quinta-feira, 16 de novembro de 2017

Santa Margarida da Escócia


Neste dia, lembramos com carinho a vida de mais uma irmã nossa que para a Igreja militante brilha como exemplo e no Céu como intercessora de todos nós pecadores chamados à santidade.

Santa Margarida nasceu na Hungria no ano de 1046, isto quando seu pai Eduardo III (de nobre família inglesa) aí vivia exilado, devido aos conflitos pelo trono da Inglaterra (o rei da Dinamarca ocupara o trono inglês). Em 1054, seu pai retornou à Inglaterra, Margarida tinha portanto oito ou nove anos quando conheceu a pátria inglesa. No entanto, após a morte de seu tio-avô, Santo Eduardo, em 1066, recomeçaram os conflitos: a luta entre Haroldo e Guilherme da Normandia obrigou Edgardo, irmão de Margarida, a refugiar-se novamente na Escócia com a mãe e as irmãs, tendo-lhes o pai morrido alguns anos antes.

Vivendo na Escócia, Margarida casou-se com o rei Malcom III e buscou com os oito filhos (seis príncipes e duas princesas, uma delas chamada Edite, que veio posteriormente a ser rainha da Inglaterra e conhecida com o nome de Santa Matilde) a graça de constituir uma verdadeira Igreja doméstica. Santa Margarida, como rainha da Escócia, procurou cooperar com o rei, tanto no seu aperfeiçoamento humano (pois de rude passou a doce) quanto na administração do reino (porque baniu todas futilidades e aproximou os bens reais das necessidades dos pobres).

Conta-se que a própria Santa Margarida alimentava e servia diariamente mais de cem pobres, ao ponto de lavar os pés e beijar as chagas daqueles que eram vistos e tratados por ela como irmãos e presença de Cristo. Quando infelizmente seu esposo e filho morreram num assalto ao castelo, Margarida que tanto os amava não se desesperou, mas sim aceitou e entregou tudo a Deus rezando: “Agradeço, ó Deus, porque me dás a paciência para suportar tantas desgraças!”

Santa Margarida entrou no Céu a 16 de novembro de 1093. Foi sepultada na igreja da Santíssima Trindade, em Dunfermline, para onde também o corpo do rei Malcom III foi levado mais tarde.

Senhor, que tornastes admirável Santa Margarida da Escócia pela sua caridade para com os pobres, concedei nos, por sua intercessão, que, seguindo o seu exemplo, sejamos no meio dos homens um reflexo da vossa bondade. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.


Santa Margarida da Escócia, rogai por nós!

quarta-feira, 15 de novembro de 2017

Os mortos não estão dormindo...

Descida de Cristo ao Inferno

No Antigo Testamento, antes da Vinda do Cristo, pensava-se que quem morria ficava no sheol (mansão dos mortos), à espera da Vinda do Senhor, quando se dariam a Ressurreição dos mortos e o Juízo Final. Até lá, o sheol era igual para todo mundo, bons e maus: era o reino da morte para todos! Os mortos ficavam numa situação de espera até à consumação final.

Aos poucos, porém, foi nascendo a ideia de que, mesmo no sheol, havia diferença entre os bons e os maus; basta pensar na parábola do rico epulão e do pobre Lázaro: os dois estão no sheol (no seio de Abraão), mas um está feliz enquanto o outro pena (cf. Lc 16,19-26).

Em resumo: segundo os textos mais antigos do Antigo Testamento, os mortos ficavam “dormindo” no sheol até a ressurreição final, quando o Messias viesse; nos textos mais recentes, os judeus já não pensavam que os mortos ficavam dormindo, numa sentido de inconsciência, mas num estado de espera, bom para os justos e tormentoso para os maus, até que o Messias viesse para o julgamento definitivo.

No Novo Testamento, com a chegada do Messias, tudo muda! Com Cristo, que é o Messias esperado, os mortos não mais ficarão esperando, pois chegaram os últimos tempos! Recordemos aquela passagem de Lucas 23,42s, do Bom Ladrão: “E falou: ‘Jesus, lembra-Te de mim quando vieres como Rei’. E Jesus lhe respondeu: ‘Eu te asseguro: ainda hoje estarás Comigo no paraíso’”. O ladrão, como os judeus da época de Jesus, esperava a Ressurreição no final dos tempos, quando o Senhor viria em Glória: “Lembra-Te de mim, quando vieres com Teu Reino!” Mas, o Reino já chegou, com a Ressurreição de Jesus chegaram os tempos finais. Por isso mesmo, Jesus responde: “Hoje mesmo estarás comigo!”

