O Concílio de Trento,
em 1563, ensinou que o purgatório existe e que as almas aí retidas podem ser
ajudadas pelos sufrágios dos fiéis e sobretudo pelo santo sacrifício do altar.
Entrar no céu e
participar da glória de Deus é o anseio de cada cristão. No entanto, para que
isso aconteça é preciso que a pessoa esteja totalmente purificada de seus
pecados e pronta para amar a Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma e
com todo o seu entendimento.
Para a expiação dos
pecados existe o Purgatório. O Concílio de Trento, em sessão datada de 3 e 4 de
dezembro de 1563, emitiu o seguinte decreto:
a)
Já que a Igreja católica, instruída
pelo Espírito Santo, a partir das sagradas Escrituras e da antiga tradição dos
Padres, nos sagrados concílios e mais recentemente neste Sínodo ecumênico, ensinou que o purgatório
existe e que as almas aí retidas podem ser ajudadas pelos sufrágios dos fiéis e
sobretudo pelo santo sacrifício do altar, o
santo Sínodo prescreve aos bispos que se empenhem diligentemente para que a sã
doutrina sobre o purgatório, transmitida pelos santos Padres e pelos sagrados
Concílios, seja acreditada, mantida , ensinada e pregada por toda parte.[1]
Para rezar pelas
almas do Purgatório, o fiel deve exercitar três virtudes: a fé, a caridade e a
justiça. Quanto a fé é preciso crer naquilo que a Igreja ensina. Como vemos
acima, o Purgatório existe e ela afirma que, para ele “vão as almas das pessoas
que morreram em estado de graça, mas ainda não satisfizeram completamente por
seus pecados e penas temporais”.[2]
Ora, a maior parte
das pessoas vai para o Purgatório, isso é inegável, pois são pouquíssimas as
que chegam a tão alto grau de santidade ainda nesta vida ou aquelas que, na
hora da morte, receberam indulgência plenária.
Contudo, é possível
ajudar as almas que, embora salvas, devem padecer suas penas. Isso pode se dar
através da oração, penitência e obras de caridade, já que essas almas nada
podem fazer por si mesmas e contam exclusivamente com a ajuda dos que estão
ainda nesta vida. E o maior auxílio que se pode prestar a elas é a Santa Missa.
O mesmo Concílio de Trento afirma em seu Cânon 3: