terça-feira, 5 de janeiro de 2021

Assassinam idoso católico com Covid-19 por rezar em hospital



Jesse Martínez, um paciente com Covid-19, espancou um idoso católico até a morte com um cilindro de oxigênio no Hospital Antelope Valley em Lancaster, Califórnia (Estados Unidos), porque o viu rezar.

No final de dezembro de 2020, as autoridades locais indicaram que Martínez seria processado por assassinato, abuso de idosos e crimes de ódio motivados pela religião.

A vítima, David Hernández-García, um católico latino de 82 anos, morava em Lancaster, um subúrbio ao norte de Los Angeles, na Califórnia. O idoso estava sendo tratado por uma infecção por Covid-19 e dividia o quarto com Martínez no hospital local, assinalou o Departamento do Xerife do Condado de Los Angeles em um relatório.

A polícia indicou que o crime ocorreu na quinta-feira, 17 de dezembro de 2020, por volta das 9h45. Explicaram que o idoso “estava internado em um quarto para duas pessoas dentro do hospital com o suspeito, que também estava lá em tratamento. O suspeito ficou chateado quando a vítima começou a rezar. Em seguida, atingiu a vítima com um cilindro de oxigênio”.

Após o severo ataque, o idoso “sucumbiu aos ferimentos e foi declarado morto em 18 de dezembro de 2020, por volta das 10h20. A vítima e o suspeito não se conheciam”, acrescentou.

Acusado de abuso, dom Alberto Taveira recebe apoio dos padres Marcelo Rossi e Fabio de Melo



Novos detalhes foram revelados sobre o caso do arcebispo de Belém do Pará, dom Alberto Taveira Corrêa, investigado por suposto abuso sexual cometido contra ex-seminaristas na capital paraense.  Quatro vítimas contaram que o arcebispo usou de seu poder eclesiástico para investidas sexuais não consentidas em encontros privados. Dom Alberto é alvo de investigação da Polícia Civil, feita a pedido do Ministério Público, além de investigação do próprio Vaticano. Religiosos, padres e entidades, como a Renovação Carismática Católica (RCC) prestam solidariedade a dom Alberto.

Os depoimentos de quatro ex-seminaristas foram exibidos na noite desse domingo no programa Fantástico, da TV Globo. As vítimas tinham entre 15 e 18 anos entre 2010 e 2014, quando aconteceram os abusos. O arcebispo tinha encontros privados com pretendentes a padre no palácio episcopal.

“Quando ele me tocou, na minha parte íntima, disse que aquilo ali era normal, coisa do homem. Mas, assim, eu não via maldade, porque confiei muito, por ele ser uma autoridade, também não tinha experiência. Mas aquilo foi se tornando já permanente e já mais agressivo. Ele já me recebia na porta e já ia logo pegando”, conta o ex-seminarista. 

Após a produção da reportagem, a equipe procurou opiniões a respeito do caso dentre lideranças da Igreja Católica. Os padres Marcelo Rossi e Fábio de Melo prestaram solidariedade a dom Alberto Correia.

“Dom Alberto já me amparou muitas vezes. Eu gostaria que as minhas orações e o meu carinho fizessem o mesmo por ele, neste momento”, disse o padre Fábio de Melo ao Fantástico.  “Nessa hora de combate, estamos juntos em oração”, declarou o padre Marcelo Rossi. Por conta das declarações, os padres foram alvo de críticas nas redes sociais na noite de domingo e nesta segunda-feira.

Padres pediram investigação

Dois padres de Belém registraram o depoimento dos quatro ex-seminaristas em junho de 2019 e escreveram uma carta ao Bispo Emérito de Marajó (PA), Dom José Azcona, conhecido por sua luta contra o abuso sexual de crianças e adolescentes. Na carta, ambos pedem a investigação dos relatos.

Além da Polícia Civil, o caso também foi levado à Nunciatura Apostólica de Brasília, representação diplomática da Santa Sé. Um representante do Vaticano veio ao país para apurar as denúncias.

A Nunciatura Apostólica afirmou que caberia à Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) comentar as denúncias, mas o órgão afirmou que não foi informado oficialmente do caso.

Na semana passada, 37 entidades civis e de direitos humanos assinaram um manifesto pedindo o afastamento do arcebispo de seu cargo até o fim das investigações.

O Arcebispo recebeu a solidariedade de ex-seminaristas e padres, como Marcelo Rossi e Fabio de Melo.

