segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Por que as pessoas não estão mais rezando pelas almas do Purgatório?


O Concílio de Trento, em 1563, ensinou que o purgatório existe e que as almas aí retidas podem ser ajudadas pelos sufrágios dos fiéis e sobretudo pelo santo sacrifício do altar.

Entrar no céu e participar da glória de Deus é o anseio de cada cristão. No entanto, para que isso aconteça é preciso que a pessoa esteja totalmente purificada de seus pecados e pronta para amar a Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma e com todo o seu entendimento.

Para a expiação dos pecados existe o Purgatório. O Concílio de Trento, em sessão datada de 3 e 4 de dezembro de 1563, emitiu o seguinte decreto:

a)                  Já que a Igreja católica, instruída pelo Espírito Santo, a partir das sagradas Escrituras e da antiga tradição dos Padres, nos sagrados concílios e mais recentemente neste Sínodo ecumênico, ensinou que o purgatório existe e que as almas aí retidas podem ser ajudadas pelos sufrágios dos fiéis e sobretudo pelo santo sacrifício do altar, o santo Sínodo prescreve aos bispos que se empenhem diligentemente para que a sã doutrina sobre o purgatório, transmitida pelos santos Padres e pelos sagrados Concílios, seja acreditada, mantida , ensinada e pregada por toda parte.[1]

Para rezar pelas almas do Purgatório, o fiel deve exercitar três virtudes: a fé, a caridade e a justiça. Quanto a fé é preciso crer naquilo que a Igreja ensina. Como vemos acima, o Purgatório existe e ela afirma que, para ele “vão as almas das pessoas que morreram em estado de graça, mas ainda não satisfizeram completamente por seus pecados e penas temporais”.[2]

Ora, a maior parte das pessoas vai para o Purgatório, isso é inegável, pois são pouquíssimas as que chegam a tão alto grau de santidade ainda nesta vida ou aquelas que, na hora da morte, receberam indulgência plenária.

Contudo, é possível ajudar as almas que, embora salvas, devem padecer suas penas. Isso pode se dar através da oração, penitência e obras de caridade, já que essas almas nada podem fazer por si mesmas e contam exclusivamente com a ajuda dos que estão ainda nesta vida. E o maior auxílio que se pode prestar a elas é a Santa Missa. O mesmo Concílio de Trento afirma em seu Cânon 3:

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Tragédia humanitária


Uma crise humanitária de grandes proporções está atingindo o norte do Iraque, sem que a comunidade internacional dê a ela a devida atenção. Desde que o grupo Estado Islâmico (EI) proclamou um califado na área que está sob seu controle, e que cobre não apenas partes do Iraque, mas também o leste da Síria, os sunitas que integram o EI vêm sistematicamente perseguindo e eliminando membros de outras minorias religiosas – inclusive outros muçulmanos, como os xiitas. Os cristãos têm sido a comunidade mais atingida.

Mossul, a segunda maior cidade iraquiana, registrava a presença de cristãos desde o século 1.º d.C. e foi tomada pelo Estado Islâmico em 10 de junho. Logo após a invasão dos militantes islâmicos, os cristãos receberam comunicados informando que eles deviam se converter ao Islamismo ou pagar a jizya, uma espécie de “imposto de infiéis” que supostamente garantiria sua proteção. A outra opção seria a “morte pela espada”. As casas dos cristãos foram marcadas com a letra árabe “nun”, o equivalente ao “n” latino – e inicial da palavra “nazarenos”. Depois disso, não apenas dezenas de milhares de cristãos, mas também muitos muçulmanos xiitas, deixaram a cidade, e ainda assim os bens que conseguiam carregar eram roubados pelo EI durante a fuga. Um professor muçulmano da Universidade de Mossul, que se manifestou contrário à perseguição religiosa, foi morto pelos extremistas. Mosteiros e igrejas que datavam dos primeiros séculos da era cristã foram destruídos.

