segunda-feira, 4 de junho de 2018

Nigéria: Pastor afirma que o Papa é o Anticristo e que todos os católicos vão para o Inferno


A Nigéria está acostumada a ver os muçulmanos ligados ao grupo extremista Boko Haram massacrarem os cristãos em um dos conflitos religiosos mais intensos do mundo. Mas o país está testemunhando uma outra guerra, entre cristãos dos segmentos católico e evangélico.

Durante um culto este mês, na Igreja de Deus em Ikeja, na capital Lagos, o pastor Chris Okotie chocou a congregação ao dizer que todos os católicos do mundo vão para o inferno quando morrerem porque eles são adoradores de Satanás. Também afirmou que eles são liderados por um papa que é o Anticristo e um amigo da Diabo.

O pastor Okotie atacou Francisco diretamente e disse que a Igreja Católica Romana é “uma igreja falsificada, criado por Satanás”. Para ele, a maior prova é que os católicos se curvam diante de ídolos ao invés de glorificar somente a Jesus.

“Eles não são cristãos e nunca foram”, insistiu Okotie. “Eles não conhecem a Jesus. Acreditam que quando comem a hóstia aos domingos, estão comendo o corpo de Jesus. É um ritual.”

Anunciou ainda que é uma questão de tempo até que o papa Francisco revele-se o Anticristo e faça a Igreja Católica declarar lealdade completa ao Diabo. Afirmou que o Papa João Paulo II havia consagrado o mundo à imagem de Maria, mãe de Jesus, e que o papa Francisco fez a mesma coisa, tentando tirar a glória de Jesus Cristo.

Insistiu que era óbvio que os católicos não servem ao mesmo Cristo que é pregado na Bíblia. Acrescentou que os católicos não temem sequer ir para o inferno, por isso inventaram o purgatório. No final, apelou para que os fiéis ajudassem a salvar os católicos, anunciando-lhes o verdadeiro evangelho.

sábado, 2 de junho de 2018

Homilética: 9º Domingo do Tempo Comum - Ano B: "O Sábado é para o Homem"


A Liturgia nos faz ler hoje os textos da Bíblia que falam do dia de descanso festivo: o “sábado” dos Judeus e o “domingo” dos cristãos. A santificação do dia do Senhor ocupa um lugar privilegiado na Sagrada Escritura.

Tal como lemos em Dt 5, 12 – 15, foi o próprio Deus quem instituiu as festas do Povo escolhido e quem o instava a observá-las: Guardarás o dia do sábado e o santificarás, como te ordenou o Senhor, teu Deus. Trabalharás seis dias e neles farás todas as tuas obras; mas no sétimo dia, que é o repouso do Senhor, teu Deus, não farás trabalho algum…

Além do sábado, existiam entre os judeus outras festas principais: a Páscoa, o Pentecostes, os Tabernáculos em que se renovava a Aliança e se agradeciam os benefícios obtidos. O sábado, depois de seis dias de trabalho nos afazeres próprios de cada um, era o dia dedicado a Deus em reconhecimento da sua soberania sobre todas as coisas.

Jesus Cristo teve um grande apreço pelo sábado e pelas festividades judaicas, embora soubesse que, com a sua chegada, todas essas disposições seriam abolidas para darem lugar às festas cristãs. Então Jesus restaurou o sentido do sábado como celebração da vida em plenitude e da liberdade. Veio recolocar essas experiências no centro da fé vivida de modo pessoal e comunitário. É com base na experiência manifestada em Cristo ressuscitado que o apóstolo Paulo consegue suportar todo sofrimento em sua vida de luta pelo anúncio do evangelho.

Para a reevangelização do mundo, é particularmente urgente realizar um apostolado eficaz a respeito da santificação do domingo, um apostolado que penetre nas famílias. Porque há gente que esmorece e chega a perder o espírito cristão por uma maneira errada de descansar nos fins de semana. “É dever dos cristãos a preocupação de fazer que o domingo se converta novamente no dia do Senhor, e que a Santa Missa seja o centro da vida cristã… O domingo deve ser um dia para descansar em Deus, para adorar, suplicar, agradecer, pedir perdão ao Senhor pelas culpas coe metidas na semana que passou, pedir-lhe graças de luz e força espiritual para os dias da semana que começa” ( Papa Pio Xll ) e que iniciaremos então com mais alegria e com o desejo de acometer o trabalho com outro entusiasmo.

Clero do Crato repudia notícia falsa sobre deposição do bispo por padres

DIOCESE DE CRATO
NOTA DE REPÚDIO

Nós, Clero da Diocese de Crato, manifestamos repúdio diante das matérias veiculadas pelo Jornal do Cariri e o site Ceará News, na manhã desta terça- feira, dia 29 de maio, que tentam, claramente, denegrir a imagem dessa Igreja particular na pessoa do seu pastor diocesano, Dom Gilberto Pastana.

Não é de hoje que esses veículos, usando a comunicação de forma irresponsável, querem suscitar desconfiança e abrir vias de desunião entre nós e os diocesanos. É notório que todo o conteúdo dos textos publicados é composto por informações mentirosas, o que os enquadram no contexto das Fake News, ou seja, notícias falsas, pois a linguagem é vaga e o teor da argumentação dá margem à inverdade.

Como nos alerta o Papa Francisco, em mensagem para o Dia Mundial das Comunicações Sociais 2018, as Fake News são “infundadas, baseadas em dados inexistentes ou distorcidos, tendentes a enganar e até manipular o destinatário. A sua divulgação pode visar objetivos prefixados, influenciar opções políticas e favorecer lucros econômicos”.

sexta-feira, 1 de junho de 2018

Grupo gay processa igreja católica por se recusar sediar evento LGBT


O ex-gerente de um centro de eventos está processando a Igreja Católica do Santo Rosário, em Portlanad (EUA), por causa da “cláusula moral” em seu contrato, que proibia a realização de eventos LGBT.

Alan Peters tinha um acordo para arrendar o Centro de Evento Ambridge, cujo prédio pertence à igreja. Em 2015, um grupo de ativistas LGBT tentou alugar o espaço, mas o pedido foi recusado porque isso violava o contrato.

Na época, Peters afirmou à organização LGBT que iria “atualizaria os termos do contrato, para que estivesse em conformidade com a lei”. Pouco tempo depois, sua empresa, a Holladay Investors, contratou um funcionário LGBT para mostrar que não tinha preconceitos.

Com a recusa da Igreja do Santo Rosário em alterar o contrato em vigência, a Holladay Investors decidiu processá-la. Ele está buscando US$ 2,4 milhões de “danos materiais, discriminação e violações dos direitos civis e das leis comerciais”.

Sua alegação é que a Santo Rosário decidiu encerrar o contrato de arrendamento, que estava em vigor desde 2008. Na primeira renovação, em 2012, os termos acordados deixavam claro que o centro de eventos podia e não podia fazer.

“A igreja deixou explícito que o Ambridge não poderia hospedar eventos promovidos por grupos afiliados com a comunidade LGBT”, afirma o processo, lembrando que no espaço não eram realizadas missas, mas pertencia à Igreja Católica do Santo Rosário.

Para a empresa de Peters, eles foram muito prejudicados com toda a “imprensa negativa” que receberam na época e sofreram “danos à reputação” por causa da “ação discriminatória” da Igreja.

Senado aprova criação do Grupo Parlamentar Brasil-Coreia do Norte


O Plenário do Senado aprovou nesta quarta-feira (30) a criação do Grupo Parlamentar de Amizade Brasil-Coreia do Norte, na forma do projeto de resolução (PRS) 18/2018. A proposta, do senador Fernando Collor (PTC-AL), tem a finalidade de incentivar e desenvolver as relações bilaterais entre os Poderes Legislativos dos dois países. O texto segue para promulgação.

Desde 2009, o Brasil possui uma embaixada localizada na Coreia do Norte e é o único país latino-americano com embaixadas residentes nas duas Coreias. A instituição do grupo de amizade é a primeira ação da “agenda de 6 pontos” de Collor. O senador visitou a Coreia do Norte em missão oficial no fim de abril e, como presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE), comprometeu-se a avançar na pauta de cooperação dos países.