Roberto Lauria, advogado de Dom Alberto, afirmou que o religioso está à disposição para depoimento na Polícia Civil ou no Ministério Público:

— Todo católico paraense conhece a lisura, a honestidade, a honradez com que se porta Dom Alberto. (...) que doou meio século de vida à Igreja Católica, passando por 3 estados e o DF, coordenando seminários, ordenando como padre mais de 200 seminaristas — afirmou. — Os denunciantes não são quatro pessoas isoladas.
 
São um grupo de pessoas, que têm um profundo recalque, um profundo sentimento de vingança por Dom Alberto e, por que tem esse sentimento? Justamente, pela grande característica da gestão de Dom Alberto, que era uma gestão austera. Pessoas foram afastadas do seminário por comportamento incompatível com a vida religiosa.

Dom Alberto Taveira Corrêa é assessor eclesiástico da Renovação Carismática Católica (RCC) e autor de diversos livros sobre a espiritualidade carismática e sobre a igreja. O arcebispo participou em 2019 do Sínodo da Amazônia.

Coreia do Sul: preocupação da Igreja Católica pela revisão da lei sobre o aborto



As proibições ao aborto e as medidas punitivas contra os médicos que os praticam deixaram de vigorar em 1º de janeiro na Coreia do Sul.  

Em abril de 2019, o Tribunal Constitucional decidiu que a lei com proibições ao aborto ia contra a Constituição, pedindo emendas legais até o final de 2020 para permitir parcialmente o aborto nos primeiros estágios da gravidez.

Enquanto o projeto de lei do governo sobre as revisões está pendente de aprovação parlamentar, as proibições contra o aborto e as medidas punitivas contra os médicos que as praticam deixaram de vigorar em 1º de janeiro.

Em 28 de dezembro, o cardeal Andrew Yeom Soo-jung havia enviado uma declaração ao presidente da Assembleia Nacional, Park Byeong-seug, levantando preocupações sobre um atraso nas revisões parlamentares da lei antiaborto do país.

Na declaração, o responsável pela Arquidiocese de Seul alertou que a vida de um feto em todos os estágios da gravidez não será mais protegida em meio ao vazio legal de a proibição se tornar ineficaz.

Enfatizando que o Tribunal Constitucional nunca negou o dever do Estado de proteger o direito do feto de viver, o purpurado criticou a Assembleia Nacional por não cumprir seu dever público e instou-a a cumprir sua responsabilidade como órgão legislador.

Nesse meio tempo, 100 mil pessoas assinaram uma petição no site da Assembleia Nacional, opondo-se às revisões legais que permitem o aborto até a 14ª semana de gravidez. A petição foi submetida às Comissões parlamentares de saúde e legislação.

Em agosto, os bispos sul-coreanos haviam divulgado um documento em sete pontos onde reafirmavam um claro “não” às leis que descriminalizam o aborto.

“Prevalecerá a verdade”: Arquidiocese de Belém divulga nota sobre acusações a Dom Taveira



A Arquidiocese de Belém, no Pará, divulgou um comunicado oficial neste domingo (3) para ressaltar que “está acompanhando as investigações em curso” sobre as acusações de assédio sexual contra o bispo Dom Alberto Taveira. A nota diz ainda que a Arquidiocese permanece “com a certeza e a confiança de que, ao final, prevalecerá a verdade”.

Sobre as denúncias contra Dom Alberto, a Arquidiocese informou que “devido ao sigilo imposto e em respeito às leis, não pode divulgar mais informações”.

Segundo uma reportagem exibida pelo programa Fantástico, da TV Globo, quatro ex-seminaristas da Arquidiocese de Belém estariam acusando o bispo de assédio e abuso sexual.

O comunicado ressalta ainda que o momento é “de renovar o nosso senso de comunhão e solidariedade, porque, como disse o Apóstolo, referindo-se à Igreja, “quando um membro sofre, todos os membros participam do seu sofrimento; se um membro é honrado, todos os membros participam de sua alegria” (1Cor 12, 26)”.

“Por fim, pede à comunidade dos fiéis que continue a rezar pela Igreja, por intercessão da Santíssima Mãe de Deus, a Virgem Maria, para que não desanimemos diante das provações pelas quais estamos passando”, termina a nota.

Bento XVI está “fisicamente muito fraco”, afirma seu secretário pessoal



O secretário pessoal de Bento XVI voltou a falar sobre o estado de saúde do papa emérito. Em entrevista a um veículo de comunicação alemão, Dom Georg Gänswein afirmou que Bento está muito “alerta mentalmente”, porém “fisicamente muito fraco”.

Dom Georg disse que esteve junto com o papa emérito durante o Natal e o Ano Novo, no mosteiro Mater Ecclesiae, no Vaticano.

