segunda-feira, 18 de março de 2013

200 mil pessoas são esperadas para a missa de início do ministério do Papa Francisco.




O Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, padre Federico Lombardi, também nesta segunda-feira, 18 de março, concedeu uma coletiva aos jornalistas. Ele revelou detalhes do almoço do Papa Francisco com a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, após um encontro privado com ela de cerca de 20 minutos na Casa Santa Marta, no Vaticano.

Sobre a celebração de início de Pontificado, que será realizada nesta terça-feira, 19 de março, o padre recordou que a celebração é motivada também pela celebração do Padroeiro da Igreja Universal, São José. “No patamar da Basílica de São Pedro teremos à esquerda as personalidades eclesiásticas, arcebispos e bispos, não concelebrantes e também – muito provavelmente – as delegações das outras Igrejas e comunidades cristãs”, disse Lombardi.


São esperados mais de 200 mil fiéis. “À direita, teremos as delegações dos vários países, conduzidas pelos chefes de Estado, reinantes, ministros e assim por diante. A delegação argentina será conduzida pela Presidente Cristina Kirchner, a delegação brasileira pela Presidente Dilma Rousseff e a delegação italiana pelo Presidente Giorgio Napolitano”.

Nos primeiros setores da Praça São Pedro, abaixo do patamar, próximo à estátua de São Pedro, à esquerda, será destinado às delegações das outras religiões – judaica, islâmica, budista, sique, jainista – e os sacerdotes e seminaristas: fala-se de cerca de 1.200 pessoas.

Ao lado direito, diante da estátua de São Paulo, será destinado ao Corpo diplomático e autoridades. A praça estará aberta a todos, a partir das 6h30 da manhã. Não haverá necessidade de bilhetes.

O Pontífice deixará a Casa Santa Marta por volta das 8h45 locais e, a bordo do papamóvel, dará uma longa volta pela Praça São Pedro. Em seguida, ainda no papamóvel, por alguns minutos antes do início da celebração, saudará a multidão de fiéis passando pelos diversos corredores formados na praça.

Depois, irá até a Sacristia, que está próxima da estátua La Pietà, no interior da Basílica de São Pedro. A celebração começa às 9h30, no horário de Roma (5h30 em Brasília). Pe. Lombardi precisou que a cerimônia de amanhã é intitulada "Início do ministério petrino do bispo de Roma", mas que pode ser chamada também de “inauguração". “É a missa de início solene do serviço do Papa que é bispo de Roma, mas que é um serviço para a Igreja universal: o ministério petrino é um ministério para a Igreja inteira”, explicou.

A cerimônia começará no túmulo de São Pedro, no centro da Basílica, sob o altar central, e se realizará na praça que, segundo a tradição, é também o lugar do martírio de São Pedro, porque o Circo de Nero ocupava também esta área. A missa desta terça-feira será celebrada entre o túmulo e o lugar do martírio de São Pedro, de quem o Papa é Sucessor.

Da Sacristia o Papa irá ao túmulo de São Pedro, sob o altar, e será acompanhado pelos patriarcas e arcebispos maiores das Igrejas Orientais Católicas. “Não somente o Papa, mas também os chefes das Igrejas Orientais Católicas descem ao túmulo de Pedro, e são uma dezena, entre patriarcas e arcebispos maiores: quatro são cardeais, e os outros seis, ao invés, não são cardeais, mas têm outra dignidade e, portanto, se fazem presentes para esta missa de amanhã e concelebrarão também eles junto aos cardeais”, explicou Lombardi.

Ao todo, serão 180 concelebrantes com o Papa Francisco. Durante a procissão de dentro da Basílica para fora dela será cantado o "Laudes Regiae", ou seja, Louvores ao Rei: “o Rei é Cristo, evidentemente”, recorda padre Lombardi. Nesta celebração se invocam também explicitamente os Santos papas, após os Apóstolos. O mais recente é São Pio X.

A procissão sai da porta esquerda da Basílica e os primeiros ritos, antes ainda que comece a missa, são a entrega do pálio e do anel ao Papa, que são os sinais de seu ministério.

