quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Em quem votar






Aproximam-se as eleições. Devemos encará-las com seriedade para votar certo e bem, pois do nosso voto também depende o futuro do nosso país e a definição da vida política de nossa pátria. Por isso, nós, Bispos do Estado do Rio de Janeiro, fizemos uma pequena cartilha de recomendações para essas eleições, que tem sido distribuída nas igrejas.

A Igreja não tem partidos nem candidatos. Não impõe nomes a serem sufragados nem obriga a votar em determinados candidatos. Somos contra o clientelismo e o chamado “voto de cabresto”. Assim como a Fé, o voto deve ser racional. A Igreja deixa à livre e responsável decisão dos eleitores católicos a escolha em quem votar. Ajuda-nos, porém, nessa reflexão. Diz, sobretudo, em quem não votar. Há candidatos e partidos que não podem receber o nosso apoio.

Procure conhecer os candidatos: conduta, ideias e partidos. Observe se seus candidatos estão comprometidos com a justiça, segurança, combate à violência, dignidade da pessoa, respeito pela vida humana desde a concepção até a morte natural. Não vote em candidatos ou partidos, que sejam favoráveis ao aborto e à eutanásia. Vote apenas em candidatos que promovam e defendam a família, segundo sua identidade natural conforme o plano de Deus.

Jamais se deve votar em candidatos comprovadamente corruptos. “É muito difícil que um corrupto consiga voltar atrás”, falou o Papa Francisco aos Parlamentares italianos. Dê o seu voto apenas a candidatos com “ficha limpa”, pois o homem público deve ter honestidade. Diga não à corrupção. Mas não só dos políticos e candidatos como à tentação de corrupção, que cada um de nós sente: não favoreça a corrupção eleitoral, à compra de votos, votando por interesse material e não com consciência. Voto não é troca de favores.

O rito da Paz na Missa (Paulo VI)




Segundo o Missal Romano e a instrução Redemptionis Sacramentum, comecemos pelo mais básico: ao terminamos de rezar o “Pai Nosso” e não respondemos “amém”, porque há um complemento a oração que Nosso Senhor nos ensinou que é a oração que o sacerdote, de braços abertos reza:

Livrai-nos de todos os males, ó Pai,e dai-nos hoje a vossa paz.
Ajudados pela vossa misericórdia,sejamos sempre livres do pecado
e protegidos de todos os perigos,enquanto, vivendo a esperança,
aguardamos a vinda de Cristo Salvador.

Esta oração é a continuação direta do Pai Nosso, onde, por nós, o sacerdote pede a paz e nossa libertação do mal e do pecado, enquanto aguardamos a Segunda Vinda de Cristo. Então, confiantes nós respondemos:

Vosso é o reino, o poder e a glória para sempre!

Então, sozinho e de braços abertos, o sacerdote reza a oração pela Paz. Mas, não são todos que rezam esta oração? Não! Isso foi um “erro” litúrgico que se difundiu e, infelizmente, tornou-se comum. Porém, é apenas o sacerdote ordenado que age in persona Christi, ou seja, na pessoa de Cristo que clama, como primeiro representante de toda a Igreja, pela paz. Recapitulando, o sacerdote sozinho e de braços abertos reza:

Senhor Jesus Cristo
dissestes aos vossos Apóstolos:
Eu vos deixo em paz, eu vos dou a minha paz.
Não olheis os nossos pecados,
mas a fé que anima vossa Igreja;
dai-lhe, segundo o vosso desejo,
a paz e a unidade.
(Aqui ele junta as mãos e conclui)
Vós, que sois Deus, com o Pai e o Espírito Santo.

“E nós não fazemos nada, então?”, podem perguntar alguns. Fazemos sim! Nós damos nossa confirmação e anuência ao pedido do sacerdote dizendo “Assim seja!”, com nosso:

Amém.

E aqui vem o mais belo de todos os momentos. Depois de suplicar pela paz a sua Igreja, sendo que nós fazemos parte da Igreja Militante, o sacerdote, nos saúda com a mesma saudação de Jesus Ressuscitado aos apóstolos (Jo 20,21):

A paz do Senhor esteja sempre convosco!

No que respondemos:

O amor de Cristo nos uniu!

Missionárias Xaverianas são assassinadas em Burundi - África




Três reigiosas xaverianas foram assassinadas na tarde deste domingo, 07, na paróquia de Kamenge, Burundi, no continente africano.

