terça-feira, 10 de setembro de 2013

O Plano Maçônico para a destruição da Igreja Católica


Normas do grande Mestre da Maçonaria aos Bispos católicos maçons, efetivas  desde 1962.Todos os confrades maçons terão que referir sobre os progressos destas decisivas disposições. Reelaboradas em outubro de 1993 como plano progressivo para o passo final. Todos os maçons ocupados na Igreja têm que acolhê-la e realizá-las.

Da sessão «Storia» da revista: «Teológica» n. 14 - Marzo/Aprile 1998  - páginas 22-25 Edizioni Segno - Udine – Italia

1 Removam de uma vez por todas a São Miguel, protetor da Igreja Católica, de todas as orações ao interior e ao exterior da Santa Missa. Remover suas estátuas, afirmando que elas apartam da Adoração de Cristo.

 
 Removam os Exercícios Penitenciais da Quaresma como a abstinência de carne as sextas-feiras e também o jejum;  impeçam cada ato de abnegação. Em seu lugar devem ser favorecidos os atos de alegria, de felicidade e de amor ao próximo. Digam: "Cristo já mereceu por nós o Paraíso" e "cada esforço humano é inútil". Digam a todos que devem tomar em sério a preocupação por sua saúde. Estimulem o consumo de carne, especialmente de porco.

 Encarreguem aos pastores protestantes de reexaminar a Santa Missa e de desacralizá-la. Semeiem dúvidas sobre a Real Presença de Cristo na Eucaristia e confirmem que a Eucaristia - com maior aproximação à fé dos protestantes - é somente como pão e vinho e compreendida como um puro símbolo. Disseminem protestantes nos Seminários e nas escolas. Falem de ecumenismo como caminho para a unidade. Acusem a cada um que crê na Presença Real de Jesus o Cristo na Eucaristia como subversivo e desobediente para com a Igreja.

 
  Proíbam a Liturgia latina da Missa, Adoração e Cantos, uma vez que eles comunicam um sentimento de mistério e de respeito. Apresentem-no como feitiços de adivinhos. Os homens pararão de crer nos Sacerdotes como homens de inteligência superior, de respeitar como portadores dos Mistérios Divinos.     

   Dêem coragem às mulheres a não cobrir-se a cabeça com o véu na igreja. O cabelo é sexi. Pretendam às mulheres como leitoras e sacerdotisas. Apresentem a coisa como se fosse uma idéia democrática. Fundem um movimento de libertação da mulher. Quem entra na igreja tem que vestir vestidos descuidados para sentir-se nela como em casa. Isso debilitará a importância da Santa Missa.


 
  Afastem os fiéis de receber de joelhos a Comunhão. Digam às monjas que devem impedir aos pequenos antes e depois da Comunhão de ter as mãos juntas. Digam a eles que Deus os quer assim como são e deseja que se sintam completamente cômodos. Eliminem na igreja de estar de joelhos e cada genuflexão. Tirem os genuflexórios. Digam às pessoas que durante a Missa devem certificar sua fé em posição erguida.

 
 7 Eliminem a música sagrada do órgão. Introduzam guitarras, harpas judias, tambores, ruídos e sagradas risadas nas igrejas. Isso afastará a gente da oração pessoal e das conversações com Jesus. Impeçam a Jesus o tempo de chamar crianças à vida religiosa. Introduzam ao redor do altar danças litúrgicas com vestidos excitantes, teatros e concertos.

 
 Tirem o caráter sagrado aos cantos da Mãe de Deus e de São José. Indiquem sua veneração como idolatria. Convertam em ridículos os que persistem. Introduzam cantos protestantes. Isso dará a impressão que a Igreja Católica por fim admite que o Protestantismo é a verdadeira religião ou ao menos que ele é igual a Igreja Católica.

 
 9  Eliminem também todos os hinos a Jesus uma vez que eles fazem pensar à gente na felicidade e serenidade que deriva da vida de mortificação e penitência por Deus desde a infância. Introduzam cantos novos somente para convencer a gente que os rituais anteriores de algum modo eram falsos. Assegurem-se que em cada Missa ao menos um canto pelo qual Jesus não seja mencionado e que em vez fale somente de amor para os homens. A juventude será entusiasmada ao sentir falar de amor para o próximo. Anunciem o amor, a tolerância e a unidade. Não mencionem a Jesus, proíbam cada anúncio da Eucaristia.

 
 10 Removam todas as relíquias dos Santos dos Altares e sucessivamente também os Altares mesmos. Substituem com mesas pagãs privadas de Consagração que possam ser usadas para oferecer sacrifícios humanos no curso das missas satânicas. Eliminem a lei Eclesiástica que quer a celebração da Santa Missa somente sobre Altares que contenham Relíquias.  

 
 11  Interrompam a prática de celebrar a Santa Missa na presença do Santíssimo Sacramento no Tabernáculo. Não admitam algum Tabernáculo sobre os Altares que são usados para a celebração da Santa Missa. A mesa deve ter o aspecto de uma mesa de cozinha. Deve ser transportável para expressar que ela não é absolutamente sagrada porém tem que servir para um dobro objetivo, por exemplo, de mesa para conferências ou para jogar   cartas. Mais tarde coloquem ao menos uma cadeira a tal mesa. O Sacerdote tem que sentar-se para indicar que depois da Comunhão ele descansa como depois de uma comida. O Sacerdote não tem que estar nunca de joelhos durante a Missa nem fazer genuflexões. Nas comidas, de fato, não se ajoelham nunca. A cadeira do Sacerdote tem que ser colocada no lugar do Tabernáculo. Dêem coragem à gente a venerar e também a adorar ao Sacerdote no lugar da Eucaristia, a obedecer-lhe no lugar da Eucaristia. Digam à gente que o Sacerdote é Cristo, seu chefe. Coloquem o Tabernáculo num local diferente, fora da vista.

