Após a rejeição do pedido de registro de candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Presidência da República, pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o Partido dos Trabalhadores oficializou no dia 11 a candidatura de Fernando Haddad à presidência da República, no lugar do ex-presidente Lula. A decisão foi oficializada em uma reunião da Executiva do Partido dos Trabalhadores, em um hotel de Curitiba. O anúncio foi feito no acampamento de militantes do PT em frente à sede da Polícia Federal, onde está preso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Um dos fundadores do PT, o advogado Luiz Eduardo Greenhalgh leu uma carta escrita por Lula.
Fernando Haddad foi prefeito da cidade de São Paulo entre 2013 e 2017. Além de político, também é professor de Ciência Política na Universidade de São Paulo (USP), onde se formou em Direito. Chegou a ser ministro da Educação entre 2005 e 2012, nos governos Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff.
Religião e Família
Haddad se define como cristão ortodoxo. Durante as eleições à prefeitura de São Paulo em 2012, acusou líderes evangélicos de atacarem sua honra e difundirem mentiras sobre o governo de Dilma Rousseff. Um de seus projetos mais polêmicos, que ficou conhecido como “kit gay”, foi negado por Dilma após sofrer pressão da bancada evangélica no Congresso Nacional, provocando as acusações.
Sua mãe, Norma Teresa Goussain, é espírita kardecista. O avô de Haddad, Cury Habib Haddad, tornou-se padre da Igreja Ortodoxa Grega de Antioquia após ficar viúvo. Fernando Haddad é casado e tem dois filhos: Frederico e Ana Carolina.
Aborto
Fernando Haddad se declarou contra o aborto. Durante a campanha pela prefeitura, defendeu que “a sociedade tem que diminuir o número de abortos”.
– Penso que temos que respeitar a Constituição, no caso da união civil. E, no caso do aborto, eu pessoalmente sou contra. As mulheres enfrentam os desafios da vida de maneira própria. Temos que evoluir, temos que estabelecer políticas públicas oferecendo às mulheres condições de planejar suas vidas. – declarou o ex-ministro à Folha de S. Paulo, em 2012.