quinta-feira, 11 de julho de 2013

Cheiro de protestantismo no tradicionalismo

A página do CaiaFarsa no facebook é um exemplo de "católicos tradicionalistas" conhecidos como "sedevacantistas" por negarem o Concílio Vaticano II e o primado dos papas João XXIII, João Paulo II, Bento XVI e Francisco.

É interessante notar que os protestantes não admitem que tais interpretações sejam realmente pessoais, mas, e isso é comum sobretudo entre luteranos, calvinistas e anglicanos, invocam a autoridade da Tradição e do Magistério - com citações patrísticas e de Concílios pré-Reforma -, freqüentemente fora de seu contexto, para justificar suas posições. Para cada protestante, sua interpretação é a verdadeira, pois diz - e, se não analisamos detidamente, quase nos convencemos disso - que é a mais adequada à ortodoxia, aos costumes dos primeiros cristãos, além, é evidente, de ser, na sua opinião, "inspirada" pelo Espírito Santo - qualquer outra, então, passa a ser demoníaca, numa petição de princípio flagrante!


Semelhantemente às Escrituras, há textos do Magistério da Igreja que aparentam estar em contradição entre si. Se quando o problema apresenta-se em relação à Bíblia, é bastante a autoridade da Igreja para resolver, interpretando adequadamente o dado escriturístico, no caso de aparente incoerência interna do próprio Magistério, é óbvio que será este a autoridade legítima para a interpretação correta. Cristo, conferindo autoridade à Igreja, i.e., ao Romano Pontífice, para interpretar Sua Palavra, harmonizando passagens bíblicas aparentemente desconexas, por evidente também confiou à idêntica Igreja, ao mesmo Papa, autoridade suficiente para, entre textos emanados dela mesma - ainda que com a direção do Espírito Santo -, que apresentem, à primeira impressão, descontinuidade de doutrina, fixar-lhes o verdadeiro sentido.

Parecem não pensar assim os auto-denominados tradicionalistas. À maneira protestante - pois seu método muito se assemelha do utilizado pelos hereges -, encontrando alguma dificuldade de entendimento dos documentos do Magistério, que crêem estar em contradição, põem-se os tradicionalistas a fazer grosseira operação exegética, tarefa que, aliás, não lhes compete em definitivo - as obras teológicas nada são sem a palavra final da Igreja, recomendando-as -, sem esperar a elucidação do próprio Magistério. Muitas vezes, inclusive, diante do esclarecimento magisterial posterior, dado pelos Papas, resolvendo os aparentes conflitos, rechaçam a interpretação pontifícia, como os protestantes. Na prática, reclamam que o Magistério posterior ao Vaticano II está fora de sintonia com o anterior - que não é verdade -; tentam resolver por si mesmos o que alegam ser uma contradição, usurpando tarefa que não é sua; acusam a Igreja de não dar a interpretação que resolva a referida contradição; e, quando ela o faz, não aceitam - pura teimosia mesclada com orgulho, em nome de um estranho conceito de "Tradição sem Magistério vivo".

Sustentam, para isso, que a Igreja ter-se-ia corrompido - ou Roma, o que dá no mesmo -, velha desculpa de Lutero e Calvino para a Reforma Protestante.

A isso, juntam argumentos de que sua interpretação (dos tradicionalistas) é a ortodoxia, citam a Tradição e o Magistério fora de contexto - duas manobras protestantes -, e, gnose das gnoses - característica dos protestantes e também dos "católicos progressistas" tão combatidos pelos tradicionalistas -, parecem supor uma imunidade à heresia, fruto talvez de sua assistência à Missa no rito antigo. Como se, por si só, a fórmula da Missa Tridentina pudesse santificar automaticamente os que a assistem, ou como se o rito de São Pio V - venerabilíssimo, aliás, e felizmente incentivado pelo Papa, pelos Padres de Campos erigidos em Administração Apostólica, pela Fraternidade São Pedro, e tantos outros - fosse garantia infalível de ortodoxia.

Fora de Roma, não só não há salvação, como também não há autêntica Tradição!


"Estamos ao passo da Igreja. Nem adiante dela, tampouco atrás." (Pe. Marcial Maciel, LC. Fundador dos Legionários de Cristo e do Movimento Regnum Christi).
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Autor: Rafael Vitola
Imagem: Facebook

Com 'Motu proprio', Papa reforma o código penal do Vaticano


Punições mais severas em caso de crime contra menores e lavagem de dinheiro são algumas das novas normas contidas no ‘Motu Proprio’ apresentado na manhã de quinta-feira, 11, no Vaticano. Papa Francisco decreta também que estas novas leis penais sejam empregadas em todo o âmbito da Santa Sé e inseridas no regulamento do Vaticano. 

