domingo, 22 de fevereiro de 2015

Na Quaresma, entramos no deserto e lutamos contra o mal


ANGELUS
Praça São Pedro – Vaticano
Domingo, 22 de fevereiro de 2015

“Queridos irmãs e irmãs

Quarta-feira passada, com o rito das Cinzas, teve início a Quaresma e hoje é o primeiro Domingo deste tempo litúrgico que faz referência aos quarenta dias que Jesus passou no deserto, após o Batismo no Rio Jordão. São Marcos escreve no Evangelho de hoje: “O Espírito levou Jesus para o deserto. E ele ficou no deserto durante quarenta dias, e aí foi tentado por Satanás. Vivia entre animais selvagens, e os anjos o serviam”

Com estas breves palavras o evangelista descreve a prova enfrentada voluntariamente por Jesus, antes de iniciar sua missão messiânica. É uma prova da qual o Senhor sai vitorioso e que o prepara a anunciar o Evangelho do Reino de Deus. Ele, naqueles quarenta dias de solidão, enfrentou satanás “corpo a corpo”, desmascarou as suas tentações e o venceu. E nele todos vencemos, mas nós devemos proteger esta vitória no nosso dia a dia.

A Igreja nos faz recordar tal mistério no início da Quaresma, porque isto nos dá a perspectiva e o sentido deste tempo, que é o tempo do combate – na Quaresma se deve combater – um tempo de combate espiritual contra o espírito do mal. E enquanto atravessamos o deserto quaresmal, nós temos o olhar dirigido à Páscoa, que é a vitória definitiva de Jesus contra o Maligno, contra o pecado e contra a morte. Eis então o significado deste primeiro Domingo da Quaresma: colocar-nos decididamente no caminho de Jesus, o caminho que conduz à vida. Olhar Jesus, o que fez Jesus e seguir com Ele.

A Rede Globo e o Espiritismo


A Rede Globo investe pesado na difusão do espiritismo em sua programação. Na teledramaturgia da emissora as figuras do mundo católico como padres, freiras e devotos são apresentados de forma esteriotipada e ridicularizada, bem diferente da retratação dos personagens espíritas.

Em dias que se fala tanto contra o preconceito, poderíamos nos perguntar o porquê do preconceito contra a Igreja Católica e de seus membros à emissora carioca. Por que favorecer o espiritismo e ridicularizar, algumas vezes, personagens do mundo cristão?  O pior de tudo é a confusão  – talvez com um propósito – que fazem acerca do tema, pretendendo associar o espiritismo à fé católica, levando ao público a ideia de que se trate de duas realidades conciliáveis, quando não o são.

As manchetes sobre a próxima novela espírita da globo fazem questão de explicitar que a autora é católica. Denominam essa vertente de espiritismo cristão. A Igreja Católica não reconhece tal ligação e não permite ao católico frequentar sessões mediúnicas ou ter como fonte de doutrinamento a filosofia espírita. Quem queira assim agir que o faça sem a alcunha de católico, isto é uma opção, entanto, reafirmando o pensamento, para quem escolheu ser católico não lhe é permitido um adendo religioso.

A investida da emissora na divulgação do espiritismo  não é ocasional ou sazonal, parece fazer parte da ideologia do grupo, dada a  frequência que aparecem na programação, no decorrer dos anos. A Sra. Lily Marinho, viúva de Roberto Marinho, se diz católica, mas desde a década de 60 é espírita.

Por que cobrir as imagens nas Igrejas com véus roxos durante a Quaresma?


Do ponto de vista espiritual, o costume da velatio foi interpretado como sinal da penitência à qual todos os fiéis são chamados como sinal da antecipação do luto da Igreja pela morte do seu Esposo e da humilhação de Cristo, que teve de esconder-se para escapar da ameaça de morte. (Cf.: Jo 8,59).

O motivo principal para a orientação de COBRIR AS IMAGENS NAS IGREJAS, COM VÉUS ROXOS, é para que os fiéis não "se distraiam" com os Santos e que a sua devoção deve estar fundamentada no Mistério Pascal de Cristo, ou seja, na Sua paixão, morte e ressurreição.