O destino dos fugitivos vem sendo o Curdistão ou aldeias na região da antiga Assíria, mas a resistência curda não tem sido suficiente para deter o avanço do Estado Islâmico. Na quarta-feira, Qaraqosh (a maior cidade cristã do Iraque), Qaramless, Bartala, Tell Keff e Ba’ashika foram tomadas pelo EI, provocando outra fuga em massa de cristãos e demais minorias religiosas, desta vez na direção de Erbil – cidade que já registra batalhas entre jihadistas e a defesa curda. Outros fugitivos estão cercados, sem água nem mantimentos. Segundo relatos, os extremistas executaram 1,5 mil homens diante das famílias, violentaram e sequestraram mulheres e garotas – o desrespeito às mulheres também é característico dos jihadistas; a mutilação genital é regra nas áreas governadas pelo Estado Islâmico – e estariam inclusive decapitando crianças, segundo um líder cristão local.

Iraque: Estados Unidos bombardeiam posições do Estado Islâmico


Os Estados Unidos bombardearam posições de artilharia do Estado Islâmico no Iraque, que ameaçavam o pessoal norte-americano na Base de Erbil, no Curdistão iraquiano, anunciou hoje (8) o Pentágono.

“Aviões militares americanos lançaram ataques contra a artilharia do Estado Islâmico. A artilharia foi utilizada contra as forças curdas que defendem Erbil”, declarou, no Twitter, o porta-voz do Pentágono, almirante John Kirrby.

Ele informou que dois caças F/A 18 lançaram bombas de 250 quilos, guiadas por laser, sobre uma peça de artilharia móvel perto de Erbil.


Segundo o representante do Pentágono, a peça de artilharia destinava-se a bombardear as forças curdas em Erbil, no Curdistão iraquiano, e ameaçava o pessoal militar e civil norte-americano na cidade.


“A decisão de atacar foi tomada no centro de comando americano, com a autorização do comandante em chefe, Barack Obama", acrescentou.


Nessa quinta-feira, os combatentes do Estado Islâmico tomaram Qaraqosh, a maior cidade cristã do Iraque, e ainda a maior barragem do país, em Mossul, cidade que controlam desde 10 de junho.

Vaticano pede mais moderação no sinal da paz na missa


A Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, em uma recente carta circular, anunciou que a localização do sinal da paz dentro da missa não mudará, mas sugeriu várias formas nas quais o rito poderia ser realizado com maior dignidade.

Em um comunicado difundido em 28 de julho, o secretário geral da Conferência Episcopal Espanhola, Pe. José María Gil Tamayo, indicou aos bispos locais que “a Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos se pronunciou a favor de manter o ‘rito’ e o ‘sinal’ da paz no lugar onde se encontra hoje no Ordinário da Missa”.


O Pe. Gil Tamayo anotou que isso foi feito porque o rito da paz é “característico do rito romano” e “por não crer que seja conveniente para os fiéis introduzir mudanças estruturais na Celebração Eucarística, no momento”.


O sinal da paz é realizado depois da consagração e justo antes da recepção da Comunhão. Foi sugerido que mudasse para antes da apresentação dos dons.


O comunicado do Pe. Gil Tamayo foi enviado aos bispos espanhóis, e serve de prefácio à carta circular da Congregação para o Culto Divino, que foi assinada em 8 de junho deste ano pelo Cardeal Antonio Cañizares Llovera, seu prefeito, e seu secretário, Dom Arthur Roche.


A carta circular tinha sido aprovada e confirmada no dia anterior pelo Papa Francisco.


A carta fez quatro sugestões concretas sobre como a dignidade do sinal da paz deve ser mantida contra os abusos.


O Pe. Gil Tamayo explicou que a carta circular é um fruto do sínodo dos Bispos sobre a Eucaristia, em 2005, no qual se discutiu a possibilidade de mover o rito.