O primeiro resultado disso será a aplicação da ‘linha dura’ contra a pedofilia e a criminalidade transnacional e organizada. As novas normas foram apresentadas na Sala de Imprensa pelo Presidente do Tribunal do Vaticano, Giuseppe Dalla Torre, e por Padre Federico Lombardi.

O “decreto” nasce da constatação que “em nossos tempos, o bem comum está cada vez mais ameaçado pela criminalidade, pelo uso impróprio do mercado e pelo terrorismo” – escreve Papa Francisco. 


Ganha destaque no texto a “introdução do crime de tortura e a ampla definição dos crimes contra menores (venda, prostituição, recrutamento, violência sexual; pornografia infantil, possesso de material pornográfico com crianças, e atos sexuais com menores”.

“As leis adotadas – explicou o jurista Dalla Torre – são o prosseguimento na adequação das normas jurídicas vaticanas com as ações já empreendidas por Bento XVI”. 

Outro efeito desta reforma do código penal é a abolição da pena de prisão perpétua, considerada inútil e desumana e que, portanto, será substituída com a detenção de 30 a 35 anos. 


Um campo importante também se refere às normas relativas à cooperação judiciária internacional, com a adoção de medidas que se adéquam às convenções internacionais mais recentes. Na prática, como explicou Dalla Torre, a reforma do código penal faz com que as normas possam ser aplicadas aos funcionários dos dicastérios da Cúria, escritórios, comissões, nunciaturas, e em geral, a todos as entidades dependentes da Santa Sé.
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Dia de Oração pela Jornada Mundial da Juventude Rio 2013


Neste dia 11 de julho, a Igreja do Brasil estará vivenciando o “Dia de Oração pela Jornada Mundial da Juventude Rio 2013” convocado pela Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da CNBB. Deve ser um dia dedicado à oração e intercessão. 

Os jovens já estão chegando em vários lugares do Brasil para as Semanas Missionárias e alguns também já chegaram aqui no Rio de Janeiro. A JMJ não irá acontecer. Ela está acontecendo! É para nós um bela emoção poder começar a perceber que um sonho da juventude brasileira, que sempre desejou ter uma Jornada no Brasil, vai se tornando realidade. Depois da belíssima peregrinação dos símbolos da JMJ (Cruz peregrina e o ícone de Nossa Senhora), agora é a vez da chegada dos protagonistas da Jornada: os jovens.

Eles vêm como peregrinos. Fizeram enormes sacrifícios em suas comunidades, paróquias, países para poderem se deslocar até o Brasil. Nestes dias chegou um jovem que veio a pé da Argentina até aqui. Temos a certeza de que nós já os acolhemos e receberemos muito bem. Será uma bela festa de esperança e de fé. É um belo momento de ver esse protagonismo dentro de um momento muito especial de busca de vida mais justa e mais humana para nosso País.


E este evento público, aberto a todos e totalmente positivo, quer conquistar os corações de todos junto com o primeiro peregrino, que é o Papa Francisco, que declarou que já está se preparando para vir participar.

O dia escolhido, além de ter a proximidade do início da JMJ – 12 dias – que nos recordam os doze apóstolos, também é a data em que celebramos o dia de São Bento, o patrono da Europa, declarado em 1964 pelo Papa Paulo VI, reconhecendo a missão dos monges na civilização e cultura européias e por onde ela influenciou.

São Bento viveu entre 480 e 547 e foi um jovem inquieto na busca de um sentido para sua vida, seja enquanto se recolheu como eremita nos primeiros anos de sua experiência mística, ou quando começou a conduzir grupos de jovens que queriam uma experiência com Deus em uma vida de comunidade.

A época de São Bento a região de Roma tem uma história significativa, pois o ano 476 é colocado como a data da queda do império romano do ocidente (no oriente ele ficaria até o século XV como império bizantino). Essa queda trouxe muitas crises de valores e situações culturais, econômicas e religiosas. Foi uma época rica de iniciativas e de busca religiosa e cultural. As crises geralmente geram situações novas.

Por isso mesmo, São Bento foi o jovem do seu tempo com suas buscas e suas crises que encontrou em Cristo o caminho que não só o conduziu, mas também a uma numerosa multidão de homens e mulheres que seguem e que seguiram a Cristo segundo o seu carisma.

