sábado, 14 de setembro de 2013

Papa envia carta em resposta ao jornal La Reppublica



Vaticano, 4 de setembro de 2013


Caríssimo Dr. Scalfari, é com viva cordialidade que, ainda que em linhas gerais, gostaria de responder, com esta minha carta, à que o Sr., pelas páginas [do jornal] República, escreveu-me, dia 07 de julho, com uma série de reflexões pessoais, que posteriormente aprofundou, no mesmo jornal, dia 07 de agosto.


Agradeço-lhe, antes de tudo, pela atenção com a qual leu a Encíclica Lumen fidei. Ela, na intenção de meu amado Predecessor, Bento XVI, que a concebeu e em grande medida a redigiu, e de quem, com gratidão, eu herdei, tem por finalidade não só confirmar na fé em Jesus Cristo os que já se reconhecem nessa fé, mas também suscitar um diálogo sincero e rigoroso com quem, como o Sr., se define “um não crente há muitos anos interessado e fascinado pela pregação de Jesus de Nazaré”.


Parece-me, portanto, que seja positivo, não só para nós pessoalmente, mas também para a sociedade em que vivemos, concentrar-nos no diálogo a respeito de uma realidade importante como é a fé, que se refere à pregação e à figura de Jesus. Penso que há duas circunstâncias, em particular, que tornam hoje esse diálogo necessário e precioso.


Ele, afinal, constitui, como é sabido, um dos principais objetivos do Concílio Vaticano II – querido por João XXIII – e do ministério dos Papas que, cada um com sua sensibilidade e sua contribuição, daquela ocasião até hoje caminharam no sulco traçado pelo Concílio.


A primeira circunstância – como se destaca nas páginas iniciais da Encíclica – deriva do fato que, ao longo dos séculos da modernidade, se tem assistido a um paradoxo: a fé cristã, cuja novidade e incidência na vida do homem desde o início se expressou com o símbolo da luz, foi considerada como superstição obscura, oposta à luz da razão. Assim se chegou a um estado de incomunicação entre a Igreja e a cultura de inspiração cristã, por um lado, e a cultura moderna de cunho iluminista, por outro. Chegou, porém, o tempo de um diálogo aberto e sem preconceitos, que reabra as portas de um sério e fecundo encontro. O Vaticano II inaugurou esta estação.


A segunda circunstância, para quem procura ser fiel ao dom do seguimento de Jesus à luz da fé, deriva do fato que este diálogo não é um acessório secundário da existência de quem crê. Ao contrário, é uma expressão íntima e indispensável [dessa existência]. Permita-me citar, a propósito, uma afirmação que considero muito importante da Encíclica: como a verdade testemunhada pela fé é a verdade do amor – ali se sublinha – “é claro que a fé não é intransigente, mas cresce na convivência que respeita o outro. Quem crê não é arrogante; ao contrário, a verdade o faz humilde, sabendo que mais do que nós a possuirmos, é ela que nos circunda e possui. Longe de enrijecer-nos, a segurançaa da fé nos põe a caminho e torna possível o testemunho e o diálogo com todos” (n. 34). É este o espírito que anima as palavras que escrevo.


A fé, para mim, nasce do encontro com Jesus. Um encontro pessoal, que tocou meu coração e deu uma nova direção e um novo sentido à minha existência. Mas, ao mesmo tempo, um encontro tornado possível pela comunidade de fé na qual eu vivi e graças à qual encontrei o acesso à inteligência da Sagrada Escritura, à vida nova que como fluxo de água jorrando de Jesus através dos Sacramentos, à fraternidade para com todos e a serviço dos pobres, verdadeira imagens do Senhor. Sem a Igreja, - creia-me – não teria podido encontrar Jesus, apesar de estar ciente de que este dom imenso que é a fé está guardado nos vasos da frágil argila de nossa humanidade.


É precisamente a partir daqui, desta experiência pessoal de fé vivida na Igreja, que me sinto à vontade para escutar suas questões e para procurar, junto com o Sr., os caminhos ao longo dos quais poderemos, talvez, começar a fazer juntos um percurso.


Perdoe-me se não sigo passo a passo a argumentação que o Sr. Propôs no editorial de 7 de julho. Parece-me mais frutuoso – ou me é mais congenial – ir, de certo modo, ao coração de suas considerações. Também não entro na modalidade expositiva seguida pela Encíclica, na qual o Sr. sente a falta de uma seção especificamente dedicada à experiência histórica de Jesus de Nazaré.


Observo apenas, para começar, que uma análise desse tipo não é secundária. Trata-se, de fato, seguindo a própria lógica que segue o desenvolvimento da Encíclica, de centrar a atenção sobre o significado do que Jesus disse e fez, e, assim, em última instância, sobre o que Jesus foi e é por nós. De fato, as cartas de Paulo e o Evangelho de João, aos quais se faz particular referência na Encíclica, foram construídos sobre o sólido fundamento do ministério messiânico de Jesus de Nazaré, cujo cume resolutivo é a páscoa da morte e da ressurreição.

É necessário confrontar-se com Jesus, eu diria, na concretude e na dureza do seu acontecimento, assim como é narrado sobretudo no mais antigo dos Evangelhos, que é o de Marcos. Constata-se, então, que o “escândalo” que a palavra e a praxe de Jesus provocam ao seu redor derivam de sua extraordinária “autoridade”: uma palavra atestada desde o Evangelho de Marcos, mas que não é fácil de traduzir para o italiano. A palavra grega é “exousia”, que literalmente se refere ao que “provém do ser” que se é. Não se trata de algo exterior ou forçado, mas que emana de dentro e que se impõe por si. Jesus, efetivamente, atinge, surpreene, inova, como ele mesmo diz, a partir de sua relação com Deus, a quem chama familiarmente Abbá, que lhe entrega esta “autoridade” para que ele a exerça a favor dos homens.


Assim Jesus prega “como quem tem autoridade”, cura, chama os discípulos a segui-lo, perdoa... todas elas, coisas que no Antigo Testamento são próprias de Deus esomente dele. A pergunta que retorna mais de uma vez no Evangelho de Marcos: “Quem é este que...?”, e que se refere à identidade de Jesus, brota da constatação de uma autoridade diferente da do mundo, uma autoridade cuja finalidade não é exercitar um poder sobre os outros, mas servi-lhes, dar-lhes liberdade e plenitude de vida. E isto até o ponto de por em jogo a própria vida, experimentar a incompreensão, a traição, a recusa, ser condenado à morte, até o estado de abandono na cruz. Mas Jesus permanece fiel a Deus, até o fim.


É então – como exclama o centurião romano aos pés da cruz, no Evangelho de Marcos – que Jesus se mostra, paradoxalmente, como o Filho de Deus! Filho de um Deus que e amor e que quer, com todo seu ser, que o homem, cada homem, se descubra e viva também como seu verdadeiro filho. Este, pela fé cristã, recebe a certeza de que Jesus ressuscitou: não para triunfar sobre os quem lhe refutou, mas para atestar que o amor de Deus é mais forte que a morte, o perdão de Deus é mais forte que todo pecado, e que vale a pena gastar a própria vida, até o fim, para testemunhar este imenso dom.


