sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Um Menino para a todos conduzir


Já no início da missa da noite de Natal, a atenção dos fiéis se viu atraída para a procissão. Vinha à frente o crucifixo, seguido das velas carregadas pelos coroinhas. Após um breve intervalo e precedendo os sacerdotes, veio uma criança carregando outra menor que ela: o Menino Jesus, que seria colocado na manjedoura.

À medida que a procissão avançava, eu me lembrava do versículo da profecia de Isaías: "um Menino os guiará a todos". O profeta prevê tempos em que o leão se deitará ao lado do cordeiro. A paz repousará sobre todos e virá a reconciliação a um mundo esfacelado. Ao falar do rei vindouro, ele proclama: "... a justiça e a fidelidade serão os seus cintos. O lobo há de habitar com o cordeiro e o leopardo há de deitar-se ao lado do cabrito; o bezerro, o leãozinho e o filhote do bezerro estarão juntos e um menino a todos guiará".

No Natal, Jesus Cristo é o menino que conduz o mundo à paz e à harmonia.

Ele vem para reconciliar e renovar o mundo e o faz tornando-se pequeno. Como escreve São Paulo, "embora fosse igual a Deus, Ele não se aferrou à igualdade com Deus, assumindo, em vez, a forma de escravo". Este exemplo de humildade nobre reverbera em todo o evangelho e pelas vidas dos santos. Jesus pedirá aos seus discípulos que não impeçam as crianças de virem a ele, e, tomando uma criança sobre o joelho, recorda aos adultos que, se não se tornarem como crianças, não poderão entrar no reino dos céus.

Estamos tão acostumados a ouvir os ensinamentos de Jesus sobre as crianças que nos esquecemos do quanto eles são radicais. No primeiro século, as pessoas não tinham a visão sentimental que temos hoje sobre as crianças. Naquele tempo, uma criança era tida por inferior a um escravo e só estava um grau acima dos animais. Jesus declarar que todos tinham de ser como as crianças deve ter soado absurdo e desconcertante. Eram os sábios anciãos os que ocupavam o lugar mais alto. Como é que alguém ia ter que se tornar como as crianças para entrar no reino dos céus?


Só depois de longa reflexão é que a Igreja entenderia que Jesus nos pedia ser como as crianças porque ele próprio se tornou uma criança. E ele não nos pede “ser crianças”, mas “ser como as crianças”. Há uma diferença. Uma “pessoa criança” é imatura, centrada no próprio umbigo e tem a mente estreita. Uma pessoa “que é como as crianças” revela as boas características da infância: a inocência, o coração aberto, o maravilhamento, a genuína curiosidade e uma mente aberta. Ser como as crianças, neste sentido, é ser... mais maduros. Esse tipo de “infância” é o resultado do crescimento adulto, que nos leva a descobrir uma nova inocência combinada com a experiência, uma nova maravilha combinada com o conhecimento e uma nova curiosidade combinado com a certeza. Ser como as crianças é conquistar a liberdade pela disciplina e a abnegação pelo serviço ao outro. É conquistar a liberdade da mestria e o desapego que se consegue através do sacrifício do próprio eu.

Santa Teresinha de Lisieux é uma das santas mais queridas do mundo porque ensinou um novo jeito de viver a infância espiritual. Ela permaneceu criança morrendo à tenra idade de vinte e quatro anos, mas alcançou, naquele espaço curto de vida, uma grande medida de maturidade e de sabedoria.

São Bento nos mostra o tipo de infância espiritual que vem com a idade. Ele é retratado como o velho sábio que realcança a inocência. A regra de São Bento transborda de uma espiritualidade pé-no-chão, de uma simplicidade e confiança que evoca a alegria da criança nas coisas comuns, nos prazeres simples e na gratidão do coração inocente.