O Papa Pio XII, na carta Encíclia “Fulgens Radiatur” no XIV centenário da morte de São Bento, assim se refere: “quem pacientemente estudar a sua gloriosa vida e adentrar, à luz da história, o tempestuoso tempo em que viveu, há de sentir, indubitavelmente, a realidade da promessa que o Senhor deixou aos apóstolos e à sociedade que fundara: “Estarei convosco, todos os dias, até a consumação dos tempos”. Pois como diz ainda essa encíclica: “teve ocasião de ver, com imensa tristeza, o pulular das heresias, que arrastavam no vértice subsersivo do erro muitos dos espíritos mais belos; o rebaixamento dos costumes públicos e privados; o atoleiro sensual em que envolvia a mocidade galante e mundana de seu tempo, de tal modo que se podia dizer, verdade, da sociedade romana: “está morrendo e ri”. Então, “Bento estabeleceu na Igreja, com sua obra e vida, uma corrente perene de juventude, renovando a severidade dos costumes e robustecendo, de leis mais santas e vigorosas, a vida claustral”. E, é claro, isso influenciou os povos e regiões vizinhas aos mosteiros “unindo-os todos por laços de amor fraterno e caridade”.

E é justamente nesse dia de São Bento, um jovem que buscou fazer a vontade de Deus e cuja vida refulgiu na história, resplandecendo “como astro na cerração da noite”, que o Brasil reza pelos peregrinos, pelos jovens que estão participando da JMJ Rio 2013.

Também nós necessitamos de jovens corajosos como São Bento que, vivendo hoje as realidades da sociedade, sejam sinais transparentes de tempos novos: “protagonistas de um mundo novo”!

Convido a todos para que neste dia 11 de julho, Dia de São Bento, patriarca dos monges do Ocidente, que soube aproveitar as orientaçóes do passado e traduzi-las de modo novo para o seu presente, que todos nós nos coloquemos em oração por esse importante momento da história de nossa juventude.

Vamos clamar ao Senhor para que vivamos todos o caminho da santidade diante de situações tão diversificadas de hoje, muitas vezes eivadas de ódios e desprezos, mas que, longe de nos desanimar, nos colocam ainda mais entusiasmo nessa missão que o Senhor nos deu para empreender.

Fulgurante de luz, São Bento, interceda por todos nós!


† Orani João Tempesta, O. Cist.

Arcebispo Metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro, RJ

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Título Original: Oração e trabalho

Papa manda tirar estátua feita em sua homenagem


O Papa Francisco mandou retirar uma estátua feita em sua homenagem e que tinha sido colocada em Buenos Aires. A obra, criada por Fernando Pugliese, não chegou a estar exposta sequer 10 dias na catedral da cidade argentina.

Segundo o jornal diário "Clarín", quando Francisco soube da existência da estátua, comunicou imediatamente o seu desagrado e pediu que a mesma fosse retirada, um desejo que foi prontamente atendido pelos responsáveis da catedral. 

A estátua, em tamanho real, tinha sido colocada junto à imagem de Nossa Senhora de Luján, padroeira da Argentina. 



A diocese de Buenos Aires pretendia inaugurar um museu com objectos alusivos aos anos em que Francisco foi sacerdote na cidade, mas a inauguração foi entretanto suspensa.
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Fonte: Sapo.pt

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Ação do MPRJ ameaça realização da JMJ Rio2013


Paz, solidariedade, justiça, fé e amor são algumas das bandeiras de peregrinos e participantes das Jornadas Mundiais da Juventude na construção de um mundo novo, valores universais presentes na realização da sua 28ª edição, no Rio de Janeiro. Porém, tudo isso está em risco por causa de uma ação civil pública movida pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), ajuizado nesta terça-feira, 9 de julho.

Mesmo sem a venda de ingressos, sem fins lucrativos e com a programação aberta a todos, o Ministério Público disse entender a JMJ como um “evento de natureza privada”. O órgão não considerou o papel de parceria desempenhado pelo Poder Público, de todas as esferas, desde a candidatura para sediar o evento. E, por isso, a ação civil pública pretende suspender imediatamente o edital de licitação publicado pelo município do Rio para contratação de serviços de saúde para a Jornada. A pena, caso a ação seja acolhida pela Justiça, é a possibilidade do cancelamento total ou parcial dos eventos que integram a programação da JMJ Rio2013.


