quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Mensagens do Papa Francisco e Bartolomeu I para o Simpósio Intercristão


O Papa Francisco enviou uma mensagem, nesta quinta-feira, aos participantes do 13° Simpósio Intercristão em andamento na cidade de Milão, na Itália, promovido pelo Instituto Franciscano de Espiritualidade da Pontifícia Universidade Antonianum de Roma e pela Faculdade Teológica Ortodoxa da Universidade Aristóteles de Salônica, na Grécia.

"A vida dos cristãos e o poder civil. Questões históricas e perspectivas atuais no Oriente e Ocidente" é o tema do encontro promovido no âmbito do Ano Constantiniano pelos 1.700 anos do Edito de Milão.

"A histórica decisão de Constantino com a qual foi decretada a liberdade religiosa para os cristãos, abriu novos caminhos para a difusão do Evangelho e muito contribuiu para o nascimento da civilização europeia", ressalta Francisco na mensagem. 

Esse acontecimento transmitiu para o Oriente e Ocidente "a convicção de que o poder civil tem o seu limite perante a Lei de Deus, a reivindicação do espaço justo de autonomia para a consciência, a consciência de que a autoridade eclesiástica e o poder civil são chamados a colaborar para o bem integral da comunidade humana", conclui o Papa. 


O Patriarca Ecumênico de Constantinopla, Bartolomeu I, também enviou uma mensagem aos participantes do 13° Simpósio Intercristão.

Ele ressalta no documento a importância do Edito de Milão que permitiu aos cristãos "o livre exercício de seus deveres culturais e religiosos e o reconhecimento da liberdade religiosa em geral".

"O tema escolhido diz respeito ao relacionamento da vida cristã com o poder político, um tema atual em nossos dias, em que por um lado a tentação do poder influencia em alguns casos a vida dos cristãos e por outro, certas formas de poder político no mundo contemporâneo trabalham negativamente ou colocam em perigo suas vidas", frisa Bartolomeu I.


Ele conclui a mensagem desejando sucesso nos trabalhos do simpósio e invocando as bênçãos divinas para que possa dar frutos em favor do bem da Igreja e do progresso da colaboração destes institutos científicos. (MJ)
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quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Abusos na Liturgia


É impressionante como a maioria dos leigos que ajudam nos grupos de música ou na pastoral da liturgia não se importa como a missa é celebrada. O abuso litúrgico é antes de tudo uma falsificação da liturgia católica, no dizer da Instrução Redemptores Sacramentum. Todo católico tem o direito de ver celebrada a sagrada liturgia sem improvisações, sem experimentação, de acordo com as normas estabelecidas pela Santa Sé. Esse direito reclama dos presbíteros  e também dos demais fieis o dever de observar rigorosamente as regras litúrgicas. Todo católico deve, portanto,  instruir-se a respeito do assunto e lutar, com maturidade e serenidade, para que os Santos Mistérios sejam celebrados segundo a liturgia determinada pela Igreja. Selecionamos aqui alguns equívocos infelizmente frequentes em termos de liturgia.





Lembramos, mais uma vez, que a leitura da Instrução Redemptiones Sacramentum é importantíssima, quase obrigatória. Também recomendamos a leitura da Instrução Geral do Missal Romano, nos tópicos de interesse. É Glória in Excelsis com uma música incompleta, é Ato Penitencial meloso... é “canto de comunhão” que não tem nada haver com o momento da comunhão... Pai-Nosso com letra adulterada... é muito triste essa situação onde as pessoas vão pra missa querendo fazer algo que lhes agrada quando na verdade deve agradar  somente a Deus. Já vi intenções de todo tipo durante as Missas (e sempre conseguem se superar).






Meu coração fica partido quando vejo que as pessoas não se importam com o modo correto de celebrarmos a Eucaristia, que é simplesmente o modo como Deus nos ordenou. Em muitas paróquias vemos pessoas que inventam coisas e degeneram a liturgia dessa maneira achando que tudo pode ser movido pela criatividade, pela inovação... puro engano, fruto de um aprendizado errado (que pode ter sido introduzido por qualquer um, menos por Deus).




