segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

Milhares se reúnem em São Paulo contra o aborto e o ativismo judicial


A cidade de São Paulo voltou a ser o palco de uma Marcha pela Vida no último domingo, 2 de dezembro, quando cerca de 15 mil pessoas saíram às ruas para unir suas vozes e proclamar “salvemos as 2 vidas”, em uma manifestação que os organizadores classificaram como uma “grande festa”.

“Foi, na verdade, uma grande festa pela vida, com músicas, gritos de guerra, frases, todos cantando o hino”, contou um dos coordenadores do evento, Guilherme Montoro Mellim.

“Antes de começar a Marcha – recordou –, abriu o sol e, minutos depois que terminou, começou a chover. Isso nos alegrou bastante”.

Segundo Mellim, que esteve à frente da marcha juntamente com Fábio Gonçalves, um dos destaques deste evento foi a capacidade de “reunir tantas pessoas em torno de uma causa comum, isto é a defesa da vida”.

“Muitos foram para a Marcha preocupados com os abusos do STF (Supremo Tribunal Federal), com seu ativismo que vem se sobrepondo às competências do Congresso; outros se uniram porque acreditam e defendem a sacralidade da vida humana”, sublinhou o coordenador, ressaltado que em todos a “defesa da vida” era o que os unia.

Além disso, o coordenador da Marcha indicou que o evento teve ainda “impacto nas outras pessoas que passavam pelo local”, algumas das quais “paravam por cinco, dez minutos para ouvir o que estava sendo dito”.

Para Guilherme Mellim, outro destaque desta marcha foi ter unido diferentes pessoas, como “autoridades religiosas, políticos, jornalistas, professores universitários, médicos, advogados”.

Entre os diferentes nomes que fizeram parte deste evento estiveram, por exemplo, Padre Paulo Ricardo; o intelectual católico Bernardo Pires Küster; o especialista em Bioética e coordenador do Movimento Legislação e Vida, Prof. Hermes Rodrigues Nery; a deputada estadual eleita Dra. Janaína Paschoal; entre outros.

“Várias pessoas foram para a Marcha para ouvir o que eles tinham a dizer, a explicar”, indicou Guilherme Mellim, citando, por exemplo, a questão do ativismo judicial, os “problemas jurídicos, como o STF tem passado por cima do Congresso para tentar legislar sobre o aborto”.

Islamistas atentam contra vida de filhas de Asia Bibi


Um grupo de islamistas disparou contra a casa que refugia duas das filhas de Asia Bibi, denunciou Joseph Nadeem, que está cuidando da família da mãe católica desde que foi sentenciada de morte em 2010 acusada falsamente por blasfêmia.

"Estamos com medo. Nos últimos dias, os islamistas dispararam contra a porta da nossa casa. Estamos recebendo ameaças constantemente e em mais de uma ocasião nos perseguiram", disse Nadeem, cuja família acolhe duas filhas de Asia.

Em declarações à Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (ACN), Nadeem contou a dura experiência que estão vivendo desde que a Suprema Corte do Paquistão declarou Bibi inocente do crime de blasfêmia, no último dia 31 de outubro.

Como Asia Bibi e seu esposo Ashiq são praticamente analfabetos, Nadeem os ajuda com advogados e acompanhou durante anos Ashiq e a sua filha Eisham em suas viagens ao exterior, testemunhando o seu sofrimento e oferecendo apoio a Asia.

Posteriormente, em uma sentença histórica em 31 de outubro, a Suprema Corte declarou inocente a mãe de cinco filhos e ordenou que ela fosse libertada. Entretanto, Nadeem disse que, "quando absolveram a Asia, tivemos que fugir", e acrescentou que tanto Bibi como o seu esposo estão em um lugar seguro, protegidos pelo governo, mas a sua família não poderia estar com eles.

Desde então, as filhas de Asia Bibi, junto com a família Nadeem, tiveram que mudar de casa quatro vezes. "Os islamistas nos caçam e toda vez que percebemos que corremos perigo, fugimos imediatamente. Nem sequer podemos comprar comida. Só saio à noite com o rosto coberto", declarou Joseph.

sábado, 1 de dezembro de 2018

Palavra de Vida: «Alegrai-vos sempre no Senhor!» (Fl 4, 4).