De acordo com informações da Agencia Nacional italiana, as religiosas, Irmã Olga Raschietti ( tia do diretor do Centro Cultural Missionário em Brasília, padre Estevão Raschietti), Lucia Pulici e Bernadetta Borgian foram assassinadas no convento, em uma tentativa de assalto, por uma pessoa, supostamente desequilibrada.

“A morte das Irmãs Lúcia e Irmã Olga Pulici no convento, em  Kamenge é uma grande dor. Eu gostaria de estender minhas mais profundas condolências às famílias e à ordem das Missionárias Xaverianas de Maria, disse a ministra das Relações Exteriores da Itália, Federica Mogherini. "Mais uma vez, disse, assistimos o sacrifício daquelas que, com dedicação total, gastaram a própria vida aliviando os sofrimentos que ainda existem no continente africano”. E acrescentou: “Um sacrifício sobre o qual o governo se empenha na busca de esclarecimentos da parte de Burundi, país no centro dos conflitos que nas últimas décadas ensanguentaram em particular as região da África dos grandes lagos, a começar por Ruanda.

A ministra afirmou, também, que farão o possível para transportarem o mais rápido possível os corpos das missionárias para a Itália.

A Superiora Geral das Missionárias Xaverianas, Irmã Giordana Bertacchini fala  sobre a perda das missionárias.

Um amor incondicional pela gente daquela terra: as três irmãs assassinadas tinham retornado a Burundi  não obstante as suas condições, que não eram boas. Eram três missionárias idosas com graves problemas de saúde que há pouco haviam retornado  a serviço daquele povo”, disse à Agência Fides, a superiora Geral das Missionárias Xaverianas de Parma, Itália, a Irmã Giordana  Bertacchini.

Irmã Lucia Pulici, havia festejado no mês de julho, cinquenta anos de vida religiosa. Ela e Irmã Olga Raschietti sempre trabalharam na África. O Convento de Kamenge, onde aconteceu a tragédia se encontra a um quarteirão setentrional de Bujumbura, um centro  Xaveriano para jovens,  que promove a convivência entre diversas etnias.

A misericórdia muda o coração e a vida, diz Papa na Catequese



 CATEQUESE Praça São Pedro – Vaticano Quarta-feira, 10 de agosto de 2014

Queridos irmãos e irmãs, bom dia

No nosso itinerário de catequeses sobre a Igreja, estamos nos concentrando em considerar que a Igreja é mãe. Na última vez, destacamos como a Igreja nos faz crescer e, com a luz e a força da Palavra de Deus, nos indica o caminho da salvação e nos defende do mal. Hoje gostaria de destacar um aspecto particular desta ação educativa da nossa mãe Igreja, isso é, como ela nos ensina as obras de misericórdia.

Um bom educador aponta para o essencial. Não se perde nos detalhes, mas quer transmitir aquilo que realmente conta para que o filho ou aluno encontre o sentido e a alegria de viver. É a verdade. E o essencial, segundo o Evangelho, é a misericórdia. O essencial do Evangelho é a misericórdia. Deus enviou o seu Filho, Deus se fez homem para nos salvar, isso é, para nos dar a sua misericórdia. Jesus diz isso claramente, resumindo o seu ensinamento para os discípulos: “Sede misericordiosos, como o vosso Pai é misericordioso” (Lc 6, 36). Pode existir um cristão que não seja misericordioso? Não. O cristão necessariamente deve ser misericordioso, porque isto é o centro do Evangelho. E fiel a este ensinamento, a Igreja só pode repetir a mesma coisa aos seus filhos: “Sede misericordiosos”, como o é o Pai, e como o foi Jesus. Misericórdia.

E então a Igreja se comporta como Jesus. Não faz lições teóricas sobre amor, sobre misericórdia. Não difunde no mundo uma filosofia, uma via de sabedoria… Certo, o Cristianismo é também tudo isso, mas por consequência, reflexo. A mãe Igreja, como Jesus, ensina com o exemplo, e as palavras servem para iluminar o significado dos seus gestos.