“Rezo a Liturgia das Horas diariamente com o Papa Emérito Bento e também o Terço. Uma parte considerável do meu tempo é reservada à oração. Todo sacerdote, todo bispo, inclusive o Papa, reza não só por si próprio, mas pelas pessoas que lhe foram confiadas. Também e especialmente por aqueles que não querem ou não podem rezar”, contou o secretário.

Milhares criticam Nações Unidas por celebrar legalização do aborto na Argentina



Cerca de 10 mil pessoas assinaram uma campanha na plataforma pró-vida CitizenGO criticando a Organização das Nações Unidas (ONU) por celebrar a legalização do aborto na Argentina e promover a agenda LGBT (lésbica, gay, bissexual e transexual) no mundo, em vez de defender "os verdadeiros direitos humanos".

A campanha denunciou que “recentemente a Organização das Nações Unidas se felicitou pela aprovação do aborto na Argentina”.

“É exatamente o caminho que não deve percorrer: para uma instituição internacional que defenda a violação do primeiro dos direitos é tudo menos fortalecer a defesa dos direitos humanos e o caminho mais direto para o descrédito institucional e o descontentamento do cidadão”, afirmou.

Os signatários da campanha também expressaram sua preocupação de que "as Nações Unidas estão entusiasticamente comprometidas com a chamada ‘orientação sexual e identidade de gênero’ e com a chamada educação sexual integral”.

“É uma agenda homossexual que – sob o pretexto de evitar a discriminação e a homofobia – busca a doutrinação na ideologia de gênero, a qualificação do casamento de uniões homossexuais, a adoção de homossexuais e a 'mudança' de sexo em registro”, denunciaram os milhares de signatários.

quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

Tragédia: Argentina legaliza o aborto, e acende alerta aos católicos da América Latina



Mesmo violando a constituição do país, mesmo com intensa movimentação e protestos dos pró-vida, até mesmo contra a maioria da população, nesta quarta-feira, 30 de dezembro, após 12 horas de debate, o Senado argentino aprovou o projeto de legalização do aborto promovido pelo governo Alberto Fernández.

O projeto de lei que entrou no Congresso Nacional em 2 de dezembro, como promessa de campanha de Fernández, obteve 38 votos a favor, 29 contra e 1 abstenção. Houve quatro senadores ausentes.

Antes da votação, a senadora pró-vida eleita por Tucumán, Silvia Elías de Pérez, indicou em 29 de dezembro que se o projeto fosse aprovado, apresentaria um recurso de “inconstitucionalidade” e o confirmou em seu discurso no plenário.

“Este projeto, infelizmente, não passa em nenhum teste de constitucionalidade e convencionalidade” já que “a Argentina teve os mais altos níveis de proteção da vida por nascer”, e que se refletem na “Constituição e tratados internacionais”, expressou a senadora na sala.

“Nosso Estado se obrigou a preservar a vida desde a concepção”, por isso é contraditório que “hoje se imponha o aborto”, acrescentou.

Do ponto de vista político, “um Estado se organiza em função da proteção dos mais vulneráveis” então, “quem pode ter esse poder” e decidir “quem é pessoa e quem não é?”, questionou Elías de Pérez.

“O direito à vida é o mais importante de todos, anterior a todos os direitos, por isso não pode ser definido por maioria circunstancial”. “Não podemos falar de uma democracia saudável se esta maioria pode avançar sobre os mais vulneráveis”, acrescentou.

“Quanta dor é necessária na Argentina para entendermos” e “aprendermos quanto vale a vida”.

“Esta lei será inconstitucional e recursos serão apresentados em toda a Argentina até que algum juiz a declare inconstitucional”, assegurou.

“Têm que saber que a verdadeira maioria” são mulheres e homens “que com seus corações celestes inundaram a Argentina e continuam apostando na vida”.

“Eu digo a eles: isso não está perdido, isso está apenas começando porque a batalha pela vida nunca se perde. A força da vida sempre ganha”, concluiu Silvia Elías de Pérez.

A senadora por Santa Cruz, María Belén Tapia, denunciou a aceleração da tramitação da lei do aborto, chegando inclusive à modificação das sessões para cumprir com os tempos do processo. Recordou que já em 2018 o Congresso havia rejeitado legalizar esta prática.

“Tinham que meter o aborto de qualquer jeito, inclusive pela janela”, expressou.

“O governo traçou a estratégia para o tratamento nas duas câmaras, para favorecer o avanço do projeto nas diferentes instâncias parlamentares”, denunciou.

As observações apresentadas ao projeto antivida também não foram consideradas, acrescentou.

“Um plano mestre” “acham que a sociedade não percebe isso?” “Aproveitaram a virtualidade e não ter ao alcance o nosso trabalho parlamentar”, “tiveram que sair para quebrar vontades e consciências para conquistar os votos”, acusou.

