Aproximam-se as
eleições. Devemos encará-las com seriedade para votar certo e bem, pois do
nosso voto também depende o futuro do nosso país e a definição da vida política
de nossa pátria. Por isso, nós, Bispos do Estado do Rio de Janeiro, fizemos uma
pequena cartilha de recomendações para essas eleições, que tem sido distribuída
nas igrejas.
A Igreja não tem
partidos nem candidatos. Não impõe nomes a serem sufragados nem obriga a votar
em determinados candidatos. Somos contra o clientelismo e o chamado “voto de
cabresto”. Assim como a Fé, o voto deve ser racional. A Igreja deixa à livre e
responsável decisão dos eleitores católicos a escolha em quem votar. Ajuda-nos,
porém, nessa reflexão. Diz, sobretudo, em quem não votar. Há candidatos e
partidos que não podem receber o nosso apoio.
Procure conhecer
os candidatos: conduta, ideias e partidos. Observe se seus candidatos estão
comprometidos com a justiça, segurança, combate à violência, dignidade da
pessoa, respeito pela vida humana desde a concepção até a morte natural. Não
vote em candidatos ou partidos, que sejam favoráveis ao aborto e à eutanásia.
Vote apenas em candidatos que promovam e defendam a família, segundo sua
identidade natural conforme o plano de Deus.
Jamais se deve
votar em candidatos comprovadamente corruptos. “É muito difícil que um corrupto
consiga voltar atrás”, falou o Papa Francisco aos Parlamentares italianos. Dê o
seu voto apenas a candidatos com “ficha limpa”, pois o homem público deve ter
honestidade. Diga não à corrupção. Mas não só dos políticos e candidatos como à
tentação de corrupção, que cada um de nós sente: não favoreça a corrupção
eleitoral, à compra de votos, votando por interesse material e não com
consciência. Voto não é troca de favores.