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Lei da Palmada: os filhos poderão decidir sobre tudo, sem ingerência dos pais ou responsáveis



Um assunto que toca diretamente os pais e mães do Brasil, e que, de certa forma invade sem pedir licença, todos os lares desse país é o projeto de lei batizado pela imprensa nacional como “Lei da Palmada”, o PL 7672/2010 que visa “proibir o uso de qualquer castigo físico ou ato considerado cruel, degradante ou humilhante na educação de crianças e adolescentes”.

Em conversa com ZENIT, Paulo Fernando de Melo, pai de 5 filhos, membro da comissão de bioética da arquidiocese de Brasília e assessor parlamentar na câmara dos deputados aborda esse tema na entrevista abaixo:.
 
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ZENIT: Dr. Paulo Fernando, o senhor esteve ontem numa mesa redonda no programa Diário Brasil, da TV Genesis, discutindo o projeto de lei da Palmada. Que lei é essa? Qual é o histórico dessa proposição?

Paulo Fernando: A Lei da Palmada é o nome dado ao PL 7672/2010, de autoria do presidente Luís Inácio, que “altera a Lei n. 8.069, de 13 de junho de 1990, que dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente para estabelecer o direito da criança e do adolescente de serem educados e cuidados sem o uso castigos corporais ou de tratamento cruel ou degradante".

A matéria já havia sido tratada em 2003, com o PL 2654/2003 da Deputada Maria do Rosário (PT/RS), atual Ministra dos Direitos Humanos e está aguardando a apreciação de 2 recursos contra o poder conclusivo em plenário desde 2006. 

O PL 7672/2010 visa proibir o uso de qualquer castigo físico ou ato considerado cruel, degradante ou humilhante na educação de crianças e adolescentes. 

O conceito de constrangimento e humilhação é bem subjetivo, além do que os maus tratos, lesão corporal, tortura já tem previsão no ordenamento jurídico brasileiro.

O PL 7672/2010 foi aprovado por uma Comissão Especial com a relatoria da Deputada Teresa Surita.Foram apresentados 6 recursos ao plenário contra o poder conclusivo das comissões.Estranhamente os deputados retiraram as suas assinaturas por uma forte pressão de uma famosa apresentadora de TV.

O deputado Marcos Rogério PDT/RO impetrou um mandado de segurança no STF com pedido de liminar asseverando que o despacho da Mesa da Câmara, determinando o poder conclusivo, contrariou os arts. 24, II, “e” do Regimento Interno da Câmara dos Deputados e art. 68, §1º, II, Constituição Federal, pois dispõe sobre matéria que não é objeto de delegação legislativa.

A proposição, ao tratar em seu art. 17-A, do direito da criança de ser educada, cuidada, tratada ou vigiada sem uso de castigo corporal ou tratamento cruel ou degradante, discute matéria que se insere no âmbito normativo do inciso III, do art. 5º da Constituição Federal, rol inequívoco de direitos individuais. Afora o fato de que o projeto diz respeito à disciplina do exercício do pátrio poder, indiscutivelmente inserto no âmbito da intimidade da vida privada da família, também arrolada como direito individual no inciso X do mesmo dispositivo constitucional.

O relator da matéria no STF é o Ministro Luis Fux que pediu informações à Câmara dos Deputados e ao Procurador-Geral da República.

ZENIT: O povo brasileiro foi consultado sobre esse projeto? 

Paulo Fernando: Em enquete realizada pelo site da Câmara dos Deputados 94 % dos internautas manifestam-se contrários à proposição e a maioria dos parlamentares também são contra o projeto.

ZENIT: Na prática, os pais serão constrangidos em quais pontos?

Paulo Fernando: Cria-se uma central de denúncias contra os pais ,principalmente nas famílias com muitos filhos e atingirá também os educadores, pois se quebra o respeito ao poder familiar, a hierarquia e enfraquece a disciplina e a obediência. Obviamente, ninguém em sã consciência defende o espancamento de crianças e adolescentes, mas muitas vezes uma reprimenda leve e educativa pode ser utilizada como o último recurso, afinal uma palmadinha explicada não dói.

