segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Ex-evangélico explica porque retornou ao Catolicismo


Eu, que por muitos anos frequentei igrejas evangélicas de diversas denominações, e por muito tempo fui enganado e explorado pelos seus pastores, dedico este testemunho a todos aqueles que se declaram “ex-católicos”, sem nunca terem sido católicos de fato, mas sobem aos púlpitos protestantes “evangélicos”, que eles, por pura ignorância, chamam de “altar” – Se não há sacrifício não é e nem pode ser altar: só existe Altar na Igreja Católica -  para induzirem ao erro seus irmãos mais ingênuos.

Não creio que um dia tenham sido católicos os que depõem seus falsos testemunhos dizendo que encontraram a salvação em alguma “igreja evangélica”, porque os verdadeiros católicos já encontraram Jesus e a Salvação na Igreja que Ele mesmo nos deu, e não podem abandonar a Comunhão com Deus, seu Criador e Salvador, a não ser que nunca tenham comungado, de fato, com o Senhor Jesus Cristo.

Enumero abaixo Algumas razões porque deixei o protestantismo e retornei à primeira e única Igreja de Jesus Cristo.

1) O princípio “só a Bíblia” (Sola Scriptura)


Nada mais falso do que esse princípio. Os cristãos do primeiro século não dispunham de Bíblia. E nem os cristãos dos séculos seguintes. Na verdade, os cristãos só puderam contar com a Bíblia para consulta, como hoje, muitos anos depois da invenção da imprensa, que só aconteceu no ano de 1455. Então, será que o Senhor Jesus esperaria mais de um século e meio para revelar sua verdadeira doutrina para o mundo? Se assim fosse, Ele teria mentido, pois disse antes de partir para o martírio que estaria com a sua Igreja até o fim do mundo (conf. Mateus 28, 19-20).

Além disso, para que a Bíblia fosse a única fonte de revelação, seria no mínimo necessário que ela mesmo se proclamasse assim; e não é o caso, pelo contrário. A Bíblia diz que a Igreja é a coluna e o sustentáculo da verdade (1 Tim 3, 15), e não as Escrituras. Nela, Jesus Cristo diz ainda: “Vocês examinam as Escrituras, buscando nelas a vida eterna. Pois elas testemunham de Mim, e vocês não querem vir a Mim, para que tenham a Vida!”(João 5, 39-40).

Sim, a Bíblia diz que as Escrituras são ÚTEIS para instruir, mas nunca diz, em versículo algum, que somenteas Escrituras instruem, ou que só o que as Escrituras dizem é que vale como base para a fé. Isso é uma invenção humana sem nenhum fundamento. E a Bíblia também diz que devemos guardar a Tradição (conf. 2 Tessalonicenses 2, 15 e 2 Tessalonicenses 3, 6, entre outros).

Contrariando a Bíblia, os “evangélicos” rejeitam a Tradição

2) O princípio “Só a fé salva”

A mesma Bíblia ensina que a fé sem obras é morta, na Epístola de Tiago (2, 14-26). A mesma Bíblia ensina que o cristão deve perseverar até o fim para ser salvo (Mt 24, 13). E ainda acrescenta que seremos julgados,todos, por nossas ações boas ou más. Existem várias passagens que dão conta de um julgamento futuro e, sendo assim, é falso que alguém aqui na terra já esteja salvo só porque “aceitou Jesus”. Não basta ir à frente de uma assembleia e dizer “Aceito Jesus como meu Senhor e Salvador” para ganhar o Céu. Não, não. É preciso muito mais do que isso. Conversão não é da boca para fora: é preciso que cada um tome a sua cruz e siga o Senhor, que, aliás, nunca prometeu prosperidade para quem o seguisse.

Portanto, é totalmente mentirosa a afirmação de que basta ter fé para ser salvo. Ora, os demônios também creem (Tiago 2, 19)…

3) Lutero

Foi Martinho Lutero quem começou com as “igrejas” protestantes, que deram origem às “igrejas evangélicas” de hoje. Mas o que ele pensava é seguido apenas em parte pelos “evangélicos” de hoje. Eles seguem somente os princípios “Só a Bíblia” e “Só a Fé”. Embora Lutero seja o fundador de todas as igrejas evangélicas que existem hoje, por que não são todos luteranos? Na verdade, isso seria bem menos pior…

Por outro lado, se reconhecem que Lutero é um homem falível, como é possível a um “evangélico” ter tanta certeza de que os princípios que ele inventou sejam dignos de confiança absoluta? Mais do que o que ensina a única Igreja que tem 2.000 anos e foi instituída diretamente por Jesus Cristo?

Mais: o próprio Lutero contestou o Papa e decretou que não se deve confiar num sacerdote. Mas ele mesmo era um ex-sacerdote católico. Então, se ele mesmo se descarta como pessoa confiável, quem é tolo o suficiente para dar crédito ao que ele disse ou escreveu?

4) Subjetivismo religioso I

Uma denominação evangélica não é igual a outra em matéria de fé. Isso é fato pois:
Umas batizam crianças, outras não;
Umas admitem o divórcio, outras o repudiam;
Umas aceitam mulheres como “pastoras”, outras não;
Umas praticam a “santa ceia”, outras não;
Umas ensinam que devemos guardar o sábado, outras não;
Algumas ensinam a teologia da prosperidade, outras a repudiam;

Por aí vai… Tem “bispo evangélico” por aí defendendo até o aborto, só porque a Igreja Católica é (claro) contra! É comum ouvirmos frases como estas: “Nesta ‘igreja’ está o verdadeiro caminho”, ou “Deus levantou este ministério” ou ainda “a tua vitória está aqui”. Mais comum ainda é os “pastores” dizerem que as igrejas deles são “ungidas”…

Ora, se todas essas igrejas ditas “evangélicas” são tão diferentes entre si, e a Verdade é uma só, como é possível um “evangélico” ter certeza que está na caminho certo, ou que o seu “pastor” está pregando a “Verdade”, se existem tantos outros “pastores” (que também dizem seguir a Bíblia e afirmam que são “ungidos”) que discordam dele?

