sexta-feira, 20 de outubro de 2017

Vaticano publica nova edição do Catecismo da Igreja Católica


A Santa Sé publicou uma nova edição do Catecismo da Igreja Católica com uma breve apresentação do Papa Francisco e um comentário teológico-pastoral elaborado por Dom Rino Fisichella, Presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização.

Esta nova edição, por ocasião do 25º aniversário de sua primeira publicação no ano de 1992, não contém nenhuma modificação em relação à edição anterior.

Na apresentação, o Santo Padre afirma que “o Catecismo da Igreja Católica se apresenta como um caminho que, através de quatro etapas, ajuda a entender a dinâmica da fé”.

Essas quatro etapas são “o desejo de cada ser humano que carrega consigo o anseio de Deus”, “a vida da graça expressa em particular nos Sete Sacramentos”, “o estilo de vida do fiel como uma vocação a ser vivida segundo o Espírito” e “a oração como expressão de um encontro em que o homem e Deus se olham, falam e escutam”.

Esse percurso é necessário “para entender plenamente a identidade do fiel como discípulo missionário de Jesus Cristo”. 

Além disso, esta nova edição do Catecismo da Igreja Católica contém um comentário teológico-pastoral escrito por Dom Fisichella, “de grande ajuda para entrar sempre mais na compreensão do mistério da fé”, explica Francisco.

Assim, o Catecismo se torna “uma ulterior mediação por meio da qual promover e apoiar as Igrejas particulares em todo o mundo no compromisso de evangelização, como instrumento eficaz para a formação, sobretudo dos sacerdotes e catequistas”. 

Cartaz da CF 2018: “Superação da violência só será possível com a união de todos”.


Um grupo de pessoas com as mãos dadas, de diferentes idades e etnias, representando a multiplicidade da sociedade brasileira é a mensagem exposta no cartaz da Campanha da Fraternidade 2018. Especialmente no Ano do Laicato, a Igreja no Brasil convida a todos, por meio da CF 2018, a refletir sobre a problemática da violência, particularmente em como superá-la.

No cartaz, segundo o secretário-executivo das Campanhas da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), padre Luís Fernando, as pessoas que nele formam um círculo e unem as mãos indicam que a superação da violência só será possível a partir da união de todos. “A violência atinge toda a sociedade brasileira em suas múltiplas esferas, o caminho para superar a violência é a fraternidade entre as pessoas que se unem para implementar a cultura da paz”, explica. 

A escolha do Cartaz, de acordo com o padre Luís Fernando, foi feita com base em duas etapas. A primeira foi aberta a participação da população que pôde enviar sugestões de arte por meio de um edital aberto ao público e a segunda passou pela avaliação do Conselho Permanente da CNBB. “A partir dessa escuta é que chegou a atual configuração do Cartaz”, sublinhou.

Com o tema “Fraternidade e superação da violência”, a CF 2018 além de mapear a violência, colocará também em evidência as iniciativas que existem para superá-la, bem como despertar novas propostas com esse objetivo.  “A Igreja no Brasil escolheu o tema da superação da violência devido ao crescimento dos índices de violência no Brasil. Esse tema já foi discutido na década de 80, num contexto em que o país vivia a recessão militar e dentro desse contexto foi possível mapear diversas formas de violência”, afirma padre Luís.

Ele explica ainda que o lema da CF “Vós sois todos irmãos” foi extraído do capítulo 23 do Evangelho de São Mateus, no qual Jesus repreende os fariseus e mestres da lei, por suas práticas não serem coerentes com os seus discursos: “Os fariseus e mestres da lei valorizavam a sociedade hierarquizada. Jesus propõe-lhes então um novo modelo mais comunitário e fraterno “Vós sois todos irmãos”.

“O lema da Campanha da Fraternidade 2018 é um convite para a superação da violência por meio do reconhecimento de que cada pessoa humana é irmão, é irmão e se assim o é então não se pode deferir contra ele (a) atos de violência”, finaliza padre Luís. 

Coleta da Campanha Missionária 2017 acontece neste final de semana no Brasil e no mundo


Todas as arqui/dioceses, paróquias e comunidades do mundo inteiro estarão mobilizadas neste sábado (21) e domingo (22) ocasião do dia Mundial das Missões, em prol da coleta da Campanha Missionária 2017. A data instituída pelo papa Pio XI em 1926, ocorre sempre penúltimo final de semana de outubro.

Outubro é o Mês das Missões, um período de intensificação das iniciativas de animação e cooperação missionária em todo o mundo. O objetivo é sensibilizar, despertar vocações missionárias e realizar a Coleta.

Todos os recursos arrecadados são destinados a direção nacional das Pontifícias Obras Missionárias (POM) que as repassam ao Fundo Universal de Solidariedade para serem utilizados para a animação e cooperação missionária em todo o mundo, pois é uma coleta universal. 

