quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Grupo satanista quer erguer monumento a Satanás nos EUA


A igreja Americana de Satanás apresentou um projeto do monumento dedicado ao diabo, que os seus seguidores pretendem colocar ao lado do edifício do Capitólio, em Oklahoma, onde encontra-se o governo do estado.

A escultura de mais de dois metros de altura deve, de acordo com os autores, substituir um monumento dedicado aos dez mandamentos bíblicos.

Satanás é representado como Baphomet – criaturas com cabeça do bode, corpo feminino, cascos fendidos e um par de asas. Baphomet está sentado em um trono, rodeado por crianças sorridentes.



"O monumento terá significado funcional – as pessoas de todas as idades poderão se sentar no colo de Satanás para entregar-se às reflexões e ganhar inspiração", dizem os autores do projeto.
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Disponível em: Rádio Voz da Rússia

Mulheres sem pedigree


Durante a segunda edição da Marcha das Vadias de Campina Grande (PB), em agosto de 2013, um grupo de feministas queimou um boneco da jornalista Rachel Sheherazade, com os seguintes dizeres: “Rachel, cale-se”01.

Para quem não se lembra, Rachel Sheherazade é a âncora do SBT Brasil, que ficou conhecida nacionalmente, em 2011, após um comentário seu sobre o carnaval cair na internet02. Na época, Sheherazade comandava o jornal local da TV de Silvio Santos, em João Pessoa (PB), e acabou caindo nas graças do empresário, vindo a receber um convite para assumir a bancada do principal programa jornalístico da emissora. Desde então, a crítica contundente da jornalista vem suscitando a simpatia de milhares de pessoas Brasil afora, ao mesmo tempo em que perturba o establishment politicamente correto e anticristão.

Do outro lado do Atlântico, no entanto, enquanto os católicos da Catedral de Colônia, Alemanha, assistiam à Santa Missa de Natal, uma ativista do grupo feminista Femen subiu ao altar da igreja totalmente nua e com a inscrição “Eu sou Deus” pintada em seu seio03. A cena grotesca chocou os fiéis da Arquidiocese comandada pelo Cardeal Joachim Meisner, provocando reações na opinião pública do mundo todo. Mas para o cúmulo da bizarrice, a iniciativa da militante feminista, ao contrário do que se espera de gente normal, acabou recebendo o apoio de centenas de ativistas dos direitos femininos, com a justificativa de que ela estaria lutando contra a opressão machista da Igreja Católica.


Os dois episódios citados acima dão conta de explicar no que se transformou o feminismo nas últimas décadas. Rachel Sheherazade é uma mulher sem pedigree feminista. Ela é conservadora, casada, mãe e cristã. Ou seja, tudo o que uma mulher “moderna”, “livre” e “independente” não poderia ser… pelo menos na cabeça de gente como Simone de Beauvoir, Judith Butler e cia. E é por isso que atividades como as das feministas de Campina Grande podem passar despercebidas; enquanto ações deploráveis como as do grupo Femen são aplaudidas e incentivadas pela militância. Para a ideologia desses grupos, só se é mulher quando se reza pela cartilha deles. Só se é mulher quando se abandona a “opressão” machista do matrimônio para se rebaixar à opressão feminista do movimento.

No final da década de 1920, o escritor inglês G. K. Chesterton resumia o feminismo como “a confusa ideia de que as mulheres são livres quando servem seus empregadores, mas são escravas quando servem seus maridos”04.

De fato, a ideologia feminista é um compêndio de contradições. Ela contesta a exploração machista, dizendo que os homens tratam as mulheres como objetos de prazer, para depois defender uma suposta emancipação sexual feminina, alegando que a mulher pode ter quantas relações quiser. Ela se revolta com a esposa que cuida do lar e educa seus filhos, tachando-a de inimiga dos direitos femininos por se negar a trabalhar fora, mas não se importa – e às vezes até defende – com a prostituta que se submete a satisfazer as perversões de um homem, a troco de algumas notas de reais. O feminismo se importa com a mulher até descobrir que o sexo do bebê é feminino. Veja-se, por exemplo, o que indica um estudo da Universidade de Oxford, sobre os casos de abortos na Inglaterra, entre os anos de 1969 e 2005: a prática do aborto em mulheres grávidas que rejeitam o sexo do bebê cresceu enormemente, sobretudo quando se trata de nascituros meninas05.