 
 12 Façam desaparecer os Santos do calendário Eclesiástico, sempre alguns em tempos determinados. Proíbam aos Sacerdotes de falar dos Santos, exceto aqueles  mencionados pelo Evangelho. Digam ao povo que eventuais protestantes, talvez presentes na igreja, poderiam escandalizar-se deles. Evitem tudo aquilo que molesta aos protestantes.

 
 13  Na leitura do Evangelho omitam a palavra "santo", por exemplo, em lugar de "Evangelho segundo São João", digam simplesmente: "Evangelho de João". Isso fará pensar à gente de não ter o dever de venerá-los mais. Escrevam continuamente novas bíblias até que elas sejam idênticas àquelas dos protestantes. Omitam o adjetivo "Santo" na expressão "Espírito Santo". Isso abrirá o caminho. Evidenciar a natureza feminina de Deus como a de uma mãe cheia de ternura. Eliminem o emprego do termo "Pai."

 
 14  Façam desaparecer todos os livros pessoais de piedade e destruam-no. Por conseguinte desaparecerão também as Ladainhas do Sagrado Coração de Jesus, da Mãe de Deus, de São José como a preparação à Santa Comunhão. Supérfluo inclusive se tornará o agradecimento depois da Comunhão.

 
 15  Façam também desaparecer todas as estátuas e as imágens dos Anjos. Por que tem que estar entre nossos pés as estátuas de nossos inimigos? Defínam-los mitos ou contos de boa noites. Não permitam o discurso sobre os Anjos uma vez que chocaria a nossos amigos protestantes.

 
 16  Revoguem o exorcismo menor para expulsar aos demônios; empenhem-se nisto, anunciem que os diabos não existem. Expliquem que é o método adotado pela Bíblia para designar o mal e que sem um malvado não podem existir histórias interessantes. Em conseqüência a gente não crerá na existência do inferno nem temerá de poder-se cair nele. Repitam que o inferno não é outra coisa que estar longe de Deus e que não é uma coisa terrível este se trata no fundo da mesma vida como aqui na terra.

 
 17  Ensinem que Jesus era somente um homem que teve irmãos e irmãs e que odiou aos que tinham o poder. Expliquem que ele amava a companhia das prostitutas, especialmente de Maria a Magdalena; que não soube o que fazer com as igrejas e sinagogas. Digam que aconselhou de não obedecer aos chefes do Clero, digam que ele foi um grande mestre que se desviou do caminho quando negou obediência aos chefes da igreja. Desacreditem o discurso sobre a Cruz como uma vitória, ao contrário, apresentem-na como um fracasso.

 
 18  Lembrem-se que podem induzir às monjas à traição de sua vocação si se dirigem a sua vaidade, atrativo e beleza. Façam trocar o hábito Eclesiástico e isso as levará naturalmente a jogar no lixo seus Rosários. Revelem ao mundo que tem dissensão em seus conventos. Isso dissecará suas vocações. Digam-lhes que não serão aceitas se não renunciam ao hábito. Também Favoreçam o descrédito do hábito Eclesiástico entre a gente.

 
 19  Queimem todos os Catecismos. Digam aos catequistas de ensinar a amar as criaturas de Deus em vez do mesmo Deus. Amar abertamente é testemunho de maturidade. Façam que o termo "sexo" se converte em palavra de uso cotidiano em suas classes de religião. Façam do sexo uma nova religião. Introduzam imagens de sexo nas lições religiosas para ensinar às crianças a realidade. Certifiquem-se que as imagens sejam claras. Dêem coragem às escolas de tornarem-se pensadores progressistas no campo da educação sexual. Introduzam assim a educação sexual através da autoridade Episcopal, dessa maneira os padres não terão a possibilidade de dizer nada em contrário.

 
 20  Destruam as escolas católicas, impedindo as vocações de monjas. Digam às monjas que são trabalhadoras sociais com um salário e que a Igreja está a ponto de eliminá-las. Insistam que o Professor leigo católico receba o idêntico salário daquele das escolas governamentais. Empreguem professores não católicos. Os Sacerdotes devem receber o idêntico salário como os correspondentes empregados seculares. Todos os Sacerdotes devem tirar assim sua Batina Clerical e suas Cruzes para poder serem aceitos por todos. Ponham em ridículo àqueles que não se conformam.

 
 21  Destruam ao Papa, destruindo suas Universidades. Tirem as Universidades ao Papa, dizendo que em tal modo o governo poderia subsidiá-las. Substituam os nomes dos Institutos Religiosos com nomes profanos, para favorecer o ecumenismo. Por exemplo, em lugar de "Escola Imaculada Conceição" digam "Escola Superior Nova". Criem departamentos de ecumenismo em todas as Dioceses e preocupem-se que seu controle seja de parte protestante. Proíbam as Orações para o Papa e a Maria porque elas desanimam o ecumenismo. Anunciem que os Bispos locais são as autoridades competentes. Sustentem que o Papa é somente uma figura representativa. Expliquem à gente que o ensino Papal serve somente à conversação, que ela de outro modo não tem nenhuma importância.

 
 22  Combatam a autoridade Papal, colocando um limite de idade a seu exercício. Reduzam-na pouco a pouco, expliquem que é para preservá-lo do excesso de trabalho.

 
 23  Sejam audazes. Debilitem ao Papa introduzindo sínodos Episcopais. O Papa se tornará então somente como uma figura de representação como na Inglaterra onde a Câmara Alta e aquela Baixa reinam e deles a rainha recebe as ordens. Sucessivamente debilitem a autoridade do Bispo, dando vida a uma instituição concorrente a nível de Presbitérios. Digam que os Sacerdotes recebem em tal modo a atenção que merecem. Ao final debilitem a autoridade do Sacerdote com a constituição de grupos de leigos que dominem aos Sacerdotes. Deste modo se originará um tal ódio que abandonarão a Igreja e até os Cardeais e a Igreja será democrática... a Igreja Nova...

