Carta Aberta
aos Presidentes das Conferências Episcopais
Caros irmãos, Presidentes das Conferências
Episcopais,
É com profunda aflição que nos dirigimos a todos
vós! O mundo católico está desorientado e levanta uma pergunta angustiante:
para onde está indo a Igreja?
Diante desta deriva, hoje em curso, pode parecer
que o problema se reduz ao problema dos abusos de menores, um crime horrível,
especialmente se perpetrado por um sacerdote, que, todavia, não é senão uma
parte de uma crise bem mais ampla.
A chaga da agenda homossexual difunde-se no seio da
Igreja, promovida por redes organizadas e protegida por um clima de
cumplicidade e de conspiração de silêncio (“omertà”). Como é evidente, as
raízes deste fenômeno encontram-se nessa atmosfera de materialismo, relativismo
e hedonismo, em que se põe abertamente em discussão a existência de uma lei
moral absoluta, ou seja, sem exceções.
Acusa-se o clericalismo de ser responsável pelos
abusos sexuais, mas a primeira e a principal responsabilidade do clero não
recai sobre o abuso de poder, mas em se ter afastado da verdade do Evangelho. A
negação, até mesmo em público, por palavras e nos fatos, da lei divina e
natural, está na raiz do mal que corrompe certos ambientes da Igreja.
Diante de tal situação, cardeais e bispos calam.
Também vós vos calareis aquando da reunião convocada para o próximo dia 21 de
Fevereiro, no Vaticano?