5) Subjetivismo religioso II

Cada “crente” pode interpretar a Bíblia do jeito que quiser, segundo a tese protestante de Lutero. Mas todos nós sabemos que um “crente” não concorda com outro em todas as coisas. Muitas vezes divergem entre si mais do que convergem. Se cada qual interpreta a Bíblia do seu jeito, e nem poderia ser diferente, então, como é possível um “evangélico” ter a certeza de que está certo na sua interpretação? E por que, meu Deus, por que apenas a interpretação da Igreja Católica é que está totalmente errada, em tudo?

Essa é a mais cruel de todas as incoerências das “igrejas” ditas “evangélicas”:

praticamente todas elas se reservam o direito de criticar umas às outras, mas todas são unânimes em criticar a Igreja Católica! O mais incrível é não percebem que, agindo assim, estão cumprindo as profecias bíblicas do próprio Senhor Jesus Cristo: “Sereis odiados de todos por causa do meu Nome” (Lucas 21, 17); “Bem aventurados sereis quando, mentindo, disserem toda espécie de mal contra vós, por amor ao meu Nome” (Mateus 5, 11-12)…

Os pastores se ajoelham e se prostram diante de réplicas da Arca da Antiga Aliança, mas eles não chamam esses pastores de “idólatras”. Só os católicos são chamados assim. Eles idolatram até lencinhos embebidos no suor de alguns pastores mas não acham que isso é idolatria… Em algumas denominações, acontece a distribuição de lembrancinhas, sabonetinhos para espantar “olho gordo”, vidrinhos de óleo “ungido”, “rosas consagradas”, etc, etc… Mas nada disso, para eles, é idolatria. Somente os católicos é que são idólatras. Todos pensam assim, porque todos sofreram a mesma lavagem cerebral, que é muito difícil de reverter.

6) Subjetivismo religioso III

A interpretação pessoal da Bíblia por cada “crente” e “pastor” afronta claramente a Bíblia. De acordo com a santa Palavra de Deus, interpretação alguma é de caráter individual. Examinar a Bíblia não é o mesmo interpretá-la. Posso examinar uma pessoa e lhe informar que encontrei uma mancha na sua pele. Mas o diagnóstico deve ser feito pelo médico, e não por mim, que sou leigo.

7) “Igreja não importa” e “igreja não salva”…

Todo “crente” diz em alto e bom som: “Igreja não salva ninguém”. Ora, se igreja não salva ninguém e cada um pode interpretar a Bíblia pessoalmente, para quê frequentar alguma denominação? Quando ocorre algum escândalo envolvendo algum “pastor”, o crente também diz: “Olha para Jesus e não para o pregador”. Mas se o pregador ensina tolices e princípios contrários ao verdadeiro cristianismo, por que eu deveria ouvir o que ele diz? Não é possível “olhar para Jesus” assim. Pelo contrário, isso só vai colocar em risco a minha alma! Se cada crente pode interpretar pessoalmente a Bíblia, se “igreja” não salva ninguém e o pastor não é confiável (ele é só um homem falível), então por que os “evangélicos” continuam dando tanto crédito aos pregadores?

8- Evangelização ou PROSELITISMO ?

E se cada um de fato pode interpretar a Bíblia a partir da sua leitura pessoal, que conta com a assistência do Espírito Santo, por que ao invés de pregar não se imprimem Bíblias e se distribui à população? Ora, se basta ter fé para ser salvo e se cada um pode ser o próprio intérprete da Bíblia, para que servem as denominações, os cultos, os “pastores”, as pregações, livros, CDs e DVDs? Ao invés dos milhões em dízimos e ofertas, que sustentam toda uma estrutura que é desnecessária (afinal todos os que crerem já estão salvos…), por que não reunir esses recursos e construir gráficas e mais gráficas para a impressão de Bíblias e distribuí-las para todos aqueles que não conhecem Jesus?

Eu digo porquê: porque os “pastores” se encarregam de passar a sua interpretação pessoal da Bíblia aos ingênuos que os seguem. E essa interpretação é deturpada e não tem nada a ver com a Mensagem original nos Evangelhos. Os “evangélicos” pensam que entendem a Bíblia, mas na verdade tudo o que eles conhecem é a interpretação pessoal deste ou daquele “pastor”.

Se nem o pregador é digno de confiança, razão pela qual o crente deve confrontar o seu entendimento pessoal da Palavra com a pregação do palestrante, por que razão alguém deveria dar crédito a um desconhecido que lhe vem falar como porta-voz de Jesus?

9) Interpretação bíblica

Agora, se cada um pode interpretar a Bíblia e se todas as interpretações estão corretas, mesmo que sejam todas diferentes entre si, por quê só a interpretação católica está errada? A Bíblia só pode ser interpretada se a pessoa está sob o rótulo de “evangélico”? Nesse caso, o que salva não é a fé, é o rótulo. E se for assim, ao contrário do que eles afirmam, a placa da igreja ou o rótulo de “evangélico” é que salva.

Pela visão protestante, milhares e milhares de denominações estão corretas nas suas interpretações bíblicas, mesmo que sejam diferentes entre si. Todas elas estão certas e apenas uma está errada, que seria a Igreja Católica. Justamente a primeira igreja que existiu é que não conta com a assistência do Espírito Santo. Nesse caso, Jesus mentiu quando disse que os portais do inferno não prevaleceriam contra a Igreja (Mat 16, 18) pois o inferno teria triunfado contra a Igreja Católica, e também quando disse que estaria com a sua Igreja até o fim do mundo: ele só se faz presente para quem carrega o rótulo de “evangélico”…

10) O Pai Nosso

A oração é bíblica. Foi ensinada pelo Senhor Jesus. O “evangélico” a repudia. Por quê? Para não parecer católico!

