domingo, 13 de julho de 2014

Nota do Padre Lombardi sobre o encontro entre o Papa e Scalfari


No jornal "La Repubblica" da manhã deste Domingo, está publicado com grande ênfase o relatório, assinado por Eugenio Scalfari, de uma sua nova entrevista com o Santo Padre Francisco. A conversa é cordial e muito interessante e toca principalmente os temas do flagelo dos abusos sexuais a menores e a atitude da Igreja para com a máfia.

No entanto, como anteriormente e em circunstâncias semelhantes, é necessário salientar que o que Scalfari atribui ao Papa, referindo "entre aspas" as suas palavras, é fruto da sua memória de jornalista especialista, mas não de transcrição exacta de uma gravação e muito menos de revisão por parte do interessado, a quem as afirmações são atribuídas. Não se pode e não se deve, portanto, falar de algum modo de uma entrevista, no sentido habitual do termo, como se se relatasse uma série de perguntas e respostas que refletem fielmente e com certeza o pensamento exato do interlocutor. Se, portanto, se pode assumir que no conjunto o artigo relata o sentido e o espírito do encontro entre o Santo Padre e Scalfari, deve-se reiterar fortemente o que já havia sido dito em uma "entrevista" anterior, que apareceu no jornal Repubblica, isto é, as expressões individuais referidas, na formulação dada, não podem ser atribuídas com certeza ao Papa.

Papa Francisco volta a pedir a paz no Oriente Médio


Após o Angelus deste domingo, 13, o Papa Francisco voltou a pedir pela paz no Oriente Médio, com os trágicos acontecimentos dos últimos dias.

Francisco disse que ainda tem na memória a viva recordação de seu encontro com o Patriarca Ecumênico Bartolomeu I, com o presidente de Israel, Shimon Peres, e o presidente da Palestina, Mahmoud Abbas, que no dia 8 de junho reuniram-se no Vaticano para um momento de oração pela paz na região.  “Invocamos o dom da paz e escutamos o chamado para quebrar o ciclo do ódio e da violência”, destacou.

O Santo Padre afirmou que, alguns poderiam pensar que esse encontro foi em vão, mas, pelo contrário não, “porque a oração nos ajuda a não nos deixarmos vencer pelo mal, nem a resignar-nos que a violência e o ódio levem a melhor contra o diálogo e a reconciliação”.

O Pontífice exortou as partes interessadas e todos aqueles que têm responsabilidades políticas, em âmbito local e internacional, a não poupar a oração e algum esforço para pôr fim a todas as hostilidades e alcançar a paz desejada para o bem de todos.

Alemanha x Argentina: Seleções dos Papas se enfrentam na final da Copa do Mundo


Papa Francisco versus o papa emérito Bento XVI. A “guerra de orações” já começou, pelo menos é o que pensam os fanáticos torcedores mundo afora. A final da Copa do Mundo entre as seleções de Argentina e Alemanha está sendo chamada nas redes sociais de a “Final dos Papas”. De acordo com o Vaticano é improvável que os pontífices se encontrem para assistir a partida juntos.

Ambos os pontífices nunca esconderam seu gosto pelo futebol. O argentino papa Francisco, torcedor do San Lorenzo, de Buenos Aires, – que inclusive recebeu a delegação do clube em 2013 – disse que não rezaria pela Albiceleste (apelido da Seleção da Argentina) na final do torneio. Mas que deve acompanhar o jogo pela televisão.

#PauseforPeace: una-se à campanha para que na final da Copa se faça uma “Pausa pela Paz”


Este domingo será a final da Copa do Mundo de Futebol Brasil 2014 e se espera que a partida entre a Argentina e Alemanha quebre recordes de sintonia em todo mundo. Ao mesmo tempo milhares de pessoas seguirão o evento sofrendo os estragos da guerra no Oriente Médio e outras partes do mundo e para chamar a atenção sobre este drama, o Vaticano lançou a campanha #PauseforPeace / #PausaporlaPaz  pedindo um momento de silêncio antes do encontro.

Em poucas horas, o tema se tornou viral nas redes sociais e é necessário somar esforços. Uma das ideias é compartilhar fotos com a etiqueta #PauseforPeace. Para ajudar na campanha animamos os brasileiros a tirarem fotos exibindo o logotipo da iniciativa e compartilhá-la no Facebook,  Twitter ou sua rede social favorita com o hashtag #PAUSEforPeace.

“Os esportes nasceram ao redor de festividades religiosas. Os eventos esportivos eram momentos de paz quando as guerras cessavam, um momento para a trégua olímpica”, explicou Mons. Melchor Sánchez de Toca y Alameda, Subsecretário do Pontifício Conselho para a Cultura e encarregado da seção de cultura e esporte. “Por que não para a Copa do Mundo (de futebol)? Por que não uma pausa, um momento de silêncio, uma trégua pela paz?”.


Bispo suspende procissões após reverência a chefe da máfia

O Bispo de Oppido-Palmi, Itália, Dom Francesco Milito, suspendeu a realização de todas as procissões da diocese. A suspensão teve início nesta quinta-feira, 10, e será por tempo indeterminado. A decisão foi divulgada em nota do vigário da diocese, Dom Giuseppe Acquaro, a todo clero reunido em Rizziconi, na Calábria, numa estrutura diocesana.