 
 24  Reduzam as vocações ao Sacerdócio, fazendo perder aos leigos o temor reverencial por eles. O escândalo público de um Sacerdote destruirá milhares de vocações. Louvem aos  Sacerdotes que por amor de uma mulher souberam deixar tudo, definem-no heróicos. Honrem aos Sacerdotes reduzidos ao estado laical como autênticos mártires, oprimidos a tal ponto de não poder suportar mais. Também condenem como um escândalo que nossos confrades como maçons no Sacerdócio tenham que ser notados e seus nomes publicados. Sejam tolerantes com a homossexualidade do Clero. Digam à gente que os Curas padecem de solidão.

 
 25  Comecem a fechar as igrejas à causa da escassez de Clero. Definem como boa e econômica tal prática. Expliquem que Deus escuta em todos os  lados as orações. Neste caso as igrejas se convertem em extravagantes desperdício de dinheiro. Fechem antes de tudo as igrejas em que se praticam piedade tradicional.

 
 26  Utilizem comissões de leigos e Sacerdotes débeis na fé que condenem e assegurem sem dificuldade cada aparição de Maria e cada aparente milagre, especialmente do Arcanjo São Miguel. Assegurem-se que nada disto, de nenhuma maneira receberá a aprovação segundo o Vaticano II. Denominem desobediência respeito à autoridade se alguém obedece às Revelações ou se alguém reflete sobre elas. Indiquem aos Vigentes como desobedientes respeito à autoridade Eclesiástica. Façam cair seu bom nome em desestima, então ninguém crerá nestas revelações.

 
 27  Escolham a um Ante Papa. Afirmem que ele reconduzirá aos protestantes na Igreja e talvez até os Judeus. Um Ante Papa poderá ser eleito se fosse dado o direito de voto aos Bispos. Então muitos Ante Papas serão eleitos assim que será instalado um Ante Papa como compromisso. Afirmem que o verdadeiro Papa è morto.  

 
 28  Tirem a Confissão antes da Santa Comunhão para os alunos do segundo e terceiro ano para que a eles não importem nada dela quando freqüentem quarto e quinto e depois as classes superiores. Então A Confissão desaparecerá. Introzam, (em silêncio), a confissão comunitária com a absolvição em grupo. Expliquem à gente que a coisa sucede por causa da escassez de Clero.

 
 29  Façam distribuir a Comunhão por mulheres e leigos. Digam que este é o tempo dos leigos. Comecem dar a Comunhão na mão como os protestantes, em vez de dar na boca sobre a língua Expliquem que Cristo fez do mesmo modo. Recolham algumas hóstias para "missas negras" em nossos templos. Depois distribuam no lugar da Comunhão pessoal uma taça de hóstias não consagradas que se podem levar consigo à casa. Expliquem que deste modo se podem receber os dons divinos na vida de cada dia. Coloquem distribuidores automáticos de hóstias para a comunhão e denominem-no Tabernáculos. Digam à gente que se deve dar o sinal da paz. Dêem coragem à gente a deslocar-se na igreja para interromper a devoção e a oração. Não façam Sinais de Cruz; no seu lugar façam o sinal da paz. Expliquem que também Cristo se deslocou para saudar aos Discípulos. Não permitam alguma concentração em tais momentos. Os Sacerdotes devem dar as costas à Eucaristia para honrar ao povo.

 
 30 Depois que o ante papa for eleito, tirem os sínodos dos Bispos como as associações dos Sacerdotes e os conselhos paroquiais. Proíbam a todos os religiosos de pôr em discussão, sem licença, estas novas disposições. Expliquem que Deus quer a humildade e odeia aos que aspiram a glória. Acusem de desobediência respeito à autoridade Eclesiástica todos os que põe interrogações. Desanimem a obediência a Deus. Digam à gente que tem que obedecer a estes superiores Eclesiásticos.

 
 31 Concedam ao Papa (=Ante Papa) o máximo poder de eleger aos mesmos sucessores. Ameacem sob pena de excomunhão a todos os que amam a Deus de levar o sinal da besta. Não o chamem porém "sinal da besta". O Sinal da Cruz não tem que ser feito nem usado sobre as pessoas ou através delas, (não se deve benzer mais). Fazer o Sinal da Cruz será designado como idolatria e desobediência.

 
 32  Declarem falsos os Dogmas anteriores, exceto aquele da infalibilidade Pontifícia. Proclamem a Jesus o Cristo um revolucionário frustrado. Anunciem que o verdadeiro Cristo presto virá. Somente o Ante Papa eleito tem que ser obedecido. Digam às gentes que devem inclinar-se quando seja pronunciado seu nome.


33  
Ordenem a todos os seguidores do Papa de combater em santas cruzadas para estender a única religião mundial. Satanás sabe onde se encontra todo o oro perdido. Conquistem sem piedade o mundo! Tudo isso levará à humanidade o quanto ela sempre desejou: "a época de oro da paz."
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Os exageros nas solenidades de casamento e a inversão de valores

Para um sacerdote que leva a sério sua vida interior e o respeito ao 
sacramento do Matrimônio, presidir tal ato, torna-se grande sacrifício e peso de consciência

O casamento é um momento especial na vida de um casal. Eles têm o direito de valorizar o ato e, dentro de suas possibilidades, preparar uma festa para celebrar com dignidade um acontecimento único e marcante.

Cito exemplo ligado a nós, padres, em relação à ordenação sacerdotal. Escolhemos o bispo com o qual nos identificamos; os convites com frase marcante; fazemos uma relação de convidados para não esquecer as pessoas que foram e são importantes na caminhada; filmagens; fotos... É um direito que temos de celebrar a vida e os acontecimentos que Deus nos proporciona. Até aí, tudo bem!


Mas o estrago que vem sendo provocado, em muitos casamentos, é a desvalorização do ato como bênção de Deus. A estrutura e a valorização da beleza externa rouba a cena e acaba desvalorizando o sagrado. A Palavra de Deus é lançada para segundo plano.


Para começar, muitos são os casais que querem celebrar o ato sagrado em casas de evento, porque lá é o local da festa social e é mais cômodo para seus convidados. Aqui, a bênção em um local sacro que leva à interiorização do ato, não conta. Conta sim, a beleza do local que foi preparado para a festa, as despesas que são reduzidas e a comodidade. Sutilmente o ato social está ganhando do ato sagrado... Verdade!


Em noites de casamento, muitas igrejas “são transformadas” em passarelas para desfiles de moda. Uma roupa nova tem de ser comprada para cada evento. A noiva tem que atrasar porque é tradição, fica chique e chama mais a atenção. A funcionária da casa de evento tem que levar um lencinho para enxugar o suor do rosto da noiva, ainda que tire a atenção do ato divino que precisa concentração. O cinegrafista circula livremente, não importando se toma a frente dos noivos ou do padre, pois, o mais importante é que a filmagem capte todos os detalhes...



Estamos chegando à beira da banalização do ato divino que é a bênção de uma nova família. O que mais assusta é que muitos desses casamentos são de familiares de pessoas que fazem parte da caminhada de Igreja. Isso angustia. Para um sacerdote que leva a sério sua vida interior e o respeito ao sacramento do Matrimônio, presidir tal ato, torna-se grande sacrifício e peso de consciência.
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Disponível em: Aleteia

As imagens na Tradição da Igreja


Na Encarnação do Verbo, Jesus Cristo mostrou aos homens uma face visível de Deus, que quis se servir de numerosos elementos sensíveis (imagens, palavras, cenas históricas…) para nos comunicar a Boa-Nova. 

Os cristãos foram, então, compreendendo que segundo a pedagogia divina, deveriam passar da contemplação do visível ao invisível. As imagens, principalmente os que reproduziam personagens e cenas da história sagrada, tornaram-se “a Bíblia dos iletrados” ou analfabetos. 

As imagens sempre foram usadas por Jesus e pelos Apóstolos como instrumentos eficazes e reveladores da realidade invisível: para anunciar o Reino de Deus usaram imagens de lírios, pássaros, sal, luz, etc., coisas que estimulavam a compreensão do abstrato através de imagens retiradas do mundo concreto. São Paulo também ensina que o Deus invisível tornou-se visível em Jesus Cristo (cf. Cl 1,15). 

A controvérsia iconoclasta, inspirada por correntes judaizantes e heréticas nos séculos VIII e IX, que condenava o uso das imagens, terminou com a reafirmação do culto dessas no Concílio de Nicéia II, em 787. 

Os Reformadores protestantes rejeitaram as imagens por causa dos abusos do fim da Idade Média; Lutero, porém, se mostrou bastante liberal com as imagens; não as proibia. Ultimamente entre os luteranos a atitude diante das imagens tem sido submetida a revisão. Lutero disse em 1528:“Tenho como algo deixado à livre escolha as imagens, os sinos, as vestes litúrgicas… e coisas semelhantes. Quem não os quer, deixe-os de lado, embora as imagens inspiradas pela Escritura e por histórias edificantes me pareçam muito úteis… Nada tenho em comum com os Iconoclastas (quebradores de imagens)” (Da Ceia de Cristo). 

S. Clemente de Alexandria († antes de 215) dizia que: “O próprio homem é a imagem viva de Deus”, eis o argumento que repete, acrescentando ainda um adágio freqüente na Igreja antiga: “Viste teu irmão, viste teu Deus” (Stromateis I 19 e II 15, PG 8,812 e 1009).

Os cristãos foram percebendo que a proibição de fazer imagens no Antigo Testamento era apenas uma questão pedagógica de Deus com o povo de Israel. As gerações cristãs foram compreendendo que a realidade da Encarnação do Verbo como homem, visível, indicava que eles deveriam subir ao Invisível passando pelo visível que Cristo apresentou aos homens. Assim, começaram a representar e meditar as fases da vida de Jesus e a representação artística das mesmas começaram a surgir como um meio valioso para que o povo fiel se aproximasse do Filho de Deus. 

É relevante notar que já nas antigas Catacumbas de Roma, os antigos cemitérios cristãos, encontram-se diversos afrescos geralmente inspirados pelo texto bíblico: Noé salvo das águas do dilúvio, os três jovens cantando na fornalha, Daniel na cova dos leões, os pães e os peixes restantes da multiplicação efetuada por Jesus, o Peixe (Ichthys), que simbolizava o Cristo … 

Note que esses cristãos dos primeiros séculos ainda estão debaixo da perseguição dos romanos. E eles faziam imagens e pintavam figuras. Será que eram idólatras por isso? É lógico que não, eles morriam às vezes mártires exatamente para não praticarem a idolatria, reconhecendo César como Deus e lhe queimando incenso. Ora, se os nossos mártires usavam figuras pintadas, é claro que elas são legítimas. 

Nas Igrejas as imagens tornaram-se a “Bíblia dos iletrados”, dos simples e das crianças, exercendo grande função catequética. Alguns escritores cristãos nos contam isso. S. Gregório de Nissa (†394) escreveu: “O desenho mudo sabe falar sobre as paredes das igrejas e ajuda grandemente” (Panegírico de S. Teodoro, PG 94, 1248c). 