O pálio será entregue e imposto ao Papa pelo protodiácono, Jean-Louis Tauran, o mesmo que anunciou o Habemus Papam do Balcão Central da Basílica Vaticana. Este pálio é do mesmo que tinha Bento XVI, idêntico. Após a entrega do pálio, há uma oração que é feita pelo Cardeal protopresbítero, ou seja, o primeiro da Ordem dos Presbíteros.

Depois, se tem a entrega do anel que será feita pelo Cardeal Decano, Angelo Sodano, que é o protoepiscopo, ou seja, o primeiro da Ordem dos Bispos. Em seguida, os três primeiros cardeais das três ordens entregam o pálio, rezam e entregam o Anel do Pescador, que não é de ouro.

"O anel se chama 'Anel do Pescador' porque São Pedro era um pescador, como sabemos, e Jesus o fez tornar-se pescador de homens. Porém, no anel que desta vez o Papa receberá é representado São Pedro com as chaves. Este anel é obra de um famoso artista italiano, Enrico Manfrini, e é de prata dourada", explicou Pe. Lombardi.

Em seguida se terá lugar o ato de "obediência" feito por seis cardeais. 


"Nas grandes celebrações – explicou –, inclusive na Páscoa, por exemplo, existe a tradição de se ter o latim e o grego para recordar a Igreja do Ocidente e a Igreja do Oriente, as duas grandes dimensões da tradição da Igreja. Por simplicidade, nesta missa, o Evangelho será cantado somente em grego, porque o latim já estará presente em muitas outras partes" – ressaltou Pe. Lombardi.

A celebração durará cerca de duas horas e a homilia será feita em língua italiana. A celebração se concluirá com o "Te Deum". Depois haverá a saudação do Papa aos chefes de delegações, provenientes de diversos países do mundo inteiro.

A seguir, o Papa entrará na Basílica, deixará as vestes litúrgicas, irá para diante do altar central e os chefes das delegações dos vários países entrarão na Basílica para saudar o Santo Padre.


As delegações das outras Igrejas e confissões cristãs e das outras religiões encontrarão o Papa, na Sala Clementina, no Vaticano, no dia seguinte, quarta-feira, às 11h locais.
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Fonte: CNBB.

Santa Sé apresenta brasão do novo Papa




A Rádio Vaticano divulgou na manhã desta segunda-feira, 18 de março, o brasão do Papa Francisco. O símbolo possui a mensagem "Miserando atque eligendo" - "Com misericórdia o chamou".

No Escudo, em seus traços, essenciais, o Papa Francisco decidiu manter seu brasão anterior, escolhido desde sua consagração episcopal e caracterizado por uma simples linearidade.


O escudo azul é coberto por símbolos da dignidade pontifícia, iguais aqueles de Bento XVI (mitra posicionada entre chaves de ouro e prata entrecruzadas, unidas por um cordão vermelho). No alto, está o emblema da ordem de proveniência do Papa, a Companhia de Jesus: um sol radiante e flamejante carregado com as letras, em vermelho, IHS, monograma de Cristo. A letra H é coberta por uma cruz em ponta e três pregos em preto.

Abaixo, encontram-se a estrela e a flor de nardo. A estrela, de acordo com a antiga tradição araldica, simboliza a Virgem Maria, mãe de Cristo e da Igreja; enquanto a flor de nardo indica São José, patrono da Igreja. Na tradição da iconografia hispânica, de fato, São José é representado com um ramo de nardo nas mãos. Colocando no seu escudo tais imagens, o Papa pretendeu exprimir a própria particular devoção à Virgem Santíssima e São José.
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Fonte: CNBB.

domingo, 17 de março de 2013

Íntegra do primeiro Angelus com o Papa Francisco.



Irmãos e irmãs, bom dia!

Depois do primeiro encontro de quarta-feira passada, hoje posso cumprimentar de novo vocês todos. E estou feliz por fazê-lo justamente no domingo que é o Dia do Senhor, e isso para nós cristãos é muito importante e bonito encontrarmo-nos, falarmos, justamente aqui numa praça, uma praça que, como mostra a imprensa, tem o tamanho do mundo.