A fé cristã crê isto: que Jesus é o filho de Deus vindo para dar a sua vida para abrir a todos o caminho do amor. Por isso, tem razão o egrégio Dr. Scalfari, quando vê na encarnação do Filho de Deus o caminho da salvação. Já Tertuliano escrevia “caro cardo salutis”, a carne [de Cristo] é o cardo da salvação. Porque a encarnação – o fato que o Filho de Deus tenha vindo na nossa carne e tenha condiviso alegrias e dores, vitórias e derrotas da nossa existência, até o grito na cruz, vivendo cada coisa no amor e na fidelidade ao Abbá – testemunha o incrível amor que Deus tem por cada homem, o valor inestimável que lhe atribui. Cada um de nós, por isto, é chamado a fazer seu o olhar e a escolha de amor de Jesus, a entrar no seu modo de ser, de pensar e de agir. Esta é a fé, com todas as expressões que são descritas com precisão na Encíclica.


No mesmo editorial de 07 de julho, o Sr. me pergunta ainda como compreender a originalidade da fé cristã enquanto essa tem seu foco precisamente sobre a encarnação do Filho de Deus, em relação a outros credos que, diferentemente, gravitam em torno da transcendência absoluta de Deus.


Eu diria que a originalidade está precisamente no fato que a  nos faz participar, em Jesus, da relação que Ele tem com Deus que é Abbá e, a esta luz, no relacionamento que Ele tem com todos os outros homens, inclusive os inimigos, no sinal do amor. Em outros termos, a filiação de Jesus, como a apresenta a fé cristã, não é revelada para marcar uma separação insuperável entre Jesus e todos os outros: mas para dizer-nos que, nele, todos somos chamados a ser filhos do único Pai e irmãos entre nós. A singularidade de Jesus é para a comunicação, não para a exclusão.


Disto segue também – e não é pouca coisa – a distinção entre a esfera religiosa e a esfera política que é afirmada no “dar a Deus o que é de Deus e a César o que é de César”, afirmada com clareza por Jesus e sobre a qual, com fadiga, se construiu a história do Ocidente. A Igreja, de fato, é chamada a semear o fermento e o sal do Evangelho, o amor e a misericórdia de Deus que atingem todos os homens, apontando a meta ultraterrena e definitiva do nosso destino, enquanto à sociedade civil e política toca a árdua tarefa de articular e encarnar na justiça e na solidariedade, no direito e na paz, uma vida cada vez mais humana. Para quem vive a fé cristã, isto não significa fuga do mundo ou procura de qualquer tipo de hegemonia, mas serviço ao homem, ao homem todo e a todos os homens, a partir das periferias da história e tendo desperto o sentido da esperança que impulsiona a trabalhar pelo bem apesar de tudo e olhando sempre além.


O Senhor me pergunta ainda, na conclusão de seu primeiro artigo, o que dizer aos irmãos judeus a respeito da promessa feita por Deus a eles: esvaziou-se completamente? Este é – acredite-me – um questionamento que nos interpela radicalmente, como cristãos, porque, com a ajuda de Deus, sobretudo a partir do Concílio Vaticano II, temos redescoberto que o povo judeu é ainda, para nós, a raiz santa da qual germinou Jesus. Eu também, na amizade que cultivei ao longo de todos esses anos com irmãos judeus, na Argentina, muitas vezes na oração interroguei a Deus, de modo particular quando recordava a terrível experiência da Shoah. O que lhe posso dizer, com o apóstolo Paulo, e que nunca se acabou a fidelidade de Deus à aliança feita com Israel e que, através das terríveis provas destes séculos, os judeus conservaram a sua fé em Deus. E por isto, nunca seremos suficientemente gratos a eles, como Igreja, mas também como humanidade. Esses, perseverando na fé no Deus da aliança, recordam todos, também nós cristãos, o fato que estamos sempre na espera do retorno do Senhor, como peregrinos, e, portanto, devemos estar abertos para ele e nunca apoiar-nos no que já tenhamos atingido.


Agora trato das três questões que o Sr. me propôs no artigo de 07 de agosto. Me parece que, nas duas primeiras, o que lhe interessa é entender o comportamento da Igreja com relação aos que não partilham a fé em Jesus. Antes de tudo, me pergunta se o Deus dos cristãos perdoa quem não crê e não busca a fé. Antecipando que – e é o fundamental – a misericórdia de Deus não tem limites se se volta a ele de coração sincero e contrito, a questão para quem não crê em Deus está em obedecer à própria consciência. O pecado, também para quem não tem fé, existe quando se vai contra a consciência. Escutar e obedecer a ela significa, de fato, decidir-se diante do que é percebido como bem ou como mal. E sobre essa decisão se joga a bondade ou a maldade do nosso agir.


Em segundo lugar, me pergunta se o pensamento segundo o qual não existe nenhum absoluto e, consequentemente, nenhuma verdade absoluta, mas somente uma série de verdades relativas e subjetivas, seja um erro ou um pecado. Para começar, eu não falaria, nem mesmo para quem crê, de verdade “absoluta”, no sentido que absoluto é o que é desligado, o que é privado de qualquer relação. Ora, a verdade, segundo a fé cristã, é o amor de Deus por nós em Jesus Cristo. Portanto, a verdade é uma relação! Tanto é verdade, que cada um de nós a compreende e a exprime a partir de si: da sua história e cultura, da situação em que vive, etc. Isto não significa que a verdade seja variável e subjetiva. Ao contrário. Mas significa que ela se dá a nós sempre e só como um caminho e uma vida. Jesus não disse “Eu sou o caminho, a verdade, a vida”? Em outros termos, a verdade, sendo definitivamente uma com o amor, requer a humildade e a abertura para ser buscada, acolhida e expressa. Portanto, é necessário um bom entendimento a respeito dos termos e, talvez, sair da estreiteza de uma contraposição... absoluta, impostar novamente em profundidade a questão. Penso que isto seja absolutamente necessário para entabular o diálogo sereno e construtivo que eu auspiciava no início desse meu dizer.


Na última pergunta, o Sr. me pergunta se, com o desaparecimento do homem sobre a terra, desaparecerá também o pensamento capaz de pensar Deus. Certo, a grandeza do homem está no poder pensar Deus. E no poder viver uma relação consciente e responsável com Ele. Mas a relação existe entre duas realidades. Deus – este é o meu pensamento e esta é minha experiência, mas quantos, ontem e hoje, a condividem! – não é uma ideia, ainda que elevadíssima, fruto do pensamento do homem. Deus é realidade com “R” maiúsculo. Jesus no-lo revela – e vive a relação com Ele – como um Pai de bondade e misericórdia infinita. Deus não depende, portanto, do nosso pensamento. De resto, também quando viesse a acabar a vida do homem sobre a terra – e para a fé cristã, em todo caso, este mundo assim como o conhecemos é destinado a acabar –, o homem não cessará de existir e, de um modo que não sabemos, também com ele o universo criado. A Escritura fala de “novos céus e nova terra” e afirma que, no fim, no onde e no quando que estão além de nós, mas para os quais, na fé, tendemos com desejo e esperança, Deus será “tudo em todos”.


