quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Papa: "O Juízo Final já começou. A salvação é abrir-se a Jesus"


CATEQUESE
Praça São Pedro – Vaticano
Quarta-feira, 11 de dezembro de 2013


Queridos irmãos e irmãs, bom dia!

Hoje gostaria de iniciar a última série de catequeses sobre nossa profissão de fé, tratando sobre a afirmação “Creio na vida eterna”. Em particular, concentro-me no juízo final. Mas não devemos ter medo: ouçamos aquilo que diz a Palavra de Deus. A respeito, lemos no Evangelho de Mateus: então Cristo “voltará na sua glória e todos os anjos com ele…Todas as nações se reunirão diante dele e ele separará uns dos outros, como o pastor separa as ovelhas dos cabritos. Colocará as ovelhas à sua direita e os cabritos à sua esquerda…E estes irão para o castigo eterno, e os justos, para a vida eterna” (Mt 25, 31-33. 46). Quando pensamos no retorno de Cristo e no seu juízo final, que manifestará, até suas últimas consequências, o bem que cada um terá cumprido ou terá omitido de cumprir durante a sua vida terrena, percebemos nos encontramos diante de um mistério que paira sobre nós, que não conseguimos sequer imaginar. Um mistério que quase instintivamente suscita em nós um sentimento de temor, e talvez também de preocupação. Se, porém, refletimos bem sobre esta realidade, essa só pode alargar o coração de um cristão e constituir um grande motivo de consolação e de confiança.

A este propósito, o testemunho das primeiras comunidades cristãs ressoa muito fascinante. Essas, de fato, eram habituais ao acompanhar as celebrações e as orações com a aclamaçãoMaranathà, uma expressão constituída por duas palavras aramaicas que, do modo como são construídas, podem ser entendidas como uma súplica: “Vem, Senhor!”, ou como uma certeza alimentada pela fé: “Sim, o Senhor vem, o Senhor está próximo”. É a exclamação na qual culmina toda a Revelação cristã, ao término da maravilhosa contemplação que nos é oferecida no Apocalipse de João (cfr Ap 22, 20). Naquele caso, é a Igreja-esposa que, em nome de toda a humanidade e enquanto sua primícia, dirige-se a Cristo, seu esposo, não vendo a hora de ser envolvida por seu abraço: o abraço de Jesus, que é plenitude de vida e plenitude de amor. Assim nos abraça Jesus. Se pensamos no julgamento com esta perspectiva, todo medo e hesitação é menor e deixa espaço à espera e a uma profunda alegria: será justamente o momento no qual seremos julgados finalmente prontos para ser revestidos da glória de Cristo, como de uma veste nupcial, e ser conduzidos ao banquete, imagem da plena e definitiva comunhão com Deus.


Um segundo motivo de confiança nos vem oferecido pela constatação de que, no momento do julgamento, não estaremos sozinhos. É o próprio Jesus, no Evangelho de Mateus, a preanunciar como, no fim dos tempos, aqueles que o tiverem seguido tomarão lugar na sua glória, para julgar junto a Ele (cfr Mt 19, 28). O apóstolo Paulo, depois, escrevendo à comunidade de Corinto, afirma: “Não sabeis que os santos julgarão o mundo? Quanto mais as pequenas questões desta vida!” (1 Cor 6,2-3). Que belo saber que naquele momento, bem como com Cristo, nosso Paráclito, nosso Advogado junto ao Pai (cfr 1 Jo 2, 1), poderemos contar com a intercessão e com a benevolência de tantos nossos irmãos e irmãs maiores que nos precederam no caminho da fé, que ofereceram a sua vida por nós e que continuam a nos amar de modo indescritível! Os santos já vivem na presença de Deus, no esplendor da sua glória rezando por nós que ainda vivemos na terra. Quanta consolação suscita no nosso coração esta certeza! A Igreja é verdadeiramente uma mãe e, como uma mãe, procura o bem dos seus filhos, sobretudo aqueles mais distantes e aflitos, até encontrar a sua plenitude no corpo glorioso de Cristo com todos os seus membros.