Esse 5º Domingo de Quaresma nos fala do episódio da mulher adúltera que Jesus salva da condenação à morte. Surpreende essa atitude de Jesus. A gente não ouve palavras de desprezo; não ouvimos palavras de condenação, mas somente de amor, de misericórdia. Palavras que nos convidam à conversão: “Eu também não te condeno. Vai e, de agora em diante, não peques mais.” (Jo 8,11)


Irmãos e irmãs, o rosto de Deus é um rosto de um Pai misericordioso. Vocês já pensaram na paciência de Deus? Na paciência que ele tem com cada um de nós? É a sua Misericórdia! Ele tem sempre paciência conosco, nos entende, não se cansa de perdoar se soubermos voltar para ele sempre com o coração arrependido. É grande a misericórdia do Senhor, assim diz o salmo.

Nestes dias, eu consegui ler um livro de um cardeal, Cardeal Kasper, um ótimo teólogo, sobre a misericórdia, e aquele livro me fez muito bem. Não, não estou fazendo publicidade do livro do cardeal. Não é isso! Mas, esse livro me fez muito bem, muito bem mesmo! O Cardeal Casper diz nesse livro que ouvir a palavra misericórdia já muda tudo. É a melhor palavra que gente pode ouvir. Ela muda o mundo. Um pouco de misericórdia torna o mundo menos frio e mais justo. Nós precisamos entender bem a misericórdia de Deus. Esse Pai misericordioso que tem tanta paciência. Vamos lembrar o profeta Isaías que afirma que mesmo que nossos pecados fossem vermelhos, o Amor de Deus vai torná-los brancos como a neve. É muito bonita a misericórdia!

Lembro-me que logo que me tornei bispo em 1992, chegou em Buenos Aires a Nossa Senhora de Fátima. Foi feita uma grande Missa para os doentes e fui lá confessar. Quase no fim da Missa eu me levantei porque tinha que fazer uma crisma e veio perto de mim uma senhora idosa, muito humilde, muito simples, com mais de 80 anos. Eu olhei para ela e disse: Vovó, (na Argentina se diz sempre vovó às pessoas idosas) você quer se confessar? Sim, ela respondeu. Mas a senhora não pecou? Ela disse: todos nós pecamos! Mas olha que talvez o Senhor não lhe perdoe. O Senhor vai perdoar todos, disse ela, com certeza! Como a senhora sabe? Se o Senhor não perdoasse tudo, o mundo não existiria, ela respondeu. Então senti a vontade de lhe perguntar se havia estudado na Universidade Gregoriana porque ela usou uma sabedoria interior sobre a misericórdia de Deus. Não esqueçamos jamais essa palavra! Deus nunca cansa de nos perdoar. Mas padre, qual é o problema? Somos nós que nos cansamos de pedir perdão. Somos nós que nos cansamos de pedir. Não nos cansemos mais de pedir perdão porque o Pai é amoroso, é cheio de misericórdia por nós e nos perdoa sempre.

Nós também temos que aprender a ser misericordiosos com todos. Vamos invocar a intercessão de Nossa Senhora que teve em seus braços a misericórdia de Deus feita homem, como menino.

Saúdo cordialmente a todos os peregrinos. Obrigado pela sua acolhida e pelas suas orações. Rezem por mim, eu peço! Dou também um abraço a todos os fiéis de Roma e também a todos vocês que vêm de várias partes da Itália e do mundo, assim como a todos os que estiveram conosco pelos meios de comunicação.

Eu escolhi o nome do padroeiro da Itália, São Francisco de Assis, e isso reforça a minha relação espiritual com esta terra onde, como vocês sabem, estão as origens da minha família. Mas Jesus nos chamou para fazermos partes de uma nova família, a sua Igreja. Nessa família de Deus, caminhamos juntos no caminho do Evangelho.

Que o Senhor os abençoe! Que Nossa Senhora esteja com vocês! Não se esqueçam disso: o Senhor nunca se cansa de perdoar. Somos nós que nos cansamos de perdoar. Um bom domingo e um bom almoço a todos!
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Fonte: Canção Nova.