Egrégio Dr. Scalfari, concluo assim estas minhas reflexões, suscitadas pelo que o Sr. quis me comunicar e perguntar. Acolha como resposta provisória mas sincera e confiante ao convite que lhe dirigi de fazer um percurso de caminho juntos. A Igreja, creia-me, apesar de todas as lentidões, infidelidades, erros e pecados que pode ter cometido e pode ainda cometer nos que a compõem, não tem outro sentido e fim a não ser o de viver e testemunhar Jesus: Ele que foi enviado pelo Abbá “a levar aos pobres o alegre anúncio, a proclamar aos prisioneiros a libertação e aos cegos a vista, e por em liberdade os oprimidos, a proclamar o ano da graça do Senhor” (Lc 4,18-19).


Com proximidade fraterna,


Francisco
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Disponível em: Aleteia

Amor à vida ou à mentira?

Tudo isso para não voltar aos tempos e aos métodos de Voltaire:
«Menti, menti, que alguma coisa ficará!»

No dia 1º de julho, o corpo do menino Brayan Capcha, de 5 anos, foi levado para a Bolívia, onde havia nascido. Ele tinha sido assassinado com um tiro na cabeça alguns dias antes, em São Paulo, depois de entregar ao criminoso os últimos centavos que carregava consigo. Entre lágrimas, pediu-lhe que não matasse a mãe e o deixasse viver. Mas o assaltante não tolerou o seu choro e lhe desferiu um tiro na cabeça.

No mesmo dia, o Parlamento da Bélgica começou a debater a aplicação da eutanásia para os menores de idade. Para os adultos, ela está em vigor desde o ano de 2002, e lhes permite pôr fim à vida com uma injeção letal em casos de doenças terminais. A partir de então, 1.432 pessoas recorreram à medida. A nova proposta de lei autoriza os médicos a atender ao pedido de crianças e adolescentes que solicitam a eutanásia «por se encontrarem em situações médicas sem saída, em estado de sofrimento físico, psíquico constante e insuportável».


Em julho também vieram à tona as declarações do Ministro da Economia do Japão, Taro Asso, sugerindo que, por motivos econômicos e para o bem da nação, «os idosos se apressem a morrer. Se eu estivesse na situação dessas pessoas de idade avançada que recebem acompanhamento médico, sentir-me-ia mal, sabendo que o tratamento é pago pelo Estado».


Estes e mil outros fatos do mesmo teor que sucedem diariamente no mundo refletem a mentalidade pagã que tomou conta de amplos setores da sociedade atual, a começar de algumas lideranças políticas. Concretiza-se, assim, a “profecia” feita pelo escritor russo Fiodor Dostoievski, há 150 anos: «Tirem Deus da sociedade e salve-se quem puder!». Com ele concorda o Papa Francisco, num pronunciamento que fez no Rio de Janeiro, no dia 27 de julho: «Em muitos ambientes, ganhou espaço a cultura da exclusão e do descartável. Não há mais lugar para o idoso e para o filho indesejado. Não há mais tempo para se deter com o pobre caído à margem da estrada. As relações humanas parecem regidas por apenas dois dogmas: a eficiência e o pragmatismo».

Escrevi acima que, em alguns países, essa mentalidade pagã está sendo propugnada por autoridades políticas. Mas, para ser exato, preciso incluir na lista também os meios de comunicação social. Um exemplo concreto foi dado pela Rede Globo no dia 23 de agosto, através da novela “Amor à vida”. Em dado momento, um ator no papel de médico, afirmou que «o aborto ilegal está entre as maiores causas de mortes de mulheres no Brasil, um caso de saúde pública».


Graças a Deus, de uns anos para cá, muitos leigos cristãos passaram a ocupar o seu lugar, não apenas na Igreja, mediante serviços litúrgicos e catequéticos, mas também na sociedade. Foi o que se viu na “nota” que dirigentes do “Movimento Nacional da Cidadania pela Vida (Brasil sem Aborto)” difundiram no dia 23 de agosto, contestando a Globo e pondo os pontos nos is: «Os dados oficiais, disponíveis no Datasus, atestam que, no Brasil, em 2011 (último ano a ter os dados totalmente disponíveis), faleceram 504.415 mulheres. O número máximo de mortes maternas por aborto provocado, incluindo os casos não especificados, corresponde a 69, sendo uma delas o aborto dito legal. Portanto, apenas 0,013% das mortes de mulheres se devem a aborto ilegal. 31,7% das mulheres morreram de doenças do aparelho circulatório e 17,03% de tumores. Estes, sim, constituem problemas de saúde pública.


A Globo fez também clara confusão entre os conceitos de “omissão de socorro” e “objeção de consciência”, com laivos de intolerância à liberdade religiosa. Desconhecemos que alguma religião impeça seus membros de prestar socorro a “pecadores”. Se assim fosse, inúmeros assaltantes e assassinos que chegam baleados aos hospitais, ficariam sem atendimento. Se até um bandido assassino, que foi ferido no embate, tem direito a atendimento médico, como caberia negá-lo em situações de sequelas do aborto? Se a Rede Globo deseja problematizar o debate, que o faça a partir de dados e situações verazes, e não se contente em reproduzir jargões propagandísticos!».



Tudo isso para não voltar aos tempos e aos métodos de Voltaire: «Menti, menti, que alguma coisa ficará!».
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Fonte: Aleteia

Vem aí a Feijoada Halleluya


Música, diversão e o melhor feijão da Ilha aguardam a comunidade de São Luís na Feijoada Halleluya, evento que acontece no próximo dia 15 de setembro, a partir das 9h, na Associação do Ministério Público do Maranhão (Ampem), no bairro Quintas do Calhau. O objetivo da Feijoada é mobilizar a comunidade de São Luís para o Halleluya, “A Festa que Nunca Acaba”, marcada para os dias 27, 28 e 29 de setembro, na Praça Maria Aragão, além de oferecer aos participantes um momento diferente de confraternização e congraçamento.

Para tanto, a programação do almoço vai incluir apresentações com as bandas Shalom Roots e com o cantor Serginho Carvalho, atrações que prometem agitar o evento. Além disso, estará à disposição dos participantes espaços como a piscina, quadra de esportes e espaço para crianças.

A Feijoada faz parte de um conjunto de ações de divulgação programadas pela Comunidade Shalom para motivar os ludovicenses a participarem da décima segunda edição do Halleluya, cuja expectativa de público é de 60 mil pessoas em três dias de evento. Carreatas, flashmobs entre outras atividades pretendem despertar a comunidade para uma festa cuja proposta é levar os participantes, por meio da arte, a terem uma experiência com o amor de Deus.