O “crente” jura defender a Bíblia, mas é o primeiro a não obedecê-la…
Ele decidiu que não irá recitar o Pai Nosso e fim de papo. E pior. Quem o faz está errado, ainda que esteja obedecendo à Bíblia. O crente se acha melhor do que Jesus. Jesus fez a oração do Pai Nosso, mas o “evangélico” não tem que fazê-la…

11) Maria

Isabel, que ficou cheia do Espírito Santo com a visita de Maria, chamou-a de “mãe do meu Senhor”. O crente a chama de “mulher como outra qualquer”…

Isabel, recebeu o Espírito Santo com a chegada de Maria, grávida de Jesus Cristo, Deus Todo-Poderoso. O “evangélico” fica cheio de ira quando se menciona o nome de Maria…

João Batista estremece no ventre de Isabel ao ouvir a voz de Maria. O crente se enfurece quando ouve o nome Maria…

A Bíblia diz que Maria será chamada de bem aventurada por toda as gerações. O crente a chama de mulher pecadora como qualquer outra.

O protestante rasga os Textos Sagrados. E jura defender a Bíblia. Seguem o que querem e desprezam o que não lhes interessa!

12) Confissão

A Bíblia é clara: aos Apóstolos foi dado o poder de reter e perdoar pecados (Lucas 20, 21-23). Como é possível reter ou perdoar se alguém não lhes confessa? Desnecessário falar mais a respeito.

13) Fundação de “igrejas”

A Bíblia não faz qualquer referência à milhares de “igrejas” diferentes e separadas, mundo afora. Mas para fundarem suas denominações, os “evangélicos” não fazem questão da tal da base bíblica de que tanto falam. A Bíblia diz que devemos ser um só corpo. Eles fazem o contrário. Dividem-se, subdividem-se, de novo e de novo. Se uma igreja não está agradando, procuram outra mais ao seu gosto, e os mais espertos fundam as suas próprias igrejas, do jeito que acham mais certo (ou do jeito que dá mais lucro, em muitos casos), segundo sua própria interpretação da Bíblia. E todos dizem que estão sendo guiados por Deus. Existe um Deus ou muitos deuses? Se é um só Deus, como tantas igrejas podem ensinar coisas diferentes, e todas estão certas, menos a católica?

Eles fragmentam o Corpo e pulverizam a mensagem do Evangelho.

Fazem o contrário do que o Senhor ordenou! Basta um crente discordar do outro, – e isso é a coisa mais fácil de acontecer, – que já surge uma nova denominação. Seus líderes podem ter “visões” para fundarem novas denominações. Mas somente as revelações católicas aprovadas pela Santa Igreja é que são refutadas…

O crente acredita no que deseja. E rejeita tudo que é católico. Sempre dois pesos e duas medidas.
O pastor falou que teve uma visão e todo mundo engole. Nessa hora o “biblicamente” ou “a Palavra de Deus” não tem qualquer importância.


Testemunho de A. Silva
________________________________
Disponível em: Compartilhando a Graça


A Fé infusa


Para se ter fé não basta o trabalho irmanado da inteligência e da vontade; deverá, sobretudo, vir auxílio do alto. Verificamos por vezes que uma alma de boa vontade estuda as provas da religião e lhes percebe a força. Aceita, em consequência, a veracidade do cristianismo. Pode-se declarar em certo sentido que tem fé, pois tal aceitação se funda, não já sobre a evidência extrínseca. Todavia esta fé é meramente humana, natural, como a fé que podemos ter num acontecimento que não presenciamos, mas que conhecemos por testemunhas bem acreditadas.

Embora seja religiosa por seu objeto, ainda não é sobrenatural por sua índole; de que carece pois? – do influxo da graça.

Encontramo-lo evidenciado na obra em que uma intelectual inglesa, Miss Anstice Baker, narrou sua peregrinação “em demanda da morada da luz”. Desdobra-se esse itinerário sobre o plano puramente especulativo; o espírito da heroína atravessou múltiplas e variadíssimas filosofias, sem se aquietar. Por fim veio ter o catolicismo. Mais o estudava, mais verdadeiro lhe parecia. Contudo, faltava-lhe ainda a fé sobrenatural. Acreditava no catolicismo, mas como numa religião humana. Eis que um dia, porém, na igreja de S. Agostinho em Paris, ouviu um sermão sobre o acordo entre a razão a fé. E prossegue na narrativa: ”O sermão, que eu saiba, nada de novo me ensinou. Apenas, as verdades já conhecidas chegavam-me com precisão inteiramente nova... parecia arrancar de mim mesma tudo quanto eu havia aprendido, tudo quanto eu cria, para me apresentar com nova força. Seguiu-se a benção. Fora apenas exposto o Santíssimo Sacramento, e verdadeira transformação operou-se em mim: apareceu-me a Igreja como a meta à qual todos os esforços de minh´alma haviam inconscientemente tendido, como a solução de todos os meus problemas, a resposta a todas as minhas dúvidas... até então eu não tinha convicções; naquela hora Deus dava-me a fé” (B. A. Baker. Vers La Maison de lumiere. Paris, Gabalda, 1917,p.239  et sec.)