Rachel Sheherazade é somente um dos inúmeros casos que se poderia citar a respeito do Apartheid feminista. Quando Gianna Jessen – uma jovem americana pró-vida que sobreviveu a uma tentativa de aborto – nasceu, por exemplo, não havia nenhuma ativista dos direitos da mulher no hospital, para defendê-la do aborteiro que há pouco tentara matá-la06. Na época, seguindo o pensamento da eminente feminista Florence Thomas – para quem um nascituro não passa de um “tumor” -, Jessen não mereceria viver07. Na lógica feminista, algumas mulheres são mais mulheres que outras.

Eis a verdadeira face do feminismo: ele é tão inimigo das mulheres quanto o machismo.
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Fonte: Christo Nihil Praeponere
Disponível em: Central Católica

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Papa: acolher e seguir fielmente a luz de Deus


HOMILIA
Santa Missa na Solenidade da Epifania do Senhor
Capela Papal da Basílica Vaticana
Segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

«Lumen requirunt lumine». Esta sugestiva frase dum hino litúrgico da Epifania refere-se à experiência dos Magos: seguindo uma luz, eles procuram a Luz. A estrela aparecida no céu acende, nas suas mentes e corações, uma luz que os move à procura da grande Luz de Cristo. Os Magos seguem fielmente aquela luz, que os penetra interiormente, e encontram o Senhor.

Neste percurso dos Magos do Oriente, está simbolizado o destino de cada homem: a nossa vida é um caminhar, guiado pelas luzes que iluminam a estrada, para encontrar a plenitude da verdade e do amor, que nós, cristãos, reconhecemos em Jesus, Luz do mundo. E, como os Magos, cada homem dispõe de dois grandes «livros» donde tirar os sinais para se orientar na peregrinação: o livro da criação e o livro das Sagradas Escrituras. Importante é estar atento, velar, ouvir Deus que nos fala – sempre nos fala. Como diz o Salmo, referindo-se à Lei do Senhor: «A tua palavra é farol para os meus passos e luz para os meus caminhos» (Sal 119/118, 105). E, de modo especial, o ouvir o Evangelho, lê-lo, meditá-lo e fazer dele nosso alimento espiritual permite-nos encontrar Jesus vivo, ter experiência d’Ele e do seu amor.

A primeira leitura faz ressoar, pela boca do profeta Isaías, este apelo de Deus a Jerusalém: «Ergue-te e sê iluminada!» (60, 1). Jerusalém é chamada a ser a cidade da luz, que irradia sobre o mundo a luz de Deus e ajuda os homens a seguirem os seus caminhos. Esta é a vocação e a missão do Povo de Deus no mundo. Mas Jerusalém pode falhar a esta chamada do Senhor. Diz-nos o Evangelho que, chegados a Jerusalém, os Magos deixaram de ver a estrela durante algum tempo. Já não a viam. Em particular, a sua luz está ausente no palácio do rei Herodes: aquela habitação é tenebrosa; lá reinam a escuridão, a desconfiança, o medo, a inveja. Efectivamente Herodes mostra-se apreensivo e preocupado com o nascimento de um frágil Menino, que ele sente como rival. Na realidade, Jesus não veio para derrubar um miserável fantoche como ele, mas o Príncipe deste mundo! Todavia o rei e os seus conselheiros sentem fender-se os suportes do seu poder, temem que sejam invertidas as regras do jogo, desmascaradas as aparências. Todo um mundo construído sobre o domínio, o sucesso, a riqueza, a corrupção é posto em crise por um Menino! E Herodes chega ao ponto de matar os meninos: «Tu matas o corpo das crianças, porque o temor te matou o coração», escreve São Quodvultdeus (Sermão 2 sobre o Símbolo: PL 40, 655). É assim: tinha medo e, com este medo, enlouqueceu.

Os Magos souberam superar aquele perigoso momento de escuridão junto de Herodes, porque acreditaram nas Escrituras, na palavra dos profetas que indicava Belém como o local do nascimento do Messias. Assim escaparam do torpor da noite do mundo, retomaram a estrada para Belém e lá viram de novo a estrela, e o Evangelho diz que sentiram uma «enorme alegria» (Mt 2,10). Precisamente a estrela que não se via na escuridão da mundanidade daquele palácio.