INGRESSOS

Para participar da Feijoada, basta adquirir ingresso no valor de R$15, à venda na Livraria Shalom, no Centro de Evangelização da Comunidade, na rua dos Socós, quadra 1, nº 44, no bairro do Calhau (próximo à Pizza Hut).

O HALLELUYA

Com 12 anos de história, o Halleluya já realizou na capital maranhense mais de 100 apresentações artísticas, reunindo anualmente um público de mais de 50 mil pessoas, incluindo caravanas de diversas cidades do interior do estado. Mais de 300 voluntários trabalham anualmente na organização do evento, cuja estrutura inclui palco, stands diversos, livraria, espaço para crianças no Halleluya Kids, praça de alimentação e espaço da Misericórdia.

Oito atrações musicais já estão confirmadas para esta edição, dentre as quais artistas de destaque que se apresentaram ao Papa Francisco durante a Jornada Mundial Juventude, como os cantores Diego Fernandes, Davidson Silva, Ana Gabriela e Suely Façanha. Além disso, o evento contará com pelo menos três apresentações de dança, contando com um corpo de baile formado por dançarinos profissionais


quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Acontecerá o Arrebatamento?


Segundo os protestantes, com ligeiras variantes, oarrebatamento, portanto, consiste no encontro da igreja (a noiva) com Jesus (o noivo) nos ares. É o momento em que Jesus busca a sua igreja. Todos que NEle crêem serão arrebatados, ou seja, desaparecerão da terra para viverem com Ele nos céus até a segunda etapa da sua Segunda Vinda: o Aparecimento Glorioso.[2]

Para sustentar esta teoria, são utilizadas principalmente duas passagens bíblicas, que são: Mat 24,39-41 E os homens de nada sabiam, até o momento em que veio o dilúvio e os levou a todos. Assim será também na volta do Filho do Homem.  Dois homens estarão no campo: um será tomado, o outro será deixado. Duas mulheres estarão moendo no mesmo moinho: uma será tomada a outra será deixada.

1 Ts 4,14-17: Se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, cremos também que Deus levará com Jesus os que nele morreram.  Eis o que vos declaramos, conforme a palavra do Senhor: por ocasião da vinda do Senhor, nós que ficamos ainda vivos não precederemos os mortos. Quando for dado o sinal, à voz do arcanjo e ao som da trombeta de Deus, o mesmo Senhor descerá do céu e os que morreram em Cristo ressurgirão primeiro. Depois nós, os vivos, os que estamos ainda na terra, seremos arrebatados juntamente com eles sobre nuvens ao encontro do Senhor nos ares, e assim estaremos para sempre com o Senhor.
 
São as únicas passagens na bíblia que mencionam especificamente o arrebatamento dos fiéis. Mas infelizmente para quem crê no arrebatamento, digamos, "pré-tribulacional", [3] a própria bíblia desmente esse ponto de vista. É, mais uma vez, o mal de quem utiliza um texto, fora do contexto, mas sempre com um pretexto.



Observando a passagem de Mateus, vemos que "os homens de nada sabiam, até o momento em que veio o dilúvio e os levou a todos. Assim também será na volta do Filho do Homem. Dois homens estarão no campo: um será tomado, o outro será deixado". O versículo anterior sugere que a expressão "tomado e deixado" é justamente o contrário do que eles querem fazer crer! Pois, se o dilúvio levou a todos, e na volta do Filho do Homem será assim também, então podemos, sem sombra de dúvida, raciocinar que quem for levado, será levado como o foram os homens que pereceram no dilúvio, ou seja: morrerá!

É uma simples questão de lógica e interpretação correta do texto sagrado. Afinal, não houve arrebatamento dos fiéis durante o dilúvio, houve? No evangelho de Lucas vemos passagem semelhante. Mas em nenhuma delas podemos concluir com segurança que o "tomado e deixado" tenha algo a ver com o "arrebatamento pré-tribulacional".

Quanto ao texto de 1 Tessalonicenses, a questão se apresenta ainda mais óbvia. Afinal, quando Cristo vier para julgar os homens, será Sua Segunda Vinda. Se Jesus voltasse antes disso, apenas para buscar os fiéis, então já não seria uma Segunda Vinda. Seria uma "Terceira Vinda". (!!) Sem contar que todo o texto sugere que serão os sobreviventes da tribulação que serão arrebatados. Pois lemos: "Depois nós, os vivos, os que estamos ainda na terra (...)". A passagem é clara.

No livro do Apocalipse, que é o livro por excelência do fim dos tempos, não há nenhumamenção a respeito do Arrebatamento. Pelo contrário, o Apocalipse dá a entender que os fiéis serão sim, duramente provados na fé, perseguidos e martirizados. Morrerão! Muitos deles derramarão seu sangue, para “lavarem suas vestes”.

Aliás, é maluquice pensar que alguns serão levados ao Céu de corpo e alma, sem passar pela morte física! Se nem Jesus se furtou da morte, nem Maria Santíssima! Imagina, que especialíssimos os protestantes que se acham acima do próprio Deus. Ou seja: TODOS nós morreremos fisicamente um dia!


Assim, vejamos no Apocalipse:

1,10 - Nada temas ante o que hás de sofrer. Por estes dias o demônio vai lançar alguns de vós na prisão, para pôr-vos à prova. Tereis tribulações durante dez dias. Sê fiel até a morte e te darei a coroa da vida.

2,26 - Então ao vencedor, ao que praticar minhas obras até o fim, dar-lhe-ei poder sobre as nações pagãs.

6,10-11 - E clamavam em alta voz, dizendo: Até quando tu, que és o Senhor, o Santo, o Verdadeiro, ficarás sem fazer justiça e sem vingar o nosso sangue contra os habitantes da terra? Foi então dada a cada um deles uma veste branca, e foi-lhes dito que aguardassem ainda um pouco, até que se completasse o número dos companheiros de serviço e irmãos que estavam com eles para ser mortos.

7,3 -  Não danifiqueis a terra, nem o mar, nem as árvores, até que tenhamos assinalado os servos de nosso Deus em suas frontes.
 
Se os servos fossem arrebatados, por que Deus teria cuidado de marcá-los nas frontes, para que fossem reconhecidos entre os outros? Se houvesse o arrebatamento, não teria necessidade de marcação, já que os eleitos estariam em segurança no céu.

7,14 - Respondi-lhe: Meu Senhor, tu o sabes. E ele me disse: Esses são os sobreviventes da grande tribulação; lavaram as suas vestes e as alvejaram no sangue do Cordeiro.
 
Lavar as vestes no sangue do Cordeiro: tomar parte no seu martírio, derramar sangue por causa da fidelidade a Ele. A veste branca não é a roupa de pano, mas a perseverança na fé até as últimas conseqüências. Essa firmeza lava todos os defeitos que o fiel tem. [4]

9,4 - Mas foi-lhes dito que não causassem dano à erva, verdura, ou árvore alguma, mas somente aos homens que não têm o selo de Deus na fronte. (Ver explicação referente ao versículo 7,3.)