A fé encontra-se acima de qualquer esforço humano; é dom de Deus (Ef 2,8). Já no ano de 529, o segundo Concílio de Orange definia que não apenas o aumento, senão o mesmo início da fé, a piedosa propensão a crer, não vem da natureza mas antes é obra da graça (Denz., n.178). E em 1870 o Concílio Vaticano I, retomando as palavras do seu antecessor, decretava: ”Embora o assentimento da fé não seja de todo cego movimento da mente, entretanto, ninguém pode aderir à pregação evangélica do modo necessário para chegar à salvação, sem a iluminação e inspiração do Espírito Santo, que a todos dá suavidade na aquiescência e na crença na verdade. Donde a fé em si – ainda quando não atuada na caridade – é um dom de Deus, e seu ato é obra que pertence à salvação. Por ele o homem livremente se submete a Deus, consentindo e cooperando à sua graça, à qual poderia resistir” (Denz., n.1791).

Para entender bem a doutrina, basta ponderar que a Revelação é o invisível, o sobrenatural, que se nos oferece; a verdade incriada que penetra em nossa inteligência para fazê-la viver, por antecipação, na eternidade. Crer é aderir vitalmente ao espírito de Deus. A fim de poder acolher, aceitar, esse dom transcendente, necessário é que nosso espírito seja elevado ao nível divino, sintonize a realidade sobrenatural à qual se reunirá. Qualquer esforço humano estaria fora de proporção. Caberá, pois, a Deus tomar a iniciativa, fazer brotar em nós o sobre-humano conhecimento, tornar-nos capazes de olhar o mistério, mover-nos a crer. ”Ninguém pode vir a mim, ensina Jesus, se o Pai que me enviou não o trouxer”, e um pouco além: “Há alguns dentre vós que não crêem... por isso eu vos disse que ninguém pode vir a mim se não lhe for concedido por meu Pai” (Jo 6, 44.66). Para vermos as coisas como Deus as vê, precisamos receber novos olhos, sobre-humanos.

Ponderamos ademais a obscuridade dos mistérios, mortificação perene para a razão; sobre a atmosfera intelectual empestada por heresias ou sofismas de toda sorte; sobre as exigências morais duríssimas que leva consigo uma existência norteada pela fé, e compreenderemos que à mais sólida e brilhante apologética faleceria eficácia, não fosse ela sustentada pela graça, e que a vontade se perderia em veleidades, não fosse ela movida pelo Espírito Santo.

Como nos sentiríamos incitados a nos entregar ao sobrenatural, se o próprio autor da ordem sobrenatural não atuasse sobre nós? É como uma inspiração interior que nos convida a crer; aviva-se-nos a luz intelectual – “iluminando os olhos de nosso entendimento” (Ef 1,18) – para que mais facilmente possa perceber a força das razões de crer, discernir os sinais da presença do sobrenatural, entrever a beleza da verdade cristã: Cristo ”abriu-lhes o entendimento para compreenderem as Escrituras” (Lc 24,45). A fé nos dá nova maneira de ver: pelos olhos de Deus.

Ao mesmo tempo a vontade se nos testifica e inclina, solicitada que é pelo atrativo da verdade cristã, convidada a aderir ao bem divino que é nosso bem. O Espírito Santo nos incita a dizer ”sim” à voz de Deus, suscitando em nós uma inclinação à vida eterna, que nos faz ceder à solicitação divina.

Virtude unitiva de espírito a espírito, a fé diviniza deveras a inteligência humana.”Quem conheceu o pensamento do Senhor, para que o possa instruir? Nós, porém, temos o pensamento de Cristo” (1Cor 2,16). O Verbo que é luz – não apenas fria claridade senão também vida (Jo 1,4) – esse Verbo veio luzir aos olhos de todos. Porém sua luz só alumia, de fato, os olhos dos que nela crêem (Jo 12,36); só estes tem em si a “luz da vida”(Jo 8,12). Seres intelectuais e membros do Verbo encarnado, essa dupla qualidade por força há de se refletir antes de tudo na ordem de conhecimento. Os fiéis terão assim o saber sobrenatural que convém aos membros: pela união à divina Cabeça, diviniza-se-lhes o espírito ao ponto de receber uma irradiação ou comunicação do conhecimento d´Aquele que é o pensamento do Pai. A fé é, pois, em última análise, o Verbo-luz misticamente presente à nossa inteligência, nela continuando a sua vida.


________________________________ 

Pe. Penido. Iniciação Teológica. Vol. 1. O Mistério da Igreja. Ed. Vozes,1956. pp 25-28
Disponível em: Decor Carmeli

Feliz aquela que acreditou!


A celebração da Assunção de Nossa Senhora ao céu, no Ano da Fé, mostra-nos a Mãe de Jesus e da Igreja como a mulher de fé, que alcançou plenamente o prêmio da fé.

Unida estreitamente a Deus pela fé, durante esta vida, ela se entregou inteiramente ao seu desígnio: “eu sou a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra” (Lc 1,38). E sua vida esteve intimamente unida, pela fé, ao Filho de Deus, que por meio dela nasceu para este mundo, como nosso Salvador.

Da anunciação do Anjo Gabriel até à morte de Jesus na cruz, ela o acompanhou e fez um caminho de fé, que não esteve isento de cruzes e “espadas” de dor. Maria creu firmemente e, por isso, foi louvada por Isabel sua prima: “feliz é tu, que acreditaste que se cumpriria o que da parte do Senhor foi dito” (cf Lc 1,48).


Maria crê e agrada a Deus: “encontraste graça diante de Deus”, disse-lhe o anjo (cf Lc 1,30). Sem a fé, é impossível agradar a Deus (cf Hb 11,6). E ela ensina o que deve ser feito para agradar a Deus: “fazei tudo o que Ele vos disser” (cf Jo 25).

Maria crê e reconhece as maravilhas que Deus realiza nela e, por meio dela, em favor de toda a humanidade: “a minha alma engrandece o Senhor, porque fez grandes coisas em mim o Onipotente, seu nome é santo!” (cf Lc 1,47). A fé salva e faz alcançar a plenitude da vida, por obra e graça de Deus.