O Comitê Organizador Local da JMJ Rio2013 lançou uma nota oficial em que reafirma o caráter público do evento, apesar da natureza religiosa, e demonstra a preocupação pelo bem estar dos milhares de peregrinos e participantes. “Os organizadores da JMJ 2013 informam que oferecerão oportunamente resposta à inicial proposta, certos de que o Poder Judiciário decidirá a questão atendendo a todos os anseios da sociedade, e que, apesar de tais obstáculos, a JMJ Rio2013 será um sucesso”.


O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, defendeu o apoio do Governo Municipal à Jornada, em pronunciamento durante a passagem dos símbolos da JMJ ao Palácio da Cidade, nesta quarta-feira. “A prefeitura vai disponibilizar todos os serviços públicos necessários para atender bem a essa multidão que aqui está. Seja com serviços de segurança, com a Guarda Municipal; serviços de limpeza, com a Comlurb; e serviços também de saúde para a multidão que estará na Jornada Mundial da Juventude”. A prefeitura deve executar o serviço de atendimento médico pré-hospitalar fixo e móvel nos eventos a serem realizados em Copacabana e Guaratiba.

Apoio dos governos

A candidatura da cidade do Rio de Janeiro para a Jornada Mundial da Juventude foi feita com o apoio das várias instâncias dos Governos Municipal, Estadual e Federal. 

Na carta de compromisso do Governo Estadual ao Vaticano, de novembro de 2010, o governador Sérgio Cabral afirmava: “Estamos realizando ações que visam assegurar condições ideais para a realização da Jornada Mundial da Juventude, em 2013. Somos um povo cristão, acolhedor e caloroso e não mediremos esforços, com as graças de Deus, para alcançarmos o sucesso nos eventos acima referidos (JMJ, Copa do Mundo e Olimpíadas), que teremos no Rio de Janeiro”.

Em apoio à JMJ Rio2013, o Governo do Rio de Janeiro criou, em outubro de 2011, uma Comissão Especial para JMJ Rio2013. A Comissão Governamental Especial tem o objetivo de organizar e coordenar os trabalhos para a JMJ. O decreto foi assinado pelo governador do estado do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, durante solenidade no Palácio Guanabara. Estiveram presentes também o vice-governador Luiz Fernando Pezão e o chefe da Casa Civil, Regis Fichtner, além do arcebispo do Rio, Dom Orani João Tempesta e demais coordenadores.

A presidente Dilma Rousseff também criou uma Comissão Especial para JMJ Rio2013 em março do ano passado. A comissão, cujo decreto foi assinado e publicado no Diário Oficial da União, tem o objetivo de "adotar todas as medidas necessárias para o êxito da visita de Sua Santidade o Papa" ao Brasil. A comissão teria ainda a finalidade de articular os trabalhos da União com os órgãos federais, estaduais e municipais, a Nunciatura Apostólica, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil e a Arquidiocese do Rio de Janeiro.

JMJ Rio 2013 deixará legados

Entre os diversos legados que a Jornada Mundial da Juventude deixará para a população do Rio de Janeiro e do Brasil, destacam-se os aspectos ambiental, social, econômico e, principalmente, o espiritual. Em cada um, há ações e projetos que, inicialmente elaborados em ocasião do evento, continuarão em funcionamento após o dia 28 de julho. Os investimentos de segurança pública também são parte deste legado.

A preocupação com a sustentabilidade do evento é palpável no trabalho de gestão de resíduos. O COL assumiu o compromisso de despejo zero de resíduos em aterros sanitários, no Campus Fidei, em Guaratiba. Em relação ao legado ambiental está sendo realizada também uma parceria com a Rede WWF. Além disso, junto aos sacerdotes jesuítas do Secretariado de Justiça Social e Ecologia da Companhia de Jesus (SJSE), será elaborado um site ecológico.

Há ainda um plano de acessibilidade para pessoas com deficiência. Está sendo montada uma estratégia para garantir que as pessoas com deficiência possam participar bem dos eventos em Copacabana e em Guaratiba. No Campus Fidei, haverá uma área adaptada para os principais tipos de deficiência: visual, auditiva, intelectual e motora (cadeirantes). A estrutura foi apreciada pela Secretaria Nacional de Direitos Humanos durante reunião.  Além disso, os peregrinos cadeirantes poderão solicitar hospedagem especial e transporte para Guaratiba.

A JMJ também trará oportunidades de diálogo entre diversas iniciativas públicas e privadas sobre as expectativas e anseios da juventude, a partir de princípios e valores cristãos. Por exemplo, em parceria com as Organizações das Nações Unidas (ONU), a JMJ vai promover uma manhã de debates sobre o papel da juventude no desenvolvimento sustentável e da paz. Também haverá um encontro ecumênico que reunirá jovens líderes das três principais religiões monoteístas do mundo.