Manhã de pároco do Papa



Papa Francisco chegou à Paróquia de Santa Ana, dentro da Cidade do Vaticano, pouco antes das 9h locais, para celebrar a missa deste domingo, 17 de março. Antes de entrar na pequena igreja, o Pontífice parou para cumprimentar a multidão que o aguardava do lado de fora. Apertou mãos, fez carinho nas crianças e trocou palavras com muitas pessoas.

Chegando perto da Porta Angélica, confim com a cidade de Roma, o Papa reconheceu dois sacerdotes argentinos que estavam em meio aos fiéis e os chamou para a missa. Francisco foi recebido pelo vigário para a Cidade do Vaticano, Cardeal Angelo Comastri.


Sua homilia foi breve e tratou do episódio evangélico do perdão concedido por Jesus à mulher adúltera, por ele salva da lapidação com as palavras “Quem não tem pecado atire a primeira pedra”.

“Digo humildemente – começou – para mim, a mensagem mais forte do Senhor é a misericórdia. Acredito que às vezes, nós somos como aquele povo: por um lado, queremos ouvir Jesus, mas por outro, gostamos de criticar ou condenar os outros”.

O Papa disse que não é fácil entregar-se à misericórdia de Deus, porque é um abismo incompreensível; mas devemos fazê-lo! E garantiu que Jesus perdoa os pecados, tem a capacidade “de esquecer”, gosta se lhe contamos nossas coisas; beija, abraça e diz “Não te condeno; vai e não peque mais”.

“Este é o único conselho que dá. E mesmo se voltarmos depois de um mês e lhe contarmos novos pecados, o Senhor não se cansará de perdoar: jamais. Somos nós que nos cansamos de Lhe pedir perdão. Pedimos a graça de não nos cansarmos de pedir perdão” – encerrou.

Antes de terminar a missa, o Papa Francisco interrompeu por alguns momentos a celebração para homenagear um jovem missionário.

Foi ao microfone e disse que dentre os fiéis, alguns não eram membros da paróquia, mas que “hoje são como paroquianos”:

“Quero lhes apresentar um padre que trabalha com meninos de rua, com os abandonados. Fez muito por eles, como uma escola que restitui dignidade aos meninos e meninas da rua, que agora, amam Jesus. E pediu a Gonsalvo que fosse ao altar para cumprimentar todos. O padre trabalha no Uruguai, onde fundou a escola João Paulo II.

Ao encerrar a missa, o Papa saiu e apertou as mãos de todos, um por um, abraçando a falando com mais intimidade com alguns.
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Fonte: CNBB.

Papa Francisco envia primeira mensagem no Twitter



Papa Francisco será um pontífice em comunicação com as novas gerações através das mídias sociais?

A resposta veio neste domingo, 17, por volta das das 8:17 (horário de Roma – 4:17 hora do Brasil) quando o novo sucessor de Pedro enviou a sua primeira mensagem no Twitter:

“Queridos amigos, de coração vos agradeço e peço para continuardes a rezar por mim. Papa Francisco” disse no perfil de lingua portuguesa @Pontifex_pt



Esta foi a primeira mensagem do Papa que, segundo especialistas, deve continuar o esforço de fortalecer a presença da Igreja nas redes sociais e a evangelização da geração conectada.


Daniel Machado
Enviado especial a Roma
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Fonte: Canção Nova.

Papa conta como escolheu o nome ‘Francisco’.



Dando continuidade aos seus primeiros compromissos como Sucessor de Pedro, o Papa Francisco participou na manhã deste sábado, 16, de um encontro com os jornalistas que fizeram a cobertura do Conclave. O encontro aconteceu na Sala Paulo VI, no Vaticano.

Em um primeiro momento, o presidente do Pontifício Conselho das Comunicações Sociais, Dom Claudio Maria Celli, fez uma saudação inicial ao Santo Padre.

Já em seu discurso, o Papa contou qual foi a inspiração para a escolha de seu nome de pontificado: Francisco. Ele explicou que o arcebispo emérito de São Paulo, Cardeal Cláudio Hummes, esteve ao seu lado no Conclave, principalmente quando a contagem dos votos já havia alcançado 2/3 e os cardeais já sabiam quem seria o novo Papa. Nesse momento, o Papa contou que Dom Cláudio o abraçou, o beijou e lhe disse: “Não se esqueça dos pobres”.


