segunda-feira, 21 de abril de 2025

Com pesar comunicamos a morte do Papa Francisco

O CardealFarrell anunciou a morte do Papa Francisco com estas palavras:

"Queridos irmãos e irmãs, com profunda tristeza devo anunciar a morte de nosso Santo Padre Francisco. Às 7h35 desta manhã, o bispo de Roma, Francisco, voltou para a casa do Pai. Toda a sua vida foi dedicada ao serviço do Senhor e de Sua Igreja. Ele nos ensinou a viver os valores do Evangelho com fidelidade, coragem e amor universal, especialmente em favor dos mais pobres e marginalizados. Com imensa gratidão por seu exemplo de verdadeiro discípulo do Senhor Jesus, encomendamos a alma do Papa Francisco ao infinito amor misericordioso do Deus Trino."

#Repost @vaticannewspt

sábado, 18 de janeiro de 2025

O Big Brother e a preocupação com a vida alheia



O que é o Big Brother Brasil, por que fez tanto sucesso em nosso país e por que é tão explorado pelos portais de notícias da Internet?

Trata-se de um reality show – literalmente, "show de realidade". A ideia original desses espetáculos — cujo formato pode variar muito — é apresentar às pessoas a rotina e o dia a dia de outras pessoas reais. Ao contrário de filmes, novelas e seriados, nos quais os atores interpretam personagens, as pessoas chamadas a participar desses programas têm de interpretar tão somente a si mesmos — em um contexto todo fantasioso, no caso do Big Brother, repleto de comidas, bebidas, lazeres... e absolutamente nenhum trabalho.

Não é exagero dizer que os pais que gostam de dar uma "espiadinha" trazem a promiscuidade para dentro de sua própria casa.

Movidas pela ânsia dos holofotes e pelo desejo da fama, são muitas as pessoas a imolar a própria privacidade no altar do reality show. Os eventuais prêmios com que os ganhadores desse programa são bonificados nem se comparam à possibilidade de todos serem vistos aos olhos da sociedade e poderem, quem sabe, ingressar em uma carreira pública — seja na própria televisão, seja no Congresso Nacional, por exemplo.

O mais intrigante, porém, é como tantos brasileiros podem perder o seu tempo com algo desse tipo. Afinal, o Big Brother só está em sua 25.ª edição na rede nacional porque tem audiência suficiente para se manter. O argumento de que os entusiastas do programa se restringem a quem assiste à TV não cola. Os sítios da Internet, todos, trazem notícias sobre o que acontece na tal "casa mais vigiada do Brasil" e, impressionantemente, são essas as matérias mais lidas pelos internautas.

O que explica esse fenômeno? Por que isso acontece?

terça-feira, 14 de janeiro de 2025

Vaticano não liberou padres gays: entenda o documento da “CNBB italiana”

Documento que apresenta orientações e normas para a ordenação de padres foi promulgado em 1.º de janeiro pelo cardeal Matteo Zuppi, presidente da Conferência Episcopal Italiana. Texto segue orientações anteriores do Vaticano (Foto: EFE/EPA/Giuseppe Lami)

A imprensa brasileira repercutiu, nesta sexta-feira (10), uma interpretação equivocada de um documento elaborado pela Conferência Episcopal Italiana (CEI) sobre a ordenação de padres da Igreja Católica no país. Após a publicação do documento Orientações e normas para os seminários, alguns meios de comunicação italianos afirmaram que a CEI tinha “aberto o seminário aos gays”, desde que se abstenham de relações sexuais. No Brasil, jornais chegaram a afirmar que o próprio Vaticano haveria feito isso. A informação, no entanto, é falsa: o documento se limita a repetir orientações dadas pela Igreja, inclusive durante o pontificado do papa Francisco.

O texto Orientações e normas para os seminários foi aprovado em novembro de 2023, na assembleia geral da CEI; o decreto do Dicastério para o Clero (o órgão do Vaticano encarregado das regras sobre a atividade dos sacerdotes) foi assinado em 8 de dezembro do ano passado; a promulgação por parte do presidente da CEI, cardeal Matteo Zuppi, ocorreu no dia 1.º de janeiro; e o texto foi publicado on-line pela CEI dias atrás. O item que está sendo alvo de fake news é o 44, dentro do capítulo sobre “o itinerário formativo” dos seminaristas. Confira a transcrição completa (tradução da reportagem):

“‘Em relação às pessoas com tendências homossexuais que se aproximam dos seminários, ou que descobrem tal situação no decurso da formação, em coerência com o próprio Magistério, ‘a Igreja, embora respeitando profundamente as pessoas em questão, não pode admitir ao seminário e às Ordens Sagradas aqueles que praticam a homossexualidade, apresentam tendências homossexuais profundamente radicadas ou apoiam a chamada cultura gay. Estas pessoas encontram-se, de fato, numa situação que constitui um grave obstáculo a um correto relacionamento com homens e mulheres’.

No processo formativo, quando se faz referências a tendências homossexuais, é importante não reduzir o discernimento apenas a esse aspecto, mas, assim como para qualquer outro candidato, entender seu significado no quadro global da personalidade do jovem, para que, conhecendo-se e integrando os objetivos próprios da vocação humana e sacerdotal, chegue a uma harmonia geral. O objetivo da formação do candidato ao sacerdócio no âmbito afetivo-sexual é a capacidade de acolher como dom, de escolher livremente e viver com responsabilidade a castidade no celibato.

Efetivamente, ‘não se trata de uma indicação meramente afetiva, mas é a síntese duma atitude que exprime o contrário da posse. A castidade é a liberdade da posse em todos os campos da vida. Um amor só é verdadeiramente tal, quando é casto. O amor que quer possuir, acaba sempre por se tornar perigoso: prende, sufoca, torna infeliz. O próprio Deus amou o homem com amor casto, deixando-o livre inclusive de errar e opor-se a Ele’. Além disso, ‘o celibato pelo Reino (cf. Mt 19, 12) há de ser visto como um dom que se deve reconhecer e verificar na liberdade, alegria, gratuidade e humildade, antes da admissão às Ordens ou da Primeira Profissão’.

Isso não significa apenas controlar os próprios impulsos sexuais, mas crescer em qualidade de relações evangélicas que superem a forma da possessividade, que não se deixem dominar pela competitividade e pelo confronto com os demais, e saiba guardar com respeito os limites da intimidade própria e dos outros. Ter consciência disso é fundamental e indispensável para cumprir o compromisso ou a vocação sacerdotal, mas quem vive a paixão pelo Reino no celibato deveria ser também capaz de motivar frustrações na sua renúncia, incluindo a falta da gratificação afetiva e sexual.”