O Natal lembra a nós todos que precisamos voltar para a simplicidade e para a confiança da infância. Como a pequena Teresa de Lisieux, nós podemos colocar toda a nossa confiança em nosso Pai celestial, para então, como Bento, "correr pela estrada dos mandamentos de Deus, com o coração transbordante de indizível alegria".
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Fonte: Aleteia

Mensagem dos Reis Magos: por favor, sem mais Herodes


Queridos amigos do mundo: há mais de 2015 anos, tivemos a fortuna de ter sido escolhidos pelo Altíssimo como os primeiros homens estrangeiros que veriam a luz de um novo ser, o Ser mais incorruptível desta terra, o Príncipe da Paz, o Homem que livraria o mundo das trevas.
 
Dedicamos dias a seguir uma estrela, sem saber onde Ele nasceria nem as condições em que o encontraríamos, mas o nosso coração ansiava por ver esse rosto iluminado pelo amor. Nosso ser terreno nos levou a buscá-lo em um palácio ou pelo menos pedir que nos dessem referências desse Ser. Mas, infelizmente, o homem que mantinha o poder naquelas terras não entendia a mensagem proveniente do alto.
 
Cego pelo egoísmo e pela sua ambição de poder, pensando que o novo Ser o tiraria do trono, ele armou seu exército e executou milhares de inocentes indefesos. Depois de ter encontrado este pequeno em uma humilde manjedoura, cujos lençóis eram o pasto seco, com o abrigo quente de dois jovens pais, percebemos que o Rei Messias formaria um reinado de amor e paz.
 
Felizmente, foi-nos avisado em sonhos sobre a ordem criminosa de Herodes e ajudamos a família a escapar. Algum tempo depois, milhares de bebês foram executados. Seu crime foi ter a mesma idade do pequeno Menino de Belém.


Queridos amigos, já se passaram mais de 20 séculos e, com tristeza, vemos que a história do criminoso Herodes o Grande se repete milhões de vezes, quando as nações e os indivíduos privam da vida tantos inocentes que não pediram para vir ao mundo, nem pretendem destruir os sonhos de ninguém.

 
Muitos se deixaram guiar pelo egoísmo, pensando que uma criança pode roubar os sonhos ou aspirações de alguém, sem perceber que são esses pequeninos os que alimentam os sonhos e aspirações de cada pessoa.
 
Não roubemos a inocência dos pequenos. Não nos tornemos mais um Herodes.
 
Abracem as crianças e sintam esse fogo de ternura que derruba qualquer espada de poderio. Sintam a mesma coisa que sentimos ao ver aquele que agora é o Salvador do mundo.
 
Recebam um abraço e todo o amor do Senhor.

 
Seus irmãos,

Reis Magos do Oriente
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Fonte: Aleteia

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

A verdade científica rejeita suposta influência dos astros na vida das pessoas através do "horóscopo".


O céu noturno, quando a Lua não está presente, é sempre uma visão maravilhosa. Se tivermos sorte de estar em um lugar pouco iluminado e sem poluição, como ainda é o caso em algumas localidades no interior do Brasil, podemos ver, em uma única noite, milhares de estrelas. No alvorecer da consciência humana, há milhares de anos, aprendemos a olhar para o alto e nos impressionar com as estrelas. Aqueles pequenos pontos de luz, de diferentes tamanhos e cores, dia após dia estimulavam a curiosidade de indivíduos que, embora sem entender o porquê daquele espetáculo, contemplavam e indagavam se aquilo influenciaria de alguma forma suas vidas.

Tamanha beleza somente poderia ter origem divina. As constelações, o nome que se dá aos agrupamentos de estrelas, eram vistas de diferentes maneiras para cada povo. Alguns enxergavam em sua disposição animais, monstros e seres mitológicos. Outros viam objetos do seu cotidiano e divindades das suas crenças. Contudo, as estrelas que constituem uma constelação não têm nenhuma ligação física entre si. A estrela Alfa-Centauri, por exemplo, a mais brilhante da constelação do Centauro (figura mitológica grega, meio homem, meio cavalo), está a 4,4 anos-luz (41 trilhões de quilômetros) de distância da Terra. Já a segunda mais brilhante, a Beta-Centauri, está à distância de 525 anos-luz.