Em relação aos pobres, o Papa logo pensou em São Francisco de Assis. E enquanto o escrutínio continuava, ele disse que pensou na questão das guerras, e Francisco é um homem da paz, então veio ao seu coração o nome Francisco de Assis.

“Para mim é o homem da pobreza, da paz, que ama e guarda a criação. Neste momento, infelizmente, não temos uma relação tão boa com a natureza, com a criação. Como eu gostaria de uma Igreja pobre, como eu gostaria de uma Igreja junto aos pobres”.

Agradecimentos

Papa Francisco destacou que estava muito feliz em poder participar desse encontro no início de seu ministério e agradeceu a todos os jornalistas.

“Agradeço o serviço que vocês prestaram levando notícias para o mundo inteiro, vocês realmente trabalharam. Nesses dias, todos os olhos do mundo católico, mas não só dos católicos, se voltaram aqui para este lugar, para a Praça São Pedro. Todos se voltaram para os ritos da Igreja católica, noticiando todos os acontecimentos da vida da Igreja, da Santa Sé e, em particular, daquilo que é próprio do ministério petrino”, disse.

Francisco também agradeceu a todos os que comunicaram aquilo que é justo da vida da Igreja, que é a fé. Ele enfatizou que a Igreja, mesmo sendo uma instituição humana e histórica, com tudo aquilo que comporta, não tem uma natureza política, mas essencialmente espiritual, porque ela é o povo de Deus, o santo povo de Deus, que caminha em direção ao encontro com Jesus Cristo.

“Somente colocando nesta perspectiva é possível dar razão aquilo que é a Igreja católica. Cristo é presente na vida da Igreja. Entre todos os homens, Cristo escolheu o seu vigário, que é o Sucessor de Pedro, mas Cristo é o centro, e não o Sucessor de Pedro. Cristo é o fundamento da vida da Igreja”.

O Santo Padre também agradeceu pelo empenho que os jornalistas tiveram, sobretudo, de terem buscado o conhecimento da natureza da Igreja, o seu caminho no mundo. E todo esse trabalho, segundo Papa Francisco, está em comunhão com a Igreja.

“Há uma comunhão, porque a Igreja existe para comunicar a verdade, a bondade e a beleza. O que deveria aparecer claramente é que somos todos chamados não a comunicar a nós mesmos, mas essa tríade existencial que é a verdade, a bondade e a beleza”.

A benção

Ao final da audiência, o Papa expressou seu desejo de abençoar o trabalho de todos os jornalistas e de que todos possam conhecer Cristo e a verdade da Igreja. Ele confiou o trabalho de todos à intercessão da Bem Aventurada Virgem Maria, estrela da nova evangelização.

A benção foi dada de coração, e não como de costume. O gesto do Papa foi em respeito aos presentes que poderiam não ser católicos. “Muitos de vocês pertencem à Igreja católica, outros não são cristãos, mas eu gostaria de dar essa benção a cada um de vocês, respeitando a consciência de cada um, porque cada um de vocês é filho de Deus”.

No momento dos cumprimentos com os membros do Pontifício Conselho das Comunicações Sociais, o Papa recebeu de presente um Ipad.


Jéssica Marçal
Da Redação
_______________________________________Fonte: Canção Nova.

sexta-feira, 15 de março de 2013

Paróquia da Cohab celebra 27 anos de existência.



Neste sábado, 16 de março, a Paróquia da Cohab agradece ao Senhor pelos seus 27 anos de existência.

Embora a Comunidade de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro tenha surgido em 1969, quando ainda pertencia à Paróquia Nossa Senhora da Conceição – Anil, por meio do trabalho de evangelização do frei Hermenegildo, que também escolheu o nome da padroeira, foi em 16 de março de 1986 que após uma semana de preparação espiritual, frei Gentil, recebeu do frei Defendente (Pároco do Anil), uma cruz que foi carregada até a Igreja da Cohab onde foi celebrada uma solene missa durante o qual são lidos os decretos de ereção da nova Paróquia da Cohab e da nomeação de frei Gentil como seu 1º pároco. 