O apóstolo Paulo escreve à comunidade de Filipos, numa altura em que ele próprio está em graves dificuldades, vítima de uma perseguição. Todavia, a estes seus caros amigos ele aconselha, ou melhor, quase ordena para que “estejam sempre alegres”.

Mas será possível dar uma ordem como esta?

Olhando ao nosso redor, não é fácil encontrar motivos de serenidade, e muito menos de alegria!

Diante das preocupações da vida, das injustiças da sociedade, dos atritos entre os povos, é já um grande desafio não nos deixarmos desencorajar, derrotar, ou não nos fecharmos em nós mesmos.

Em todo o caso, Paulo faz-nos o convite:
«Alegrai-vos sempre no Senhor!».

Qual é o seu segredo?

«[…] há uma razão para que, apesar de todas as dificuldades, nós temos que estar sempre alegres. É a própria vida cristã, levada a sério, que permite isto. Por ela, Jesus vive em plenitude dentro de nós e, com Ele, não podemos deixar de estar na alegria. É Ele a fonte da verdadeira alegria, porque dá sentido à nossa vida, guia-nos com a sua luz, liberta-nos de todos os medos, tanto por aquilo que aconteceu no passado, como pelo que ainda nos espera. Dá-nos força para vencermos todas as dificuldades, tentações e as provações que possamos encontrar» (1).

A alegria do cristão não é um mero otimismo, nem a segurança do bem-estar material, nem sequer a alegria de quem é jovem e está de boa saúde. Acima de tudo, é fruto do encontro pessoal com Deus, no mais íntimo do coração.

"Um homossexual não pode ser sacerdote, nem consagrado", afirma o Papa Francisco.


O Papa Francisco afirmou que um homossexual não pode ser candidato para o sacerdócio ou a vida consagrada e que os formadores devem ser “exigentes” neste ponto.

“A questão da homossexualidade é uma questão muito séria que se deve discernir adequadamente desde o começo com os candidatos, se for o caso. Temos de ser exigentes. Em nossas sociedades, parece até mesmo que a homossexualidade está em moda e essa mentalidade, de alguma maneira, também influência na vida da Igreja”, assinala o Papa no livro “A força da vocação”, de Publicações Claretianas, que será lançado em 3 de dezembro.

Em um trecho do livro, adiantado nesta sexta-feira por ‘Religión Digital’, o Santo Padre assinala que o preocupa a presença de pessoas com tendência homossexual no clero e na vida consagrada. “É algo que me preocupa, porque talvez em um momento não se enfocou bem”, indicou.

Francisco disse que nos candidatos ao sacerdócio ou à vida consagrada, “temos que cuidar muito na formação a maturidade humana e afetiva. Temos que discernir com seriedade e ouvir também a voz da experiência que a Igreja tem. Quando não se cuida do discernimento em tudo isso, os problemas crescem. Como dizia antes, acontece que no momento talvez não dão a cara, mas depois aparecem”.

“A questão da homossexualidade é uma questão muito séria que se deve discernir adequadamente desde o começo com os candidatos, se for o caso”, reiterou na entrevista realizada por Pe. Fernando Prado, diretor da editora claretiana de Madri.

Francisco recordou que certa vez “tive aqui um bispo um pouco escandalizado que me contou que soube que em sua diocese, uma diocese muito grande, havia vários sacerdotes homossexuais e que teve que enfrentar tudo isso, intervindo, em primeiro lugar, na formação, para formar outro clero distinto”.

“É uma realidade que não podemos negar. Na vida consagrada também não faltam casos. Um religioso me contava que, em visita canônica a uma das províncias de sua congregação, havia se surpreendido. Ele via que havia bons rapazes estudantes e que inclusive alguns religiosos já professos eram gays”, relatou.

O Papa disse que o religioso “duvidava da questão e me perguntou se havia algo de errado nisso. ‘Em suma – dizia ele – não é tão grave; é apenas expressão de um afeto’”.

“Isso é um erro”, advertiu Francisco. “Não é só expressão de um afeto. Na vida consagrada e na vida sacerdotal, este tipo de afetos não tem lugar. Por esse motivo, a Igreja recomenda que as pessoas com esta tendência radicada não sejam aceitas no ministério ou na vida consagrada. O ministério ou a vida consagrada não é seu lugar”.