Impacto econômico

A JMJ Rio2013 trará benefícios econômicos para o estado. A estimativa do Comitê Organizador Local (COL) é de que sejam criados 20 mil empregos diretos e sejam movimentados mais de R$ 500 milhões no estado do Rio de Janeiro.

Levando em consideração apenas o comércio carioca, a projeção da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) é de que a Jornada injete R$273,9 milhões no setor.


O impacto positivo também acontecerá em larga escala no turismo. Jovens gastam mais e retornam ao destino turístico, de acordo com estudo da Organização Mundial de Turismo (OMT).
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Fonte: JMJRio2013

Nota oficial do COL sobre o questionamento do MPERJ



No que diz respeito à atuação da Promotoria de Tutela Coletiva de Saúde do MPERJ, amplamente veiculada na Imprensa, vimos tecer as seguintes considerações:

Fomos informados pela Imprensa acerca da propositura de uma ação civil pública, buscando obstar a realização de licitação para que seja custeado, pela Prefeitura do Rio de Janeiro, eventual atendimento médico aos participantes da Jornada Mundial da Juventude 2013.

De acordo com a imprensa, a ação fundamenta-se na falsa premissa, sustentada apenas pelo Ministério Público, de que a JMJ 2013 seria um evento privado, e, por isso, nenhum dinheiro público poderia ser investido em sua realização.  Afirmamos a falsidade desta premissa, uma vez que a JMJ Rio 2013 será um evento realizado em parceria com o Poder Público.  O Ministério Público, embora regularmente informado, insiste em ignorar que diversos pedidos para sediar a JMJ Rio 2013 foram formulados, por escrito, pelo Governo Federal (assinado pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva e reiterado pela Presidente da República, Dilma Roussef), pelo Governo Estadual e pela Prefeitura do Rio de Janeiro, no sentido de que a cidade do Rio de Janeiro fosse escolhida para sediar esta versão da JMJ.  


Anote-se que o empenho em obter o direito de sediar este evento foi equiparado ao despendido para sediar as Olimpíadas e a Copa do Mundo.  Estes órgãos da Administração Pública compreenderam a importância e magnitude do evento, percebendo que sediar uma Jornada Mundial da Juventude afirmaria, perante a comunidade internacional, a maturidade social, econômica e organizacional de nossa cidade, enviando ao mundo a mensagem de que o Rio de Janeiro é uma cidade desenvolvida e segura, plenamente capaz de igualar - ou mesmo superar – outras, no que diz respeito à realização de grandes eventos. 

Não se pode considerar que uma Copa do Mundo, ou uma Olimpíada sejam eventos exclusivamente privados, embora sejam organizados por entidades privadas (respectivamente, FIFA e COI).  A realização de eventos de tal porte demandam participação ativa dos entes estatais que disputaram o direito de sediá-los.  No entanto, na míope visão da Promotoria de Tutela Coletiva da Saúde, a JMJ - evento que ombreia-se (ou mesmo supera) a estes eventos em termos de magnitude - é de ser tratada como um mero evento privado, não obstante a previsão de um público de mais de 2 milhões de pessoas entre turistas e residentes.

É fato que a JMJ Rio 2013 trará ao Município do Rio de Janeiro um público de magnitude inédita, que já está chegando à cidade, vindo de todas as partes do planeta, fato este que, incontestavelmente, promoverá mundialmente nossa cidade, trazendo literalmente milhões de turistas e incontáveis oportunidades para os cariocas e para todos os setores da economia local.  Resta claro então que a JMJ Rio 2013 não pode ser compreendida como um evento exclusivamente religioso e muito menos privado.

Informamos ainda, em consonância com a mencionada parceria com o Poder Público, que a segurança do evento será conduzida pelas Forças Armadas que serão responsáveis pela manutenção da ordem no local do evento. Tal se deve à decisão da Presidência da República, que optou pelo emprego das Forças Armadas, nos termos da legislação vigente.  Assim, verifica-se empenho do Poder Público em prover a segurança do evento.  Nada mais justo do que o Poder Público prover atendimento médico aos participantes do evento, bem como a todos os que estiverem nas imediações e necessitarem de eventual atendimento médico.