Além disso, todas as estrelas da Via-Láctea se movimentam, girando em torno do centro dessa galáxia. O Sol, por exemplo, completa uma volta a cada 250 milhões de anos terrestres. Portanto, as constelações, por mais bonitas que nos pareçam, são apenas figuras que queremos enxergar nos céus – uma configuração momentânea, diferente das que existiram no passado e de outras que existirão no futuro, um reflexo dos nossos sentimentos, medos e crenças. Na Antiguidade também se observavam alguns pontos luminosos que caminhavam perdidamente entre as constelações. A eles atribuímos atualmente o nome “planeta”, palavra que tem origem grega e significa “errante”. Os gregos, em particular, batizaram os planetas com os nomes das suas divindades mais importantes, designações que mantemos até hoje.


Devido à periodicidade dos movimentos celestes foi possível aprender a fazer previsões dos seus movimentos. Em particular, o período de um ano é definido pelo tempo que o Sol leva para retornar a uma mesma posição no céu em relação às constelações. O movimento do Sol no céu, que na verdade é decorrente do movimento da Terra ao seu redor, determina as estações do ano. Dessa maneira, conhecer precisamente o início das estações do ano permite planejar plantios e colheitas. No Egito antigo, por exemplo, o cultivo às margens do Nilo era definido em função das cheias anuais do rio, que podiam ser previstas pelas observações dos astros – um segredo guardado pelos sacerdotes. Eles sabiam que as cheias começavam quando a estrela Seped, conhecida hoje como Sírius – a mais brilhante do céu –, aparecia antes do amanhecer.

Por volta de 3000 a.C., os mesopotâmios e babilônios, que viveram no vale dos rios Eufrates e Tigres, onde atualmente é o Iraque, acreditavam que os movimentos dos planetas, do Sol e da Lua afetavam a vida dos reis e das nações. Nascia então a astrologia. ( Não confundir com a Astronomia, que é uma ciência! ) Quando os babilônios foram conquistados pelos gregos, essa crença se espalhou de forma gradual pelo resto do Ocidente. No século 2 a.C. esse conhecimento alcançou grande disseminação e se incorporou ao cotidiano da maioria dos povos. Muitos acreditavam que a configuração dos planetas no céu no momento do nascimento das pessoas definia aspectos da sua personalidade bem como de seu destino. Esse tipo de astrologia, conhecida como astrologia natal (que faz os horóscopos), teve seu apogeu quando o astrônomo grego Claudius Ptolomeu (85-165 d.C.) publicou o livro Tetrabiblos , que representa até hoje a base da astrologia. Jornais, revistas e portais de notícias costumam apresentar previsões astrológicas (quase sempre muito genéricas) sobre o comportamento das pessoas a partir do estudo das posições das estrelas e planetas. Será que isso é de fato algo em que se pode confiar?

A astrologia precedeu a astronomia no estudo e observação do céu. A diferença fundamental entre elas é que a astronomia é a ciência que estuda os movimentos dos astros e procura compreender a sua causa com base nas leis físicas. A astrologia relaciona a posição dos planetas em relação às constelações do zodíaco e tenta correlacioná-las com o destino e com as tendências humanas. Contudo, ela não explica as causas por trás dessa relação e suas previsões não podem ser verificadas. Por isso se diz que a astrologia é uma pseudociência, ou seja, se apresenta como ciência, mas não é.

A prática astrológica mais popular é baseada no chamado signo solar, que considera a posição do Sol em relação a uma região do céu de 30 graus, na eclíptica, que representa o caminho que esse astro faz através das constelações. O signo é definido por essa região, chamada casa zodiacal e associada a uma das 12 constelações do zodíaco (o que conhecemos como “signos”). No entanto, em seu caminho o Sol passa anualmente por 13 constelações, e não 12 (a constelação extra se chama Ofiúco, na qual o Sol transita entre 30 de novembro e 17 de dezembro). Para refletir a realidade dos astros, portanto, o horóscopo teria que conter 13 signos e não apenas levar em conta aqueles definidos pelos povos antigos há quase 2 mil anos.