Entre os vários aspectos da luz, que nos guia no caminho da fé, inclui-se também uma santa «astúcia». Também esta é uma virtude: a «astúcia» santa. Trata-se daquela sagacidade espiritual que nos permite reconhecer os perigos e evitá-los. Os Magos souberam usar esta luz feita de «astúcia» quando, no caminho de regresso, decidiram não passar pelo palácio tenebroso de Herodes, mas seguir por outra estrada. Estes sábios vindos do Oriente ensinam-nos o modo de não cair nas ciladas das trevas e defender-nos da obscuridade que teima em envolver a nossa vida. Com esta «astúcia» santa, eles guardaram a fé. Também nós devemos guardar a fé. Guardá-la daquela escuridão, se bem que, muitas vezes, é uma escuridão travestida de luz! Porque às vezes o demônio, diz São Paulo, veste-se de anjo de luz. Daí ser necessária uma santa «astúcia», para guardar a fé, guardá-la do canto das Sereias que te dizem: “Olha! Hoje devemos fazer isto, aquilo…”
Mas, a fé é uma graça, é um dom. Compete-nos a nós guardá-la com esta «astúcia» santa, com a oração, com o amor, com a caridade. É preciso acolher no nosso coração a luz de Deus e, ao mesmo tempo, cultivar aquela astúcia espiritual que sabe combinar simplicidade e argúcia, como Jesus pede aos discípulos: «Sede, pois, prudentes como as serpentes e simples como as pombas» (Mt 10, 16).

Na festa da Epifania, em que recordamos a manifestação de Jesus à humanidade no rosto dum Menino, sentimos ao nosso lado os Magos como sábios companheiros de estrada. O seu exemplo ajuda-nos a levantar os olhos para a estrela e seguir os anseios grandes do nosso coração. Ensinam-nos a não nos contentarmos com uma vida medíocre, sem «grandes voos», mas a deixarmo-nos sempre fascinar pelo que é bom, verdadeiro, belo… por Deus, que é tudo isso elevado ao máximo! E ensinam-nos a não nos deixarmos enganar pelas aparências, por aquilo que, aos olhos do mundo, é grande, sábio, poderoso. É preciso não se deter aí. É necessário guardar a fé. Neste tempo, isto é muito importante: guardar a fé. É preciso ir mais além, além da escuridão, além do fascínio das Sereias, além da mundanidade, além de muitas modernidades que existem hoje, ir rumo a Belém, onde, na simplicidade duma casa de periferia, entre uma mãe e um pai cheios de amor e de fé, brilha o Sol nascido do alto, o Rei do universo. Seguindo o exemplo dos Magos, com as nossas pequenas luzes, procuramos a Luz e guardamos a fé. Assim seja!

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Fonte: Boletim da Santa Sé

Maria nos ajude a ser discípulos missionários, pede o Papa no Angelus


ANGELUS
Solenidade da Epifania

Praça São Pedro – Vaticano
Segunda-feira, 6 de janeiro de 2014


Queridos irmãos e irmãs, bom dia!

Hoje celebramos a Epifania, isso é, a “manifestação” do Senhor. Esta solenidade está ligada  à passagem bíblica da ida dos magos do Oriente a Belém para prestar homenagem ao Rei dos Judeus: um episódio que o Papa Bento comentou magnificamente em seu livro sobre a infância de Jesus. Aquela foi a primeira “manifestação” de Cristo aos povos.

Por isso, a Epifania coloca em destaque a abertura universal da salvação trazida por Jesus. A Liturgia deste dia aclama: “Te adorarão, Senhor, todos os povos da terra”, porque Jesus veio para todos nós, para todos os povos, para todos!

De fato, esta festa nos faz ver um duplo movimento: de um lado, o movimento de Deus para o mundo, para a humanidade – toda a história da salvação, que culmina em Jesus -; e de outro lado o movimento dos homens para Deus – pensemos nas religiões, na busca da verdade, no caminho dos povos para a paz, a paz interior, a justiça, a liberdade. E este duplo movimento é movido por uma recíproca atração. Da parte de Deus, o que o atrai? É o amor por nós: somos seus filhos, nos ama, e quer libertar-nos do mal, das doenças, da morte e levar-nos à sua casa, no seu Reino.