Uma outra sugestão nos vem oferecida pelo Evangelho de João, onde se afirma explicitamente que “Deus não enviou o Filho ao mundo para condená-lo, mas para que o mundo seja salvo por Ele. Quem Nele crê não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porque não crê no nome do Filho único de Deus” (Jo 3, 17-18). Isto significa então que aquele juízo final já está em vigor, começa agora no curso da nossa existência. Tal juízo é pronunciado a cada instante da vida, como verificação do nosso acolhimento com fé da salvação presente e operante em Cristo, ou da nossa incredulidade, com o consequente fechamento em nós mesmos. Mas se nós nos fechamos ao amor de Jesus, somos nós mesmos que nos condenamos. A salvação é abrir-se a Jesus, e Ele nos salva; se somos pecadores – e o somos todos – peçamos-lhe perdão e se vamos a Ele com o desejo de ser bons, o Senhor nos perdoa. Mas, para isso, devemos abrir-nos ao amor de Jesus, que é mais forte que todas as outras coisas. O amor de Jesus é grande, o amor de Jesus misericordioso, o amor de Jesus perdoa; mas você deve se abrir e se abrir significa arrepender-se, acusar-se das coisas que não são boas e que fizemos. O Senhor Jesus se doou e continua a se doar a nós, para nos encher de toda a misericórdia e a graça do Pai. Somos nós também que podemos nos tornar em um certo sentido juízes de nós mesmos, nos auto-condenando à exclusão da comunhão com Deus e com os irmãos.  Não nos cansemos, portanto, de vigiar sobre nossos pensamentos e sobre nossas atitudes, para experimentar desde já o calor e o esplendor da face de Deus – e isso será belíssimo – que na vida eterna contemplaremos em toda a sua plenitude. Avante, pensando neste juízo que começa agora, e já começou. Avante, fazendo com que o nosso coração se abra a Jesus e à sua salvação; avante sem medo, porque o amor de Jesus é maior e se nós pedimos perdão dos nossos pecados Ele nos perdoa. Jesus é assim. Avante então com esta certeza, que nos levará à glória do céu.
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Fonte: Boletim da Santa Sé
Tradução: Jéssica Marçal

Mensagem do Papa Francisco para o dia de Nossa Senhora de Guadalupe


Em vista da festa de Nossa Senhora de Guadalupe, que a Igreja celebra no dia 12, o Papa Francisco aproveitou a Audiência Geral desta quarta-feira para enviar uma mensagem para todo o continente americano.

Eis as palavras do Santo Padre:

Amanhã é a festa de Nossa Senhora de Guadalupe, Padroeira de toda a América. Nesta ocasião, quero saudar os irmãos e irmãs do continente, e o faço pensando em Nossa Senhora de Tepeyac.

Quando apareceu a São Juan Diego, seu rosto era o de uma mulher mestiça e suas vestes estavam cheias de símbolos da cultura indígena. Seguindo o exemplo de Jesus, Maria está perto de seus filhos, como uma mãe carinhosa acompanha o seu caminho, partilha as alegrias e as esperanças, os sofrimentos e as angústias dos homens de Deus, que são chamados a fazer parte de todos os povos da terra.

A aparição da imagem da Virgem na tilma (manto) de Juan Diego era um sinal profético de um abraço, o abraço de Maria a todos os habitantes das vastas terras americanas, que já estavam lá e os que virão depois.


Este abraço de Maria apontou o caminho que sempre caracterizou a América: uma terra onde povos diferentes podem conviver, uma terra capaz de respeitar a vida humana em todas as fases, desde a concepção até a velhice, capaz de acolher os migrantes, assim como os pobres e marginalizados de todas as idades. Uma terra generosa.

Esta é a mensagem de Nossa Senhora de Guadalupe, e esta é a minha mensagem, a mensagem da Igreja. Encorajo todos os habitantes do continente americano a ter os braços abertos como a Virgem Maria, com amor e ternura.


Rezo por todos vocês, queridos irmãos e irmãs em todas as Américas, e peço que oreis por mim. Que a alegria do Evangelho esteja sempre em seus corações. O Senhor os abençoe e Nossa Senhora os acompanhe.
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Fonte: Rádio Vaticano

A cada 11 minutos, um cristão morre por causa da fé


"A notícia mais importante do mundo que nunca foi contada": assim o parlamentar britânico Jim Shannon definiu a perseguição contra os cristãos no mundo atual, que chegou ao extremo de um cristão morto a cada 11 minutos por causa da fé.