Os homens que não têm o selo de Deus serão aqueles que não ficarão na Nova Terra. Não quer dizer que se percam eternamente, mas sim que não ficarão vivos aqui, depois do Juízo Final. Ou seja: já terão morrido até aquele dia!
 
12,11 - Mas estes venceram-no por causa do sangue do Cordeiro e de seu eloqüente testemunho. Desprezaram a vida até aceitar a morte.

13,10 - Quem procura prender será preso. Quem matar pela espada, pela espada deve ser morto. Esta é a ocasião para a constância e a confiança dos santos!
 
Há muito mais passagens como estas, porém penso que as citadas são mais do que suficientes para demonstrar que não haverá o arrebatamento como esperado pelos protestantes e até mesmo por alguns católicos. [5]
 
Porém, mais do que a questão bíblica da doutrina do arrebatamento, penso que é importante refletirmos sobre a questão moral que se impõe a respeito desse assunto. O que pensar a respeito de pessoas que esperam ser arrebatadas, para fugir da tribulação que virá para todos?

Podemos pensar num tremendo egoísmo por parte dos candidatos ao arrebatamento, já que sabemos que a tribulação será um período de muita fome, doenças, perseguição e desgraças sobre a terra. Como um verdadeiro cristão ficaria feliz no céu, vendo seus irmãos, até parentes, talvez os próprios filhos, sofrendo sob o jugo do maligno?

Não podemos crer que o Senhor estimule tal mesquinharia, escolhendo alguns e deixando outros, pois é bíblico: Deus não faz acepção de pessoas (Atos 10,34). Portanto, os candidatos a este tipo de arrebatamento deveriam no mínimo sentir vergonha de si mesmos, já que querem egoisticamente livrar-se da perseguição e quiçá, do martírio, que nem o próprio Senhor Jesus recusou. O discípulo não é maior que o mestre. (Jo 13,16).

Isso sem contar que muitos esperam este falso arrebatamento para se livrarem de problemas familiares, emocionais e até financeiros. Querem exatamente fugir da cruz. Não querem enfrentar junto com seus irmãos e irmãs o sofrimento purificador de toda a humanidade, para que esta renasça para uma vida de santidade plena, matando de vez para sempre o homem velho. Isso mostra não somente egoísmo, mas também covardia.

Devemos sim, neste momento, estar dispostos a perder a própria vida por amor a Cristo (Mat 16,25), e não procurar ser justos apenas para fugir à tribulação, pois quem não toma a cruz de cada dia e não segue a Jesus, não é digno dEle. (Lc 14,27). Isso se aplica principalmente às vicissitudes que deverão ser enfrentadas pelos cristãos neste fim dos tempos. (Ap 12,11). Nossa palavra de fé agora é: Pai: faça-se em mim segundo a tua vontade, não a minha! Foi assim que Jesus procedeu!

Através de revelações particulares, sabemos que o arrebatamento, na verdade, será o translado dos fiéis de um lugar para outro aqui mesmo na terra, apenas para salvá-los de perigo de morte iminente, a fim de que continuem a missão de evangelização a qual todos nós somos chamados através do batismo. Também serão protegidas as pessoas mais frágeis, que não podem se defender, como crianças, idosos, etc. Mas tais pessoas serão conduzidas a refúgios seguros aqui mesmo na terra.

Nossa Senhora, ao vidente católico Cláudio Heckert, diz: Já vos tenho dito: não temei! Não tenhais medo. Alegrai-vos vós que sois filhos da luz. A tempestade vem, mas os filhos da luz são protegidos... Os que estão nos abrigos, e estes são atingidos, serão arrebatados para abrigos seguros, conforme já vos disse, portanto, não deverão abandonar seus refúgios, ainda que sujeitos à calamidade, pois precisarão ajudar a muitos que procurarem. E muitos buscarão e deverão ser acolhidos. Depois serão levados a outros lugares seguros!

Tais abrigos, são refúgios da Igreja perseguida e atribulada, portanto, terão a finalidade de amparar os filhos da Igreja. Depois de cumprirem sua missão estes abrigos não serão mais necessários...Os outros,(refúgios, abrigos) que não serão atingidos, não necessitarão  resgates para os que ali estão, pois todos estarão a salvo... Mas os que estiverem nos abrigos... correrão o risco total... mas os filhos da luz viverão...

Portanto, mais uma vez vos peço: Não tenhais medo! Se cumprirdes bem vossa missão e viverdes em concordância com Deus, sereis salvos.

Não há o que correr atrás de segurança, pois ela não será encontrada em parte alguma, pois todos terão de passar pelas provações...Os filhos da luz, os que rezam, no entanto, encontrarão, sem procurar, o abrigo seguro, o refúgio. Amém ? É preciso que tudo aconteça... para a Glória de Deus! Amém? [6]
 
Devemos entender bem aqui estes “refúgios” e “abrigos”. Certos falsos profetas houve por aí que mandaram construir refúgios, enviaram pessoas para estes lugares, alguns venderam suas propriedades, largaram seus empregos tentando salvar sua pele nestes falsos locais. Depois os abandonaram! Todos estão largados às moscas, pessoas foram enganadas e muitos perderam seus bens! Quem paga esta conta? Tais profetas que Deus não enviou, por obras que Ele não mandou fazer!

Os refúgios que Nossa Senhora aqui menciona, são locais já designados por Deus, desde o princípio do mundo, para onde Ele mesmo já “arrebatou” a maioria das pessoas que deseja preservar vivas. E aqui, ninguém SE escolhe! Deus, somente Ele sabe que vai e quem fica, pois nem nestes locais, todos ficarão vivos!

Assim, se o Japão vai afundar inteiro, também a Holanda e dezenas de outras nações e estados desde os séculos o Pai Eterno já foi retirando daqueles países, estados e locais todos os que deseja preservar. Muitos já nasceram e vivem naqueles locais, há séculos suas famílias ali habitam sem saber, pois NINGUÉM sabe onde estes locais ficam. E por que Deus não os revela? Para evitar a especulação, a compra e venda de imóveis, que certamente faria explodir os preços! O homem é um tremendo cara de pau é como um Judas, a negociar com as coisas de Deus!

Assim, Nossa Senhora tem sido bem clara: todos terão de passar pelas provações. Sabemos que após os três dias de trevas, o purgatório será extinto. Os sofrimentos aceitos durante a nossa vida e principalmente durante a tribulação, serão o purgatório dos fiéis aqui na terra, já que futuramente não teremos purgatório para expiar nossos pecados. Ninguém pode afirmar que não tem pecados a reparar. Todos nós temos. E essa é, para nós, uma realidade que não deve ser desprezada.

