sábado, 11 de outubro de 2014

Bispos reunidos no Sínodo defendem direito dos pais de escolher a educação dos seus filhos




Os bispos reunidos no Sínodo da Família defenderam nesta sexta-feira o direito dos pais a escolherem o programa educativo mais adequado para seus filhos, informou a Santa Sé durante a conferência de imprensa por ocasião da Oitava Congregação Geral realizada na tarde desta quinta-feira, 09 de outubro.

As exposições de ontem tiveram como marco os temas estipulados no Instrumentum Laboris: "A Igreja e a família diante do desafio educativo. O desafio educativo em geral / A educação cristã em situações familiares difíceis".

Assim, durante a hora de debate livre “falou-se da importância da relação entre a família e a educação das crianças, com particular referência ao direito dos pais a escolher o programa educativo mais adequado para que seus filhos possam receber uma educação de qualidade”.

O desafio que o islã precisa encarar




A estudiosa muçulmana Nayla Tabbara é especialista em Ciências da Religião pela Escola Prática de Altos Estudos de Paris, professora de Estudos Islâmicos na Universidade Saint-Joseph, de Beirute, e diretora do Departamento de Estudos Interculturais da Fundação Adyan, do Líbano.

Em entrevista ao jornal francês La Croix, feita por Anne-Bénédicte Hoffner, publicada em 6 de outubro e retomada pelo diário vaticano L'Osservatore Romano de hoje, ela destaca que não basta a simples condenação das atrocidades do Estado Islâmico no Oriente Médio: é necessária, por parte dos muçulmanos, a reinterpretação dos textos corânicos em conformidade com os valores humanos e fundamentais.

Pergunta: Alguns muçulmanos afirmam que o Estado Islâmico não faz parte do islã e, portanto, não se sentem envolvidos neste assunto. O que você pensa?

Nayla Tabbara: É verdade que o jihadismo cria uma verdadeira ruptura com a cultura e com a tradição muçulmana; essas pessoas não sabem nada do imenso trabalho feito pelos nossos estudiosos durante séculos. Mas só afirmar que isso “não é em meu nome”, como virou lema de alguns jovens britânicos, e dizer que as milícias do Estado Islâmico não estão agindo em nome da grande maioria dos muçulmanos, não é suficiente. Neste momento caótico e de tanto horror, é hora de reinterpretar os textos corânicos ou da tradição do Profeta, para não serem entendidos de maneira ambígua. É hora de promover um consenso sobre uma interpretação que esteja de acordo com os valores humanos fundamentais.

Vaticanista critica processo de informação sobre o Sínodo da Família




O vaticanista italiano Sandro Magister criticou o processo de informação adotado para divulgar o que se trata no Sínodo dos Bispos sobre a Família que se realiza no Vaticano até o dia 19 de outubro.
Em um artigo publicado no seu blog “Settimo cielo” em 8 de outubro intitulado “Os dois sínodos, dentro e fora dos muros”, Magister afirma que “enquanto que nos sínodos anteriores dois boletins diários em várias línguas reportavam todas as intervenções na sala, entregues pelos próprios autores, desta vez (…) entregam-se à imprensa só os nomes dos que intervêm”.

Das coisas que se dizem são divulgados apenas os relatos diários e orais do diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, “cuidadosamente purgados da informação sobre quem disse e o quê”. Magister acrescenta que o jornal do Vaticano, L’Osservatore Romano, no princípio colocava o nome dos autores e o que disseram mas depois deixou de fazê-lo.

"Cristo é nossa paz" é o lema da Campanha para a Evangelização 2014




"Cristo é nossa paz” é o lema da Campanha para a Evangelização 2014, que completa 16 anos a serviço das atividades pastorais da Igreja. Este ano, a mobilização nacional buscará promover iniciativas que visem superar a violência e edificar a paz, além de articular gestos concretos na sociedade por meio das ações evangelizadoras da Igreja.

O lema escolhido também é apropriado para o tempo litúrgico do Advento. Neste período de preparação ao Natal, entre pessoas, famílias e na sociedade em geral, existe um clima de confraternização na busca pela paz. O material da Campanha está disponível no site da CNBB.

Sola Pilhéria




Se há coisa que detesto
é a discriminação,
me perdoe o evangélico
na minha observação,
mas, insulto, intolerância,
não é coisa de cristão.
.
Eu tô pra ver nesse mundo,
povo mais chato encrenqueiro,
que teve a religião
fundada por derradeiro,
que faça tanta afronta
quanto “crente” baderneiro.
.
No Brasil existe gente
de toda religião,
mas, somente o tal do “crente”
na pilhéria é campeão,
picha poste, picha árvore,
não respeita a tradição.
.
Se o feriado é católico
a pilhéria ta marcada,
seu gesto não me parece
de gente civilizada.
Até na vinda do Papa
vi uma “crente” enfezada.
.
Na vinda do santo padre,
saíram só pra zombar,
portando faixa, cartazes,
com insultos a gritar.
A polícia vendo aquilo
acabou com o fuá.
.
Evangélico é conhecido
pelos atos de pilhéria
contra a Igreja Católica
que é Una, Santa e Séria.
Veja só como é que age
Essa gente deletéria:
.
É na frente da Paróquia
que seu culto é marcado,
edificam em solo alheio,
onde Cristo foi pregado, ..........(Rm 15, 20)
elevam a autoestima
praticando esse atentado.
.

