sábado, 12 de julho de 2014

No final da Copa, #PausaparaPaz


O Pontifício Conselho para a Cultura (PCCS) lançou na quinta-feira, 10 de julho, uma iniciativa que busca unir todos os povos pela paz, propondo um momento de silêncio durante a final da Copa no próximo domingo, entre Argentina e Alemanha.

“Os esportes nasceram em torno das festividades religiosas. Os eventos desportivos eram momentos de paz quando as guerras acabavam, um momento para a trégua olímpica”, explicou o Subsecretário do Pontifício Conselho, Mons. Melchor Sánchez de Toca y Alameda, encarregado da Seção Cultura e Desporto do PCCS.

No Twitter, a iniciativa foi lançada com a hashtag #PAUSEforPeace (PausaparaPaz).
“É simplesmente o que diz ser. É uma frase simples e única: vivemos numa era de simplicidade, não precisamos de grandes discursos para estabelecer um ponto. Queremos somente paz, algo tão simples assim”, declarou por sua vez Richard Rouse, membro do Pontifício Conselho para a Cultura.

A final da Copa do Mundo à sombra da Cúpula de São Pedro


Argentina e Alemanha decidem no próximo domingo, no Estádio do Maracanã, a final da Copa do Mundo 2014. Apenas acabou a decisão nos pênaltis contra a Holanda, as redes sociais foram invadidas por imagens com referências ao Papa argentino Bergoglio e ao Papa Emérito alemão Bento XVI. Alguns jornais italianos definiram a partida de domingo como “uma final santa”.

Mas, vamos ouvir o que dizem a respeito os sacerdotes jesuítas Gullermo Ortiz, argentino, e Bern Hagenkord, alemão, responsáveis pelo Programa Espanhol e Alemão respectivamente.

Padre Ortiz: “Eu acho que a Alemanha tem um pouco de medo (risos) porque nós somos famosos pelo futebol e temos jogadores muito bons”!

Padre Hagenkord: “Trabalhamos praticamente ao lado, no mesmo andar….existe um pouco de tensão...mas muito amigável! É um tempo muito intenso para nós alemães, porque pela primeira vez, após não sei quantos anos, chegamos na final e venceremos, obviamente (risos)! O digo em espanhol: venceremos!”.

Colegas na Rádio Vaticano, mas “divididos” até domingo à tarde em dois “fronts” opostos, os dois sacerdotes vivem a expectativa do que acontecerá dentro dos muros leoninos com o apito inicial da partida final:

Padre Ortiz: “Francisco não olha TV, não tem TV no seu apartamento, mas Bento XVI sim. Bento, talvez, o convidará para olhar a partida (risos) e talvez, ao invés de olhar a partida, irão à capela rezar, um pela Alemanha e outro pela Argentina!”.

"Libertar-se da liderança que alimenta o ciclo de violencia" - Comissão Justiça e Paz da Terra Santa


A responsabilidade do novo derrâme de sangue na Terra Santa é, em grande parte, da liderança política que “deita gasolina no fogo”, alimentando o conflito com palavras e actos irresponsáveis. Utilizar o homicídio dos três jovens israelitas “para infligir uma punição colectiva ao povo palestiniano no seu complexo e legítimo desejo de liberdade, representa uma trágica instrumentalização dessa tragédia e não faz senão aumentar a violência e o ódio” – É quanto se lê num comunicado difundido terça-feira 8 de Julho pela Comissão Justiça e Paz da Assembleia dos Ordinários Católicos da Terra Santa e referido pela agencia Fides.

Referindo-se à nova onda de violência na região com o aumento de vítimas devido às incursões israelitas na faixa de Gaza, onde mais de 160 raids provocaram dezenas de mortos, a Comissão Justiça e Paz escreve que em “Israel e Palestina ecoam os prantos das mães, pais, irmãos e irmãs, dos entes queridos dos jovens vítimas dessa vaga de violência que aflige essa terra”. Algumas das vítimas – lê-se no comunicado – são bem conhecidas porque os media deram todos os pormenores das suas vidas, enquanto que outros, muito mais numerosos, são meros dados estatísticos, sem nome, sem rostos”.
A análise da situação feita pela Comissão Justiça e Paz chama em causa a responsabilidade da liderança política e religiosa. Por um lado, a linguagem violenta de quem em Israel pede vingança “é alimentado pelas atitudes e expressões dos líderes que continuam a promover um discurso discriminatório, direitos exclusivos de um grupo e a ocupação com todas as suas desastrosas consequências.