S. João Damasceno, doutor da Igreja, grande defensor das imagens no Concilio de Nicéia II, disse:“O que a Bíblia é para os que sabem ler, a imagem o é para os iletrados” (De imaginibus I 17 PG, 1248c).“Antigamente Deus, que não tem corpo nem face, não poderia ser absolutamente representado através duma imagem. Mas agora que Ele se fez ver na carne e que Ele viveu com os homens, eu posso fazer uma imagem do que vi de Deus.”“A beleza e a cor das imagens estimula minha oração. É uma festa para os meus olhos, tanto quanto o espetáculo dos campos estimula o meu coração para dar glória a Deus” (CIC, 1162). “Como fazer a imagem do invisível?…

Na medida em que Deus é invisível, não o represento por imagens; mas, desde que viste o incorpóreo feito homem, fazes a imagem da forma humana: já que o inviável se tornou visível na carne, pinta a semelhança do invisível” (I 8 PG 94, 1237-1240).“Outrora Deus, o Incorpóreo e invisível, nunca era representado. Mas agora que Deus se manifestou na carne e habitou entre os homens, eu represento o “visível” de Deus. Não adoro a matéria, mas o Criador da matéria” (Ibid. I 16 PG 94, 1245s). 

O Papa São Gregório Magno († 604), doutor da Igreja, escreveu a Sereno, bispo de Marselha, que ordenou quebrar as imagens:“Tu não devias quebrar o que foi colocado nas Igrejas não para ser adorado, mas simplesmente para ser venerado. Uma coisa é adorar uma imagem, outra coisa é aprender, mediante essa imagem, a quem se dirigem as tuas preces. O que a Escritura é para aqueles que sabem ler, a imagem o é para os ignorantes; mediante essas imagens aprendem o caminho a seguir. A imagem é o livro daqueles que não sabem ler” (epist. XI 13 PL 77, 1128c). 

O Concílio de Nicéia II (787), com base nos sólidos argumentos de grandes teólogos como São João Damasceno, doutor da Igreja, reafirmou a validade do culto de veneração (não adoração) das imagens. O Concílio distinguiu entre Iatréia (em grego adoração), devida somente a Deus, e proskynesis (veneração), tributável aos santos e também às imagens sagradas na medida em que estas representam os santos ou o próprio Senhor; o culto às imagens é, portanto, relativo, só se explica na medida em que é tributado indiretamente àqueles que as imagens representam. Assim se pronunciaram os padres conciliares: 

“Definimos … que, como as representações da Cruz …, assim também as veneráveis e santas imagens, em pintura, em mosaico ou de qualquer outra matéria adequada, devem ser expostas nas santas igrejas de Deus (sobre os santos utensílios e os paramentos, sobre as paredes e de quadros), nas casas e nas entradas. O mesmo se faça com a imagem de Deus Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, com as da … santa Mãe de Deus, com as dos santos Anjos e as de todos os santos e justos. Quanto mais os fiéis contemplarem essas representações, mais serão levados a recordar-se dos modelos originais, a se voltar para eles, e lhes testemunhar … uma veneração respeitosa, sem que isto seja adoração, pois esta só convém, segundo a nossa fé, a Deus” (sessão 7, 13 de outubro de 787; Denzinger-Schönmetzer, Enchridion Symbolorum nº 600s). 

Note, então, que muito antes da Reforma Protestante, a Igreja já tinha estudado o uso das imagens; isto foi há cerca de 750 anos antes da Reforma. 

A sagrada Tradição da Igreja, sempre assistida pelo Espírito Santo (cf. Jo14,15.25; 16,12-13) sempre reconheceu o valor pedagógico e psicológico das imagens como um auxílio para a vida de oração. 


Todos os santos da Igreja, em todas as épocas, valorizaram as imagens. Santa Teresa de Ávila († 1582), ao ensinar as vias da oração às suas Religiosas, dizia :“Eis um meio que vos poderá ajudar… Cuidai de ter uma imagem ou uma pintura de Nosso Senhor que esteja de acordo com o vosso gosto. Não vos contenteis com trazê-las sobre o vosso coração sem jamais a olhar, mas servi-vos da mesma para vos entreterdes muitas vezes com Ele” (Caminho de Perfeição, cap. 43,1). 

Enfim, Deus não proibiu imagens de maneira absoluta; mas proibiu imagens de ídolos para serem adorados. Sabemos que uma meia verdade é pior do que uma mentira. Não se pode interpretar a Bíblia lendo apenas alguns versículos sobre um determinado assunto; é preciso ler todos os versículos da Bíblia que falam do mesmo assunto para que a interpretação seja correta. O perigo da interpretação fundamentalista é este: fixar os olhos em um único versículo e querer tirar daí uma interpretação definitiva de uma verdade religiosa. Cai-se no erro.
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Disponível em: A realidade é Cristo

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Uma verdade sobre os padres... não se precipite.


Há poucos dias eu escrevi um texto no qual eu falei de um certo desalento que tenho por conta de que em muitas paróquias e capelas a missa é descuidada, muitas vezes por aqueles que foram constituídos ministros do altar. Hoje volto para escrever sobre os padres.

Se é verdade que há padres desleixados, há também padres zelosos. Se é verdade que existe um ou outro padre que é pedófilo ou até homossexual, é igualmente verdade que há os que permanecem castos. Se é verdade que há padres carreiristas, é igualmente verdade que há os que tem verdadeira vocação. Se é verdade que há padres carrancudos e fechados, é igualmente verdade que há os que se doam ao ministério a ponto de sorrirem. Mas, esta não é toda a verdade sobre o padre.