De acordo com essa definição, quem nasce entre o dia 22 de dezembro a 20 de janeiro será do signo de Capricórnio. Entretanto, devido ao movimento de precessão, semelhante ao que faz um pião balançar quando começa a perder velocidade de rotação, o eixo de rotação da Terra se modifica ao longo do tempo, completando uma volta a cada 25.770 anos. Com o passar dos séculos, esse fenômeno acabou modificando nossa visão das constelações. Há 2 mil anos o Sol passava pela constelação de Capricórnio na época do ano delimitada no horóscopo. Atualmente, no entanto, no período entre 17 de dezembro e 18 de janeiro ele passa pela região da constelação de Sagitário. Como explicar então a influência dos astros sobre a vida da pessoa que nasce nesse período? Essa discrepância vale também para todas as outras constelações, ou seja, todas as datas estão equivocadas.

Haveria ainda muitos outros pontos questionáveis quanto à validade científica da astrologia, como por exemplo a possível influência de outros astros do Sistema Solar que ela não leva em conta, como os milhares de asteroides, cometas, meteoroides, etc. E como ficaria o caso de Plutão, considerado um planeta desde sua descoberta, e que em 2006 passou a ser considerado um planeta-anão, ao lado de centenas de outros corpos celestes do Cinturão de Kuiper? Além disso, depõem contra a astrologia o fato de gêmeos idênticos terem comportamentos diferentes, as grandes diferenças nos horóscopos traçados por astrólogos diferentes para os mesmos dados de nascimento, entre outros.

Talvez o argumento mais contundente, em minha opinião, seja a falta de um modelo consistente para explicar de que forma e por meio de qual interação ou força os astros influenciariam o destino e a personalidade das pessoas. Talvez as posições das estrelas no céu realmente influenciem as pessoas. A sensação de olhar para elas e contemplar toda a beleza de um céu estrelado realmente toca no fundo da alma da maioria das pessoas. Sem dúvida esta é a maior influência que elas exercem sobre nós – que o digam os poetas, pintores e compositores.


Artigo de Adilson de Oliveira, professor de física da Universidade Federal de São Carlos (SP), no site do Instituto Ciência Hoje. No texto, o professor explica como surgiu a astrologia e questiona sua validade para prever o destino dos homens.
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Disponível em: Central Católica

Cristãos Norte-Coreanos celebram o Natal escondidos por causa da perseguição comunista.


Ser cristão na Coreia do Norte é arriscar a vida todos os dias. Mas isso não os impediu de comemorar o Natal como milhões de outras pessoas fizeram em todo o mundo. A diferença é que para isso precisaram se reunir em túneis subterrâneos, escondidos das autoridades.

Eles sabem que podem ser presos cada vez que fazem uma oração ou cantam um louvor em voz alta. “Os cristãos do resto do mundo não têm ideia de como são fervorosas as orações daqueles que vivem na Coreia do Norte”, disse Han Min, um norte-coreano que fugiu do regime ditatorial de Pyongyang.

Han hoje vive na Coreia do Sul e congrega na Igreja Durihana, em Seul, liderada pelo pastor Chun Ki-won. Desde 1999, esta comunidade tem o compromisso de ajudar aqueles que desejam sair da parte norte da península.

Segundo a igreja, eles já ajudaram cerca de 1.000 norte-coreanos a fugir. Geralmente pela fronteira com a China, menos protegida. Depois de atravessarem, iniciam sua viagem até a Coreia do Sul.