De lá para cá, a Paróquia da Cohab teve 5 párocos, além de frei Gentil, teve também frei Inocêncio, frei Luís Giudicci, frei Luís Carlos e o atual frei Luís Spelgatti.

De lá para cá muitos foram os trabalhos dos freis e dos diversos leigos que trabalharam em nossa comunidade. Da Paróquia da Cohab, surgiram as paróquias de Nossa Senhora de Nazaré (Cohatrac) e São Francisco e Santa Clara (Habitacional Turú). Nossa Paróquia é formada por um grupo de 12 comunidades cuja Igreja Matriz recebe o título da padroeira.  

Parabéns à nossa Paróquia.

O que esperamos do novo Papa?



A mesma coisa que faziam Bento XVI, João Paulo II, Paulo VI, João XXIII, Pio XII.

As pessoas as vezes acham que mudar o PAPA vai mudar a Igreja. Não, não vai. Muito frequentemente - e a imprensa ajuda muito neste particular -, se confunde a Igreja e sua Doutrina com o Estado do Vaticano e suas leis civis.

Doutrinariamente a Igreja permanecerá a mesma que sempre foi, há milênios. Quanto à organização do Estado e das disciplinas, certamente haverá mudanças - aliás algumas já ocorreram e outras estão ocorrendo, por iniciativa de Bento XVI.
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Milhões de católicos pelo mundo pedem um retorno às origens, à sacralidade mais explícita da Igreja. O Papa Bento XVI iniciou este movimento. Lembro, ainda, algo que ele disse em seu primeiro discurso: "o relativismo é um mal". E, contra esse relativismo pós-moderno ele jogou todas as suas fichas. Creio que ele avançou muito nesta direção e foi muito bem recebido pelas gerações mais novas - por estranho que   possa parecer -. Uma coisa curiosa - que demonstra esse desejo pelo retorno da sacralidade - é que os mosteiros mais severos estão recusando candidatos, por falta de vagas, e os seminários diocesanos e Ordens menos ortodoxas estão à míngua.


A nacionalidade do Papa é o que menos importa. Entendemos que Roma é apenas a sede, poderia ser no Rio de Janeiro, Cairo, Jerusalém... O Papa é o chefe temporal de toda a Igreja Católica, não importa onde ele esteja.

Creio que se faz  uma grande confusão entre o Estado do Vaticano e a Santa Sé. Que o Estado do Vaticano seja governado por um Italiano, va benne - e assim tem sido - mas o chefe espiritual, este deve ser o mais santo e preparado para a pastoral que se possa encontrar, não importa a sua nacionalidade.
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Ele como jesuíta pode bem ter pensado em Francisco Xavier - grande missionário da Ordem, mas, ao que parece, a motivação pelo nome vem de São Francisco de Assis.

O nome que o Papa adota sempre tem algo a ver com certa identidade de personalidade ou de missão. Se o Papa Francisco unir o ímpeto missionário do seu colega de Ordem com a humildade e entrega aos planos de Deus, vamos ter muitas boas novidades pela frente, ainda mais que o Papa Francisco, leva junto o rigor da formação jesuítica. Vamos ver.

Deus ouviu minhas orações: Dom Odilo não foi eleito. Mas quando estava acompanhando pela TV quem iria ser anunciado e aparecer pela janela branca, minha reação foi de surpresa. Conhecia pouco sobre o Cardeal Bergoglio e fazendo uma consulta sobre seu perfil e trabalho na Argentina já ganhou a minha simpatia. Também gostei dele ter pedido para que os fiéis orassem por ele. Temos que reconhecer que muitas vezes damos tanta importância para apologética, teologia, liturgia e esquecemos um pouco da oração. E principalmente de rezar pelo Romano Pontífice. 

Agora, gostaria de passar minhas espectativas sobre o Pontificado do Papa Francisco que acredito que possa ser também de muitos católicos:
  
Excomunhões

A excomunhão com que São Paulo excomungou o incestuoso não foi automática, mas foi imposta pelo Apóstolo com sua autoridade. A Igreja também excomunga, sem ser automático (latae sententiae). Chama-se ferendae sententiae. 