Há algumas verdades sobre os padres que a televisão não mostra, o jornal não conta e a internet não deixa transparecer. Os padres sofrem. Sim, sofrem. Muitas vezes sozinhos, chorando por dentro, mas, sorrindo para o rebanho. Tal como um prestimoso pai, o padre quer a felicidade de seus filhos e prefere passar ele as dores e privações da vida a impor que seus filhos o sofram. Os padres choram. O sacrário mudo de uma capela é muitas vezes a única testemunha das lágrimas de um padre. Muitas destas lágrimas são de desilusão, outras por ingratidão do povo. Os padres rezam. Os padres celebram os mistérios da fé. São dispenseiros dos bens celestes, mas não vivem numa redoma de vidro. São constituídos de carne e osso como todo ser humano. São feridos, às vezes ferem. Sofrem a ingratidão e incompreensão e às vezes são duros com o povo, aquele mesmo povo que pode ser mais duro com seu pároco do que o pior dos algozes.


Com o padre tem-se, não raras vezes, pouca piedade, pouca misericórdia, quando sua humanidade extravasa as paredes do edifício de sua consagração. Percebo que aquele que é ministro da misericórdia, da acolhida e do perdão encontra muitos dedos em riste, acusações, apedrejamento e condenação, muitas vezes sumárias.

Esta, caros leitores, é uma verdade sobre os padres. Não somos de vidro, mas também não somos de ferro. "Trazemos este tesouro em vasos de barro". É isto que somos: simples barro. Quebradiços. As pedras que se nos atiram, quebram-nos interiormente. Mas, quem sabe seja melhor assim "para que transpareça que este poder extraordinário vem de Deus e não de nós" (2Cor 4,7).

Não escrevi para acusar nenhuma pessoa. Apenas para pedir: sejamos mais misericordiosos uns com os outros, inclusive com os padres. Queremos alcançar misericórdia de Deus? Se sim, tenhamos misericórdia nas nossas ações: "o juízo será sem misericórdia para quem não praticou a misericórdia. A misericórdia, porém, triunfa do juízo" (Tg 2,13). Misericórdia é aquela atitude que Jesus tem no evangelho para com os pecadores: não exita em olhar em seus olhos, compreendê-los, amá-los, acolhê-los, perdoá-los e diz-lhes: "vai e de hoje em diante não peques mais".


A quem interessar possa, uma ressalva: Misericórdia não é desleixo. Justiça não é impiedade. Ser verdadeiro não é sinônimo para ser não-caridoso. Amar como Jesus amou é uma arte, não é?


Padre Zezinho, scj

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Setembro: mês da (entrada da) Bíblia?

Capa de evangeliário do século XII

Já estamos em Setembro, o mês das Sagradas Escrituras. A ideia de ter um período para a Bíblia  tem como objetivo fazer a igreja estudar mais a fundo o que são os livros que compõe a Bíblia, sua origem, sua importância e, nesse processo, aprender que as Sagras Escrituras nasceram da Igreja e não o contrário. 

Objetivos à parte, o que se vê na prática litúrgica das paróquias é uma vontade de se dar destaque aos textos bíblicos, vontade esta legítima; todavia ela acaba sendo levada a cabo de maneira desastrosa. Não raramente o mês da Bíblia se transforma do mês da "entrada" da Bíblia. Finda a oração do dia, ou mesmo depois da saudação do sacerdote, uma Bíblia ou um Lecionário é levado até o presbitério, por vezes o Evangeliário antes ou durante o Aleluia. Pode ser de maneira simples, com alguém andando pelo corredor central, pode ser cercada de velas, ou com balé, dentro de um coco, com uma menina sobre um "andor", com músiva e movimentos de capoeira, dentro de um carrinho de mão... nós sabemos muito bem como as equipes de liturgias e os folhetos litúrgicos sabem ser "criativos".

E é assim que o mês da Bíblia vira o mês da entrada da Bíblia, assim como em Maio tem a entrada de Nossa Senhora, Junho do Sagrado Coração de Jesus. E toda a riqueza do rito romano se resume a "entradas" temáticas, convertendo-se em pedagogia; e pedagogia velha: a mesma que adora umas plaquinhas com coisas escritas, comentários mais longos que as orações às quais deviam servir de introdução e alguém falando "de pé" e "sentados". Se na sua paróquia não tem nada do que foi mencionado nos últimos dois parágrafos, agradeça por que existem paróquias no Brasil em que mais se explica do que se reza, algo de dar inveja a Calvino!

Voltando à vontade legítima de dar destaque aos textos bíblicos, poderíamos citar algumas possibilidades lícitas e louváveis. A primeira é o uso do livro dos Evangelhos ou evangeliário, é um livro distinto do lecionário, que contém apenas os evangelhos dos domingos e principais solenidades. Se se deseja usar o evangeliário em outro dia, pode-se "vestir" um lecionário, que contém os evangelhos de todos os dias como o evangeliário, com sua capa ricamente decorada. O evangeliário é levado um pouco elevado na procissão pelo diácono, na sua falta pelo leitor e posto sobre o altar. O evangeliário toma lugar na procissão entre clérigos e leigos, se o diácono que o leva deve ser o primeiro dos diáconos, se o leitor, o último dos leitores.  Ele pode ser posto "deitado" ou "de pé" sobre o altar, desde que não haja risco de ele vir a cair naturalmente.

domingo, 8 de setembro de 2013

Carta de um homossexual ao Papa

É preciso ir às periferias do mundo gay

Quando o Papa Francisco falou no avião sobre o lobby gay, suas palavras foram acolhidas com polêmica por alguns e com alegria por outros. Mas nesse coro de vozes faltava uma voz... a dos homossexuais. Encontramos no blog italianoEliseo do desertoesta voz, que oferecemos traduzida ao português para os leitores da Aleteia.


Queridíssimo Papa Francisco,

Eu me chamo Eliseo e lhe escrevo para dizer o quanto o aprecio! Devo admitir que meu coração continuava ligado a João Paulo II até que você chegou: sua história falava à minha história. Quando eu o via e escutava, algo se movia dentro de mim. Sua mensagem em Roma no ano 2000 aos jovens ainda ressoa forte em meu peito. Porque é verdade! Nossa sede de amor, de beleza, de verdade... É a Ele a quem buscamos!