Sabemos que todos os sofrimentos vividos na terra não são nada diante daqueles que teremos que sofrer no purgatório. Deus, na Sua infinita misericórdia, dispõe até do mal, para transformá-lo em um bem. Assim, mesmo os piores sofrimentos vividos na tribulação, se aceitos sem revolta, são para o bem de nossas almas e a renovação da face da terra. E todos são chamados a colaborar com sua parcela. Para tanto, nos diz Nossa Senhora: sem medo!

Nós devemos estar cientes da necessidade de ajudar nossos irmãos durante a tribulação: partilhar alimentos, acolher e cuidar durante as perseguições, durante as catástrofes, durante as doenças que virão. É nosso dever como cristãos, sempre procurar fazer o bem. Querer ser arrebatado à tribulação, querer se olvidar dos deveres cristãos em relação aos nossos irmãos menos afortunados é transgredir o mandamento de Deus que nos diz: "amar o próximo como a si mesmo".

Há mais um fator preocupante na doutrina do arrebatamento. Várias revelações particulares nos dão conta que os demônios, utilizando-se do disfarce "ovni", raptarão pessoas e as levarão consigo. As aparições de La Salette , aprovadas pela Igreja, dizem o seguinte: "Certas pessoas serão transportadas de um a outro lugar por estes espíritos maus e até sacerdotes, porque eles não serão conduzidos pelo bom espírito do Evangelho, que é um espírito de humildade, de caridade e de zelo pela glória de Deus."[7]

Uma pessoa, acreditando no arrebatamento, pode ser persuadida a se deixar transportar pelos demônios, pois sabemos que o demônio se disfarça até em anjo de luz, para enganar os incautos. (1Cor 11,14) Isso acontecerá somente com estes fissurados em se arrebatar, que cegos, não perceberão os ardis do inimigo de suas almas. Até esse risco os adeptos do arrebatamento correm! [8]

Infelizmente ainda vemos a tendência preocupante em alguns católicos e/ou protestantes, de criar aqui na terra "refúgios" e "arcas". Tal procedimento é claramente condenado pela Bíblia, como está em Mateus 16,25 - Porque aquele que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; mas aquele que tiver sacrificado a sua vida por minha causa, recobrá-la-á.


Posto isso, podemos definir ou sintetizar os três diferentes modos de arrebatamento:

1 – Serão protegidos e levados para locais seguros, muitas crianças, até de berço, e também velhos e doentes, mas NEM TODOS, apenas os que Deus quer preservar! Os outros partirão, como os demais.

2 – Já está nos locais certos a maioria das pessoas escolhidas, para no futuro – depois do Juízo Final – povoarem a Nova Terra, prometida por Deus. Dificilmente, porém uma família restará inteira, disso podem ter certeza!

3 – Muitos que estarão na luta ajudando aos milhares de feridos e doentes atingidos pelas catástrofes, serão também protegidos de forma especial nos locais onde estão, porque Deus quer continuar precisando de seus braços, de seu amor. Estas pessoas também, muitas delas, serão arrebatadas até para países distantes, num piscar de olhos, para que lá atendam o chamado de Deus a auxiliar os necessitados. E haverá muito que fazer! Podem acreditar! A terra ficará em frangalhos depois que a Justiça passar aqui!


Portanto, devemos sempre nos manter em humildade e oração, reconhecendo sempre nossa miséria perante o Senhor, e ao invés de querermos nos "safar" das tribulações, pedir a Deus a força e o discernimento necessário, para que sejamos bons cristãos, evangelizadores, lutando sem temor pelo Novo Reino que virá. Com ou sem tribulação! E sim, estando dispostos também a morrer por esta causa, pois o verdadeiro prêmio é a eternidade com Cristo e não aqui nesta terra.


Em resumo: Deixar tudo nas mãos de Deus, e procurar manter sempre o estado de graça, para pertencer a Ele. Só estes terão uma chance de passar vivos pela tribulação!
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Fonte: WEB

ONU: solução armada é inadequada para conflito na Síria

Os peritos da ONU acusam tanto as forças governamentais 
quanto os grupos armados da oposição de "crimes de guerra"

Os peritos da Organização das Nações Unidas (ONU) que estiveram na Síria para investigar violações aos direitos humanos advertiram ontem (11) que uma ação militar vai intensificar o sofrimento da população que permanece no país, afastando uma solução negociada para a guerra civil. A conclusão é da comissão que investiga os crimes na Síria.

Para a comissão, aqueles que fornecem armas às partes em confronto na guerra civil da Síria criam uma ilusão de vitória. "Não há solução militar", asseguram os peritos. Formada por juristas e liderada pelo brasileiro Sérgio Pinheiro, a comissão divulgou relatório relativo ao período de 15 de maio a 15 de julho.

No documento, os peritos da ONU acusam tanto as forças governamentais quanto os grupos armados da oposição de "crimes de guerra" e registram a "radicalização dos grupos rebeldes armados" à medida em que aumenta o número de combatentes estrangeiros no conflito.

O relatório adianta que os grupos radicais têm vantagem sobre as facções moderadas dos rebeldes, o que explica que grupos como o Al Nusra, Al Sham e o Estado Islâmico do Iraque tenham criado bases no Norte da Síria.

Os peritos informam também que os grupos armados curdos tornaram-se importantes atores do conflito e recrutam crianças como soldados. A divulgação do relatório ocorre às vésperas de uma reunião de autoridades dos Estados Unidos e Rússia, em Genebra (Suíça), para tentar uma solução negociada ao conflito que permita a destruição de armas químicas pela comunidade internacional.


Armas químicas

O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, apelou para que não se “perca a chance” de garantir a paz na Síria ao negociar o plano de destruição das armas químicas existentes no país. Segundo ele, uma intervenção militar na região, como defendem os Estados Unidos com o apoio da França e do Reino Unido, pode levar a uma desestabilização ainda maior no Oriente Médio. A crise na Síria ocorre há dois anos e meio e já matou mais de 100 mil pessoas.

"Nós estamos fazendo esforços diplomáticos ativos para evitar a intervenção militar, o que levaria a uma maior desestabilização na Síria e em toda a região", disse ele. “Elogiamos a disposição dos sírios de colaborar com a nossa iniciativa de colocar armas químicas sob controle internacional para serem eliminadas e seguir a Convenção sobre a Proibição de Armas Químicas."

Lavrov se reúne em Genebra (Suíça), nesta quinta-feira (12), com o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, para discutir o assunto. Para o chanceler, o caminho é o da negociação política e diplomática. “Há uma chance de garantir a paz na Síria que não pode ser perdida”, ressaltou.


Lavrov defendeu a presença de peritos internacionais para executar o plano de destruição das armas químicas. "Esse trabalho deve envolver especialistas internacionais, da ONU [Organização das Nações Unidas] e da Convenção sobre a Proibição de Armas Químicas. Começamos as negociações substanciais com os EUA sobre essa questão ", disse Lavrov, durante palestra na Universidade da Eurásia.
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Disponível em: Aleteia

Vocês não aprenderam com a guerra do Iraque?


