Igreja São João Batista - Vinhaes Velho |
À espera da solução para o problema, duas comunidades católicas da Arquidiocese de São Luís vivem a amargura de não saber o futuro de alguns de seus moradores. Segundo afirmam, várias famílias são ameaçadas de despejo e podem ver suas casas demolidas a qualquer instante. Em uma das comunidades, a capela está ameaçada de demolição.
Estamos falando das comunidades São João Batista do Vinhaes Velho - Próquia Nossa Senhora Aparecida da Foz do Rio Anil, bairro Cohafuma - e Sagrado Coração de Jesus - Paróquia Nossa Senhora da Glória e São Judas Tadeu, bairro Alemanha.
A problemática começou quando o governo do Estado resolveu construir uma avenida para "presentear" os ludovicenses pelo quarto centenário da capital do Maranhão. O argumento do governo é que cresceram a cidade, a população e o número de carros. Por tudo isso, as obras da avenida - denominada Via Expreessa - não podem parar.
Assustadas, algumas famílias que se sentem incomodadas afirmam que as ordens de despejo chegam a todo instante e até de madrugada, enquanto ainda dormem.
O Estado nega que esteja agindo dessa forma e tenta manter o diálogo. Em um dos casos mudou o traçado da avenida e preservou algumas casas de família. Em outra decisão idenizou alguns moradores.
Como não poderia ser diferente, a Arquidiocese está na luta pelos direitos do povo e pela preservação de seus templos. Na tentaiva de tentar manter o diálogo, o Arcebispo de São Luís, dom José Belisário da Silva, participa de várias reuniões com representantes do governo, lideranças comunitárias, moradores e representantes das comunidades paroquiais. Mas o impasse persiste.
"Não queremos barrar o progresso, mas a comunidade tem o direito de defender seus interesses. Porém, que se busque o diálogo para chegar a uma solução pacífica", disse o Arcebispo ao participar de uma reunião organizada pelos moradores do bairro Alemanha no final de fevereiro.
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Fonte: Arquidiocese de São Luís-MA - Jornal do Maranhão - Abril de 2012, p.3
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