“Na Coreia do Norte, o culto é aos líderes políticos… Tudo está focado em Kim Il-sung, que tenta tomar o lugar de Deus na vida deles”, explica o pastor Chun. Ele lamenta ainda que o regime tem intensificado as restrições e matado muito mais cristãos do que fazia antes da troca de governo. Chun, que já foi preso e torturado em uma das viagens que fez para a Coreia do Norte para auxiliar a igreja perseguida, conta que antigamente eles atravessavam de 30 a 40 pessoas em um mês. Em dezembro, ele só consegui ajudar 3 a escaparem.


Em 3 de novembro, segundo o jornal sul-coreano JoongAng Ilbo, foram executados publicamente 80 norte-coreanos. Cerca de 10.000 pessoas foram até um estádio esportivo na cidade de Wonsan para assistir os condenados enfrentarem um pelotão de fuzilamento. A prática é uma maneira de a liderança ditatorial do país disseminar sua mensagem à população. Segundo a imprensa, os mortos “foram amarrados a estacas com sacos cobrindo suas cabeças. Seus corpos foram crivados por tiros de metralhadora enquanto eram acusados” de práticas consideradas traição ao regime, como assistir TV sul-coreana ou terem Bíblias em casa.

O irmão Simon, pseudônimo de um refugiado norte-coreano que não quer se identificar, afirma: “É claro, os cristãos da Coreia do Norte refletem sobre o nascimento de Jesus Cristo… Só que eles não podem simplesmente ir juntos a uma igreja para cantar ou ouvir um sermão. Ser cristão na Coreia do Norte é algo muito solitário”. Segundo ele, a maioria das vezes as celebrações são em pequenos grupos. Normalmente encontros de cristãos reúnem apenas duas pessoas.

Simon explica: “Por exemplo, um cristão vai e se senta em um banco no parque. Um outro cristão vem e senta-se ao lado dele. Às vezes é perigoso até mesmo falar uns com os outros, mas eles sabem que ambos são cristãos, e isso já é o suficiente. Se não houver ninguém por perto, podem compartilhar um versículo da Bíblia que eles sabem de cor e brevemente comentar algo sobre isso. Também contam seus motivos de oração um ao outro. Então eles se levantam e saem”.

O nascimento de Jesus também é comemorado desta maneira. Não há decoração nas casas nem cultos natalinos. “O Natal é principalmente comemorado no coração do cristão. Por medo de represálias é necessário manter a sua fé escondida dos vizinhos. Às vezes, é possível realizar uma reunião em áreas remotas com um grupo de 10 a 20 pessoas. Muito raramente é possível que um grupo vá discretamente para as montanhas e faça um culto em um local secreto”, explica Simon. 

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Com informações Christian News Wire e Asia News.
Disponível em: Central Católica

Por que ir à missa?


Ir à missa é ir para o céu, onde “Deus… enxugará toda lágrima” (Ap 21,3-4). Porém, o céu é ainda mais do que isso. O céu é onde nos colocamos sob julgamento, onde nos vemos na clara luz matinal do dia eterno e onde o justo juiz lê nossas obras no livro da vida. Nossas obras nos acompanham quando vamos à missa.

Ir à missa é renovar nossa aliança com Deus, como em uma festa de núpcias – pois a missa é o banquete das núpcias do Cordeiro. Como em um casamento, fazemos votos, comprometemo-nos, assumimos uma nova identidade. Mudamos para sempre.

Ir à missa é receber a plenitude da graça, a própria vida da Trindade. Nenhum poder no céu ou na terra nos dá mais do que recebemos na missa, pois recebemos Deus em nós mesmos.

Jamais devemos subestimar essas realidades. Na missa, Deus nos dá sua própria vida. Isso não é apenas uma metáfora, um símbolo ou uma antecipação. Precisamos ir à missa com os olhos e ouvidos, mente e coração abertos à vontade que está diante de nós, a verdade que se eleva como incenso. A vida de Deus é uma dádiva que precisamos receber apropriadamente e com gratidão. Ele nos dá graça como nos dá fogo e luz. Fogo e luz, mal usados, podem nos queimar ou cegar. De modo semelhante, a graça recebida indignamente sujeita-nos a julgamento e a consequências muito terríveis.