O relator do projeto, senador Pedro Chaves (PRB-MS), destacou que a criação do grupo vai proporcionar mais integração entre os países num momento em que a Coreia do Norte se reaproxima de outros atores internacionais.

quinta-feira, 31 de maio de 2018

Temer pede para pastores levarem sua 'palavra' a igrejas de todo o país


Em clima de campanha eleitoral, o presidente Michel Temer — acompanhado do pré-candidato do MDB à Presidência da República, Henrique Meirelles — falou de seus projetos em um evento religioso que reuniu de milhares de pastores das igrejas da Assembleia de Deus de todo o país. O encontrou aconteceu na manhã desta quinta-feira, em Brasília.

O presidente "pregou", durante alguns minutos, sobre diálogo e harmonia. Também falou das "conquistas de seu governo" e pediu que os milhares de pastores levassem sua mensagem às igrejas de todos os rincões do país.

— Nós tivemos muitos projetos no nosso governo. Reforma do Ensino Médio. Baixamos inflação, juros. Nesse momento que vamos entrar numa disputa eleitoral, peço que avaliem nossos projetos, que são a favor do país. Que os senhores possam levar a todos e todas essas palavras, também de paz e harmonia, pois sei que os senhores têm templos nos lugares mais afastados — disse o presidente, que era intensamente aplaudido a cada frase.

Michel Temer também aproveitou o evento para comemorar o fim da paralisação dos caminhoneiros.

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— Pensei: ‘vou lá na Assembleia de Deus para comemorar a pacificação do país’. Com a graça de Deus, estamos encerrando a greve dos caminhoneiros. Pelo diálogo, que é o que eu prego. Não houve uma violência por parte do estado brasileiro nesses dias de paralisação. Que isso sirva de exemplo para o nosso país, o diálogo.

O presidente da congregação religiosa, Manoel Ferreira, também pediu que seus pastores levem a palavra de Michel Temer aos fiéis espalhados pelo país, e reforçou:

— Acima dele (do presidente), só Deus e a nação.

Ferreira ainda chamou um a um, ao altar do templo, deputados e senadores da bancada religiosa que fazem parte de sua congregação.

RS: Igreja apaga tapete de Corpus Christi que dizia 'fora Temer' em Aratiba


Em meio à tradicional confecção de tapetes para Corpus Christi nas ruas de Aratiba, a cerca de 400 km de Porto Alegre, uma mensagem chamou atenção dos moradores na manhã desta quinta-feira (31): no tapete criado pela Pastoral da Juventude da Paróquia Santiago de Aratiba, estava escrito "fora Temer" no espaço designado a eles pela organização. Por decisão da própria paróquia, os integrantes do grupo receberam ordens de modificar a mensagem. Escreveram, então, "amar sem temer".

Insatisfeitos, membros da igreja apagaram todas as inscrições, inclusive um símbolo feminista incluído pelo grupo de jovens. "Não é lugar para se manifestar politicamente", define o membro do Conselho Econômico da Igreja, Walter Meurer.

A decisão provocou discussões na cidade de quase 7 mil habitantes do Norte do Rio Grande do Sul, de acordo com Walter. Segundo ele, todas as 17 entidades que receberam um espaço para criar o tapete ganharam as instruções, antes do feriado, sobre como deveriam ser os desenhos. Entre elas, está "não desenhar símbolos das entidades ou outros símbolos que não sejam religiosos".

Foi por esse motivo, conforme Walter, que a igreja resolveu apagar a mensagem, decisão que foi apoiada pelo padre Dirceu Balestrin. "Eles sabiam o que podiam colocar [no tapete], por que fizeram diferente?", resume Walter, que não acredita que o ato possa ser configurado como censura. "Aquele não era lugar de se manifestar. Foi o melhor a ser feito", conclui o religioso. O G1 tentou contato com o padre Dirceu, mas não teve as mensagens respondidas.

quarta-feira, 30 de maio de 2018

Leia o manifesto assinado por deputados e senadores para que o STF não legalize o aborto


Aconteceu nesta quarta-feira (30/05) a audiência pública que uniu a Câmara dos Deputados e o Senado para debater a ADPF 442 e expor o ativismo judicial que ameaça legalizar o aborto no país, atropelando as atribuições do Congresso Nacional. Na ocasião, foi assinado um manifesto que expõe a posição dos deputados, senadores, vereadores e organizações da sociedade civil que se opõe a esse abuso anunciado do STF.