“Durante o Sínodo dos bispos se viu a conveniência de moderar este gesto, que pode adquirir expressões exageradas, provocando certa confusão na assembleia precisamente antes da Comunhão”, escreveu Bento XVI em sua exortação apostólica pós-sinodal “Sacramentum caritatis”.


Bento XVI acrescentou que “pedi aos dicastérios competentes que estudem a possibilidade de mover o sinal da paz a outro lugar, tal como antes da apresentação dos dons no altar… levando em consideração os antigos e veneráveis costumes e os desejos expressos pelos Padres Sinodais”.


Uma inspiração para a mudança sugerida foi a exortação de Cristo em Mateus 5,23, que “se lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa lá a tua oferta diante do altar e vai primeiro reconciliar-te com teu irmão”. Também teria levado o rito à conformidade, nesse aspecto, com o rito ambrosiano, celebrado em Milão (Itália).


O Caminho Neocatecumenal, um movimento leigo na Igreja, já moveu o sinal da paz em suas celebrações do rito romano, para antes da apresentação dos dons.


A decisão da congregação vaticana de manter o lugar do sinal da paz foi o fruto do diálogo com os bispos do mundo, que começou em 2008, e em consulta tanto com Bento XVI como com o Papa Francisco.


A Congregação para o Culto Divino disse que “oferecem-se algumas disposições práticas para expressar melhor o conteúdo do sinal da paz e para moderar os excessos, que suscitam confusão nas assembleias litúrgica antes da Comunhão”.


“Se os fiéis não compreendem e não demonstram viver, em seus gestos rituais, o significado correto do rito da paz, debilita-se o conceito cristão da paz e se vê afetada negativamente sua própria frutuosa participação na Eucaristia”.


Sobre esta base, a congregação ofereceu quatro sugestões que procuram formar o “núcleo” de catequese sobre o sinal da paz.

Agressão à Igreja Católica



A polêmica contra a Igreja Católica é falsa. O cardeal dom Orani Tempesta recusou liberar o Cristo Redentor para o filme ironicamente chamado “Inútil paisagem”, do cineasta José Padilha — que faria parte do longa-metragem “Rio, eu te amo” —, mas não o proibiu. As ofensas à Igreja Católica são parte da sacrofobia, e da cristofobia em particular, e muito comuns em artistas que se valem do escândalo como marketing pessoal. Uniram-se contra a legítima defesa do divino. Há uma clara manifestação de ódio contra a Igreja. Saudades do gênio Glauber Rocha, que respeitava o sagrado.

Dom Orani tem a governança sobre o Cristo Redentor. A proteção à imagem sagrada é dever do cardeal. Cristianismo, budismo, judaísmo, hinduísmo, islamismo e outras religiões governam a si mesmas. A cena pode ser realizada em qualquer outro lugar, mas negar à Igreja Católica o direito constitucional sobre si própria é uma expressão do autoritarismo cultural. É negar ao católico o direito de ser católico. Herbert Marcuse e Theodor Adorno estudaram esse fenômeno da liberação repressiva.

O culto da teofobia pretende destruir todas as dimensões do sagrado, negando sua autonomia. É a lógica da repressão black bloc. A ofensa não é à Cúria, mas ao Deus por ela anunciado. A imposição do profano como exercício da “liberdade de expressão” é típica do nazibolchevismo. Eis a liberdade repressiva tal como vimos nos regimes nacional-socialista, comunista e no terrorismo islâmico contemporâneos. A repressão quer exercer a dominação da intolerância e da censura prévia ao sagrado. Nietzsche propôs a destruição de todos os valores da civilização judaico-cristã, seguida à risca pelo nazismo.

Apresentado logotipo da visita do Papa ao Sri Lanka


A arquidiocese de Colombo publicou o logotipo da visita do PapaFrancisco ao Sri Lanka. O Pontífice visita o país entre os dias 12 e 15 de janeiro do próximo ano e de 15 a 19 estará nas Filipinas.