Eu quero poder comemorar muitas excomunhões. Já está na hora de acabar com a festa dos hereges que ocupam cargos nos setores eclesiásticos. Já passei muita raiva hoje vendo na TV jesuítas falando merda com suas opiniões desnecessárias acreditando que o novo Papa corroborá com suas sandices. 

Aqui no Brasil a Teologia da Libertação destruiu as Ordens Franciscanas, Dominicanas e as Jesuítas. Como jesuíta conservador, espero que ele possa restaurar a Ordem uma vez que foi ele quem impediu o avanço do modernismo dentro dela na Argentina.

Excomunhões a meu ver, é um chamado à conversão, antes de ser uma punição terrível, é um chamado a se voltar para Deus pelo arrependimento. Ela pode ser desfeita, portanto ela dá chance ao homem pecador, que ele aproveite desta chance.

Liturgia

Nesse momento estou vendo a Missa com Sua Santidade na Capela Sistina, tudo está conforme está no Missal. Torço para que ele mantenha Guido Marini como seu Mestre de Cerimônias e que sua Liturgia seja tão explêndida como a de Bento XVI.

Ele não é favorável a Missa Tridentina segundo me consta. Mas acredito que ele não irá fazer nada em relação ao Summorum Pontificum enquanto Bento ainda estiver vivo, como também tenho fé que a convivência romana mude o pensamento do Papa Francisco nesse quesito. Afinal ele está ao redor de cardeais tradicionais, bons liturgistas e o ar de Roma vai fazendo a conversão interna do coração do homem. 

Uma observação do confrade Rafael Vitola:

Vejamos que Bento XVI era um Papa "da liturgia", que escrevia sobre isso em seus livros, que tinha sua promoção como um apostolado, como missão pessoal, diferente de Francisco. Este celebra de modo sóbrio, correto, de acordo com o Missal, mas sem aquele "plus", aquele ethos "reforma da reforma". Tomara que, com o tempo, se alinhe mais ao espírito ratzingeriano. Por outro lado, o Papa não é eleito apenas para promover a liturgia. Há diferentes necessidades na Igreja e é normal que cada Papa enfatize um ponto específico. Talvez o ponto próprio de Francisco seja aquele que precisamos HOJE.  

Caridade

A caridade consiste em amar a Deus sobre todas as coisas, e ao próximo como a si mesmo, por amor de Deus.

Portanto, o primeiro ponto essencial a considerar é que a caridade exige que se ame a Deus sobre todas as coisas.

Logo, as outras religiões não têm caridade. Elas tem Filantropia.

Isto significa que se deve amar mais a Deus do que própria vida, quer seja a nossa vida, quer seja a vida do próximo. A nossa vida devemos estar prontos a dá-la por Deus, se preciso for, para testemunhar a verdade da Fé da Igreja Católica Apostólica Romana.

Logo, a Glória de Deus é a coisa mais importante que existe.

Se devemos dar até nossa vida, devemos admitir também que a vida do próximo é menos valiosa do que a glória de Deus. É o que justifica a pena de morte dada pela autoridade legítima. É o que justifica a guerra justa e a cruzada, que é a guerra mais justa que pode existir, como o prova São Bernardo.

Portanto a vida física não é o supremo bem. A paz entre os povos não é o supremo bem. A riqueza e a saúde não são os bens mais elevados. Elas são bens relativos, que podem ser bem ou mal usados. Tudo isso está infinitamente abaixo do Bem absoluto que é Deus. Tudo isso estando abaixo do Bem absoluto deve ser amado menos do que a salvação da alma e a prática da virtude que nos leva ao céu.
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E em primeiro lugar, devemos considerar que a virtude mais necessária, sem a qual ninguém pode se salvar, é ter a verdadeira , a Fé Católica Apostólica Romana. Por isso, a caridade nos exige lutar, antes de tudo, pela maior glória de Deus, pela integridade da Fé, pela conversão dos homens á verdadeira Fé católica, e pela salvação das almas. E que o Papa Francisco seja o instrumento vivo de Deus para esse fim!
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Fonte: Apostolado Tradição em foco com Roma.