Agora que Ele chegou, que venceu a morte, não há mais o que ficar esperando: com Cristo, os mortos não têm mais o que esperar: já chegou o dia do julgamento! O futuro esperado torna-se hoje, torna-se presente em Cristo: a salvação definitiva não é uma realidade meramente futura, mas surte efeitos imediatos para quem parte desta vida na comunhão com Cristo; o paraíso, estado final da bem-aventurança, é estar com Cristo, “já”, “agora”!. A morte de Cristo abre as portas do paraíso, de modo que a morte do cristão é entrada na Vida eterna.

Por isso mesmo São Paulo afirma preferir ausentar-se desta vida terrena para ir estar com Cristo: “Estamos, repito, cheios de confiança, preferindo ausentar-nos do corpo para morar junto do Senhor” (2Cor 5,8). Aqui aparece claramente que o término da existência terrena leva imediatamente a habitar junto do Senhor. Não tem essa de ficar dormindo: morrer é ir estar imediatamente com o Senhor; por isso Paulo prefere morrer logo! Os que morrem antes da Vinda de Cristo na glória vivem já com o Senhor. O Apóstolo acrescenta, em outra carta: “Para mim viver é Cristo e a morte, lucro. Entretanto, se o viver na carne ainda me permitir um trabalho frutuoso, não sei o que escolher. Estou como que na alternativa. Pois de um lado desejo partir para estar com Cristo, o que é muito melhor” (Fl 1,21ss).

Note-se que aqui o importante é que “o viver é Cristo”: a morte não é um lucro em si mesmo, mas somente se for um partir para estar logo com Cristo. Uma morte que fosse separação de Cristo ou que interrompesse a comunhão com ele, não seria “lucro” para Paulo. A morte somente é desejável porque permite a entrada na plenitude da comunhão com Cristo, que constitui o objetivo último da esperança cristã.
 

terça-feira, 14 de novembro de 2017

Por que a fantasia de “freira sexy” no Halloween é ofensiva para os católicos?


Uma religiosa nos Estados Unidos explicou por que o disfarce de freira sexy que algumas pessoas usam no Halloween é ofensivo para os católicos.

Gilmary Kay, das Religious Sisters of Mercy (Irmãs Religiosas da Misericórdia), explicou que esse tipo de coisas “reflete a grosseria da cultura. Não ficamos surpresas de que isso aconteça, mas é alarmante que exista uma ofensa à bondade e a algo sagrado”.

Em declarações à CNA – agência em inglês do Grupo ACI –, a religiosa disse que o disfarce de freira sexy “não só denigre as mulheres que são religiosas, mas especialmente a Deus”.

Não digo com isso que todas as irmãs são boas, mas o que representam é Bom. As pessoas consagradas se entregaram totalmente a Deus. Consagrado significa separado para um propósito santo. Como cultura, devemos honrar as coisas que nos recordam a bondade dos grandes ideais, mesmo que não seja católico”, explicou.

Em seguida, afirmou que “desrespeitar uma religiosa dessa maneira é zombar não só da Igreja, mas no final das contas de Deus”.

A triste ironia, prosseguiu a Irmã Gilmary, é que o Halloween é na véspera do Dia de Todos os Santos, e deveria ser um momento para “recordar os santos – entre eles há muitas religiosas e irmãos religiosos – como exemplos e modelos que devemos seguir”.

São José Pignatelli


José Pignatelli nasceu em 1737 em Saragoça, do ramo espanhol de uma nobilíssima família do reino de Nápoles. Perdendo a mãe aos cinco anos, veio para esta cidade onde recebeu, de uma irmã, ótima educação católica. Voltando para Espanha, aos quinze anos entrou na Companhia de Jesus. Feito o Noviciado e emitidos depois os primeiros votos em Tarragona, aplicou-se aos estudos, primeiro em Manresa e depois nos colégios de Bilbau e de Saragoça.

Ordenado sacerdote, dedicou-se ao ensino das letras e, com grande fruto, aos ministérios apostólicos. Levantou-se, porém, uma grande perseguição contra a Companhia de Jesus e ele figurou entre os jesuítas que foram expulsos da Espanha para a Córsega.

Entre adversidades, mostrou o Padre Pignatelli grande fortaleza e constância; foi por isso nomeado Provincial de todos esses exilados. E recomendaram-lhe especial cuidado pelos mais jovens, o que ele praticou com grande zelo. Da Córsega foi obrigado a transferir-se, com os outros, para várias regiões, vindo finalmente a fixar-se em Ferrara (Itália), onde fez a profissão solene de quatro votos.