“Deus, por pura graça, nos atrai para unir-nos a Si” (Exort. ap. Evangelii gaudium, 112). E também da nossa parte há um amor, um desejo: o bem sempre nos atrai, a verdade nos atrai, a vida, a felicidade, a beleza nos atrai…Jesus é o ponto de encontro desta atração recíproca, deste duplo movimento. É Deus e homem: Jesus. Deus e homem. Mas quem toma a iniciativa? Sempre Deus! O amor de Deus vem sempre primeiro que o nosso! Ele sempre toma a iniciativa. Ele nos espera, Ele nos convida, a iniciativa é sempre sua. Jesus é Deus que se fez homem, encarnou-se, nasceu para nós.


A nova estrela que aparece aos magos era o sinal do nascimento de Cristo. Se não tivessem visto a estrela, aqueles homens não teriam partido. A luz nos precede, a verdade nos precede, a beleza nos precede, Deus nos precede. O profeta Isaías dizia que Deus é como a flor de amendoeira. Por que? Porque naquela terra essa flor é a primeira que floresce. E Deus sempre precede, sempre nos busca primeiro, Ele dá o primeiro passo. Deus nos precede sempre. A sua graça nos precede e esta graça apareceu em Jesus. Ele é a epifania. Ele, Jesus Cristo, é a manifestação do amor de Deus. Está conosco.

A Igreja está toda dentro deste movimento de Deus para o mundo: a sua alegria é o Evangelho, é refletir a luz de Cristo. A Igreja é o povo daqueles que experimentaram esta atração e a levam dentro, no coração da vida. “Eu gostaria – sinceramente – eu gostaria de dizer àqueles que se sentem longe de Deus e da Igreja – dizer respeitosamente – dizer àqueles que são temerosos e indiferentes: o Senhor também chama vocês para fazer parte de seu povo e o faz com grande respeito e amor!”(ibid, 113). O Senhor chama vocês. O Senhor procura vocês. O Senhor espera vocês. O Senhor não faz proselitismo, dá amor, e este amor te busca, te espera, você que neste momento não crê ou está distante. E este é o amor de Deus.

Peçamos a Deus, por toda a Igreja, peçamos a glória de evangelizar, porque “por Cristo foi enviada para revelar e comunicar a caridade de Deus a todos os povos” (Ad gentes, 10). A Virgem Maria nos ajude a ser discípulos missionários, pequenas estrelas que refletem a sua luz. E rezemos para que os corações se abram para acolher o anúncio, e todos os homens possam “ser participantes da promessa por meio do Evangelho” (Ef 3, 6).

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Fonte: Boletim da Santa Sé

Tradução: Jéssica Marçal

Por que o Católico não pode ser Espírita?


Cada religião possui seus dogmas, seus artigos de fé. Se duas religiões possuíssem os mesmos pensamentos e dogmas não seriam duas, mas apenas uma. Por isso, uma pessoa não pode participar de duas religiões, pois não cumprirá honestamente nem uma, nem outra.

O católico não pode ser espírita porque:

1.      O católico admite a possibilidade do Mistério e aceita Verdades sempre que tem certeza que foram reveladas por Deus.

2.   O espírita proclama que não há mistérios e tudo o que a mente humana não pode compreender é falso e deve ser rejeitado.

3.     O católico instruído crê que Deus pode e faz milagres.

4.    O espírita rejeita a possibilidade de milagres e ensina que Deus também deve obedecer as leis da natureza.

5.    O católico crê que a Bíblia foi inspirada por Deus e, portanto, não pode conter erros em questão de fé e moral.

6.   O espírita declara que a Bíblia está cheia de erros e contradições e que esta nunca foi inspirada por Deus.

7.     O católico crê que Jesus enviou o Espírito Santo aos apóstolos e seus sucessores para que pudessem transmitir fielmente a sua doutrina.

8.    O espírita declara que os apóstolos e seus sucessores não entenderam os ensinamentos de Cristo e que tudo quanto transmitiram está errado ou foi falsificado.

9.    O católico crê que o papa, sucessor de São Pedro, é infalível em questões de fé e moral. O espírita declara que os papas só espalharam o erro e a incredulidade.