Assim, cobrindo-se todas as imagens dos Santos e os crucifixos, surge com maior evidência o que há de essencial nas igrejas: o altar, onde se opera e atualiza o Mistério Pascal de Cristo, por seu Sacrifício incruento.


sábado, 21 de fevereiro de 2015

"Não se pode fazer ofertas à Igreja e ser injusto com seus funcionários", diz Papa.


Os cristãos, especialmente durante a Quaresma, são chamados a viver coerentemente o amor a Deus e o amor ao próximo, recordou o Santo Padre durante a homilia desta manhã em Santa Marta. Por outro lado, o Papa advertiu aqueles que mandam um cheque para a igreja, mas são injustos com seus funcionários.

O povo se lamenta diante do Senhor por não ouvir seus jejuns. Assim, o Papa comentou o trecho de Isaías, da primeira leitura de hoje, enfatizando a necessidade de distinguir entre "o formal e o real". Para o Senhor "não adianta jejuar, não comer carne" e depois "brigar ou explorar os trabalhadores".  Por isso Jesus condenou os fariseus, porque eles faziam "muitas observações exteriores, mas sem a verdade do coração".

Portanto, o jejum que Jesus quer é o que desfaz as cadeias da injustiça, liberta os oprimidos, veste quem está nu, faz justiça. "Este é o verdadeiro jejum, o jejum não é apenas exterior, mas deve vir do coração", explicou o Papa.

Além disso, Francisco afirmou que "nas tábuas da lei há o preceito em relação a Deus, em relação ao próximo e os dois estão juntos”. Alguém pode dizer: “Mas, não, eu cumpro os três primeiros mandamentos... e os outros mais ou menos. Não, se não cumpre estes, não pode cumprir aqueles, e se cumpre este, deve cumprir aquele. Estão unidos: o amor a Deus e o amor ao próximo são uma unidade e se quiser fazer penitência, real e não formal deve fazê-la diante de Deus e também com o seu irmão, com o próximo”.

E, como diz o apóstolo Tiago, você pode ter muita fé, mas se não realiza obras, é inútil. Por isso, o Papa advertiu que se alguém vai à missa todos os domingos e comunga, pode-se perguntar "como é a sua relação com seus funcionários? Os paga de maneira irregular? Dá a eles um salário justo? Paga também as taxas para a aposentaria? Para a assistência de saúde?”

A este respeito, o Santo Padre alertou sobre esses homens e mulheres de fé que dividem as tábuas da lei: “'Sim, sim, eu faço isso'. Mas você dá esmolas? Sim, sim, sempre mando um cheque para a Igreja. Mas na tua Igreja, na tua casa, com quem depende de você é generoso, é justo? Não se pode fazer ofertas à Igreja e pelas costas, ser injusto com seus funcionários. Este é um pecado gravíssimo, usar Deus para cobrir a injustiça ", alertou. 

Bispos do Centro-Oeste manifestam preocupação com situação de famílias em Corumbá


Nota do Regional Centro Oeste
sobre a ocupação Fazenda Santa Mônica - Corumbá–GO

A justiça e a paz se abraçarão” (Cf. Sl 85, 10)

A Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz do Regional Centro Oeste da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), reunida em Goiânia no dia 19 de fevereiro de 2015, manifesta sua preocupação com a situação do Acampamento Dom Tomás Balduíno, localizado na fazenda Santa Mônica, em Corumbá – GO, onde mais de 3 mil famílias, há cinco meses moram e produzem.

O anseio das famílias é que aquele latifúndio que, das egundo informações veiculadas na impressa, compreende mais de 90 propriedades, totalizando cerca de 20 mil hectares, seja adquirido pelo Governo Federal e destinado à reforma agrária.