Olhar para Maria, elevada ao céu, nos faz pensar que vale muito a pena crer em Deus, com firmeza e confiança. A fé faz alcançar a vida plena. Fé, neste caso, significa adesão e sintonia plena com Deus e seu desígnio de salvação. Fé não pode ser apenas a aceitação de algumas “verdades”, mas é a aceitação de Deus mesmo!

Olhando para Maria, elevada ao céu em corpo e alma, nos alegramos, pois já vemos realizado nela aquilo que para nós ainda é promessa divina; ela nos dá a certeza de que nossa aspiração à vida plena e nossa esperança não são sonhos vãos. Deus promete e cumpre! Olhando para Maria, assunta ao céu, a Igreja se alegra, pois já vê antecipado nela aquilo que é a meta da peregrinação de toda comunidade eclesial nesta vida: a casa do Pai, a vida eterna.

Maria, glorificada no céu em corpo e alma, é sinal de esperança segura para todos nós. Fé e esperança estão sempre entrelaçadas; a esperança decorre de uma fé firme, como foi a de Maria, “peregrina na fé e na esperança”. É interessante como o papa Francisco, no Ano da Fé, convida constantemente à esperança e o faz com três apelos diversos: não percam a esperança; não deixem que lhes tirem a esperança; não roubem a esperança dos outros...

Recentemente, apareceu num grande jornal da Cidade um artigo, em que o autor expressava a opinião que “Maria divide os cristãos”. Trazia as já conhecidas alegações de que nós, católicos, colocamos Maria no lugar de Jesus e de Deus. Não é isso que nós fazemos; nem é verdade que Maria seja causa de divisão entre os irmãos de Jesus; ela os convida a estarem estreitamente unidos em Cristo. Pode a mãe divir os filhos? Só por algum grande e infeliz mal-entendido!


Nós damos a Maria o reconhecimento que ela merece e a honramos como a Mãe do Salvador; ela foi dada como mãe também a nós, no alto da cruz, quando Jesus entregava a vida pela salvação da humanidade. Não tenhamos, pois, medo de gostar daquela, que agradou ao próprio Deus. E ela nos dirá, sempre de novo: “fazei tudo o que o Senhor vos disser”.


Cardal Odilo P. Scherer
Arcebispo de São Paulo

Dom Aviz fala aos religiosos do Brasil no mês das vocações

Cardeal Braz de Aviz é prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica

“Em nome do Papa Francisco, nós da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica (CIVCSVA) acompanhamos com amor em toda a Igreja no mundo, os Eremitas e as Eremitas, os Monges e as Monjas, as Irmãs e os Frades, os Virgens e as Virgens consagrados/as no mundo.

O nosso é um universo de um milhão e meio de mulheres e homens a quem o Senhor chamou com delicadeza pela estrada dos Conselhos Evangélicos de Pobreza, Castidade e Obediência.


Somos filhas e filhos de nossos fundadores e fundadoras a quem Deus-Amor entregou um carisma para o bem da Igreja. Todos os carismas aprovados pela Igreja são dons para os que deles participam e para todos os homens e mulheres no mundo. Em nossos tempos entramos em um período de grandes transformações da Vida Consagrada. É preciso conservar tudo o que é genuíno e, ao mesmo tempo, abrir-se com coragem e alegria para os grandes e novos apelos do Espírito Santo que se fazem presentes.


No mês das vocações, no dia dos Consagrados, asseguramos a todos vocês Consagradas e Consagrados do Brasil, nossas orações e nosso sincero amor”



João Braz Cardeal de Aviz (Prefeito)


Dom José Carballo (Secretario)

Semana Nacional da Família atinge seu objetivo


Na maioria das comunidades paroquiais brasileiras e no exterior foi celebrada a beleza da família, através das inúmeras criatividades dos agentes que acreditam, amam e empenham-se pela família para promovê-la como Igreja Doméstica.

Durante toda essa semana que passou tivemos inúmeras  palestras, conferências, seminários que ocuparam a atenção de milhares e milhares de pessoas que querem conhecer mais a família  para amá-la mais como “tesouro preciosos dos povos latino-americanos” .

Nas capelas, matrizes, catedrais o nosso povo de Deus católico e cristãos de diversas denominações religiosas festejou  a vida familiar nas Celebrações Eucarísticas Dominicais, Cultos  e nas Celebrações da Palavra onde não havia a presença de um presbítero a importância da família como lugar adequado para a felicidade humana e de transmissão e educação da fé.

Foram realizadas diversas caminhadas, procissões e outros eventos pelas ruas das cidades desse nosso enorme Brasil; difícil foi encontrar uma cidade que não tivesse uma manifestação pública em favor da família cristã.


Como o perfil do nosso povo brasileiro é de alegria não poderia faltar a festa social da família, através dos almoços, cafezinhos e comes e bebes após algum evento do anúncio e promoção da família.

A família querida por Deus foi visibilizada de forma mais vigorosa, nessa semana que passou, pelas diversas manifestações sociais e religiosas em favor da família, composta por um homem, uma mulher e filhos e, na promoção da vida que deve ser respeitada, protegida e cuidada desde a concepção até o seu término natural.

Muitas cidades, graças a Deus, puderam mostrar e reivindicar aos governantes, deputados e senadores que somos contrários a todo tipo de ameaça à vida, e ainda, que temos consciência da mobilização radical do governo atual para aprovar o assassinato de crianças através do aborto.

A Semana Nacional da Família trouxe como em todos os anos um novo vigor em todas as pessoas, que estão todos os dias empenhadas na evangelização em prol da família cristã. Nesse ano pudemos constatar uma unidade mais efetiva e afetiva entre a Pastoral Familiar, Equipes de Nossa Senhora, ECC e tantos outros movimentos e serviços na elaboração, organização e participação na Semana dedicada a família.

Deus seja louvado pela nossa Semana Nacional da Família 2013 pela ação de Deus em nosso meio. Só resta-nos agradecer ao bom Deus o dom precioso que é a Família Cristã e tantas bênçãos derramadas em cada lar, em cada Comunidade Paroquial, em cada grupo que se reuniu para rezar, refletir e promover a família. E, principalmente, pela maior unidade entre os cristãos católicos que através dos movimentos, pastorais e serviços realizaram o desejo do único e supremo Pastor: “que todos sejam um”.

Deus seja bendito pela nossa Semana Nacional da Família 2013, que com a carta e a bênção apostólica do nosso Santo Padre, poder possibilitar novo vigor e ardor na evangelização a favor da família, através de inúmeras, diversas e criativas ações evangelizadoras na promoção da família, dentro e fora das Igrejas. Pelos bispos, padres, diáconos, seminaristas e religiosos que puderam acompanhar e incentivar a nossa Semana Nacional da Família.

Deus seja honrado pelos filhos da Igreja que se manifestaram publicamente á favor da vida e contrários a toda espécie de manipulação e leis que favorecem o assassinato de inocentes crianças. Principalmente, no ambiente escolar. E pela maciça venda da Hora da Família, mais de 250 mil exemplares espalhados pelo nosso Brasil e exterior.

Enfim, Deus seja louvado, bendito, honrado e adorado pelas atividades e ações evangelizadoras em prol da família cristã, em especial, na transmissão e educação da fé cristã aos filhos, que aconteceram nessa Semana. Podemos hoje elevar a Deus um hino der louvor por cada pessoa que organizou, participou e motivou a nossa Semana Nacional da Família.

“Fazendo votos de que vocês, queridas famílias brasileiras, sejam o mais convincentes arautos da beleza do amor sustentado e alimentado pela fé e como penhor de graças do Alto, pela intercessão de Nossa Senhora Aparecida, a todos concedo a Benção Apostólica”  Francisco.

Na certeza de missão cumprida, e iniciada, suplicamos as mais copiosas bênçãos de Deus pelas famílias brasileiras. Que a Santíssima Trindade modelo de família e a intercessão de Nossa Senhora do Bem Aventurado São José, com a intercessão de todos os casais e famílias santas e beatas torne cada vez mais fecundo toda e qualquer ação evangelizadora em favor da família.

A transmissão e a educação da fé cristã na família”, encorajando os pais nessa nobre e exigente missão que possuem de ser os primeiros colaboradores de Deus na orientação fundamental da existência e a segurança de um bom futuro. Para isso, “é importante que os pais cultivem as práticas comuns de fé na família, que acompanhem o amadurecimento de fé dos filhos” (Carta Enc. Lumem Fidei, 53).


Francisco (carta pela ocasião da Semana Nacional da Família – 2013)


Padre Wladimir Porreca

Assessor nacional da Família/CNBB

domingo, 18 de agosto de 2013

Papa renova apelo pela paz no Egito e diz que fé e violência são incompatíveis



ANGELUS
Praça São Pedro – Vaticano
Domingo, 18 de agosto de 2013



Queridos irmãos e irmãs, bom dia!

Na Liturgia de hoje escutamos estas palavras da Carta aos Hebreus: “Corramos com perseverança ao combate proposto, com o olhar fixo no autor e consumador de nossa fé, Jesus” (Heb 12, 1-2). É uma expressão que devemos destacar de modo particular neste Ano da Fé. Também nós, durante todo este ano, tenhamos o olhar fixo em Jesus, porque a fé, que é o nosso “sim” à relação filial com Deus, vem Dele, vem de Jesus. É Ele o único mediador desta relação entre nós e o nosso Pai que está nos céus. Jesus é o Filho, e nós somos filhos Nele.

Mas a Palavra de Deus neste domingo contém também uma palavra de Jesus que nos coloca em crise e precisa ser explicada, porque caso contrário pode gerar mal-entendido. Jesus diz aos discípulos: “Julgais que vim trazer paz à terra? Não, digo-vos, mas separação” (Lc 12, 51). O que isso significa? Significa que a fé não é algo decorativo, ornamental. Viver a fé não é decorar a vida com um pouco de religião, como se fosse um bolo que decoramos com o glacê. Não! A fé não é isso. A fé significa escolher Deus como critério-base da vida e Deus não é vazio, Deus não é neutro, Deus é sempre positivo, Deus é amor e o amor é positivo! Depois que Jesus veio ao mundo não podemos mais agir como se não conhecêssemos Deus. Como se fosse algo abstrato, vazio, de referência puramente nominal; não, Deus tem um rosto concreto, tem um nome: Deus é misericórdia, Deus é fidelidade, é vida que se doa a todos nós. É por isso que Jesus diz: vim trazer divisão, não que Jesus queira dividir os homens entre eles, pelo contrário: Jesus é a nossa paz, é a nossa reconciliação! Mas esta paz não é a paz dos sepulcros, não é neutralidade. Jesus não traz neutralidade, esta paz não é um compromisso a todo custo. Seguir Jesus implica renunciar ao mal, ao egoísmo e escolher o bem, a verdade, a justiça, mesmo quando isso requer sacrifício e renúncia aos próprios interesses. E isto sim, divide; sabemos disso, divide mesmo os laços mais estreitos. Mas atenção: não é Jesus que divide! Ele coloca o critério: viver para si mesmo ou viver para Deus e para os outros, ser servido ou servir, obedecer a si mesmo ou obedecer a Deus. Eis em que sentido Jesus é “sinal de contradição” (Lc 2, 34).