ZENIT: O que pode estar por detrás desse projeto de lei? 

Paulo Fernando: O PL é revestido de um profundo caráter ideológico da intervenção do Estado nos assuntos privados e que só dizem respeito ao seio da família. Uma das principais caraterísticas de um Estado autoritário socializante é intervir nos assuntos privados do cidadão de bem. Instituir uma educação "sem rédeas ou freio", onde os filhos poderão decidir sobre tudo, sem ingerência dos pais ou responsáveis.

ZENIT: Sobre a lei da Palmada, o que os eleitores podem fazer para barrar essa lei?

Paulo Fernando: Informar-se do texto e de suas consequências, cobrar dos deputados da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados a não apreciação da matéria e, se por  acaso for para o Senado Federal, rogar aos senhores senadores a rejeição na íntegra da proposição.


Para maiores informações: www.paulofernando.com.br ; providafamilia@hotmail.com
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Fonte: ZENIT

Martírios atuais


“Felizes os perseguidos por causa da justiça!” (Mt 5, 10); “se me perseguiram, perseguirão a vós também”, já nos prevenira Jesus (Jo 15, 20). “Todos os que quiserem viver piedosamente no Cristo Jesus serão perseguidos” (2 Tm 3, 12), completa São Paulo. Mas às vezes pensamos que isso era coisa do começo da Igreja ou dos séculos passados. Não! O martírio é algo inseparável da vida da Igreja. Chocantes as notícias recentes dos jornais, relatando que mais de 40 peregrinos da JMJ pediram refúgio no Brasil por causa da perseguição religiosa que sofrem em seus países: “No corpo do serra-leonês A., de 24 anos, as cicatrizes revelam as marcas da intolerância. Aos 4 anos, ele viu o pai e a irmã mais velha serem assassinados pelos vizinhos por conta de sua opção religiosa: a família era católica...

Quando fez 9 anos, A. foi levado à força... seu corpo foi perfurado com ganchos: ‘eu fiquei dias sangrando sem nenhum tipo de assistência’. O paquistanês Z... relata as privações sofridas por ele, os familiares e amigos em sua terra natal. Ele conta que o irmão teve que largar o emprego de vendedor... quando descobriram que era católico. Ele afirma ainda que já foi perseguido por autoridades locais e discriminado na busca por um emprego quando se declarou católico... Casas são invadidas, pessoas eram presas e não voltaram, ... afirmando que em março outros católicos, que praticavam a religião como ele, foram perseguidos e apreendidos” (O Globo, 23.8.2013, pág. 14).


“O sacerdote Hani Bakhoum Kiroulos, assistente do Patriarcado copto-católico na capital egípcia, fez um balanço de todos e cada um dos lugares atacados –mais de 30– pelos extremistas muçulmanos durante o massacre desta quarta-feira que cobrou (em total) a vida de mais de 520 pessoas e mais de 3700 feridos. Em Suez, um convento da Congregação do Bom Pastor, a escola adjacente e o hospital foram saqueados e incendiados. Uma igreja franciscana também foi atacada e incendiada. Na cidade de Minya, na zona nordeste do país, os extremistas muçulmanos atacaram a Igreja copta-católica Mar Guirguis, a igreja (também copta-católica) de São Marcos; e um convento e uma escola das irmãs de São José. Em Beni Souef, na zona central do norte, os extremistas atearam fogo ao convento franciscano do Imaculado Coração de Maria. Na localidade de Asyut na zona central do Egito, o ataque foi também à Igreja franciscana Santa Teresa e a um convento de irmãs franciscanas.


Os extremistas muçulmanos também atacaram a Basílica de Nossa Senhora de Fátima no Cairo, apedrejaram e bateram nas portas, mas não conseguiram entrar. O Papa Francisco, reunido a milhares de Fiéis para a Missa e Ângelus da Festa da Assunção de Nossa Senhora, elevou uma oração pelas vítimas do massacre no Egito: ‘chegam infelizmente notícias dolorosas do Egito. Desejo assegurar minha oração por todas as vítimas e seus familiares. Pelos feridos e por quantos sofrem’. E acrescentou: ‘Oremos juntos pela paz, o diálogo, a reconciliação nessa querida terra e no mundo inteiro. Maria, Rainha da paz, rogai por nós’”.


