores dos livros bíblicos para que escrevessem o que escreveram. E, ao escrevê-lo, Deus preservou-os do erro por um ato especial da sua providencia.

Depois, por um novo ato da sua providência, fez que os livros escritos sob a sua inspiração se conservassem através de milhares de anos e de gerações sucessivas. Finalmente, pela infalível autoridade da sua Igreja, indicou quais, de entre todos os livros aparentemente sagrados, foram os únicos realmente inspirados por Ele.

Note como a Tradição Apostólica também é importante:

“Foi a Tradição Apostólica que levou a Igreja a decidir quais os escritos que deviam ser contados na lista dos livros santos. Esta lista integral é chamada “Cânon” das Escrituras. Comporta, para o Antigo Testamento, 46 (45, se contar Jeremias e as Lamentações como um só) escritos, e, para o Novo, 27” (n. 120; cf. também os ns. 121-7).

Esta é a Bíblia (da palavra grega biblion, que significa “o livro”). Contém setenta e três divisões ou “livros”, conforme são chamados, alguns dos quais são omitidos em certas edições protestantes da Bíblia. Escrita por autores diferentes (todos inspirados por Deus), a Bíblia começa pelo livro do Gênesis, atribuído ao patriarca Moisés, e termina com o livro do Apocalipse, escrito pelo Apóstolo São João. Poderíamos dizer que Deus teve muito trabalho para nos dar a Bíblia e, naturalmente, espera que a leiamos.

Se alguma organização, dessas que existem para pesquisar a opinião pública, fizesse um levantamento entre as famílias católicas para saber quantas têm e quantas usam a Bíblia, os resultados poderiam ser surpreendentes. Já que não se fez tal pesquisa (pelo menos que eu saiba), só podemos fazer conjeturas: penso que são bem poucos os lares católicos em que há uma Bíblia, e que são menos ainda aqueles em que é lida.