Esta palavra do Evangelho não autoriza o uso da força para difundir a fé. É exatamente o contrário: a verdadeira força do cristão é a força da verdade e do amor, que leva a renunciar a toda violência. Fé e violência são incompatíveis! Fé e violência são incompatíveis! Em vez disso, fé e fortaleza caminham juntas. O cristão não é violento, mas é forte. E com qual fortaleza? Com a da mansidão, a força da mansidão, a força do amor.


Queridos amigos, entre os parentes de Jesus havia alguns que em certo ponto não partilharam o seu modo de viver e pregar, diz o Evangelho (cfr Mc 3,20-21). Mas sua mãe sempre o seguiu fielmente, mantendo fixos os olhos de seu coração em Jesus, o Filho do Altíssimo, e em seu mistério. E no final, graças à fé de Maria, os familiares de Jesus tornaram-se parte da primeira comunidade cristã (cfr At 1,14). Peçamos a Maria que ajude também nós a ter o olhar bem fixo em Jesus e a segui-Lo sempre, mesmo quando custa.

________________________________
Fonte: Boletim da Santa Sé
Tradução: Jéssica Marçal

Um outro evangelho


Hoje, o "evangelho" da promessa do sucesso financeiro, da casa própria, do carro novo, do apartamento, da conta bancária, da empresa próspera, do casamento feliz, da saúde e da libertação de todos os problemas, atrai milhares, por ser estrategicamente direcionado a uma clientela de homens E mulheres, velhos e jovens, de todas as raças e classes sociais que, cada vez mais, buscam soluções rápidas e imediatas para os seus problemas, e esses problemas são intrínsecos à vida de todo habitante desta Terra.

Poderíamos citar aqui dezenas de lideranças ou donos de “igrejas” que possuem patrimônio financeiro superior ao de muitos grandes empresários brasileiros. Seus bens chegam a incluir mansões, iates, helicópteros, aviões, redes de telecomunicações, editoras, contas no exterior e empresas que atuam nas mais diversas áreas. Correndo por fora, milhares de "pastores" sonham e alcançar o mesmo sucesso. Esses verdadeiros mercadores da fé trabalham por metas de arrecadação de dízimos e ofertas com tamanha competência que deixariam qualquer gerente comercial sonhando em ter uma equipe tão focada e eficaz.


Evidentemente, nada temos contra o empreendedorismo, a competência no gerenciamento, a habilidade para a comunicação e outras qualidades inatas nessas pessoas, e nem mesmo negamos a importância do dinheiro em todos os setores da sociedade, inclusive os religiosos: sem dinheiro não se mantém as estruturas, não se pagam os espaços, os recursos necessários... Como se dizia antigamente, "ninguém vive de brisa". O problema é quando o dinheiro, a prosperidade financeira e os prazeres deste mundo tornam-se o foco principal da pregação e da doutrina. O problema começa quando tais pregadores, que se dizem "cristãos", esquecem que a  plenitude da vivência cristã passa pelo Crucificado, implica tomar cada um a sua cruz e seguir o Caminho, que é o Cristo.

Jesus veio ao mundo para salvar o homem, visto que, até o momento da encarnação do Verbo, a eternidade não era uma realidade para o povo: nos tempos do Antigo Testamento, vivia-se o aqui e agora. Do alto da cruz, o Senhor estabeleceu a Nova e Eterna Aliança entre Deus e os homens, na qual é preciso haver um relacionamento de amor, aceitação, coragem, desprendimento, perseverança e renúncia para segui-lo.

Jesus jamais prometeu benefícios nem favores individuais, a não ser espirituais, aos que o seguiam (ver a história dos Apóstolos e dos santos: as perseguições, as injúrias, os martírios...). Mas o Senhor promete vida eterna, que é o centro e o objetivo de toda a vida cristã neste mundo. Não negamos com isso os milagres operados na vida de tantos, nem as graças e benefícios que recebemos de Deus diariamente, nem queremos com isso dizer que a vida do cristão deva ser uma vida somente de dores, sacrifícios, sofrimentos... Ser membro da Igreja, que é o Corpo Místico de Cristo, do qual é Ele próprio a Cabeça, é motivo de grande alegria, de constante exultação na Ressurreição. Mas toda a benção, toda a consolação, todas as graças e milagres de Deus, sempre são concedidos em virtude a salvação da alma do indivíduo.


Queremos, com este artigo, apenas refletir e lançar luz sobre a atitude mercadológica, sectária, perversa e direcionada a comprar e vender aquilo que não se compra com dinheiro, pois é Dom gratuito de Deus. Viemos denunciar o que nunca foi, e jamais será o verdadeiro cristianismo pregado nesses dois mil anos de história e vivido em plenitude por tantos santos de Deus, declarados ou não formalmente pela Igreja de Cristo, que é Una, Santa Católica e Apostólica.

Somente o conhecimento e a verdadeira conversão do coração poderão, libertar os filhos de Deus dessa lógica de mercado, desses balcões de negociação que levam os corações humildes a crer que, doando uma grande quantia financeira, obrigarão Deus a devolver-lhes em dobro, várias vezes mais... A pensar que, com seu dinheiro, moverão a mão de Deus em seu favor, ou poderão, de alguma forma, comprar ou negociar a Graça divina. Perdoai-os, Pai, eles não sabem o que fazem!