Em toda missa, Deus renova sua aliança com cada um de nós, colocando diante de nós a vida e a morte, a benção e a maldição. Precisamos escolher a bênção para nós e rejeitar a maldição, e precisamos fazer isso desde o início.

O que talvez seu professor de História nunca tenha lhe dito!


Bem mais do que o povo hoje tem consciência, a Igreja Católica moldou o tipo de civilização em que vivemos e o tipo de pessoas que somos. Embora os livros textos típicos das faculdades não digam isto, a Igreja Católica foi a indispensável construtora da Civilização Ocidental”. Dr. Thomas Woods

Infelizmente muitos estudantes secundários e universitários têm uma visão deformada a respeito da Igreja Católica, sua vida e sua História. Isto tem muito a ver com a imagem errada que muitos professores, de várias disciplinas, especialmente História, lhes passam. Isto gera nos estudantes uma aversão à Igreja desde os bancos escolares. Também a mídia, muitas vezes, cujos elementos foram formados nas mesmas universidades, é a causa de uma visão negativa e deturpada da Igreja. Há uma má vontade explícita contra a Igreja.

O livro “Código da Vinci”, e depois o filme de mesmo nome, bem como inúmeras matérias fantasiosas sobre a Igreja, sem provas históricas ou científicas, aumentaram em todo o mundo, ainda mais, esta visão de que a Igreja Católica é uma Instituição corrupta, perversa, que inventou a divindade de Cristo, e que sobre este mito criou uma Instituição poderosa e dominadora, e que a custa de sangue sempre se impôs ao mundo.

Nada mais errado e perverso. Mas, mesmo assim, as últimas pesquisas de opinião pública mostram que a Igreja está entre as primeiras instituições que têm a confiança do povo.

É hora de os jovens estudantes, especialmente os católicos, conhecerem o outro lado dessa “História” que é mal contada nas escolas. Hoje é lhes mostrado apenas as “sombras” da vida da Igreja, mas há uma má vontade imensa que encobre as “luzes” brilhantes de sua História de 2000 anos. Uma bem montada propaganda laicista no mundo anti-Igreja Católica, envenena os jovens e os joga contra a Igreja.

Foi a Igreja quem salvou e quem moldou a nossa rica Civilização Ocidental da qual nos orgulhamos, onde se preza a liberdade, os direitos humanos, o respeito pela mulher e por cada pessoa. Sem o trabalho lento e paciente da Igreja durante cerca de dez séculos, após a queda do Império Romano e a ameaça dos bárbaros, o Ocidente não seria o mesmo.

Foi esta civilização moderna, gerada no bojo do Cristianismo que nos deu o milagre das ciências modernas, a saudável economia de livre mercado, a segurança das leis, a caridade como uma virtude, o esplendor da Arte e da Música, uma filosofia assentada na razão, a agricultura, a arquitetura, as universidades, as Catedrais e muitos outros dons que nos fazem reconhecer em nossa Civilização a mais bela e poderosa civilização da História. E a responsável por tudo isto foi a Igreja Católica, diz o historiador americano Dr. Thomas Woods, PhD de Harvard, nos EUA. Ele afirma que:

“Bem mais do que o povo hoje tem consciência, a Igreja Católica moldou o tipo de civilização em que vivemos e o tipo de pessoas que somos. Embora os livros textos típicos das faculdades não digam isto, a Igreja Católica foi a indispensável construtora da Civilização Ocidental. A Igreja Católica não só eliminou os costumes repugnantes do mundo antigo, como o infanticídio e os combates de  gladiadores, mas, depois da queda de Roma, ela restaurou e construiu a civilização”. [Woods, 2005, p. 7]

Mas eu só queria conhecer o futuro...