10.  O católico crê que Jesus instituiu a Igreja para continuar a sua obra. O espírita declara que até a vinda de Allan Kardec, a obra de Cristo estava inutilizada e perdida.

11.  O católico crê que Jesus ensinou toda a Revelação e que não há mais nada para ser revelado. O espírita proclama que o Espiritismo é a terceira revelação, destinada a retificar e até mesmo substituir o Evangelho de Cristo.

12.   O católico crê no mistério da Santíssima Trindade.

13.   O espírita nega esse augusto mistério.

14.  O católico crê que Deus é o Criador de tudo, Ser pessoal, distinto do mundo. O espírita afirma que os homens são partículas de Deus (verdadeiro panteísmo).

15.  O católico crê que Deus criou a alma humana no momento de sua união com o corpo. O espírita afirma que nossa alma é resultado de lenta e longa evolução, tendo passado pelo reino mineral, vegetal e animal.

domingo, 5 de janeiro de 2014

Papa recorda sentido do Natal: "amor de Deus pela humanidade".


ANGELUS
Praça São Pedro – Vaticano
Domingo, 5 de janeiro de 2014


Queridos irmãos e irmãs, bom dia!

A liturgia deste domingo nos propõe, no Prólogo do Evangelho de São João, o significado mais profundo do Natal de Jesus. Ele é a Palavra de Deus que se fez homem e colocou a sua “tenda”, a sua morada entre os homens. Escreve o evangelista: “O Verbo se fez carne e habitou entre nós” (Jo 1, 14). Nestas palavras que não cessam nunca de nos maravilhar, há todo o Cristianismo! Deus se fez mortal, frágil como nós, partilhou a nossa condição humana, exceto o pecado, mas tomou sobre si os nossos, como se fossem Dele. Entrou na nossa história, tornou-se plenamente Deus conosco! O nascimento de Jesus, então, nos mostra que Deus quis unir-se a cada homem e a cada mulher, a cada um de nós, para nos comunicar a sua vida e a sua alegria.

Assim, Deus é Deus conosco, Deus nos chama, Deus que caminha conosco. Esta é a mensagem de Natal: o Verbo se fez carne. Assim, o Natal nos revela o amor imenso de Deus pela humanidade. Daqui deriva também o entusiasmo, a esperança de nós cristãos, que na nossa pobreza sabemos ser amados, ser visitados, ser acompanhados por Deus; e olhamos ao mundo e à nossa história como o lugar em que caminhar junto com Ele e uns com os outros, rumo a céus novos e à terra nova. Com o nascimento de Jesus nasceu uma promessa nova, nasceu um mundo novo, mas também um mundo que pode ser sempre renovado. Deus está sempre presente para suscitar homens novos, para purificar o mundo do pecado que o envelhece, do pecado que o corrompe. Por mais que a história humana e aquela pessoal de cada um de nós possa ser marcada por dificuldades e fraquezas, a fé na Encarnação nos diz que Deus é solidário com o homem e com a sua história. Essa proximidade de Deus ao homem, a cada homem, a cada um de nós, é um dom que não se acaba nunca! Ele está conosco! Ele é Deus conosco! E esta proximidade não acaba nunca. Eis o alegre anúncio do Natal: a luz divina, que inundou os corações da Virgem Maria e de São José, e guiou os passos dos pastores e dos magos, brilha também hoje para nós.


No mistério da Encarnação do Filho de Deus há também um aspecto ligado à liberdade humana, à liberdade de cada um de nós. De fato, o Verbo de Deus coloca a sua tenda entre nós, pecadores e necessitados de misericórdia. E todos nós devemos nos apressar para receber a graça que Ele nos oferece. Em vez disso, continua o Evangelho de São João, “os seus não o acolheram” (v. 11). Também nós, tantas vezes, O rejeitamos, preferimos permanecer no fechamento dos nossos erros e na angústia dos nossos pecados. Mas Jesus não desiste e não deixa de oferecer a si mesmo e a sua graça que nos salva! Jesus é paciente, Jesus sabe esperar, espera-nos sempre. Esta é a sua mensagem de esperança, uma mensagem de salvação, antiga e sempre nova. E nós somos chamados a testemunhar com alegria esta mensagem do Evangelho da vida, do Evangelho da luz, da esperança e do amor. Porque a mensagem de Jesus é esta: vida, luz, esperança, amor.