Quando, em 2003, os Estados Unidos guiaram a coalizão contra o regime de Saddam Hussein, o atual cardeal Louis Sako, hoje líder da Igreja Católica no Iraque, era pároco em Mossul. Desde então, o purpurado sempre conservou na memória as imagens da destruição e as lágrimas que a guerra produz. Por isso, ao ler as notícias divulgadas nestes dias sobre a Síria, ele não consegue esconder seu ressentimento com relação aos que escondem, atrás da bandeira da democracia e da liberdade, outros interesses.
O patriarca caldeu está certo de que, além disso, uma intervenção militar nesta região seria o estopim para um conflito confessional ainda mais destrutivo, que acabaria criando um novo Oriente Médio, dividido em pequenos estados.
Eminência, o senhor comentou várias vezes que uma intervenção militar contra a Síria seria um desastre, e convidou ao diálogo. Mas os massacres são contínuos: decapitações, sequestros, homicídios em massa, estupros... Frente a esta violência, o senhor acha que um diálogo interno na Síria ainda é possível? Que tipo de diálogo seria?

Acho que sempre é possível um diálogo corajoso, que busque o bem comum e que inclua todos na política. A solução deve ser política, não militar. A guerra é sempre um mal, complica a situação e não resolve nada. Penso que um país neutro, um grupo de políticos ou de líderes religiosos poderiam organizar este encontro, porque não têm interesses particulares.
Uma intervenção militar por parte dos EUA matará muitos inocentes e destruirá infraestruturas e casas (pense no caso do Iraque); e não sabemos suas consequências sobre a Síria e sobre os países vizinhos. Além disso, com que direito vendem armas à Síria e ao Iraque, e depois os atacam?



Além da intenção de intervir militarmente, o que o senhor recriminaria no Ocidente: o que deveriam ter feito ou o mal que estão fazendo? O que esperar exatamente dos países ocidentais?
Não entendemos a política ocidental. Não há valores! Veja a situação no Egito, Líbia, Tunísia, Iêmen e agora naSíria. Não entendemos por que querem mudar um regime ditatorial em favor de outro pior! No Egito, Mubarak foi embora e veio Morsi: que mudança! Conflitos, corrupção e mais pobreza. Acontece a mesma coisa na Líbia, no Iêmen.
O que o Ocidente está fazendo para aplicar a democracia? São apenas slogans e pretextos para fazer a guerra! Dez anos depois da invasão americana ao Iraque, ainda não temos democracia. Todos os dias há explosões, mortos e danos. Se o Ocidente quer realmente a democracia, deve educar as pessoas para a democracia e ajudá-las a vivê-la, e não criar tensões e conflitos. O Ocidente só enxerga seus próprios interesses econômicos! Que moral! As reformas só acontecem com o diálogo, e exigem tempo e boa vontade, e não bombas!
O que aconteceria no caso de uma intervenção militar? E que lição o Ocidente deve tirar do que ocorreu no Iraque? O que torna a situação Síria tão complicada?
Infelizmente, até hoje, nem o Ocidente nem o Oriente aprenderam a lição. O que os americanos aprenderam da guerra do Iraque? O que os regimes da região aprenderam para fazer as reformas?
O que torna a situação síria tão complicada é a intervenção dos governos de outros países nos assuntos internos da Síria. Os países muçulmanos, Arábia Saudita, Qatar e Turquia apoiam a oposição sunita, bem como alguns países ocidentais. No entanto, Irã, Hezbollah e Rússia estão a favor do regime. É um conflito confessional que busca um novo Oriente Médio, dividido em pequenos Estados!
Na situação Síria, há pelo menos três protagonistas: o governo de Assad, os rebeldes da Syrian Free Army e as tropas da Al-Qaeda, cada um com seus próprios apoios internacionais. Como poderiam se sentar à mesa da mediação, se suas reivindicações são tão diferentes? E como fazer que a violência pare sem o compromisso armado de terceiros?
É preciso chegar a um consenso. Quando os grandes poderes não apoiam a violência, mas incentivam o diálogo, as coisas mudam. Temos o exemplo de Gandhi na Índia e de Mandela na África do Sul. A luta de uns contra outros é pelo poder, não para ter democracia ou reformas. Então, que não lhes vendam armas!
Todos os líderes religiosos se manifestam contra uma intervenção militar externa. Mas o que pode ser feito concretamente para acabar com o conflito sírio?
Fazer manifestações e marchas em todos os países para interromper a intervenção: mobilizar a opinião pública mundial para buscar soluções civilizadas e pacíficas!
O mundo ocidental não entende por que os cristãos estão do lado do regime e, portanto, os vê como cúmplices do que o regime está fazendo. O senhor poderia nos explicar a situação dos cristãos e por que são favoráveis ao regime?
Pobres cristãos. São uma minoria sem importância que quer viver em paz e estabilidade. Os cristãos aprenderam que a primavera árabe trouxe desastres, não reformas. Os fundamentalistas aproveitaram a situação para aplicar a lei muçulmana, a sharia.
Para esses cristãos, um ditador é melhor que um regime religioso fechado que não aceita os outros. O Ocidentenão entende o discurso religioso dominante! Os muçulmanos acham que o Ocidente e os cristãos estão por trás de todas as suas desgraças e, portanto, a solução seria um Estado religioso, não laico.
Que interesses econômicos, políticos e sociais poderiam estar por trás de uma intervenção militar ocidental?

Uma intervenção militar empobrece todos e traz confusão e miséria. É preciso abrir os olhos ao nosso redor e ver a situação da Líbia, Tunísia, Iraque, Egito...


No vídeo abaixo (acrescentado pelo INFormação Católica), muçulmanos fundamentalistas matam cristãos decapitados na Síria:


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Fonte: Aleteia

A diferença que a missa faz


Ir à missa é ir para o céu, onde “Deus… enxugará toda lágrima” (Ap 21,3-4). Porém, o céu é ainda mais do que isso. O céu é onde nos colocamos sob julgamento, onde nos vemos na clara luz matinal do dia eterno e onde o justo juiz lê nossas obras no livro da vida. Nossas obras nos acompanham quando vamos à missa.

Ir à missa é renovar nossa aliança com Deus, como em uma festa de núpcias – pois a missa é o banquete das núpcias do Cordeiro. Como em um casamento, fazemos votos, comprometemo-nos, assumimos uma nova identidade. Mudamos para sempre.


Ir à missa é receber a plenitude da graça, a própria vida da Trindade. Nenhum poder no céu ou na terra nos dá mais do que recebemos na missa, pois recebemos Deus em nós mesmos.

Jamais devemos subestimar essas realidades. Na missa, Deus nos dá sua própria vida. Isso não é apenas uma metáfora, um símbolo ou uma antecipação. Precisamos ir à missa com os olhos e ouvidos, mente e coração abertos à vontade que está diante de nós, a verdade que se eleva como incenso. A vida de Deus é uma dádiva que precisamos receber apropriadamente e com gratidão. Ele nos dá graça como nos dá fogo e luz. Fogo e luz, mal usados, podem nos queimar ou cegar. De modo semelhante, a graça recebida indignamente sujeita-nos a julgamento e a consequências muito terríveis.