Pouco depois, sendo a Companhia de Jesus dissolvida por Clemente XIV, em 1773, Padre Pignatelli deu exemplo extraordinário de perfeita obediência à Sé Apostólica como também de intenso amor para com a Companhia de Jesus. Indo para Bolonha e, estando proibido de exercer o ministério apostólico com as almas, durante quase vinte e cinco anos entregou-se totalmente ao estudo, reunindo uma biblioteca de valor, dando-se principalmente a obras de caridade para com os antigos membros da suprimida Companhia.

Logo, porém, que lhe foi possível, pediu para ser recebido na Família Inaciana existente na Rússia, onde reinava Catarina, que sendo cismática não aceitara a supressão vinda de Roma. Os jesuítas da Rússia ligaram-se a bom número de ex-jesuítas italianos, e Padre Pignatelli uniu-se a todos eles, tendo-lhe sido permitido renovar a profissão solene. Com licença do Papa Pio VI, foi construída uma casa para noviços no ducado de Parma, onde o Padre Pignatelli foi reitor. Em 1804, Pio VII restaurou a Companhia de Jesus no reino de Nápoles, e o Padre Pignatelli vem a ser Provincial. Mas o exército francês aparece e dispersa este grupo de jesuítas.

Em 1806, transfere-se para Roma onde é muito bem recebido pelo Sumo Pontífice. Os franceses, que estão a ocupar Roma, toleram-no. No silêncio, Padre Pignatelli vai preparando o renascimento da sua Companhia. Este fato ocorre em 1814, com o citado Papa beneditino Pio VII. Mas o Padre Pignatelli já tinha morrido em 1811, com setenta e quatro anos. O funeral decorreu quase secretamente.

Foi beatificado por Pio XI em 1933, que chamou o santo de “o principal anel da cadeia entre a Companhia que existira e a Companhia que ia existir,… o restaurador dos Jesuítas”.

Profundo devoto do Sagrado Coração de Jesus e da Virgem Santíssima, homem adorador (passava noites inteiras diante do Santíssimo Sacramento), São José Pignatelli foi canonizado em 1954 pelo Papa Pio XII.


São José Pignatelli que ficastes órfão ainda criança, passastes por provações tão dolorosas, momentos indefinidos e inseguros, vendo-vos perseguido por desejardes servir a Deus sobre todas as coisas, velai por vossos irmãos jesuítas, tornando-os cada vez mais unidos dentro do verdadeiro amor fraterno. Por Cristo Nosso Senhor. Amém.


São José Pignatelli, rogai por nós!

segunda-feira, 13 de novembro de 2017

8 razões pelas quais o culto à “Santa Morte” é incompatível com a fé católica


Em alguns países da América Latina, principalmente no México e na Argentina, estendeu-se a falsa devoção conhecida como a “Santa Morte”, uma crença incompatível com a fé católica.

Para tirar as dúvidas, Pe. Jil Portilla, exorcista para o Vicariato II da Arquidiocese do México e especialista no tema, compartilhou com o Grupo ACI 8 chaves para compreender o real significado deste perigoso “culto à morte” e suas consequências.

1. A “Santa Morte” não é uma pessoa ou um ser

A “Santa Morte” não tem absolutamente nada de santa. A morte não é um ser, mas um acontecimento. Significa a ausência de vida, ou seja, que uma pessoa ficou sem vida.

Desde pequenos nos ensinaram a imaginar a morte como um esqueleto humano com vida, que carrega uma foice e que tira a vida das pessoas para leva-las deste mundo. Mas isso não é real, e sim uma fantasia. É uma forma alegórica ou caricaturada para expressar o fim da vida, porque a morte não é uma personagem real.

2. A morte é, na verdade, a consequência do pecado

A morte chegou à humanidade como consequência do pecado e assim revelam as Sagradas Escrituras em: Gênesis 2,15-17; Romanos 5,12; e Deuteronômio 30,15-20.

Algumas pessoas acreditam que Deus é o autor da morte e que, portanto, é bom dar-lhe culto. entretanto, tal premissa é errônea e pode ser constata em: Sabedoria 1,12-13.

Quem é o autor da morte é o demônio, o qual é culpado de que o homem peque e experimente a morte. As Escrituras revelam esta informação com toda clareza em; Sabedoria 2,23-24; Gênesis 3,1-6; e Hebreus 2,14-15.

3. O culto à “Santa Morte” é satânico

As imagens da morte representam as obras do demônio. Portanto, quem adora a morte, adora o demônio e suas obras.

4. A caveira não é mais do que uma imagem grosseira

Algumas pessoas pedem a Deus que lhes conceda uma santa morte, ou seja, desejam morrer santamente. Entretanto, em nenhum caso pensa que a morte seja um ser santo. Sabendo que a morte não é um ser, então, cada imagem da “Santa Morte” não tem nada de santa e não é mais do que uma imagem grosseira e feia.

domingo, 12 de novembro de 2017

Quarta-feira vermelha: Assim honrarão os mártires cristãos no Reino Unido


Na quarta-feira, 22 de novembro, mais de 30 lugares emblemáticos do Reino Unido serão iluminados de vermelho para homenagear os mártires cristãos e para pedir respeito à liberdade religiosa.