É dever de cada autêntico cristão denunciar esse crime contra o Sagrado, de mentes astuciosas, demoníacas e maquiavélicas, que, como lobos, arrebanham almas simples e criam um ambiente de alienação e manipulação de gente necessitada, - e muitas vezes egoísta, mesquinha e materialista, reforçando esses vícios, - gente carente de verdadeiro auxílio espiritual, que necessita de um encontro com o verdadeiro, único e soberano Senhor Jesus Cristo por meio de sua obra e instituição: a Igreja Católica.
_________________________________

Morreu José Luis de Jesus Miranda, “Jesus Cristo Feito Homem”


José Luis de Jesús Miranda nasceu em Ponce, Porto Rico, faleceu na semana passada aos 67 anos de idade, no Hospital Metodista de Sugar Land, Texas, perto de Houston.

Embora sua morte ainda não foi relatada por membros de sua igreja, Creciendo en Gracia (Crescendo em Graça), sua ex-esposa Josefina Torres, informou que fontes muito confiáveis de dentro da congregação com sede em Bogotá, Colômbia, confirmaram que Miranda morreu por causa de complicações com uma cirrose hepática que vinha sofrendo a muitos anos.

Torres, em um comunicado telefônico, ao site espanhol “secretosdeimpacto” disse que havia visto Miranda repetidamente vomitar sangue devido a esta doença, causada pelo consumo excessivo de álcool ao longo de sua vida.

O ex-líder da Igreja Crescendo na Graça, que foi muito atacada ao longo dos anos por ser considerada por muitos uma seita satânica, apareceu em um vídeo há alguns meses extremamente magro, junto com sua parceira atual e a filha dela. Sua aparecia frágil e seu corpo magro deu a entender que ele estava doente.

Em 2012, Miranda, afirmava ser a reencarnação de Jesus Cristo o homem sobre a terra, tinha anunciado que se transformaria em ser indestrutível e imortal, e que os membros de sua igreja poderiam atravessar paredes e tocar no fogo sem se queimar. Passado a data, de 30 de junho, nada se ouviu falar de Miranda e seus seguidores até abril, quando publicaram seu vídeo no YouTube.

Com uma voz fraca e muito diferente do homem que havia anunciado tal previsão meses atrás, Miranda nunca falou de sua conversão, embora fosse evidente que, em vez de se tornar imortal o que mostrou foi que sua saúde estava muito deteriorada.

Segundo Josefina Torres, neste momento todos os bispos de suas igrejas estão reunidos em Miami para discutir que caminho tomar a partir da morte de seu líder, e preparar o anúncio de sua morte de uma forma que não assuste os seus seguidores, que é estimado segundo a igreja em milhões de pessoas em 35 países.

Muitos deles têm os números 666 tatuados em seu corpo, esse número segundo Miranda, “não é do diabo, mas neste número há sabedoria, é número de prosperidade”. Sua doutrina diz que este é, na realidade, o numero do homem, que representa o regresso de Jesus Cristo a terra. Essa ideia tem irritado muitos estudiosos da Bíblia, que sempre consideraram Miranda como um herege, ou um mero charlatão.

Sua congregação celebra o Natal no dia 22 de abril, em vez de 25 de dezembro, o aniversário de Miranda.

Seguidores do Homem que diz ser Jesus e que supostamente morreu, acreditam que ele reaparecerá glorificado


Enquanto cresce os comentários nas redes sociais sobre a suposta morte de José Luis de Jesus Miranda, conhecido por seus seguidores como Jesus Cristo Homem, a programação da emissora cibernética do ministério Creciendo en Gracia “Crescendo em Graça”, dedicou a manhã da última quarta-feira para falar que estão esperando a transformação de seu “Deus Pai”.

O locutor do programa ‘La Mejor Mañana’ da emissora Netgracia, Gonzalo Gómez, dedicou alguns minutos para expor a crença religiosa de que José Luis De Jesús Miranda, “não conhecerá a morte” e que“seus anos não acabaram”. Gómez usou várias citações bíblicas para apoiar os argumentos da seita que promove a uso do número 666.

O jornal espanhol El Nuevo Día, tentou falar com os diretores do ministério em Porto Rico, mas não foram atendidos, no entanto ao falar com o locutor Gonzalo da emissora de rádio, localizada nos Estados Unidos, ele insistiu que seu líder nunca morrerá.

“Isso é totalmente falso. Ele nunca vai morrer, nunca morrerá. Virá  com um corpo transformado, com corpo imortal de glória. No ensinamento de Jesus Cristo Homem ele diz que seus anos nunca se acabarão. Ele voltará com corpo ‘radioativo’ e pronto o veremos”, afirmou o locutor.

Quando solicitado ao locutor que explique seu ponto de vista de que Miranda se encontra em processo de transformação nesse instante, ele convida para estudar as crenças expostas por seu pastor.

Ele também explicou que Jesus Cristo Homem, não fica doente e não morre por causas médicas. Comentou ainda que estão esperando sua transformação e que em ‘um suspiro’ retorna ‘radioativo’.“Será absorvido pela vida”, acrescentou.

No entanto em seus comentários no rádio, Gómez nunca falou de uma morte. Limitou-se em afirmar que Miranda voltará transformado.

“Não conhecerá a morte, porque será transformado em cumprimento ao seu decreto. Ele determinou e se estabelece. O vereemos no cumprimento, no tempo ele voltará com corpo radioativo imortal de glória. Um corpo sem margem de erro, um corpo radioativo, onde todos aqueles que puderam vê-lo sem seu corpo físico e não obedeceram a palavra da verdade, não obedeceram ao espírito de graça, ao Espírito Santo, terão consequências graves contra o Deus soberano e já transformado”, afirmou ele.

No último vídeo que Miranda publicou no dia 27 de abril, no Youtube, por ocasião de seu aniversario de 67 anos, o líder religioso estava muito magro e com uma aparência deteriorada.




Vários grupos de noticias religiosas atribuem a ex-esposa do religioso, Josefina Torres, de ter anunciado sua morte por suposta complicações de cirrose hepática que supostamente o afligia.
_______________________________
Fonte: PortalPadom