As estatísticas foram apresentadas no último dia 4 de dezembro na Câmara dos Comuns do parlamento inglês, em sessão dedicada precisamente a discutir a perseguição contra os cristãos em todo o planeta. Nenhuma outra religião é tão atingida hoje quanto a cristã.

De acordo com Shannon, o número de cristãos perseguidos por causa da fé em 2013 foi de 200 milhões. Outros 500 milhões vivem em "situação perigosa". É particularmente preocupante a situação na Síria, onde os cristãos "estão no meio do fogo cruzado do conflito" (Tempi, 5 de dezembro).

O parlamentar Sammy Wilson observa que, "no mês passado, centenas de pessoas, da Nigéria à Eritreia e à China, foram presas por causa da sua fé. E na prisão elas ficam sem direito a um processo e sem acesso a advogados (...) Elas podem apodrecer na prisão em condições horríveis. E isso não acontece apenas nos países muçulmanos, mas em todos os lugares".



No Iraque, "os cristãos estão com medo até de ir à igreja, porque podem ser atacados. Qualquer igreja é um alvo. Havia 1,5 milhão de cristãos no Iraque. Agora, provavelmente, restam 200 mil. Há mais cristãos iraquianos em Chicago do que em todo o Iraque".

O parlamentar Rehman Chishti, "criado em ambiente muçulmano e filho de um imã", acrescentou que "é absolutamente necessário fazer um debate sobre esta questão", porque a perseguição é "inaceitável". A perseguição aos cristãos, disse ele, citando seu amigo Michael Nazir-Ali, bispo anglicano emérito de Rochester, “está ocorrendo em 130 dos 190 países que existem”.

As perseguições contra quem acredita em Cristo não afetam só os países "distantes" do ambiente cristão. Nas sociedades ocidentais, especialmente na Europa, é cada vez mais comum ver igrejas e cemitérios profanados, ativistas como as do grupo Femen atacando símbolos religiosos e a mídia aproveitando cada oportunidade para denegrir a Igreja católica e os cristãos em geral.

Para Grégor Puppinck, diretor do Centro Europeu de Direito e Justiça, em Estrasburgo, na França, "a injustiça individual sofrida por alguns cristãos é o resultado de uma injustiça maior, que se refere à própria definição do homem" (First Things, 5 de dezembro).

"O dever dos cristãos não é viver sem problemas, mas dar testemunho para todos. Hoje a batalha é a determinação da fonte da moralidade, que o mundo tenta eliminar da consciência e da Igreja".


“Para garantir que a moralidade não acabe expulsa da esfera pública e se torne vulnerável a qualquer injustiça”, declara ele, “a posição moral do serviço cristão deve ser, mais do que nunca, a de testemunhar. Pedir para ser tolerados é desistir de ser compreendidos, e, por isso mesmo, é renunciar a dar testemunho do Caminho, da Verdade e da Vida".
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Disponível em: Aleteia

Por que Deus nos fez livres, mas podendo pecar?


Algumas pessoas me perguntam: por que Deus nos fez livres, sabendo que o homem iria usar mal dessa liberdade e cometeria o pecado? Essa questão é muito importante.

Para nos fazer belos, criados “à sua imagem e semelhança” (Gn 1,26), Deus nos dotou de muitos dons que não deu aos animais: antes de tudo as mãos e a inteligência. Com as mãos construímos o que a inteligência elaborou. E ainda nos deu a liberdade, vontade, memória, inteligência, consciência, capacidade de amar, cantar, sorrir, chorar… Nenhum irracional tem isso.

Deus não podia nos ter feito melhores enquanto criaturas, pois Ele não olhou um “modelo” fora Dele para nos criar, mas “entrou dentro Dele mesmo” e O tomou como modelo para nos criar.

De todas as faculdades que Deus nos deu, a que mais nos assemelha a Ele é a liberdade; nenhuma outra criatura no mundo a tem. Podemos até dizer a Deus, como os anjos maus: “não vos servirei!” (Jer 2, 20). E Deus respeita. Esses anjos maus foram criados bons e belos, mas, usando mal da liberdade quiseram ser como Deus,  não se aceitaram como belas criaturas apenas. É o orgulho! O pior pecado.  O pecado é o abuso da liberdade dizia Santo Agostinho. Deus não nos deu liberdade para fazer o mal, mas só o bem.