Esta homenagem, cujo lema é “Defender a fé e a liberdade na # RedWednesday (Quarta-feira vermelha)”, é organizada pela Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (ACN) no Reino Unido, em colaboração com a associação inglesa Christian Solidarity Worldwide (CSW).

Através de um comunicado, a coordenadora da iniciativa da ACN, Patricia Hatton, indicou que “esta é uma oportunidade única para defender a fé e a liberdade neste país e no mundo e acender uma luz ante a perseguição aos cristãos e a outros grupos de fé atualmente”.

Precisamos que as pessoas levem a sério o tema da liberdade religiosa, deste modo estamos convidando as paróquias, os grupos de oração, as famílias e os estudantes para que na #RedWednesday se reúnam às 18h na esplanada da Catedral de Westminster, onde haverá música e um filme antes da oração”, continuou.

Na esplanada da Catedral católica de Westminster também haverá testemunhos sobre a perseguição religiosa, enquanto o diretor da ACN Reino Unido, Neville Kyrke-Smith, e o diretor da CSW, Mervyn Thomas, serão os palestrantes.

Hatton também pediu que, no dia 22 de novembro, os fiéis “usem algo vermelho”. “Defendamos juntos a fé e a liberdade e ajudemos os cristãos e os outros, especialmente no Oriente Médio, que necessitam urgentemente do nosso apoio neste Natal”.

Entre as instituições educacionais que serão iluminadas de vermelho estão a Universidade de St. Mary's e os colégios católicos Clitheroe, Cardinal Newman e St. Joseph's.

sábado, 11 de novembro de 2017

Igreja no Brasil se prepara para celebrar a abertura do Ano Nacional do Laicato 2018


Após as comemorações do Ano Nacional Mariano, instituído pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a Igreja no Brasil se prepara agora para celebrar a abertura do Ano do Laicato no próximo dia 26 de novembro. Com o tema “Cristãos Leigos e Leigas, sujeitos na ‘Igreja em saída’, a serviço do Reino” e o lema “Sal da Terra e Luz do Mundo”, a iniciativa de acordo com o papa Francisco, deseja fazer crescer “a consciência da identidade e da missão dos leigos na igreja”.

O Ano do Laicato nos empolga e fomenta em nós uma feliz e agradável expectativa, para juntos escutarmos o que diz o Espírito Santo aos nossos corações e assumirmos a ação transformadora na Igreja e no mundo. A obra é de Deus e de todos nós”, afirma o presidente da Comissão Episcopal Pastoral para o Laicato da CNBB, dom Severino Clasen.

O bispo espera que no Ano do Laicato, a partir de cada reflexão, os leigos possam ouvir Jesus Cristo os chamando e os enviando para serem sal, luz e fermento na massa. “Vamos todos, através da oração e meditação da Palavra de Deus, de olhos abertos para a realidade onde vivemos, transformar as injustiças em relações de paz e amor”, exorta.

sexta-feira, 10 de novembro de 2017

França: Roubam e profanam 11 igrejas católicas

Igreja de Saint Maurice, um dos templos profanados / Foto: Diocese de Annecy

Recentemente, desconhecidos roubaram e profanaram dez igrejas no departamento de Alta Saboya e uma no departamento de Morbihan, na França.

A imprensa local informou que as igrejas de Alta Saboya, na Diocese de Annecy, foram roubadas nos dias 28 e 29 de outubro. Os responsáveis seriam dois homens que forçaram as portas dos templos com uma alavanca.

As igrejas profanadas são Sainte Marie Madeleine de Morzine, Notre Dame d'Abondance, Saint Maurice, Saint Laurent, Saint Etienne, Saint Jean Baptiste, Nativité de Marie, Saint Bernard, Sainte Foy e Saint Pierre.

Na Igreja de Sainte Marie Madeleine de Morzine, os delinquentes profanaram e quebraram dois tabernáculos de mármore. Nas outras, os criminosos roubaram as caixas para a coleta, as velas e os cálices.

Bernard Bidaut, diretor da área de comunicações da Diocese de Annecy, disse ao Grupo ACI que “estamos sendo cautelosos com as nossas declarações. Não são atos de profanação voluntários”.

Na verdade, disse, “são para nós roubos de objetos litúrgicos importantes (alguns com hóstias consagradas), mas é claro que eles roubaram com o objetivo de revender esses objetos”.

Bidaut também indicou que “a investigação está em andamento”.