Maria, Mãe de Deus e nossa amorosa Mãe, apoie-nos sempre, para que permaneçamos fiéis à vocação cristã e possamos realizar os desejos de justiça e de paz que trazemos em nós no início deste novo ano.
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Disponível em: Boletim da Santa Sé
Tradução: Jéssica Marçal

Presidente da Sociedade Teológica Evangélica retorna à Igreja Católica.


Francis Beckwith renunciou esta semana a seu cargo de Presidente da Sociedade Teológica Evangélica (ETS). O motivo: retornou à Igreja Católica onde cresceu e que abandonou para abraçar o protestantismo.

Conforme sustenta em um blog, “não acredito que seja possível que a ETS conduza seu negócio e seus assuntos de forma que impulsione o Evangelho de Cristo, enquanto eu seja seu presidente. Por isso, desde em 5 de maio renuncio ao cargo de presidente da ETS e membro de seu comitê executivo”.

Beckwith relata que começou sua volta à fé em que cresceu, quando decidiu ler a alguns bispos e teólogos dos primeiros séculos da Igreja. “Em janeiro, por sugestão de um amigo querido, comecei a ler aos Padres da Igreja assim como alguns trabalhos mais sofisticados sobre a justificação em autores católicos. Comecei a convencer-me que a Igreja primitiva é mais católica que protestante e que a visão católica da justificação, corretamente compreendida, é bíblica e historicamente defensável”.

O perito estava disposto a retornar à Igreja Católica quando terminasse seu serviço como presidente em novembro do próximo ano. Entretanto, seu sobrinho de 16 anos pediu para ser seu padrinho de confirmação no próximo dia 13 de maio e por isso reconsiderou sua decisão.


Segundo Beckwith, “não podia dizer ‘não’ a meu sobrinho querido, que credita na renovação de sua fé em Cristo a nossas conversas e correspondência. Mas para fazê-lo, devo estar em total comunhão com a Igreja. Por isso, em 28 de abril passado recebi o sacramento da Confissão”.

Beckwith espera que sua partida permita à Sociedade Teológica Evangélica estudar a tradição da Igreja em uma forma que não seria possível com ele de presidente.

“Há uma conversa que deve realizar-se na ETS, uma conversa sobre a relação entre Evangelismo e o que se chama ‘Grande Tradição’, uma tradição da qual todos os cristãos podem traçar sua paternidade espiritual e eclesiástica. É uma conversação que eu recebo com agrado, e na espero ser participante. Mas minha presença na ETS como presidente, concluí, diminui as possibilidades de que ocorra esta conversa. Só exacerbaria a desunião entre cristãos que precisa ser remediada”.


O ex-presidente também enfatizou seu agradecimento a ETS. “Sua tenaz defesa e prática da ortodoxia cristã é que sustentou e nutriu a quem tenho encontrado nosso caminho de volta à Igreja de nossa juventude”.
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Disponível em: Bíblia Católica News

Abolido título de "Monsenhor" a sacerdotes com menos de 65 anos.


O Papa Francisco aboliu a concessão da honorificência pontifícia de "monsenhor" para os sacerdotes seculares com menos de 65 anos. De agora em diante, a única honorificência pontifícia que poderá ser conferida aos padres seculares (não religiosos) será a de "capelão de Sua Santidade", e poderá ser atribuída apenas a sacerdotes com mais de 65 anos.

A secretaria de Estado comunicou a decisão às nunciaturas apostólicas em todo o mundo, pedindo que fossem informados todos os bispos de seus países. A medida imposta por Francisco, no entanto, não é retroativa: quem já possui o título de "monsenhor" não o perde.


Ao tomar esta decisão, o Papa se inspirou nas reformas realizadas por Paulo VI em 1968, logo após o Concílio Vaticano II. Antes, existiam 14 "graus" do título de "monsenhor"; com Paulo VI, foram reduzidos a três: protonotário apostólico, prelado de honra de Sua Santidade e capelão de Sua Santidade.


Os três reconhecimentos são concedidos pelo Papa, segundo indicação dos bispos, a sacerdotes cujo trabalho é particularmente importante para a Igreja.



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Fonte: Rádio Vaticano