Enquanto isso, o senador por Jujuy, Mario Fiad, expressou que o projeto “busca avançar com uma visão tendenciosa sobre o que ocorre em nossa Argentina, que é ampla, diversa e bate com ritmo próprio a cada esquina”.

Nesse sentido, o senador afirmou que “o aborto é, sem dúvida, um drama social que se apresenta como a solução rápida e que não evitará nenhuma das problemáticas de fundo”.

“Dizem para nós que as meninas não devem ser mães, e disso não temos dúvidas, as meninas não devem ser abusadas nem violentadas. Este projeto resolve algo disso? Não, passa para a clandestinidade o estupro, o abuso, a pobreza, a violência e as desigualdades”, destacou.

Por sua vez, o senador pelo partido “Tierra del Fuego”, Pablo Blanco, recordou que o projeto de lei nega a condição de pessoa e o direito à vida do nascituro, esquece as obrigações e direitos do pai e “viola a constituição de 13 províncias”.

Além disso, assegurou que “esta não é uma decisão política”, “envolve toda a sociedade”, por isso “a consciência institucional, jurídica e ética deve levar-nos a rejeitar veementemente” este projeto.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2020

As 4 armadilhas da TV-lixo que você tem que saber detectar



A mídia vive, em grande parte, da desgraça alheia em todos os níveis e a sua máxima expressão parece ser, com frequência, os programas que servem como indicadores da pobreza cultural de uma sociedade.

Esses programas procuram na exploração emocional e dos instintos um poder de atração que se sustenta num princípio tão simples quanto eficaz: com sensacionalismo e baixo nível intelectual, a audiência é garantida porque, habituado, o grande público tende a não pensar nem questionar, especialmente quando não conta com opções diversificadas. E o hábito é uma força poderosa que a mídia procura consolidar: com espectadores acostumados ao lixo, ela pode gerar conteúdo abundante com o mínimo esforço e custo. É daí que vem a sua rentabilidade.

Acontece que, assim como o ouvido humano se “adapta” ao barulho, mas vai perdendo com isto a capacidade auditiva, assim também a alma humana vai perdendo a sensibilidade ao contato permanente com a banalização da tragédia e da miséria humana.

Há 4 grandes fórmulas de “sucesso” que constituem armadilhas para fisgar o telespectador. Saiba reconhecê-las:

Primeira armadilha: Explorar a miséria humana como se fosse “notícia”

Para muitos repórteres e apresentadores, tentar crescer na carreira é desculpa suficiente para insistir em matérias que atropelam a dignidade de qualquer pessoa. Eles se digladiam para ser os primeiros a explorar o divórcio de uma celebridade, a divulgar aos quatro ventos a intimidade do famoso esportista e sua namorada, o vício de Fulano, o artista que “saiu do armário”… Tudo o que é relacionado com escândalo pode dar dinheiro.

Para maior impacto, não falta quem adicione comentários maldosos que recorrem ao dissimulo, à dubiedade, à ironia e, descaradamente, à mentira pura e simples. Com astúcia, brincam com a sensibilidade do grande público alterando a sua percepção dos fatos: tanto são capazes de vender a imagem “boa e inocente” de um sequestrador quanto de destruir a imagem de algum funcionário público que esteja perturbando interesses partidaristas.

O chamado “quarto poder” é capaz de impor os seus critérios sobre o que seria “relevante”, sem se importar se isso leva ou não à dissolução das virtudes sociais e, por consequência, da própria sociedade. Um triste exemplo é o dos países com alto índice de fracasso escolar e baixo índice de leitura, nos quais a superficialidade das relações pessoais e a obsessão pelo sexo são muito mais rentáveis do que a educação das novas gerações.

Segunda armadilha: Divulgar a intimidade das pessoas como se fosse de interesse público

Com escárnio, empurra-se o dedo nas feridas da humilhação, da tragédia, do fracasso e do ressentimento das pessoas, exibindo-se a sua intimidade sem nenhum limite – pois qualquer limite reduziria o “espetáculo”. São programas cujo formato, no cúmulo do cinismo, tenta se mostrar como um “favor”, uma “ajuda” e um importante “valor” para o conjunto da sociedade.

São programas crus em que a violência verbal ilustra as infidelidades, a violência física, o abandono e tantas outras chagas de famílias machucadas, cujos membros são convidados a participar como se a sua humilhação pública os ajudasse a solucionar alguma coisa. No meio deste cenário, não faltam as armações: há gente que se presta a virar objeto de espetáculo em troca de dinheiro ou da mera oportunidade de aparecer na tela e conseguir minutos de “fama”.