Dom Fernando Arêas Rifan
Bispo da Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney

Patriarca de Antioquia: "Escutemos o apelo do Papa pela paz na Síria"


O Patriarca Greco-católico de Antioquia, de todo o Oriente, de Alexandria e de Jerusalém dos Melquitas, Gregório III Laham, advertiu nesta quarta-feira que um ataque dos Estados Unidos contra Síria vai abalar a confiança do mundo árabe em relação ao Ocidente e seria um crime. “Escutemos o apelo do Papa pela paz na Síria. Se os países ocidentais desejam criar uma verdadeira democracia devem construí-la com a reconciliação, com o diálogo entre cristãos e muçulmanos, não com as armas. O ataque planejado pelos Estados Unidos é um ato criminoso, que provocará outras vítimas, além das milhares deste dois anos de guerra. Isto irá abalar a confiança do mundo árabe com o mundo ocidental”.

“A voz dos cristãos – afirmou o Patriarca – é aquela do Papa. Neste momento devemos ser pragmáticos. A Síria tem necessidade de estabilidade e não tem sentido um ataque armado contra o governo”.


Gregório III se pergunta: “Quais são as partes que levaram a Síria a esta linha vermelha? Quem levou a Síria a este ponto sem volta? Quem criou todo este inferno em que vive a população há meses? A cada dia – observou – entram na Síria extremistas provenientes de todo o mundo com o único objetivo de matar e nenhum país fez nada para pará-los, antes pelo contrário, os Estados Unidos decidiram enviar ainda mais armas”.


O prelado reitera que um ataque dos Estados Unidos vai atingir, sobretudo, a população síria e não é menos grave que o uso de armas químicas”. (JE)
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Nobel da Paz defende solução política para Síria: "Ação militar vai desestabilizar todo o Oriente Médio"


“Uma ação militar das forças norte-americanas ou da OTAN não resolverá os problemas da Síria. Poderá, ao contrário, levar à morte milhares de sírios e à fragmentação do país. Significará uma ulterior fuga dos sírios em direção aos países circundantes e desestabilizará todo o Oriente Médio, deixando a área entregue à violência sem controle”. Foi a advertência de Mairead Maguire, Prêmio Nobel da Paz em 1976 pelo trabalho desenvolvido na Irlanda do Norte pela pacificação entre católicos e protestantes. Atualmente é responsável pela ONG ‘Peace People’.

Em nota enviada à Agência Fides, Maguire, que realizou missão de paz na Síria em maio de 2013, explicou que “o povo da Síria clama pela paz e a reconciliação e uma solução política à crise síria, que continua a ser inflamada por forças externas, com milhares de combatentes estrangeiros, financiados por países estrangeiros, movidos pelos próprio interesses políticos”.


Maguire contou ter encontrado na Síria muitas pessoas e grupos que, também no conflito civil, “trabalhavam pela construção da paz e da reconciliação”. A Nobel da Paz apela aos Ministros do Exterior da França e Grã-Bretanha para que, como desejado pelo povo sírio, usem o diálogo e a negociação como caminho para resolver o conflito. Ela recordou o fracasso das ações militares no Iraque, Afeganistão e Líbia. (JE)
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Patriarca Maronita: "As tragédias de Dahieh e Trípolis são tragédias também nossas, pois formamos um só corpo e uma só família"


O Patriarca Maronita de Antioquia e de todo o Oriente, Bechara Boutros Raí caracterizou como “um crime contra Deus, contra a humanidade e contra o Líbano” os atentados às mesquitas em Trípoli e em Roueiss, ao sul da capital libanesa. Na homilia proferida neste domingo em Dimane, o Patriarca manifestou solidariedade e proximidade na oração às vítimas e às famílias das duas áreas onde ocorreu o atentado, invocando a unidade nacional e exortando os responsáveis pelo governo a tirar o país do impasse.