Confira a íntegra do texto assinado:

***

Manifesto contra a ADPF 442

Nós, parlamentares de todo Brasil junto à sociedade civil mobilizada subscrevemos e assinamos esse manifesto contrário à ADPF 442, hoje sob a relatoria de Vossa Excelência, min. Rosa Weber, com tramitação no Supremo Tribunal Federal.

Em breve síntese, a ação foi peticionada pelo PSOL sob a alegação de que os as artigos 124 e 126 do Código Penal não foram recepcionados pela Constituição Federal, por “supostamente” afrontarem princípios fundamentais e serem contrários a compromissos internacionais assumidos pelo Brasil. Diante disso requer que se declare a consequente inconstitucionalidade. Dessa feita, se assim Vossas Excelências decidirem, o resultado será a legalização do aborto até as 12 semanas de desenvolvimento gestacional.

Com efeito, grupos pró-aborto se utilizam desse subterfúgio e extrapolam o preceituado no princípio da inafastabilidade da tutela jurisdicional (art. 5º inciso XXXV, CF). Quando não há consenso entre as concepções morais, filosóficas e até mesmo religiosas dos indivíduos da sociedade, em outras palavras, havendo desacordo moral razoável no tocante a temas específicos, não pode o judiciário subtrair do legislativo, que tem como prerrogativa preponderante, a elaboração de leis que atendam aos anseios da sociedade de acordo com sua representatividade.

A justificativa que tem sido ventilada para tal atuação consiste no princípio da máxima efetividade normativa da Constituição, bem como no fato de que, a princípio, compete ao Judiciário a concretização dos direitos constitucionais, avocando um protecionismo às minorias que “não conseguem transformar os seus legítimos interesses em preceitos legislativos”. Acrescenta-se a esse rol uma atuação quando seja necessária a proteção das regras do jogo constitucional e quando houver omissão legislativa quanto a determinadas pautas. Essa é a tese, inclusive, defendida pelo ministro do STF, Sr. Roberto Barroso[1]. Todavia essa prática é prejudicial à tripartição dos poderes, enfraquece o Estado Democrático de Direito bem como a representatividade plural da sociedade brasileira.

São os membros do Congresso Nacional- que ressaltasse, são eleitos necessariamente pelas bandeiras que defendem- os legítimos a debaterem assuntos tidos por polêmicos ou consensuais. Sobre esses a população é capaz de oferecer apoio, cobranças e acompanhar a tramitação de seus interesses, diferentemente do que acontece com os ministros do Supremo. Essa invasão de prerrogativas vai além do sistema de controle de freios e contrapesos[2], pois também desestabiliza a harmonia dos poderes e coloca em descrédito as instituições a vista da opinião popular.

No que concerne à descriminalização do aborto o Congresso Nacional, desde a constituinte de 1988, debate temas correlatos a matéria. Dentre os projetos de lei destacam-se o PL 3465/1989 que dispunha sobre a interrupção voluntaria da gravidez até os 90 dias; o PL 1.135/1991 e o PL 176/1995 cujo objetivo era a descriminalização do aborto até o 9º mês de gestação; o PL 4.403/2004 que tinha por fim a isenção de pena para a prática do aborto terapêutico em caso de anomalia fetal, incluindo a anencefalia; o PL 4834/2005 e o PLS 227/2004 que dispunha sobre a isenção de pena para a gestante e para o médico no caso de aborto de feto com anencefalia (SANTOS, 2016, P. 170)[3].

Todos os projetos de lei, descritos anteriormente, foram arquivados em 2011. No mesmo ano, foi proposto o Projeto de Lei do Senado 50/2011, que tem por fim afastar a punibilidade do aborto no caso de feto com anencefalia, se precedido de consentimento da gestante ou, quando incapaz, de seu representante legal. O referido Projeto continua tramitando no Senado e foi encaminhado, no dia 03.02.2015, para a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania. Além disso, em fevereiro de 2015 o PL 4.403/2004 foi desarquivado e atualmente também se encontra na referida Comissão. (SANTOS, 2016, P. 171).