As práticas que abrem as portas a seres espirituais pouco recomendáveis


“A consulta dos horóscopos, a astrologia, a quiromancia, a interpretação de presságios e de sortes, os fenômenos de vidência, o recurso aos ‘médiuns’, tudo isso encerra uma vontade de dominar o tempo, a história e, finalmente, os homens, ao mesmo tempo que é um desejo de conluio com os poderes ocultos. Todas essas práticas estão em contradição com a honra e o respeito, penetrados de temor amoroso, que devemos a Deus e só a Ele” (Catecismo da Igreja Católica, 2116).
 
“Práticas que abrem as portas ao demônio” foi o tema de uma conferência do Pe. Rogelio Alcántara, diretor da Comissão para a Doutrina da Fé na arquidiocese do México, com o objetivo de orientar e esclarecer os fiéis sobre a existência e ação do demônio e o “além”.
 
Ao referir-se às maneiras como as pessoas podem abrir as portas ao demônio, o Pe. Rogelio explicou que uma delas é deixar-se levar por desejos desordenados, realizando atos imorais e corrompendo-se para obter poder, prazer ou coisas materiais, sem se importar com os outros.
 
Também se abrem portas quando se buscam “poderes sobre-humanos”, ser “diferentes”: poderes curativos, vencer as leis da matéria, conhecer o passado ou o futuro, influenciar a vida das pessoas. É como dizer a Deus que não aceitamos a maneira como Ele criou a natureza.
 
Outra maneira, segundo o sacerdote, é buscar um bem legítimo (harmonia, saúde, dinheiro, amor, felicidade etc.) por meios não naturais, sem esforço, sem o exercício das virtudes, ou buscar tais meios por ignorância, falta de fé ou de esperança.
 
Outra forma é deixar-se levar por formas de arte que têm o demônio e suas obras como protagonistas: por meio da música, dança, escultura, literatura, cinema, decoração, artes gráficas, jogos, festas etc.


A “abertura de portas” se dá voluntariamente, ainda que possa ser por ignorância, porque os demônios não respeitam as pessoas por serem ingênuas, observou o Pe. Rogelio.
 
Uma vez abertas as portas, o demônio agirá enfraquecendo a vida espiritual de relação com Deus, convencendo a pessoa a deixar de rezar, ir à Missa, receber sacramentos, dominará a alma pelo pecado, e indivíduo vai caminhando rumo à condenação. Também há o risco de possessão.

 
Para evitar cair neste tipo de situações, o Pe. Rogelio aconselha:
 
- Diante de qualquer dúvida, consultar alguém competente, que conheça a doutrina e os documentos da Igreja.
 
- Fazer uso das belas artes, que se referem ou conduzem a Deus.
 
- Uso de algum sacramental (água benta, por exemplo), de uma imagem, medalha, crucifixo, escapulário etc.
 
Para tomar ou retomar o caminho rumo a Deus e livrar-se das ciladas do inimigo, recomenda:
 
- Obras de piedade: confissão frequente, ir à Missa com fidelidade, oração, adoração ao Santíssimo.
 
- Obras de ascese: esforço por dominar os sentidos externos e internos.
 
- Obras de misericórdia corporais: dar de comer a quem tem fome; dar de beber a quem tem sede; vestir os nus; dar pousada aos peregrinos; assistir os enfermos; visitar os presos; enterrar os mortos.

 
- Obras de misericórdia espirituais: dar bom conselho; ensinar os ignorantes; corrigir os que erram; consolar os aflitos; perdoar as injúrias; sofrer com paciência as fraquezas do nosso próximo; rogar a Deus por vivos e defuntos.


Zoila Bustillo
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Fonte: Aleteia

Plebiscito sobre União Gay?


"Comissãode Feliciano aprova projeto de plebiscito sobre união civil gay", dizem. A forma escolhida para passar a notícia carrega já na manchete uma dose grotesca de ideologia.