Bispos brasileiros repudiam o escárnio público contra os símbolos sagrados


NOTA DE REPÚDIO

Nós, bispos do Regional CNBB NE1-Ceará, reunidos em Conselho Episcopal Regional, manifestamos a nossa indignação e repúdio diante do escárnio público contra os nossos símbolos mais sagrados (Crucifixo, hóstia, imagem da Padroeira do Brasil) e contra valores fundamentais da vida humana. Ataques violentos e explícitos à família e à religião cristã têm sido feitos através de espetáculos de péssima qualidade que visam à apologia de práticas de sexualidade pervertida e anormal.

A Igreja não prega nem defende discriminação ou preconceito de qualquer natureza. Mas, comprometida com a verdade, defende e promove os valores humanos e cristãos, cumprindo assim, as exigências do Evangelho de Cristo.

Seríamos ingênuos ao pensar que esses últimos episódios (Exposição Queermuseu no Santander Cultural em Porto Alegre – RS, o artista nu que rala a imagem de Nossa Senhora Aparecida durante ‘perfomance’, em Brasília), dada à sua natureza e à evidência dos seus objetivos, não são apenas verdadeiros crimes de vilipêndio, o que já seria muito grave, pois o próprio Código penal os tipifica assim (Artigo 208). Trata-se de um verdadeiro projeto estrutural, profundo e nefasto, de desmonte dos nossos mais preciosos valores humanos e cristãos, através da banalização do matrimônio, da ideologia de gênero, da legalização do aborto, da liberação das drogas, da relativização dos valores morais nascidos do Evangelho e ensinados pelo Magistério da Igreja. 

Documentário norueguês abala credibilidade da ideologia de gênero


Em 2011, um documentário transmitido em rede nacional na Noruega abalou a credibilidade dos defensores da ideologia de gênero nos países da Escandinávia.

O Conselho Nórdico de Ministros, que inclui autoridades da Noruega, da Suécia, da Dinamarca, da Finlândia e da Islândia, determinou a suspensão dos financiamentos até então concedidos ao Instituto Nórdico de Gênero, entidade promotora de ideias ligadas às chamadas “teorias de gênero“. A medida veio após a exibição, em 2010, do filme “Hjernevask” (“Lavagem Cerebral”), que questionava os fundamentos científicos dessas teorias – que, de fato, não passam de teorias sem comprovação empírica. Na Noruega, o documentário gerou intenso debate público sobre essa ideologia, que, mundo afora, Brasil incluso, vem sendo imposta de modo quase inquestionável por programas governamentais amparados em vasto respaldo midiático.

A produção do sociólogo e ator Harald Eia contrapõe as afirmações dos defensores da teoria de gênero com outras de estudiosos das neurociências e da psicologia evolutiva. Enquanto os teóricos do gênero afirmam que não há fundamento biológico nas diferenças de comportamento entre homens e mulheres e que elas se devem meramente a construções sociais, os outros cientistas mostram resultados de testes empíricos que constatam diferenças inatas nas preferências e comportamentos de homens e mulheres.

quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Diocese de Caruaru emite nota sobre jovens que se passam por padres para celebrar missas no Agreste


CÚRIA DIOCESANA DE CARUARU

COMUNICADO

A Diocese de Caruaru reconhece e respeita o direito constitucional à liberdade religiosa do nosso país. Todavia, tendo recebido comunicação fidedigna sobre o uso de vestes eclesiásticas e litúrgicas por parte de cristãos leigos residentes em Gravatá - PE e Camocim de São Félix – PE e tendo em mãos fotografias que confirmam esta usurpação, a Diocese de Caruaru, no uso das suas atribuições, declara que:

• José Lucas Carlos Pinheiro, nascido em Gravatá aos 11/02/1998

• Jonathan Alifer Albuquerque da Silva, nascido em Apucarana - PR aos 07/06/1996

• Carlos, de Camocim de São Felix 

afastaram - se da Igreja Católica, Apostólica, Romana e vem confundindo o povo com roupas litúrgicas da Igreja Católica, afirmando que celebram Missa e outros sacramentos, numa inequívoca afronta a legislação vigente notadamente o Artigo 7° do Decreto n. 7.107, de 11/02/2010 (Acordo Brasil – Santa Sé), que “garante a proteção dos lugares de culto da Igreja e de suas liturgias, símbolos, imagens, e objetos cultuais, contra toda forma de violação, desrespeito e uso ilegítimo”

Psicologia da Tentação


Segundo o Doutor Angélico, o oficio próprio do demônio é tentar. No entanto, imediatamente acrescenta que nem todas as tentações que os homens padecem procedem do demônio, há as que têm sua origem na própria concupiscência, como diz o apóstolo Tiago: “Cada um é tentado pela sua própria concupiscência, que o atrai e alicia” (São Tiago 1,14). 

Contudo, é certo que muitos tentações procedem do demônio, que é conduzido por sua inveja contra homem e seu orgulho contra Deus. Consta expressamente na revelação divina: “Revesti-vos da armadura de Deus, para que possais resistir às ciladas do demônio; pois não é contra homens de carne e sangue que temos de lutar, mas contra os principados e potestades, contra os príncipes deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal nos ares” (Efésios 6,11-12). E São Pedro compara o demônio a um leão enfurecido que anda dando voltas em torno de nos, desejando devorar-nos (I São Pedro 5,8).

