Seu quadro foi entregue pelo Papa Pio I, com a especial recomendação: "Fazei que todo o mundo A conheça". |
A devoção à Nossa
Senhora do Perpétuo Socorro nasceu de um ícone milagroso, roubado de uma
igreja, na ilha de Creta, Grécia, no século XV. Trata-se de uma pintura sobre
madeira, de estilo bizantino, através do qual o artista, sabendo que a
verdadeira feição e a santidade de Maria e de Jesus jamais poderão ser
retratadas só com mãos humanas, expressa a sua beleza e a sua mensagem em
símbolos.
Nesse
quadro a Virgem
Maria foi representada a meio corpo, segurando o
Menino Jesus nos braços. O Menino segura forte a mão da Mãe e observa
assustado, dois anjos que lhe mostram os elementos de sua Paixão. São os
Arcanjos Gabriel e Miguel que flutuam acima dos ombros de Maria. A belíssima
obra é atribuída ao grande artista grego Andréas Ritzos daquele século e pode
ter sido uma das cópias do quadro da Virgem pintado por São Lucas, segundo os
peritos.
Diz a
tradição que no século XV, um rico comerciante se apropriou do ícone para
vendê-lo em Roma. Durante a travessia do Mediterrâneo, uma tempestade quase fez
o navio naufragar. Uma vez em terra firme, foi para a Cidade Eterna tentar
negociar o quadro. Depois de várias tentativas frustradas, acabou adoecendo.
Procurou um amigo para ajuda-lo, mas logo faleceu. Antes, porém contou sobre o
ícone e lhe pediu para leva-lo à uma igreja, para ser venerado outra vez pelos
fiéis. A esposa do amigo não quis se desfazer da imagem. Após ficar viúva, a
Virgem Maria apareceu à sua filha e lhe disse para colocar o quadro de Nossa
Senhora do Perpétuo Socorro numa igreja, entre as basílicas de Santa Maria
Maior e São João Latrão. Segundo a menina, o título foi citado pela Virgem sem
nenhuma recomendação.