Antes de mais nada, a comissão não é "de Feliciano". É uma comissão permanente da Câmara dos Deputados que não foi inventada pelo pastor e nem pela dita "bancada evangélica". Está no RegimentoInterno da Câmara. Ainda, presidente de comissão não é "dono" dela. A frase faz tanto sentido quanto dizer, por exemplo, "Câmara de Henrique Alves", uma vez que o deputado doPMDB é o atual presidente da Câmara dos Deputados.

O projeto de plebiscito tampouco é da autoria do Marco Feliciano ou mesmo do seu partido. O PDC 232/2011 é do deputado Zacharow, do PMDB doParaná. Foi recebido pela CDHM no dia 14/06/2011, há mais de dois anos portanto, quando o deputado Feliciano sequer sonhava em ser presidente da Comissão.

Certo, o PDC 521/11 – apensado ao 232 – é da autoria do Marco Feliciano, mas (insista-se) foi proposto em novembro de 2011, quando o deputado não era presidente da CDHM e quando o 232/2011 já estava há meses nesta comissão. O projeto apensado é na verdade totalmente irrelevante aqui, uma vez que nada acrescenta ao que está em tramitação ordinária. Portanto, o que existe aqui é meramente uma tentativa retórica de desqualificar a priori a proposta, associando-a ao fundamentalismo evangélico. Não se trata de jornalismo informativo, e sim de guerrilha cultural disfarçada de boa imprensa. Tal não se pode perder de vista.

Isto posto, dois breves comentários sobre o mérito do projeto. Há dois aspectos sobre os quais ele pode ser analisado.


Primeiro, por princípio, trata-se de uma proposta absurda para qualquer um dos dois lados em litígio. Os que defendem que "Família" é uma realidade que não é passível de ser (re)inventada pelo direito positivo negam-se também, é óbvio, a aceitar que a sua destruição possa ser referendada via democracia direta. O povo não tem potestade para dizer que dois pederastas ou duas safistas são uma família, e não o tem nem por intermédio dos seus representantes e nem diretamente. Aqui, a forma de exercício da democracia (direta ou indireta) em rigorosamente nada altera os seus limites intrínsecos.

Depois, os que defendem que se trata de fazer justiça a uma minoria socialmente oprimida também não podem aceitar que o assunto seja levado a júri popular, uma vez que o próprio fato de se tratar de uma "minoria socialmente oprimida" implica em dizer que a maioria da população não é sensível aos seus anseios.

[E estariam cobertos de razão, registre-se, se este caso fosse de direitos de minorias. No entanto, é precisamente isso o que nós negamos. É isto o que deve ser discutido com honestidade, e não brandido ad baculum como se se tratasse de uma platitude auto-evidente.]

Segundo, para fins práticos, parece-me que um resultado não-manipulado deste plebiscito seria grandemente favorável aos defensores da Família. A maior parte da população brasileira, que ainda é conservadora, rejeitaria enfaticamente, penso, esta nefasta equiparação entre a união homossexual e a Família radicada na natureza humana. O que seria muito bom para o Brasil.


O problema é que esta seria uma vitória meramente parcial e contingente, obtida sobre falsas bases (é errado dizer que dois marmanjos são uma família não porque o povo "acha" que não é, e sim porque "Família" é uma entidade que contém em si mesma a potencialidade para a geração e educação de novos membros para a sociedade) e permanentemente periclitante (e quando o povo "mudar de idéia"? Qual deve ser o prazo de validade de uma consulta popular dessa natureza?). No entanto, nas atuais conjunturas, talvez seja o melhor que nós possamos ter. Talvez seja a nossa melhor oportunidade para rompermos a cortina de desinformação sobre o tema. Talvez seja a nossa melhor chance de esclarecermos – em igualdade de condições – a população sobre este assunto tão importante para a sobrevivência da civilização. E, por tudo isso, talvez não devamos ser tão ligeiros em rejeitar a proposta.
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Fonte: Deus lo Vult
Disponível em: Links Católicos