O Líbano não tem um governo há meses, devido aos obstáculos levantados pelo Hezbollah e pelas diversas posições dos partidos da situação sobre a Síria. Dirigindo-se à classe política, o Patriarca afirmou: “Diante da monstruosidade que atingiu o Líbano, do sul de Beirute até o coração do Norte, os homens no poder e as partes em conflito rejeitam sentar-se à mesa do diálogo, impedem a formação de um novo governo, paralisam o parlamento e estancam a vida pública, e deveriam tomar consciência de que são eles os responsáveis pelo caos na segurança, pela proliferação das armas ilegais, pelos carros-bomba itinerantes, pelas explosões e pelo sangue dos inocentes. A grande responsabilidade deles diante destas catástrofes nacionais impõe a eles o dever de fazer o país sair das coordenadas do conflito confessional regional, liberando-o da influência estrangeira e separando-o do que acontece na Síria”.

“O diálogo é o objetivo que pode salvar – acrescentou -, pois promete resultados positivos e supera todas as condições. Este é o apelo das vítimas inocentes”.


O Patriarca recordou ainda que a população já vive a reconciliação de que os partidos e o país tem necessidade: “ficamos muito tocados pelas mulheres e pelas crianças dos bairros ao sul, onde ocorreu um atentado, pois distribuíram rosas em sinal de solidariedade com os filhos de Trípoli, onde ocorreram os dois últimos atentados”.


Após a Missa, o Patriarca dirigiu-se à Mesquita de al-Taqwa, em Trípoli, um dos locais atingidos, para oferecer seu pesar pela morte de 45 pessoas e cerca de 900 feridos. “Após dez dias das bombas de Roueiss – disse o Cardeal Raí – as mesmas mãos orquestraram os atentados em Trípoli e em nome da Igreja Maronita, vos digo que a tragédia de Dahieh e a de Trípoli são nossas tragédias também, porque somos um só corpo e uma só família”. (JE)
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terça-feira, 27 de agosto de 2013

Esperamos uma força internacional que ajude a dialogar e não a fazer a guerra

Palavras do Bispo de Aleppoe presidente da Caritas na Síria, 

Dom Antoine Audo,em entrevista à Radio Vaticano


“Fiquei realmente muito contente por ter sentido que o Santo Padre se faz próximo a nós, falou sobre a Síria, sobre essa "amada nação", expressou o seu sofrimento e o seu empenho para ajudar a Síria” - afirmou Dom Antoine Audo em entrevista à Radio Vaticano.

Sobre o apelo do Papa à comunidade internacional para que faça todo o possível em prol da paz, pelo diálogo entre as diferentes partes em conflito Dom Audo expressou que “foi realmente uma coisa muito pessoal, muito clara, muito direta... Com esse gesto o Papa transmite confiança a todos nós que agora estamos, sobretudo em Aleppo, numa situação muito difícil. A mensagem do Santo Padre é muito, muito positiva, e foi muito apreciada por grande parte da população”.

A respeito de uma intervenção militar o Bispo de Aleppo afirmou que isso “poderia significar uma guerra mundial. Novamente há esse risco... A situação não é nada fácil! Esperamos que as palavras do Papa para favorecer um verdadeiro diálogo entre as diferentes partes em conflito, para encontrar uma solução, seja o primeiro passo para não usar armas, mas para fazer de modo que as pessoas tenham liberdade de movimento, de viajar, de comunicar, trabalhar... Todo o país agora está em guerra! Esperamos o seguinte: uma força internacional que ajude a dialogar e não a fazer a guerra."



Na breve entrevista Dom Audo falou ainda sobre a total falta de liberdade em Aleppo: "Como situação, no momento Aleppo é a pior! Todos falam isso, comparando com as outras zonas do país. Em Damasco – por exemplo – se pode viajar, o aeroporto funciona, se pode viajar para o Líbano, enquanto em Aleppo não se tem liberdade de movimento! Geralmente, na região litorânea se vive tranquilamente, muitas pessoas em Aleppo fugiram para essa região."


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Fonte: ZENIT