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Solidariedade muçulmana aos cristãos iraquianos perseguidos




Durante um programa de entrevistas, o apresentador de TV Nahi Mahdi foi às lágrimas pela situação dos cristãos iraquianos perseguidos, e chorou ao vivo.

Os cristãos no Iraque, estão sofrendo uma das maiores perseguição nas últimas décadas pelos extremistas do grupo Estado Islâmico (ISIS, na sigla em inglês) – vale lembrar que as ações do grupo têm sido amplamente rechaçadas por diversas nações de tradição muçulmana.

Nahi Mahdi lamentou a postura dos extremistas do ISIS e disse não compreender o motivo que os levou a agredir os cristãos. “Eles são a nossa própria carne e sangue”, afirmou. “Alguns deles foram para a Suécia ou a Alemanha… Quem é que [os extremistas do ISIS] pensam que são para expulsar nossos compatriotas?”, questionou o apresentador, demonstrando indignação.

Patriarca Católico pede que muçulmanos condenem publicamente o extremismo religioso no Iraque




“Nós esperamos que vocês expressem abertamente sua rejeição e sua condenação ao extremismo religioso violento, porque distorce a religião”, é o apelo que o Patriarca de Babilônia dos Caldeus, Louis Raphael Sako I, fez na mensagem de felicitações dirigida aos muçulmanos iraquianos por ocasião da festividade islâmica do Eid Al-Adha, “Festa do Sacrifício”, que se celebra em diferentes países de 4 a 7 de outubro.

Na mensagem, difundida pela agência vaticana Fides, o Primaz da Igreja Caldeia pede a Deus que “proteja” os muçulmanos e “preserve o nosso país de todo mal”, acrescentando várias considerações sobre os trágicos momentos vividos pelo Iraque.

“Nós, cristãos iraquianos – lê-se no texto da mensagem – somos um componente genuíno e essencial no Iraque. Queremos estar com vocês como companheiros e trabalhar juntos como uma equipe para o progresso de nosso país e o bem do nosso povo".

Família é escola de humanidade, diz Papa na vigília pelo Sínodo



 HOMILIA Santa Missa de abertura da 3ª Assembleia
Geral Extraordinária do Sínodo dos Bispos Basílica Vaticana Domingo, 5 de outubro de 2014

Nas leituras de hoje, é usada a imagem da vinha do Senhor tanto pelo profeta Isaías como pelo Evangelho. A vinha do Senhor é o seu «sonho», o projecto que Ele cultiva com todo o seu amor, como um agricultor cuida do seu vinhedo. A videira é uma planta que requer muitos cuidados!

O «sonho» de Deus é o seu povo: Ele plantou-o e cultiva-o, com amor paciente e fiel, para se tornar um povo santo, um povo que produza muitos e bons frutos de justiça.

Mas, tanto na antiga profecia como na parábola de Jesus, o sonho de Deus fica frustrado. Isaías diz que a vinha, tão amada e cuidada, «produziu agraços» (5, 2.4), enquanto Deus «esperava a justiça, e eis que só há injustiça; esperava a rectidão, e eis que só há lamentações» (5, 7). Por sua vez, no Evangelho, são os agricultores que arruínam o projecto do Senhor: não trabalham para o Senhor, mas só pensam nos seus interesses.

Através da sua parábola, Jesus dirige-se aos sumos sacerdotes e aos anciãos do povo, isto é, aos «sábios», à classe dirigente. Foi a eles, de modo particular, que Deus confiou o seu «sonho», isto é, o seu povo, para que o cultivem, cuidem dele e o guardem dos animais selvagens. Esta é a tarefa dos líderes do povo: cultivar a vinha com liberdade, criatividade e diligência.

Mas Jesus diz que aqueles agricultores se apoderaram da vinha; pela sua ganância e soberba, querem fazer dela aquilo que lhes apetece e, assim, tiram a Deus a possibilidade de realizar o seu sonho a respeito do povo que Ele escolheu.

A tentação da ganância está sempre presente. Encontramo-la também na grande profecia de Ezequiel sobre os pastores (cf. cap. 34), comentada por Santo Agostinho num famoso Discurso que lemos, ainda nestes dias, na Liturgia das Horas. Ganância de dinheiro e de poder. E, para saciar esta ganância, os maus pastores carregam sobre os ombros do povo pesos insuportáveis, que eles próprios não põem nem um dedo para os deslocar (cf. Mt 23, 4).