No centro do logo está a cruz do Sri Lanka, inspirada na cruz de São Tomé, encontrada – por volta de 1912 – nas escavações arqueológicas realizadas no centro histórico de Anuradhapura (uma das antigas capitais do Sri Lanka, famosa por suas ruínas otimamente conservadas pelas antigas civilizações locais). É também a cruz gloriosa ou a cruz da ressurreição, de onde brota a vida.

A cruz está em azul para lembrar a consagração do país a “Nossa Senhora de Lanka”, realizada após a Segunda Guerra Mundial. E como confirma o site da arquidiocese de Colombo, ela “fala também do nosso amor e da devoção que dedicamos a Nossa Senhora”. O azul é a cor utilizada pela cruz da bandeira católica do Sri Lanka.

Filipinas publica site e logomarca da visita do Papa ao país


A Conferência Episcopal das Filipinas publicou o site oficial da visita do Papa Francisco ao país, a ser realizada de 15 a 19 de janeiro de 2015. O portal http://papalvisit.ph vai apresentar todos os pormenores da visita, além de publicar o programa oficial quando este for divulgado pelo Vaticano.

Após a confirmação da viagem às Filipinas e Sri Lanka, ocorrida em 29 de julho, o Cardeal Louis Tagle, arcebispo de Manila, afirmou que a visita do Papa ao maiorpaís católico da Ásia será um “tufão espiritual”. “Misericórdia e compaixão”, por sua vez, são as duas palavras que definem o espírito desta visita, segundo o Núncio Apostólico em Manila, Dom Giuseppe Pinto.

O site, de fato, dá destaque a estas duas palavras – “Mercy and Compassion”, em inglês – que também estão em primeiro plano, em cursivo, na logomarca da visita, junto às palavras ‘Pope Francis e Papal visit 2015 – Philippines”.

Compõe ainda a logomarca uma imagem do Papa Francisco, sorrindo. Atrás do Pontífice, está colocada uma cruz branca e dourada de onde partem oito raios, transmitindo a ideia da compaixão e do amor misericordioso de Jesus e a obra evangelizadora da Igreja. Completando a composição, uma chama com as cores da bandeira das Filipinas e uma bandeira com um sol e oito raios e três estrelas, sobre um triângulo equilátero branco colocado ao lado de um estandarte.

O que devemos pensar a respeito do candomblé?


A história da Salvação passou por diversas fases, culminando com a vinda de Jesus Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro homem. Desde o início, Deus teve que usar de uma pedagogia toda especial para retirar o homem da idolatria, seja de falsos deuses, seja de forças e princípios cósmicos. O candomblé e as religiões pagãs, todavia, permanecem nessa atitude de idolatria.

No candomblé, o deus maior não pode ser cultuado, mas tão-somente os orixás, as divindades menores que regem a vida de cada homem de acordo com a personalidade de cada um. Da mesma forma que nas antigas religiões greco-romanas, existe no candomblé um "deus", uma força cósmica para cada característica humana. E, igualmente, o "Deus" criador de todas as coisas não pode ser adorado, visto não ser possível manter nenhum tipo de relacionamento com o homem, dada a Sua perfeição e imutabilidade.


Não há como negar que existe uma certa lógica nesse pensamento pagão, pois, de fato, Deus Criador está muito além do homem, mera criatura. Ele "habita em luz inacessível" (ITm 6,16), porém, o Catecismo vai mais além e diz que "Deus, infinitamente Perfeito e Bem-aventurado em si mesmo, em um desígnio de pura bondade, criou livremente o homem para fazê-lo participar de sua vida bem-aventurada." Para tanto, na plenitude dos tempos enviou Seu Filho (Gl 4,4), "como Redentor e Salvador (...). Nele e por Ele, chama os homens a se tornarem, no Espírito Santo, seus filhos adotivos" e, deste modo, torna-os seus herdeiros e participantes de sua vida. (CIC 01)