Tirar a liberdade do homem, como fazem os países comunistas, é tirar-lhe a dignidade; é baixar-lhe ao nível de animal irracional. Por isso esses países sucumbem inexoravelmente. Deus quer que o amemos e sirvamos, mas, livremente. Ninguém aceita ser amado na marra. A nossa liberdade explica a triste história do pecado que destruiu o plano de Deus e que Jesus veio recuperar com sua Morte e Ressurreição. Se Deus não nos desse liberdade, a ponto de pecar, não seríamos imagem Dele, maravilhosos, e sim apenas robôs, marionetes e teleguiados. Ele não quis assim.


Deus aceitou “correr o risco” de nos fazer livres, mesmo sabendo que Ele teria que aceitar a morte do Seu Filho na Cruz para nos salvar. O Criador, em sua sabedoria e bondade, viu que assim era bom. Um mistério de Seu amor que não podemos entender até o fim.

São Paulo diz que “É para a liberdade que Cristo  nos libertou” (Gal 5,1). “Vós fostes chamados à liberdade irmãos. Entretanto que a liberdade não sirva de pretexto para a carne, mas, pela caridade, colocai-vos a serviço uns dos outros”  (Gal 5,13).


O que nos rouba a liberdade, mais que as cadeias de ferro, são as cadeias do pecado. “Não sabeis que oferecendo-vos a alguém como escravos para obedecer, vos tornais escravos daquele a quem obedeceis, seja do pecado que leva à morte, seja da obediência que conduz à justiça?” (Rom 6,16)


Prof. Felipe Aquino

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Fonte: Aleteia

É possível fazer um pacto com o demônio?


As pessoas podem pensar que os pactos com o demônio só exitem na literatura, mas estão equivocadas. Há pessoas que conscientemente pactuam com o demônio e lhe entregam a alma para conseguir algo nessa vida. A idéia de um pacto formal com o demônio aparece pela primeira vez no século V, nos escritos de São Jerônimo. Esse padre da Igreja pela primeira vez conta como um jovem recorreu a um mago para oobter favores de uma bela mulher, e como aquele lhe impôs como pagamento por seus servições a renúncia a Cristo, por escrito:

Uma segunda aparição desse tipo de pacto encontramos no século VI, na lenda de Teófilo; que aceita ser um servidor do demônio e assina um pacto formal. Essa lenda se expandiu pela Europa durante a Idade Média.

É possível um pacto com o demônio. Certamente, uma pessoa pode assinar um papel, porém não vai se apresentar ao demônio nem para entregar-lhe o papel, nem para recolhê-lo. Quando uma pessoa faz um pacto desse tipo, sempre espera que apareça alguém, mas é ele mesmo quem tem que escrever os termos. Uma vez firmados o pacto, não lhe aparece nada, algo que pegue o papel nas mãos. Tudo isso deve ser muito desanimador para quem esperava que lhe sucedesse algo. Ainda assim, se alguém invoca repetidamente vezes o demônio, coisas podem lhe acontecer. E essa cena tão pouco teatral, tão decepcionante para quem acreditava haver alguma aparição, deve-se avisar:

I- Firmar um pacto não significa obter uma vida de riquezas, honras e luxúria desenfreada. Eu conheci pessoalmente duas pessoas que fizeram esse pacto e, francamente, seu nível de vida ficou pior. Tampouco parece que o demõnio fosse especialmente generoso com eles no aspecto carnal. Isso acontece porque o demônio não é Deus nem pode dar tudo aquilo que quer;


II- A alma pode arrepender-se sempre que quiser com um simples ato de sua vontade. Arrependendo-se, o pacto se desfaz com papel molhado, sejam quais os termos do contrato. Inclusive, mesmo se houve a inclusão de uma clásula contra a possibilidade de arrependimento, essa não serve para nada. Deus, que nos deu a liberdade para fazer o que quisermos, não deu liberdade para renunciar à liberdade. Isto é válido também na eternidade, no Céu ou no Inferno, onde seguiremos sendo livres. Quem está no Céu já não pode mais pecar, e quem está no Inferno já não quer arrepender-se.

Muitos pensam que o demônio pode proporcionar o triunfo nos negócios. Porém, a razão pela qual o demônio não pode conceder nem aos menos isso aos seus servos é porque o êxito no trabalho depende da combinação de muitas causas e fatores. O demônio só pode tentar, por exemplo, um chefe que escolha um empregado em vez do outro. Mas a tentação pode ser superada, portanto, nem uma coisa tão simples como é segura em um pacto com o demônio.

O grande poder do pacto com o demônio é fazer a pessoa pensar que já está condenada, faça o que fizer. É difícil fazer uma pessoas que firmou um pacto com o demônio continuar sendo livre como antes. Porém, é assim.


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Extraído da Summa Daemoniaca, Pe José Antonio Fortea
Disponível em: Tradição em foco com Roma

Mandela, seus erros e as nossas pretensões


Oi Povo Católicoooooooo!!!!

Desde que Nelson Mandela morreu, vi trilhares de posts no Facebook, e em vários outros lugares, detonando a memória do cara e xingando ele de tudo o que é possível.  Alguns foram mais longe e detonaram nosso Papa Francisco, por ter lamentado publicamente a morte do líder sul-africano.  Falei tudo isso, mas este post não é sobre o Nelson Mandela.  Resolvi escrever um post sobre nós mesmos, nossa pretensão e nossa capacidade de julgamento.

Não, povo católico.  Não vou defender Nelson Mandela.  Na verdade, sei pouco de sua história pessoal.  O que vi em todo este episódio foram acusações de que ele teria matado centenas de pessoas em vários atentados dos braços armados revolucionários na África do Sul.  E isso é mesmo verdade… mas só começou depois que as forças armadas sul-africanas mataram quase 70 negros durante atos de resistência pacífica ao apartheid.  Isso talvez explique alguma coisa, mas concordo que não justifica.  Matar pessoas nunca é justificável.



Mas podemos apontar o dedo e avacalhar uma pessoa que estava lutando contra o fim de um dos mais duros regimes racistas da história?  Será que dava pra fazer de outro jeito?  Aliás… você consegue imaginar quão duro era o apartheid?  Confesso que eu não.  Eu, como muitos dos que xingavam muito no twitter e no Facebook, não tenho sofrimentos suficientes na vida pra entender como era a vida em um lugar em que pessoas que viviam com dignidade eram arrancadas de suas casas e jogadas em lugares sem um mínimo de dignidade para viver.  E não foram poucas.  Foram mais de 3,5 milhões.  E só por causa da cor.

Mas mesmo não tendo sentido nada parecido na pele, consigo imaginar o quanto estas pessoas deviam estar revoltadas.  O quanto deve doer na dignidade de um ser humano, ser proibido de viver em 90% de seu próprio país, por ser uma “raça” indesejada.  Tão indesejada, que qualquer tipo de relação sexual entre negros e brancos era considerado crime! Formar família, nem pensar!

Nós, católicos, vivemos reclamando de como somos execrados publicamente.  Mas eu garanto que, por pior que sejam as perseguições que sofremos hoje em dia, na frente do apartheid, vivemos no paraíso.

Diante disso, só posso valorizar quem lutou contra isso e desejar que a luta pela igualdade e pelo fim de qualquer discriminação seja levado adiante.  Por isso, entendo muito bem quando Papa Francisco diz:

“Louvo o firme compromisso demonstrado por Nelson Mandela ao promover a dignidade humana de todos os cidadãos da nação e forjar uma nova África do Sul, construída sobre os alicerces firmes da não-violência, da reconciliação e da verdade.”
Mensagem de Papa Francisco ao Presidente de África do Sul

E aí, eu não entendo é quem resolve apontar o dedo para o sucessor de Pedro e acusá-lo de estar “cometendo um grave erro”.  Qual “grave erro”?  O de louvar a promoção da dignidade humana?  O de louvar os acertos de um homem que levaram à paz e ao fim do sofrimento a milhares de pessoas?

O que queríamos?  Que Papa Francisco enumerasse uma lista de erros do passado de Nelson Mandela e dissesse “vai tarde”?  E o que faria com as boas obras?  Ignoraria?  Um mundo de miséria e violência só pode gerar homens de coração duro.  Mandela foi definitivamente um deles.  Mas lutou pelo que era justo e tirou milhares de pessoas da desgraça.

Ok.  Eu sei que ele, durante seu governo, foi a favor do aborto e pesam sobre ele, diversas acusações.  Mas o que esperar de um homem forjado em meio a tanto sofrimento? O que esperar de alguém que via a religião como meio de dominação?  Que não teve o privilégio que tivemos, de conhecer e experimentar o verdadeiro Cristianismo?

Tenho certeza de que ele errou.  Tenho certeza de que ele acertou.  O que tem mais peso, só Deus vai poder julgar.  Quem sou eu para achar que sei a resposta? Quem sou eu pra me achar melhor?


Povo católico, vamos passar adiante a mensagem de que todos temos dignidade infinita porque somos filhos do Senhor.  Deixemos Mandela descansar em paz, rezemos por sua alma e confiemos na justiça de Deus.


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Fonte: O Catequista

Francisco, "Pessoa do Ano" e tema mais comentado no Facebook em 2013

O Papa não procura fama e sucesso: 
ele está prestando seu serviço de anúncio do Evangelho, 
afirma porta-voz do Vaticano

O Papa Francisco está contente por ter sido eleito a "Pessoa do Ano" pela revistaTime, porque esta escolha ajuda a anunciar o Evangelho a mais pessoas, diz seu porta-voz.
 
O Pe. Federico Lombardi, diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, comentou positivamente e sem surpresa o anúncio da diretora da prestigiada revista semanal americana, Nancy Gibbs.
 
"Isso não é surpreendente, dada a enorme ressonância e a atenção dada à eleição do Papa Francisco e ao início do novo pontificado", disse Lombardi.
 
De acordo com o porta-voz do Vaticano, "é um sinal positivo que um dos mais prestigiados reconhecimentos na área da imprensa internacional esteja sendo dado a alguém que anuncia ao mundo os valores espirituais, religiosos e morais, e se expresse efetivamente em favor da paz e de uma maior justiça".


O Pe. Lombardi disse que o Papa "não procura fama e sucesso: ele está simplesmente prestando seu serviço de anúncio do Evangelho do amor de Deus por todos".

 
"Se isso atrai homens e mulheres e lhes dá esperança, o Papa está feliz. Se esta escolha do 'Homem do Ano' significa que muitos já entenderam esta mensagem, ainda que implicitamente, ele com certeza se alegra", concluiu o Pe. Lombardi.

 
Além de ser eleito como "Pessoa do Ano", o Papa Francisco também foi o assunto mais comentado do mundo no Facebook em 2013, segundo 
revela a própria rede social, superando temas como a reeleição de Obama e o bebê real britânico.
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Fonte: Aleteia

MP-RJ denuncia casal por ato obsceno na Marcha das Vadias durante a visita do papa


O MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) informou na noite de segunda-feira (9) que denunciou um casal que danificou imagens de santos na Marcha das Vadias que aconteceu no dia 27 de julho em Copacabana, durante a Jornada Mundial da Juventude. Eles foram denunciados por prática de ato obsceno em local público e de preconceito de religião.

Eles tiraram as roupas, quebraram as imagens e ainda sentaram na cabeça de uma delas. A
marcha ocorreu durante a concentração de peregrinos para a 1ª missa da Jornada Mundial da Juventude com o papa Francisco.

Segundo o texto da denúncia, o casal demonstrou intolerância religiosa com os católicos presentes ao evento. "Os denunciados, com consciência e vontade, vilipendiaram publicamente santos e imagens católicas, quebrando-os intencionalmente para demonstrar o seu desprezo e preconceito pela religião católica".


A Marcha das Vadias reuniu cerca de 1.500 pessoas na orla de Copacabana. As ativistas protestavam contra a política da Igreja Católica e reivindicavam o Estado laico. Durante a marcha houve, distribuição de camisinhas, mulheres se beijando e cartazes a favor do aborto.

Um peregrino cuspiu no rosto de uma manifestante, mas, em resposta à agressão, as mulheres dançaram mostrando os seios e as nádegas.

A ação do casal que quebrou as imagens não teve relação com as organizadoras do evento, segundo nota em sua página do Facebook. "Tínhamos o compromisso com a segurança das pessoas e fizemos tudo o que esteve ao nosso alcance para garantir isso, seja de quem estava apenas marchando, seja de quem estivesse performando. Acreditamos e defendemos a liberdade de expressão artística, religiosa, de consciência, de pensamento, de crítica, de vestimenta, e todas as liberdades civis individuais e coletivas garantidas pela Constituição Cidadã de 1988", dizia o texto.

O artigo 6º da Constituição diz que "é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias".


O artigo 208 do Código Penal prevê pena de prisão de um mês a um ano, ou multa, para quem "vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto religioso".
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Fonte: UOL