O comovente retrato da Igreja dos mártires

Enquanto, no Oriente, alguns sequer têm liberdade para proclamar a própria fé,
o Ocidente é palco para cristãos que dão de ombros para a Cruz

Alguns jornais reportaram, no último mês, que "cristãos que se recusaram a professar a fé muçulmana ou pagar resgate foram crucificados por extremistas" na Síria [1]. A notícia, que rodou o mundo, chegou ao conhecimento do Papa Francisco, que admitiu ter chorado pela situação. Durante uma de suas homilias na Casa Santa Marta, o Santo Padre repudiou os que agem "matando e perseguindo em nome de Deus" e destacou a coragem dos cristãos que, como os apóstolos, "ficam felizes por serem julgados dignos de sofrer ultrajes devido ao nome de Jesus" [2].

O drama dos que confessam Jesus Cristo no Oriente Médio – e em outras regiões do mundo – é pouco exibido pelos meios de comunicação, fazendo que a realidade de tantas pessoas nos pareça distante e, às vezes, até ilusória. No entanto, as suas lágrimas, as suas dores e o seu sacrifício tantas vezes cruento são páginas verdadeiramente cruéis de uma história que está longe de seu termo final.

Pense-se, por exemplo, no sofrimento de pais de família que, antes de doarem a própria vida, foram obrigados a entregar aqueles que mais amavam: suas mulheres e seus filhos. Se pudessem se entregar a si mesmos para salvarem os seus, eles o fariam. Mas, tiveram de imitar aquela judia do livro dos Macabeus, que viu seus sete filhos pequenos morrerem, antes de ser martirizada [3]. Suas filhas foram levadas de seus braços, ou para receberem uma fé na qual não foram educadas e à qual não querem aderir, ou para serem assassinadas impiedosamente.

Entre as muitas histórias de perseguição que veem de todo o Oriente Médio, situa-se a desses jovens que foram crucificados por serem cristãos. Um deles, segundo o testemunho da irmã Raghid, ex-diretora da escola do patriarcado grego-católico de Damasco, "foi crucificado em frente a seu pai, que foi morto em seguida". De acordo com ela, depois dos massacres, os jihadistas "pegaram as cabeças das vítimas e jogaram futebol com elas". Também levarem os bebês das mulheres e "os penduraram em árvores com os seus cordões umbilicais".

Tais relatos devem nos comover e nos fazer dobrar os nossos joelhos por nossos irmãos perseguidos em terras estrangeiras. Afinal, somos todos membros da mesma Igreja, as orações que fazemos têm eficácia para as partes mais necessitadas do corpo místico de Cristo.

Mas, não apenas isso. O retrato de sangue dos cristãos martirizados precisa converter os nossos corações. Enquanto eles são perseguidos por viverem sua fé em lugares como Irã, Síria, Egito, Coreia do Norte e China, tendo que se esconder em espaços subterrâneos – como os primeiros seguidores de Cristo iam às catacumbas – ou viver debaixo da constante ameaça de milícias terroristas, nós, no Ocidente, temos vivido a fé de forma desleixada, transformando o dom da liberdade que recebemos em libertinagem, em ocasião para o pecado e para a própria destruição. Temos desperdiçado a oportunidade de participar diariamente da Santa Missa, de ter acesso ao sacramento da Penitência e de expor publicamente a Palavra de Deus, preferindo a isso a preguiça, a impenitência e a covardia – enquanto milhares de pessoas mundo afora dariam a própria vida para terem a liberdade que temos e usá-la para a maior glória de Deus.

CNBB adverte sobre uso indevido de termos da doutrina católica por grupos que enganam os fiéis


NOTA PASTORAL DA PRESIDÊNCIA DA CNBB 
SOBRE ALGUMAS QUESTÕES RELATIVAS 
AO USO INDEVIDO DOS TERMOS: 
CATÓLICO, IGREJA CATÓLICA, CLERO E OUTROS

A CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL – CNBB, na defesa da verdade e da liberdade, considerou oportuno publicar a presente Nota Pastoral, destinada aos membros do episcopado, do clero, aos religiosos e a todos os fiéis leigos.