É certo ainda que os organizadores da JMJ Rio 2013 têm atendido sistematicamente a todas as recomendações do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, elaboradas pelas Promotorias da Infância e Juventude, Tutela Coletiva de Saúde, Meio Ambiente e todas as demais, atuando no sentido de que o evento seja um sucesso, sobretudo no que diz respeito à segurança e bem estar de todos.

Lamentamos ainda o fato de a Imprensa ter tido amplo acesso aos termos da inicial da ação civil pública proposta – sendo que determinados segmentos da imprensa tiveram acesso ao texto integral, inclusive informando detalhes, como o número de páginas da peça - enquanto a Organização da JMJ 2013 ainda busca obter acesso à mesma.  Lamentamos ainda que tal prática esteja se tornando reiterada na atuação da Promotoria de Tutelas Coletiva da Saúde, no Estado do Rio de Janeiro.


Assim, os organizadores da JMJ 2013 informam que oferecerão oportunamente resposta à inicial proposta, certos de que o Poder Judiciário decidirá a questão atendendo a todos os anseios da sociedade, e que, apesar de tais obstáculos, a JMJ 2013 será um sucesso.
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Fonte: JMJRio2013

Dilma pode sancionar lei que legaliza o aborto


Um projeto de lei terminativo que dormitava há 14 anos, que abre brecha para a legalização do aborto, entrou em pauta nas comissões, foi aprovado na Câmara e Senado e chegou à mesa da presidente Dilma para sanção.

Ele dispõe sobre atendimento especial e obrigatório em hospitais públicos da rede SUS a vítimas de violência sexual, deixando a cargo do médico a ‘profilaxia da gravidez’.

No bordão médico, entende-se em suma por ‘profilaxia’ a aplicação de meios ou medicamentos tendentes a evitar algo ou uma doença. Neste caso, a gravidez.

Mas o texto não detalha o tratamento a ser dado e abre brecha para o aborto em geral. Ou seja, apesar de direcionado a vítimas de estupro, as mulheres em gestação inicial, embora não vítimas de abuso mas que desejem abortar, podem recorrer a isso para um aborto legal via medicamentos.



No Brasil, mais de 46 milhões de bebês são assassinados por ano, por meio do aborto.

O PLC 3/2013 no Senado (antigo PL 60/99 da Câmara), cujo inciso IV do Parágrafo 3º prevê a profilaxia, foi apresentado pela então deputada Iara Bernardi (PT-SP) como “prevenção de gravidez”, mas sofreu resistências e foi engavetado. Voltou há poucos meses com lobby de grupos feministas e deixou em polvorosa ontem a bancada cristã. E em situação delicada o líder do PMDB na Câmara, deputado evangélico Eduardo Cunha (RJ), quem deu parecer pela prioridade na tramitação.

Sondado por aliados, Cunha se assustou e disse que não notara o inciso. Deputados e senadores da bancada cristã foram cobrados. A Igreja e entidades contra o aborto entraram em operação e enviaram alertas ao Palácio do Planalto.


Ontem o diretor do Instituto Pró-Vida de Brasília, o advogado Paulo Fernando Melo, mandou e-mail de alerta para o ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria Geral da Presidência. Gilberto é ligado à Igreja e foi um dos articuladores da retomada da campanha de Dilma em 2010 junto aos cristãos, após o boato de que ela era a favor do aborto.


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Fonte: UOL
Imagens: Web

Sacerdote colombiano decide vender carro após reprovação de Papa Francisco no sábado



O sacerdote da Paróquia de São Miguel de Santa Marta, no norte da Colômbia, decidiu nesta terça-feira vender o seu automóvel avaliado em US$ 62.500, após a reprovação do Papa Francisco feita no último sábado, durante um encontro com seminaristas, noviços e noviças, na Sala Paulo VI. 

Padre Hernando Alvarez Fajid Yacub escutou o pronunciamento do Papa Francisco onde ele afirmou que lhe fazia muito mal quando via “um padre ou uma irmã com um carro último modelo. Eu sei que o carro é necessário porque se deve trabalhar tanto e para deslocar-se daqui e dalí.....mas peguem um carro mais humilde. E se você gosta daquele belo carro, pense a quantas crianças morrem de fome.”

Após ouvir esta reprovação do primeiro Papa latino-americano, o sacerdote colombiano decidiu colocar à venda seu carro da marca Mercedes Benz, segundo informou a Rádio RCN. O carro havia sido um presente de sua família.

O Papa Francisco tem insistido com os cristãos, nos seus pronunciamentos, sobre a importância da “coerência com a pobreza”. (JE)
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