A suspensão aconteceu depois que a procissão de Nossa Senhora das Graças, no início deste mês, na localidade de Oppido Mamentina, parou em frente à casa do chefe da máfia calabresa, Peppe Mazzagatti, em prisão domiciliar, como que em sinal de reverência. “O bem de todos e a serenidade dos ânimos, às vezes, requerem sacrifícios imediatos, embora temporários,” é um dos trechos da nota.

"Uma comunidade adulta na fé, acrescenta o bispo, compreende sempre e age como uma família, onde todos se ajudam mutuamente. Escolhas para as quais não são admissíveis interpretações arbitrárias e, muito menos, comportamentos autônomos. Se uma procissão é suspensa revela um mal-estar, revela também a fragilidade e o longo caminho em direção à autenticidade da fé. Ao invés da procissão, deve se pensar numa experiência alternativa de oração. A proposta é de uma adoração Eucarística. A oração tem sempre o clima propício para o trabalho de discernimento em frente ao Senhor. As orações, sinceras e desinteressadas, não as pressões que gostariam de violentar as ações da Igreja," prosseguiu o bispo.


As exigências do Reino de Deus


"Ninguém pode servir a dois senhores, porque ou odiará a um e amará o outro, ou será fiel a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e as riquezas" (Mt 6,24).

Na verdade, o acolhimento e a prática destas poucas palavras do ensinamento de Jesus contém um especial segredo de sabedoria para nossa vida cristã. Não se pode viver das compensações do mundo e dos valores do Reino de Deus ao mesmo tempo.

Não é coerente admitirmos que o bem e o mal são a mesma coisa. Claro, sabemos que somos humanos, por isto mesmo, somos marcados por limites, fraquezas e pecados. Queremos o melhor, mas nem sempre conseguimos ser melhores. É preciso saber que a opção pelo caminho do bem ou do mal nos levam a destinos diferentes.

Admitir que todos nós somos pecadores e erramos é uma coisa. Outra é admitirmos que verdade e mentira, certo e errado, justiça e injustiça, amor e ódio sejam a mesma coisa. É neste sentido que o compromisso com o Reino de Deus nos é exigente. Jesus em sua vida de fidelidade à vontade do Pai para a salvação de toda a humanidade se transformou numa assinatura viva do que significa vivermos na radicalidade dos valores do Reino. O discípulo é chamado a seguir os passos e a vida de seu Mestre se quiser ser reconhecido como seu discípulo, discípula, (Jo 13,13-14). Não há o que discutir, mas o assumir.

Somos todos convidados a fazer parte do Reino de Jesus. Mas, por tantas razões, nem todos aceitamos as exigências deste convite. Não basta sabermos o que é o certo ou o errado, como não basta apenas conhecer a Boa Nova dos Evangelhos e admitirmos que Jesus é o nosso único Salvador e Redentor. O apóstolo Tiago nos diz que o próprio demônio sabe e admite estas verdades. Somos desafiados a viver diariamente no seguimento dos passos e da vida de Jesus, do vivermos na prática o “amar como Ele nos amou e ama”.

A resposta de Maria a um “crente” raivoso


Um “crente” ia voltando
depois que depositou
a metade do salário
na conta do seu pastor,
ao dobrar uma esquina
com Maria barruou.

- Disse ele: tu tai cega,
num sabe pra onde vai,
quase sujasse meu terno,
minha bíblia quase cai,
arreda da minha frente.
Te reprimo Satanás!

- Maria disse: meu filho,
sou a mãe do Salvador,
que em meio a multidão
de mim se desencontrou,
se o ver queira avisar-me
que rogo a teu favor.

- O “crente” já foi dizendo:
e quem precisa de tu?
Já tô salvo, te desprezo
que nem faço a Belzebu.
Te detesto só de vê
esse teu manto azul.

- Maria disse: esse ódio
que te torna tão ruim
foi criado por pastores,
mas antes não era assim,
o Lutero e o Calvino
muito honraram a mim…

sábado, 12 de julho de 2014

No final da Copa, #PausaparaPaz


O Pontifício Conselho para a Cultura (PCCS) lançou na quinta-feira, 10 de julho, uma iniciativa que busca unir todos os povos pela paz, propondo um momento de silêncio durante a final da Copa no próximo domingo, entre Argentina e Alemanha.

“Os esportes nasceram em torno das festividades religiosas. Os eventos desportivos eram momentos de paz quando as guerras acabavam, um momento para a trégua olímpica”, explicou o Subsecretário do Pontifício Conselho, Mons. Melchor Sánchez de Toca y Alameda, encarregado da Seção Cultura e Desporto do PCCS.

No Twitter, a iniciativa foi lançada com a hashtag #PAUSEforPeace (PausaparaPaz).
“É simplesmente o que diz ser. É uma frase simples e única: vivemos numa era de simplicidade, não precisamos de grandes discursos para estabelecer um ponto. Queremos somente paz, algo tão simples assim”, declarou por sua vez Richard Rouse, membro do Pontifício Conselho para a Cultura.