Papa Francisco, com sua simpatia, você nos roubou o coração. Eu estava debaixo do balcão (da Basílica de São Pedro) em sua eleição, vivemos o Pentecostes essa noite, no silêncio, nas orações que recitamos juntos, em cada palavra sua.  

Eu sou um jovem, mais um homem adulto, e sofro impulsos homossexuais. Estou surpreso porque nas manchetes dos jornais falam só do que você falou ou não sobre os gays, esquecendo as belíssimas palavras pronunciadas no Rio.

Mas eu quero recordá-las! Você impulsionou os jovens a ir! Também às periferias da existência, ali onde frequentemente enviou os sacerdotes, convidando-os a ter o cheiro das ovelhas. Você falou desses jovens que pressionam para ser protagonistas da mudança e citou Madre Teresa, que dizia para começar por mim e por ti a mudar o mundo.

Papa Francisco, quero lhe falar das periferias da homossexualidade; eu descobri três.


A primeira é a de quem se descobre homossexual. É a periferia da solidão. Recordo que quando me reconheci homossexual, por um momento minha vista escureceu. Me perguntei por que isso acontecia comigo, recordo que estava indo à missa diária. O jovem que admite ser homossexual se sente um monstro e não sabe com quem falar sobre isso. Os pais? Por que lhes dar um sofrimento tão grande? Os amigos? Chacoteariam de mim. Os sacerdotes? Me diriam que é pecado. Quando falei com Deus, encontrei na Bíblia esta palavra: “Mas aqueles que contam com o Senhor renovam suas forças; ele dá-lhes asas de águia. Correm sem se cansar, vão para a frente sem se fatigar”. É Isaías. Na imagem da força eu li uma promessa. Porque eu pensava que não era varão porque não era forte como os da minha idade. Depois encontrei o valor de falar disso com um sacerdote, e com o tempo a amigos de confiança.

A segunda periferia é a homossexualidade de quem é crente. Sim, há também muitos homossexuais que creem em Jesus, mas que não aceitam o que a Igreja diz sobre a homossexualidade e sobre a sexualidade em geral. Não penso neles, mas sim naqueles que, em contrapartida, amam a Igreja e gostariam de seguir seus ensinamentos. A homossexualidade tem um problema fundamental, que leva frequentemente a viver uma sexualidade desordenada e excessiva: as pessoas homossexuais sentem pulsões compulsivas fortíssimas dentro de si, além disso, às vezes podem nascer inclusive sentimentos reais. A proposta da castidade ou do celibato pode parecer um ato de heroísmo, um martírio que só poucos podem enfrentar. Esses homens cada vez são menos, porque o conceito de castidade é cada vez menos compreensível em nossa sociedade, também no âmbito católico. E se não bastasse isso, há também os ataques da própria militância gay, porque os consideram uma espécie de traidores.

A terceira periferia são os infernos da homossexualidade. Onde o homossexual perde a dignidade de pessoa humana. São os websites de contatos, uma espécie de escape onde exibir pedaços do próprio corpo para encontrar quem te compre ainda que seja barato. Não se trata sempre de dinheiro, mas do preço da própria dignidade. São as ruas onde de noite se buscam encontros com outros homens que possam preencher os próprios vazios. São os locais gay, como as discotecas ou também esses novos bordéis que se escondem como círculos culturais, onde se pratica todo tipo de depravação. São as manifestações em que se pede dignidade pela própria condição, e em contrapartida se lhe perde.

Você nos pede para ir às periferias e que o façamos juntos. Eu ainda sou muito frágil, mas lhe peço que reze para que possa ter força. Quero estar junto a quem está sozinho, para lhe dizer que não perca a esperança em Deus, e creia que é precioso aos seus olhos.

A mudança começa por mim e por ti, dizia Madre Teresa. Papa Francisco, tenho esta imagem sua descendo também a essas periferias tão incômodas da existência. Agradeço pela delicadeza com que sempre enfrentou a questão. Você nunca levantou o dedo para dividir a humanidade segundo seus instintos sexuais. Você sabe que o ser humano é algo muito mais complexo e rico.

Reze por mim e por todos aqueles que talvez lendo esta carta decidam cruzar o umbral dessas periferias para levar a Boa Nova de Jesus.

Eu rezarei por ti, como filho.


Um abraço.


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Fonte: Aleteia

Desabafo de um padre sobre missas

Celebrando a missa na Paróquia Cristo Ressuscitado em Padre Miguel - RJ

Sou padre há quase 5 anos. Fui seminarista por 7 anos. Já estive em vários lugares Brasil afora, já celebrei em tantos outros e guardo no meu coração uma tristeza profunda. Quando eu era criança na roça e ia com minha família à missa uma vez por mês eu sabia que naquela hóstia tinha Jesus. Eu sentia o cheiro da vela queimando e aprendi a me perseguinar toda vez que passava diante de uma Igreja. Eu achava tudo meio estranho porque não entendia a missa, mas, sentava no primeiro banco e respondia a todas as perguntas que o padre fazia na hora do sermão. Daí eu cresci, fomos pra cidade e eu continuava inocente. Fui pro seminário e as escamas de meus olhos caíram. A missa pela qual eu sempre nutri o maior religioso respeito
virou palco
virou show
virou passeata
virou passarela
virou camarim de estrela
virou sambódromo
virou terreiro
virou tudo e suportou tudo
menos ser de fato, missa.