Em seguida, assinalou que “aos padres, religiosos e religiosas homossexuais, é preciso instá-los a viver integramente o celibato e, sobretudo, que sejam primorosamente responsáveis, procurando não escandalizar nunca nem suas comunidades nem o santo povo fiel de Deus vivendo uma vida dupla. É melhor que deixem o ministério ou sua vida consagrada antes do que viver uma vida dupla”.

sexta-feira, 23 de novembro de 2018

Bispo denuncia que há um “massacre de cristãos” na República Centro-Africana


Na quinta-feira, 15 de novembro, 42 pessoas morreram durante um ataque à Catedral do Sagrado Coração em Alindao, alcançando também um campo de refugiados próximo. Entre os falecidos estão o Vigário Geral da diocese, Abad Blaise Mada, e Pe. Celestine Ngoumbango.

Até o momento, todos os voluntários foram evacuados e somente permaneceram com a população o Bispo da Diocese, Dom Cyr-Nestor Yapaupa, e três sacerdotes.

Segundo diversos meios, este ataque contra os cristãos foi perpetrado por ex-rebeldes Seleka das UPC, siglas correspondentes à ‘Unité pour la Paix en Centrafrique’, que são predominantemente muçulmanos e que se enfrentam historicamente com os rebeldes anti-Balaka.

As UPCs são milícias que nasceram após uma separação dos rebeldes Seleka e se estabeleceram na região de Alindao há cinco anos. Eles estão sob as ordens do general Ali Drarassa.

Dom Juan José Aguirre assegurou à agência vaticana Fides que "não se deve só denunciar o massacre de cristãos. É necessário perguntar-se por que isso aconteceu".

O Prelado afirmou que "o evento que provocou o massacre foi o assassinato de um mercenário nigeriano da UPC" e explicou que a maioria dos membros deste grupo procede de países vizinhos como o Níger.

Os rebeldes da UPC estão instalados na região ocidental da cidade de Alindao e a missão católica está no leste, onde, segundo explicou Dom Aguirre, "há um campo de deslocados para não muçulmanos, que acolhe aproximadamente 26 mil pessoas".

Dom Aguirre explicou à Fides que “as represálias foram terríveis. Os homens de Ali Darassa atacaram, saquearam e incendiaram o acampamento das pessoas deslocadas, mataram mulheres e crianças e incendiaram a catedral onde mataram os dois sacerdotes".

"Imediatamente depois, os mercenários da UPC deixaram entrar na região oriental de Alindao os grupos de jovens muçulmanos da região ocidental que saquearam a casa episcopal e incendiaram o presbitério e o centro da Caritas. Vi algumas fotos. Restaram somente as paredes queimadas deste local", assegurou o Prelado.

Além disso, de acordo com as declarações do Bispo de Bangassou, os funcionários das ONGs que trabalhavam em Alindao foram evacuados.

"Todos foram embora, exceto Dom Cyr-Nestor Yapaupa, Bispo de Alindao, e três sacerdotes que quiseram permanecer perto da população. Conversei com eles, estão exaustos, mas tiveram força suficiente para enterrar os dois sacerdotes mártires e as 42 pessoas que foram massacradas no campo de acolhida", sublinhou o Prelado.

Além disso, explicou que é provável que nos próximos dias o Arcebispo de Bangui, Cardeal Dieudonné Nzapalainga, visite Alindao.

Grande marcha pela vida no Brasil ergue a voz contra o ativismo judicial


Uma grande marcha pela vida será promovida no Brasil no próximo dia 2 de dezembro, em São Paulo, a fim de levantar a voz contra o ativismo judicial que busca descriminalizar o aborto no país; além disso, une-se ao movimento internacional de países latino-americanos na defesa de leis que protejam as duas vidas: a do nascituro e a da gestante.

Segundo os organizadores, “os movimentos pró-vida no Brasil têm promovido marchas pela vida há muitos anos, em diversas cidades, frente ao risco constante de aprovação do aborto pelo Congresso Nacional”.

Porém, ressaltam que “atualmente setores pró-aborto chegaram até a driblar o sistema democrático para tentar impor essa prática através da ADPF 442/2017”, apresentada pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL).