Em toda missa, Deus renova sua aliança com cada um de nós, colocando diante de nós a vida e a morte, a benção e a maldição. Precisamos escolher a bênção para nós e rejeitar a maldição, e precisamos fazer isso desde o início.


A partir do momento em que entra na igreja, você se coloca sob juramento. Ao mergulhar os dedos na água benta, você renova a aliança que eu iniciou com seu Batismo. Talvez você tenha sido batizado quando bebê; seus pais tomaram a decisão por você. Mas agora, com esse simples movimento, você toma a decisão por si mesmo. Toca com a água benta a fronte, o coração, os ombros e os persigna como “nome” com que foi batizado. Relacionada com esse movimento, está sua rejeição a Satanás e a todas as suas pompas e obras.


Ao fazer isso, você comprova, dá testemunho, como o faria no tribunal. No tribunal, a testemunha põe em jogo sua pessoa, sua reputação e seu futuro. Se não disser a verdade, toda a verdade e nada mais que a verdade, sabe que sofrerá sérias consequências.

Também você está sob juramento. Não se esqueça: a palavra latina sacramentum significa, literalmente, “juramento”. Quando faz o sinal-da-cruz, você renova o sacramento do Batismo, desse modo renovando sua obrigação de corresponder aos direitos e deveres da nova aliança. “Amarás o Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, com todo o teu ser, com todas as tuas forças”; “amarás o teu próximo como a ti mesmo”.


Você jura, de modo especial, dizer a verdade durante esta missa, pois este é o tribunal do céu; aqui, Deus abre o livro da vida; aqui, você ocupa o banco das testemunhas. Muitas e muitas vezes durante a missa você diz “AMÉM”, a palavra aramaica que transmite consentimento e conformidade: Sim! Assim seja! De verdade! “Amém” é mais que resposta; é compromisso pessoal. Quando diz “Amém”, você compromete sua vida, portanto é melhor ser sincero.


Assim, na missa, você não é mero espectador. É participante. É sua a aliança que Jesus

em pessoa vai renovar .

Texto retirado de uma bela obra de *Scott Hahn, chamada “O banquete do Cordeiro” na qual ele relata o começo de sua experiência ainda como calvinista quando foi a estudo participar da Santa Missa.


*HAHN, S. O banquete do Cordeiro: a missa segundo um convertido. 11ª edição. São Paulo: Ed. Loyola, 2009.



*Um dos livros de Scott Hahn, um renomado professor de teologia e de Escritura na Universidade Franciscana em Steubenville, nos Estados Unidos, fundador e dirigente do Institute off Applied Biblical Studies, é o “Banquete do Cordeiro”, no qual revela um segredo duradouro da Igreja: a chave dos cristãos para entender os mistérios da missa.

O autor explora o mistério da Eucaristia com os olhos novos e fala da missa como um poderoso dama sobrenatural, no qual o sacrifício real do Cordeiro traz o céu à terra. Hahn era protestante calvinista e quando se pôs a estudar sobre a vida dos primeiros cristãos, se aproximou da Eucaristia.
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Fonte: Aleteia

É correto que as mulheres distribuam a comunhão?


A questão sobre quem é o ministro da Eucaristia deve ser dividida em duas, pois a resposta varia segundo se trate do ministro da confecção da Eucaristia ou do ministro da distribuição da Eucaristia.
 
Antes de responder, eu gostaria de esclarecer que utilizarei o Código de Direito Canônico, pois, coincidindo com na doutrina com o Catecismo da Igreja Católica, é muito mais conciso e claro em sua formulação.

 
Sobre a confecção, a doutrina é muito clara e não admite matizes: "O ministro que, atuando na pessoa de Cristo, tem o poder de celebrar o sacramento da Eucaristia, é somente o sacerdote validamente ordenado" (cânon 900 § 1). Aqui, "o sacerdote" inclui bispos (que têm a plenitude do sacerdócio) e presbíteros. Em termos mais comuns, só eles podem celebrar validamente a Missa, que é onde se confecciona o sacramento.

 
Sobre a distribuição, o critério é mais complexo: é preciso distinguir entre o ministro ordinário e o extraordinário. Este último, como o próprio adjetivo indica, está previsto para os casos de carência ou insuficiência de ministros ordinários.

 
"O ministro ordinário da sagrada comunhão é o bispo, o presbítero e o diácono" (cânon 910 §1). A novidade, com relação à confecção, é o surgimento do diácono, que não pode celebrar a Missa, mas sim distribuir a comunhão aos fiéis, e não como ministro extraordinário, e sim ordinário.



"O ministro extraordinário da sagrada comunhão é o acólito ou outro fiel designado nos termos do cân. 230, § 3", diz o cânon 910, § 2. Parece que a leitura do terceiro parágrafo do cânon 230 vai esclarecer bastante, mas não é exatamente assim: "Onde as necessidades da Igreja o aconselharem, por falta de ministros, os leigos, mesmo que não sejam leitores ou acólitos, podem suprir alguns ofícios, como os de exercer o ministério da palavra, presidir às orações litúrgicas, conferir o Batismo e distribuir a sagrada Comunhão, segundo as prescrições do direito".

 
Ao pé da letra, parece que o acólito é quem tem certa prioridade. Mas convém entender que este não é simplesmente aquele que ajuda na Missa, mas sim quem tem uma nomeação formal como tal. De fato, quem costuma ter esta nomeação são os seminaristas, e é bastante lógica esta prioridade, tanto pela sua preparação litúrgica e doutrinal como pelo sacerdócio que estão se preparando para receber.

 
Por outro lado, a expressão "por falta de ministros" não deve ser entendida somente como ausência física, mas também por motivos como a incapacidade do ministro (por exemplo, um sacerdote lesionado que não pode usar escadas), ou a incapacidade para poder atender todos os fiéis sem alterar substancialmente a cerimônia ou sua duração.

 
O cânon seguinte, 231, pede que estes leigos tenham a formação adequada para desempenhar dignamente este ministério, algo totalmente lógico.

 
Em 1973, foi promulgada a instrução Inmensæ caritatis, que regula um pouco mais o emprego dos ministros extraordinários da comunhão, ao mesmo tempo em que deixa margem para que os bispos locais possam ditar normas em seus territórios.

 
Enfim, de qualquer maneira, fica claro que não há diferença entre homem e mulher.


 
Na hora de escolher o ministro, o critério é que se designe quem estiver melhor preparado, seja homem ou mulher. Portanto, é comum ver mulheres distribuindo a comunhão. Se houvesse um abuso no que foi estabelecido (e às vezes há), em nenhum caso o motivo seria a mulher, mas a violação do que foi estabelecido. 
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Fonte: Aleteia