Já vi tanto desleixo... alfaias puídas, vasos sagrados zinabrados, hóstias consagradas carunchadas dentro do sacrário, um sacrário no meio de uma reforma de Igreja com hóstias consagradas dentro, consagração de vinho em tamanha quantidade que as sobras Eucarísticas precisaram de um exército de MESC para consumi-las porque o padre não poderia fazê-lo sem ficar bêbado e outros tantos abusos. Quando veio a Redemptionis Sacramentum e a Ecclesia de Eucharistia veio uma lufada de ar fresco e os rebeldes da Teologia da Libertação, da Rede Celebra e das CEB`s reagiram vorazmente. O site do mosteiro da Paz que hospedava uma carta de Reginaldo Velloso eivada de críticas às necessárias mudanças na liturgia e catalizadora desta mentalidade saiu do ar, mas, encontrei-a no site da Montfort disponível aqui.


Capitaneada pelo dualismo marxista de tipo maniqueísta, a reinterpretação que a missa sofreu nas décadas que sucederam o Concílio Vaticano II seguiu as pegadas da subjetividade humana. É odioso ouvir: "ah o jeito do outro padre é diferente". Isto denota uma personalização que a missa não comporta. A missa nunca foi a missa do padre, mas a missa da Igreja!

Esta mentalidade impregnou tanto a liturgia que quando um Padre quer celebrar a missa da Igreja, aquela do Missal Romano, é chamado de retrógrado. O respeito às normas litúrgicas são sinônimo de opressão. A missa pura e simples foi esvaziada para poder ser enchida pela ideologia da enxada, da faixa, do cartaz, da freira, do padre TL... a missa se transformou...
virou manifestação e protesto contra o Governo e o Sistema
contra a Igreja
contra os padres
contra a fé católica de sempre
contra a liturgia de sempre.

Enfiaram bananeiras, berrantes, espeto de churrasco, cuia de chimarrão, pão de queijo, cachaça, coco, faca e facão, pipoca, balões e ervas de cheiro na missa, enfiaram panos coloridos para todos os lados, colocaram mães de santo manuseando o turíbulo e leigos lendo preces seminus. Para essa CORJA a missa já deixou há muito tempo de ser o sacrifício redentor de Cristo PRO MULTIS e se tornou só mais uma mesa para comensais na qual vale o discurso e não a fé, na qual o que importa é o que o homem diz aos seus iguais e não o que Deus diz ao homem. Lembro-me de um professor contando todo garboso que certa feita utilizou-se de uma Adoração ao Santíssimo Sacramento para dar uma aula de teologia ao povo - aos seus moldes é claro - porque para ele aquela hóstia era pobre de significado.

Aquela hóstia pobre...
tão pobre quanto o cocho de Belém,
tão pobre quanto a cama em Nazaré,
tão pobre quanto a casa de Pedro em Cafarnaum,
tão pobre quanto a casa de Lázaro em Betânia,
tão pobre quanto o coração do Filho de Deus,
ela só pôde se tornar Corpo e Sangue, Alma e Divindade de Cristo
porque Ele se fez pobre!
Sua pobreza não comporta reduções
tampouco acréscimos desnecessários.
Ele é aquele que é e nada mais,
mas, só para quem tem fé!


Aos meus irmãos padres um apelo: que nós diminuamos e que Ele apareça. Não somos o noivo, apenas amigos do noivo! Rezemos a missa da Igreja, a missa do Missal. Que Ele fale aos corações e às mentes, inclusive às nossas mentes e corações! Que Ele toque as vidas, inclusive as nossas. Que sua voz ecoe nas consciências, também nas nossas. Que toda a nossa Liturgia seja feita Por [causa de] Cristo, Com Cristo e em Cristo a[o] Pai na Unidade do Espírito Santo. Só isso. Se fizermos isso bem feito teremos feito tudo o que nos compete nesta vida.


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Caim, o primeiro tatuado


Atualmente se observa uma crescente adesão da juventude à tatuagem. Talvez nunca na história da humanidade a vaidade e a luxúria tenham se antecipado tanto na juventude como agora. E a tatuagem é um dos sintomas dessa corrupção juvenil. A ignorância religiosa e o apego exacerbado às coisas sensíveis, de modo especial àquelas relacionadas à imagem, fazem com que os jovens não queiram outra coisa que não o serem vistos e serem cobiçados. E disso o desejo desenfreado em querer ser “imagem” para os outros, levando-os a “tatuar” seus corpos. Contudo, deveriam saber que o primeiro “tatuado” foi Caim, consoante nos revela a Sagrada Escritura, após ter matado o seu irmão Abel: “E Caim disse ao Senhor: A minha iniquidade é muito grande, para que eu mereça perdão. Eis que tu hoje me expulsas desta terra, e eu me esconderei da tua face, e serei vagabundo e fugitivo na terra; portanto, todo o que me achar me matará. E o Senhor disse-lhe: Não será assim; mas qualquer que matar Caim será castigado sete vezes mais. E o Senhor pôs um SINAL em Caim, para que o não matasse ninguém que o encontrasse. E Caim,  tendo-se retirado de diante da face do Senhor, andou errante sobre a terra...” (Gênesis 4, 13-16)


De Caim para praticamente todos os povos pagãos, a tatuagem passou a ser a marca representativa desse mau gosto imitativo, maldito e degradante, e o que é pior: prática até em católicos. Ademais, lembremo-nos de que o nosso corpo é templo de Deus: “Porventura não sabeis que os vossos membros são templo do Espírito Santo, que habita em vós, que vos foi dado por Deus, e que não pertenceis a vós mesmos? Porque fostes comprado por um grande preço. Glorificai e trazei a Deus no vosso corpo.” (I Coríntios 6, 19-20)


Adendo: A Igreja Católica, na Idade Média, baniu a tatuagem da Europa. Em 787, ela foi proibida pelo Papa Adriano I, sendo considerada como uma prática demoníaca, de vandalismo e vilipêndio do próprio corpo, templo do Espírito Santo.
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