A mãe Igreja nos ensina a dar de comer e de beber a quem tem fome e sede, a vestir quem está nu. E como faz isso? Com o exemplo de tantos santos e santas que fizeram isto de modo exemplar; mas o faz também com o exemplo de tantos pais e mães, que ensinam aos seus filhos que aquilo que sobra para nós é para aqueles a quem falta o necessário. É importante saber isso. Nas famílias cristãs mais simples, sempre foi sagrada a regra da hospitalidade: não falta nunca um prato e uma cama para quem tem necessidade. Uma vez uma mãe me contava – na outra diocese – que queria ensinar isto aos seus filhos e dizia a eles para ajudar e dar de comer a quem tem fome; ela tinha três filhos. E um dia, no almoço – o pai estava fora a trabalho, estava ela com os três filhos, pequenos, 7, 5 e 4 anos, mais ou menos – e bateram à porta: era um senhor que pedia o que comer. E a mãe lhe disse: “Espere um minuto”. Entrou e disse aos filhos: “Há um senhor ali que pede o que comer, o que fazemos?”. “Demos a ele o que comer, mãe, demos a ele!”. Cada um tinha no prato um bife com batatas fritas. “Muito bem – disse a mãe – peguemos a metade de cada um de vocês e demos a ele a metade do bife de cada um”. “Ah não, mãe, assim não é bom!”. “É assim, você deve dar do seu”. E assim esta mãe ensinou aos filhos a dar de comer da própria comida. Este é um belo exemplo que me ajudou muito. “Mas não me sobra nada…”. “Dai do teu!”. Assim nos ensina a mãe Igreja. E vocês, tantas mães que estão aqui, sabem o que devem fazer para ensinar aos seus filhos para que partilhem as suas coisas com quem tem necessidade.

A mãe Igreja ensina a estar próximo de quem está doente. Quantos santos e santas serviram Jesus deste modo! E quantos simples homens e mulheres, a cada dia, colocam em prática esta obra de misericórdia em um quarto de hospital, ou de uma casa de repouso, ou na própria casa, ajudando uma pessoa doente.

As lojas fora do Vaticano não poderão mais vender as bênçãos papais






As dezenas e dezenas de lojas em todo do Vaticano não poderão mais vender os pergaminhos com as bênçãos papais. A decisão, tomada pessoalmente pelo Papa Francisco, foi anunciada em uma carta com a data do 12 de abril de 2014, assinada pelo Esmoler de Sua Santidade, Mons. Konrad Krajewski.

No texto, o prelado explicou que no próximo dia 31 de dezembro cessará peremptoriamente a Convenção entre o Departamento da Santa Sé utilizado para a concessão das bênçãos apostólicas com papel de pergaminho, e as lojas e livrarias contempladas no acordo.

Desde janeiro de 2015, portanto, não será mais possível solicitar fora do Vaticano o pergaminho para presentear por ocasiões de aniversários e casamentos. Um negócio que rendia muito dinheiro às lojas ao redor dos muros leoninos. Pago por 10 a 50 euros - diz o site do Vaticano Insider - eles deixavam para a Esmoleria apostólica (Instituição que se dedica à caridade do Papa) apenas 3 € por pergaminho com a assinatura e o carimbo. Com as novas disposições do Papa Francisco - de acordo com um processo já iniciado em 2010 pelo Papa Bento XVI - o dinheiro arrecadado pelo "negócio" dos pergaminhos irá, agora, diretamente para os pobres.

Mons. Krajewski lembra na carta que esta é precisamente a tarefa da Esmoleria apostólica: "praticar da caridade com os pobres em nome do Sumo Pontífice", de acordo com a vontade do Papa Leão XIII, que, ao há mais de um século atrás, havia dado ao Esmoler “a faculdade de conceder a Bênção Apostólica por meio de diplomas, de modo que o órgão encarregado da caridade tivesse os recursos necessários para praticá-la".

Assim, as próprias bênçãos voltarão a desempenhar a sua função original: fornecer os recursos necessários para esta caridade, ajudando principalmente as pessoas necessitadas que escrevem pedindo apoio financeiro. Tarefa que o mesmo Krajewski realiza indo muitas vezes pessoalmente para levar pequenas contribuições em dinheiro, de acordo com indicações do Papa.

Nos últimos anos, o Instituto tinha se ajudado das lojas, livrarias e instituições "para tornar acessível a um número crescente de peregrinos que vinham a Roma" a chance de obter a bênção. Com a difusão sempre mais ampla da Internet, nos últimos anos, no entanto, foi desenvolvido o site www.elemosineria.va, graças ao qual era possível acessar todas as informações necessárias para a obtenção dos diplomas também através do envio a todas as partes do mundo.