Esta ADPF 442 questiona os artigos 124 e 126 do Código Penal, que tipificam o crime de aborto, alegando a sua inconstitucionalidade. Assim, propõe a descriminalização do aborto até a 12ª semana de gestação.

“Por isso – explicam os organizadores –, no dia 02 de dezembro, nós brasileiros realizaremos uma grande concentração para a defesa de propostas, ideias e mensagens em defesa da vida, num ambiente de solidariedade, música e alegria”.

Assim, a Marcha pela Vida, apresentará entre seus objetivos e propostas: pressionar os poderes públicos a respeitarem a vida desde a concepção até a morte natural; promover a divulgação das associações que oferecem orientação e apoio às gestantes em crise; pedir a rejeição e improcedência da ADPF 442/2017; pedir a aprovação do projeto de lei (PL) 4754/2016 para coibir o ativismo judicial e impedir que o poder judiciário usurpe as funções e atribuições constitucionais do poder legislativo.

Conforme assinalam, a convocação desta marcha se dá na sequência de outras grandes manifestações públicas em países da América Latina como Peru, Argentina e Guatemala, que reuniram milhões de pessoas.

“A mensagem deixada por estas manifestações foi bem clara: os povos não querem legalizar o aborto, querem políticas públicas para salvar a vida dos dois e medidas para evitar o ativismo judicial dos Tribunais e órgãos de justiça que violem o equilíbrio dos Poderes e a democracia”, reforçam.

Para os organizadores, “a urgência dessa manifestação é cada vez mais clara quando pensamos no caso da Colômbia, que último dia 17 de outubro aprovou, por uma manobra ativista e antidemocrática do Tribunal Superior daquele país, o aborto até o nono mês”.

BH: Mãe e filha são encontradas mortas com um terço nas mãos


A tempestade que atingiu Belo Horizonte, MG, na noite de 15 de novembro de 2018 deixou várias ruas e avenidas alagadas.  Quase a metade do volume de chuva esperado para todo o mês de novembro desabou em poucas horas na capital mineira. 

As enchentes fizeram, pelo menos, quatro mortes. Entre elas, Cristina Pereira Matos, de 40 anos, e a filha dela, Sofia Pereira, de 6. Elas foram encontradas mortas dentro do carro em que estavam. O veículo ficou coberto pela enxurrada.

O que mais chamou a atenção das equipes de resgate foi o fato de mãe e filha estarem abraçadas e com um terço nas mãos.

Este triste e forte episódio pode dizer muita coisa para nós, católicos. Isso mostra a força da fé e do amor – aqui, o amor de mãe, que transcende qualquer coisa pelo filho, como mostra o abraço, a proteção materna até o fim! 

CNBB lança nova tradução oficial da Bíblia


A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lançou na última quarta, 21, a nova tradução oficial da Bíblia em português.

Conforme recomendação do Concílio Vaticano II, a tradução é baseada nos textos originais hebraicos, aramaicos e gregos e comparada com a Nova Vulgata, a tradução oficial católica em latim. A nova edição oficial servirá como referência para a Igreja no Brasil em suas futuras publicações, como lecionários litúrgicos e documentos.

O projeto começou em 2007 e, portanto, levou 11 anos para ser concluído. A coordenação de tradução e revisão foi realizada pelos padres Luís Henrique Eloy e Silva, Ney Brasil Pereira (in memoriam) e Johan Konings. Os professores pe. Cássio Murilo Dias, Paulo Jackson Nóbrega de Souza e Maria de Lourdes Lima colaboraram.

A equipe de coordenação de tradução e revisão da Bíblia da CNBB comunica:

“Seguimos de perto a nova tradução que, depois do Concílio Vaticano II, foi publicada, em latim, para a Igreja Católica inteira, a Nova Vulgata. Ao mesmo tempo, levamos em consideração a fluência e a beleza, para que o texto possa entrar facilmente no ouvido e ser guardado no coração como alimento espiritual. Ao tomar por modelo a Nova Vulgata, não traduzimos do latim, mas dos textos originais em hebraico, aramaico e grego, segundo os mesmos critérios que tinham sido adotados para a nova tradução latina. Outro distintivo é que o texto inteiro da Bíblia foi retomado pela equipe dos três principais colaboradores para garantir a homogeneidade da linguagem e do estilo”.