Não existe uma regra fixa ou sinal claro para distinguir quando a tentação procede do demônio ou de outras causas. No entanto, quando a tentação é repentina, violenta e tenaz; quando não houve nenhuma causa próxima nem remota que possa produzi-la; quando causa profunda perturbação na alma ou sugere o desejo de coisas maravilhosas ou espetaculares, ou incita a desconfiar dos superiores ou a não comunicar nada do que acontece ao diretor espiritual; pode se tratar bem tudo isso de uma intervenção mais ou menos direta do demônio.

Deus não tenta nunca a ninguém incitando-o ao mal (Tiago 1,13). Quando Escritura fala das tentações de Deus, usa a palavra "tentação” em seu sentido amplo, como um simples experimento de uma coisa – tentare, id est, experimentum semure de aliquo – e não com relação à ciência divina (que sabe tudo), mas sim em relação ao conhecimento e proveito do próprio homem. Mas Deus permite que sejamos incitados ao mal por nossos inimigos espirituais para dar-nos oportunidade de obter maiores merecimentos. Jamais permitira que sejamos tentados além de nossas forças: “Deus é fiel: não permitirá que sejais tentados além das vossas forças, mas com a tentação ele vos dará os meios de suportá-la e sairdes dela” (1 Coríntios 10,13 ). São inumeráveis as vantagens da tentação vencida com a graça e ajuda de Deus. Porque humilha Satanás, faz resplandecer a glória Deus, purifica nossas almas, enchendo-as de humildade, arrependimento e confiança no auxílio divino; obriga-nos a estar sempre vigilantes e alerta, a desconfiar de nós mesmos, esperando tudo de Deus, mortificar os nossos gostos e caprichos; incita à oração, aumenta nossa experiência e nos torna mais circunspectos e cautelosos na luta contra nossos inimigos. Com razão São Tiago diz que é “bem-aventurado o homem que suporta a tentação, porque, depois de sofrer a provação, receberá a coroa da vida que Deus prometeu aos que o amam” (São Tiago 1,12). Mas para obter todas estas vantagens é mister praticar a luta com o fim de obter a vitória com o auxilio de Deus. Para isso Ele nos ajudará muito a conhecer a estratégia do diabo e a forma de reagir conta ela.

quarta-feira, 18 de outubro de 2017

O Ateísmo


A época atual, acrescentando novos erros aos desvios doutrinais do passado, levou-os a extremos dos quais se não podiam originar senão desorientamento e ruína. E antes de tudo, é certo que a raiz profunda e última dos males que deploramos na sociedade moderna é a negação e repulsa de uma norma de moralidade universal, quer na vida social e das relações internacionais, isto é, o desconhecimento, tão difundido nos nossos tempos, e o esquecimento da própria lei natural, que tem o seu fundamento em Deus, criador onipotente e Pai de todos, legislador supremo e absoluto, onisciente e justo vingador das ações humanas. Quando se renega Deus, abala-se toda a base de moralidade; sufoca-se ou, pelo menos, debilita-se de muito a voz da natureza, que ensina, até aos iletrados e às tribos alheias ainda à civilização, o que é bem e o que é mal, o que é lícito e o que é ilícito, e faz sentir a responsabilidade das próprias ações perante um Juiz supremo.

Pois bem, a negação da base fundamental da moralidade teve, na Europa, a sua raiz originária no afastamento daquela doutrina de Cristo, de que é depositária e mestra a Cátedra de São Pedro; doutrina que, em tempos idos, dera certa coesão espiritual à Europa, a qual educada, enobrecida e civilizada pela cruz, chegara a tal grau de progresso civil que a fizera mestra de outros povos e de outros continentes. Afastando-se, ao invés, do Magistério infalível da Igreja, não poucos chegaram até a subverter o dogma central do cristianismo, a divindade do Salvador, acelerando assim o progresso de dissolução espiritual.

Muitos talvez, ao se afastarem da doutrina de Cristo, não tiveram plena consciência de serem enganados pela falsa miragem de frases brilhantes que proclamavam tal afastamento como um libertar-se da escravidão a que julgavam estar antes sujeitos; nem previam as amargas conseqüências da triste permuta entre a verdade, que liberta, e o erro que escraviza; nem pensavam que, renunciando à infinitamente sábia e paternal lei de Deus e à unificadora e nobre doutrina de amor de Cristo, se entregavam ao arbítrio de uma pobre e mutável sabedoria humana. Falavam de progresso, quando retrocediam; de elevação, quando se degradavam; de ascensão à madureza, quando caíam na escravidão; não percebiam a vaidade de todo esforço humano em substituir a lei de Cristo por alguma outra coisa que a igualasse; tornaram-se fátuos nos seus arrazoados.

Enfraquecida a fé em Deus e em Jesus Cristo, ofuscada nos ânimos a luz dos princípios morais, fica a descoberto o único e insubstituível alicerce daquela estabilidade e tranqüilidade, daquela ordem externa e interna, privada e pública, única que pode gerar e salvaguardar a prosperidade dos Estados (1).

 (I) Encíclica "Summi Pontificatus", 20 de outubro, 1939.