Conflito em Gaza deixa 400 mil crianças e adolescentes com problemas psicológicos, denuncia Cáritas Jerusalém




A violência que durante 50 dias feriu a população da Faixa de Gaza, devido aos bombardeios israelenses e os enfrentamentos com o Hamas, deixando não só um alto saldo de mortos, como também cerca de 400.000 crianças e adolescentes com necessidade de ajuda psicológica, denunciou a Cáritas Jerusalém.

“Os meninos e meninas representam a parte da população que mais sofre as consequências do conflito armado. A maioria experimenta a separação de suas famílias e desenvolve uma visão pessimista da vida”, revelaram fontes desta instituição caritativa da Igreja.

Segundo a informação circulada neste 4 de setembro pela agência vaticana Fides, a Cáritas Jerusalém assinalou que a ajuda psicológica a estes menores representa um de seus principais campos de ação, dentro dos trabalhos que realiza a favor da população da Gaza.

“O Estado Islâmico vem do inferno”, expressa Bispo do Iraque




“O Estado Islâmico vem do inferno, nem os demônios saberiam encontrar piores meios para fazer tanto mal às pessoas”, foram as palavras de Dom Shlemon Warduni, Bispo auxiliar de Bagdá dos caldeus para descrever as atrocidades cometidas pelos Jihadistas contra os cristãos e outras minorias no Iraque, que estão sendo decapitadas ou escravizadas por negar-se a converter-se ao Islã.

O Prelado, que participou recentemente no Meeting de Rimini, na Itália, assinalou que “o destino de todos os iraquianos é o mesmo. Todos estão inquietos, não só os cristãos, porque não há paz nem segurança há muitos anos”.

Entretanto, nos últimos meses acontece algo que “nunca pudemos nem imaginar: que estes malfeitores obrigaram aos cristãos e a todas as minorias a fugirem em massa. Os cristãos vivem em Mosul há dois mil anos”, mas já não há mais uma oração na cidade.

“Provavelmente estas pessoas (do Estado Islâmico) vêm do inferno, são piores que os demônios. Por isso gritamos em voz alta para pedir ajuda a todo mundo: aos cristãos, muçulmanos, ateus, a todas as pessoas de boa vontade. Para que nosso povo, nossos fiéis, nossos idosos, nossas crianças não sejam maltratados deste modo duro e terrível”, expressou em declarações a I Tempi difundidas em 29 de agosto.

Dom Warduni assinalou que os milhares de refugiados no Curdistão iraquiano necessitam moradia, comida, roupa e remédios. “Muitos deles dormem sob o sol com este calor terrível”.

Sobre as ações dos Jihadistas, relatou que inclusive se atreveram a “roubar os brincos de uma menina de dois anos e arrancar 15 euros da mão de uma idosa”. “Semearam o terror nos corações das pessoas. Inclusive antes que entrassem na planície de Nínive, de fato, esses povoados estavam quase todos vazios. Pedimos tantas coisas ao mundo para que os cristãos e os demais possam primeiramente viver e depois que possam fazê-lo com dignidade”, expressou.

Por isso, pediu à comunidade internacional para  impedir que os Jihadistas possam adquirir mais armas, assim como enviar uma força internacional que proteja os refugiados e a “libertar nossos vilarejos e cidades das mãos destes criminosos para devolver aos cristãos e aos membros de outras minorias”, porque o Estado Islâmico quer “nos desarraigar desta terra”.

“Todas as semanas se rezava e se celebrava a Missa em Mosul. Quantas pessoas agora choram: ‘Outra semana sem Missa, sem participar do Corpo e do Sangue de Cristo”, expressou.

Com apoio de instituições de mais de vinte países foi criada a Federação Europeia em Defesa da Vida e da Dignidade Humana



 
Cidadãos de 28 países da União Europeia, integrantes de 25 organizações defensoras da vida e da dignidade humana, constituíram a Federação Europeia em Defesa da Vida e da Dignidade Humana “One of Us”.

Entre as instituições que somam esforços pela recém-nascida Federação, figuram a espanhola Derecho a vivir e a plataforma internacional CitizenGO.

Segundo um comunicado publicado no site oficial da coalizão no dia 6 de setembro, este é um “passo adiante” que pôde ser dado “graças ao caminho que percorreram juntos cidadãos dos 28 países da União Europeia que levaram adiante a iniciativa popular Europeia mais bem-sucedida de todas as apresentadas perante este organismo e que duplicou o número de assinaturas exigidas pela Comissão Europeia”.