O uso de nomes, termos, símbolos e instituições próprios da Igreja Católica Apostólica Romana, por outras denominações religiosas distintas da mesma, pode gerar equívocos e confusões entre os fiéis católicos. Nestes casos o uso da palavra “católico”, “bispo diocesano”, “vigário episcopal”, “diocese”, “clero”, “catedral”, “paróquia”, “padre”, “diácono”, “frei”, pode induzir a engano e erro. Pessoas de boa vontade podem ser levadas a frequentar tais templos, crendo que se tratam de comunidades da Igreja Católica Apostólica Romana, quando na verdade não o são. Por essa razão a Igreja tem a obrigação de esclarecer e alertar o Povo de Deus para evitar prováveis danos de ordem espiritual e pastoral.

União dos Juristas Católicos de São Paulo adverte: ‘Teremos surpresas após as eleições’


A União dos Juristas Católicos de São Paulo (UJUCASP) prevê que após as eleições, na eventualidade da reeleição da presidente Dilma Rousseff, os brasileiros serão surpreendidos com uma nova portaria do Ministério da Saúde regulamentando o aborto nos hospitais conveniados com o SUS.

A advertência foi realizada durante a reunião ordinária da entidade, que ocorreu na manhã de segunda-feira, 9.

Segundo o Dr. Ives Gandra Martins, presidente da entidade católica que atualmente reúne 80 sócios entre desembargadores, juízes e advogados, “não devemos nos iludir com a revogação da portaria 415 por parte do Governo Federal, que pressionado pela má repercussão política da medida, atuou em modo de evitar desgaste político eleitoral”.

Existem atualmente em trâmite no Congresso Legislativo cerca de seis diferentes projetos de lei que visam regulamentar a matéria do aborto no Brasil. Em parte, o efeito político negativo se deu porque a Portaria 415 do Ministério da Saúde foi baixada a revelia do debate que ocorre no Legislativo. “Na eventualidade de ser veiculada nova portaria após as eleições, os projetos em tramitação no Congresso Nacional simplesmente perderão relevância em face do fato consumado, sem passar pelo necessário debate público”, explicou o jurista.

sexta-feira, 11 de julho de 2014

Israel prossegue com ofensiva em Gaza


A aviação israelense prosseguia nesta quinta-feira, pelo terceiro dia, com a ofensiva aérea em Gaza, que matou 76 palestinos até o momento, poucas horas antes de uma reunião do Conselho de Segurança da ONU sobre a escalada entre Israel e o movimento islamita Hamas.

O exército israelense anunciou ter atacado durante a noite 300 objetivos, o que eleva a 750 o número de alvos em pouco mais de 48 horas na Faixa de Gaza. Esta é a maior operação neste território desde novembro de 2012.

Desde a meia-noite (18H00 de Brasília, quarta-feira), 25 palestinos morreram nos ataques, incluindo cinco crianças. Do lado israelense não foram registradas vítimas fatais desde o início da operação.

Ignorando os apelos internacionais por um cessar-fogo, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, prometeu endurecer a campanha contra o Hamas, que respondeu com uma chuva de foguetes contra o centro de Israel, obrigando os moradores de Jerusalém, Tel Aviv e Haifa a correr para os abrigos.

A violência esvaziou as ruas de Gaza e Tel Aviv, onde a população, temerosa, pergunta onde cairá o próximo foguete ou míssil.

O calçadão de Tel Aviv, geralmente lotado no verão, também estava completamente vazio.

Cem mortos na ofensiva israelense em Gaza


A ofensiva militar israelense provocou 100 mortes na Faixa de Gaza desde o início dos ataques aéreos, há quatro dias, depois que dois palestinos faleceram nesta sexta-feira no centro do território palestino, anunciaram fontes médicas.

O porta-voz do ministério da Saúde do Hamas, Ashraf al-Qudra, disse que dois homens que estavam em um carro perto do campo de refugiados de Bureij morreram em um ataque. Outra pessoa ficou ferida na ação.

Em Gaza, os ataques aéreos israelenses deixaram um total de 100 mortos e quase 500 feridos, incluindo várias mulheres e crianças, desde o início da operação "Protective Edge".

O sistema de defesa antimísseis israelense "Iron Dome" interceptou nesta sexta-feira três foguetes lançados a partir de Gaza contra Tel Aviv, segundo o exército israelense.

O movimento islamista palestino Hamas, que governa a Faixa de Gaza, reivindicou o lançamento de quatro foguetes de longo alcance M75 contra o aeroporto internacional Ben Gurion, na região de Tel Aviv, mas o alvo não foi atingido.

Outro foguete deixou vários feridos em um posto de gasolina na cidade israelense de Ashdod (sul), a 30 km da Faixa de Gaza.