Há uma ordem de despejo das famílias para o dia 25 de fevereiro próximo, sentenciada pelo juiz Dr. Levine Raja Gabaglia Artiaga, da Comarca de Corumbá. Caso esse procedimento seja realizado, a Comissão entende que existe grande risco de uma nova tragédia ocorrer, a exemplo de Corumbiara - RO, em 1995, Eldorado dos Carajás - PA, em 1996, e o Parque Oeste, em Goiânia - GO, no ano de 2005, uma vez que as famílias não têm para onde ir e colocaram seus poucos recursos na produção agrícola em aproximadamente duzentos hectares de terra, produção esta que somente estará pronta para colheita em julho deste ano. 

O sacerdote é um ministro não um showman, diz o Papa Francisco.


Recuperar a fascinação pela beleza é o central do ars celebrandi, da arte de celebrar, afirmou o Papa Francisco na manhã desta quinta-feira no tradicional encontro com o clero romano na Sala Paulo VI que durou cerca de duas horas.

Embora o Vaticano ainda não tenha divulgado a íntegra do diálogo do Santo Padre com os sacerdotes, o jornal Avvenire da Conferência Episcopal Italiana adiantou alguns extratos deste importante encontro.

Diante de centenas de presbíteros, o Santo Padre pediu “recuperar o assombro” tanto de quem celebra como do povo. “Precisa-se entrar em uma atmosfera espontânea, normal, religiosa, mas não artificial, e assim se recupera um pouco o assombro, aquilo que se sente durante o encontro com Deus”, informou Avvenire.

Assim, “quando encontramos o Senhor na oração sentimos este estupor, quando não rezamos formalmente temos o sentimento do encontro, o assombro, aquilo que escutaram os apóstolos quando foram convidados, o estupor atrai e te deixa em contemplação, isso é importante, e contra o estupor vai tudo aquilo que é artificial”.

O Pontífice explicou que “se deve rezar diante de Deus com a comunidade”. Assim, “quando encontramos padres que celebram de maneira sofisticada, artificial, ou com gestos um pouco... ou que abusam um pouco dos gestos, não é fácil que se dê este estupor ou esta capacidade de fazer entrar no mistério”.

“Celebrar é entrar e fazer entrar no mistério, é simples mas é assim, se eu for excessivamente rígido, não faço entrar no mistério... e se for um 'showman', o protagonista da celebração, não faço entrar no mistério, temos assim os dois extremos”.

Também sobre a maneira de celebrar, o Papa indicou que o sacerdote, “com a sua atitude faz com que o Senhor provoque”. 

Homem acorda depois de passar 12 anos em ‘estado vegetativo’. Ele revela: ‘eu tinha consciência de tudo’.


Martin Pistorius odeia Barney. Não é de admirar. Por 12 anos, enquanto ele estava num coma que os médicos descreveram como “estado vegetativo”, enfermeiras tocavam incessantes reprises de Barney – pensando que ele não podia ver ou escutar nada – enquanto ele permanecia sentado e amarrado à sua cadeira de rodas.

Mas Martin não era o “vegetal” que os médicos diziam que ele era. Na verdade, ele podia ver e escutar tudo.

“Eu sequer posso dizer a você o quanto odiava Barney”, ele disse recentemente ao NPR. Na década de 1980, Martin era um típico jovem ativo sul-africano. Porém, quando tinha 12 anos, foi acometido por uma doença que deixou os médicos desconcertados, e que eventualmente resultou na perda da capacidade de movimentar os membros, de fazer contato visual e, finalmente, de falar.

Seus pais, Rodney e Joan Pistorius, foram informados de que ele era um “vegetal” e que o melhor que eles poderiam fazer seria levá-lo para casa e mantê-lo confortável até que ele morresse.

Mas o jovem continuou a viver, apesar do diagnóstico.

“Martin simplesmente persistia, persistia”, disse a mãe dele.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Guarda Suíça: Estamos preparados para defender o Papa Francisco do Estado Islâmico


Christoph Graf tem 54 anos, é casado e tem dois filhos. É o novo comandante da Guarda Suíça Pontifícia, que tradicionalmente protege o Santo Padre, e afirma que diante da possível ameaça dos terroristas do Estado Islâmico “estamos preparados para intervir”.

Em uma entrevista concedida ao jornal italiano Il Giornale e publicada em 18 de fevereiro, Graf explica que diante das recentes ameaças dos extremistas muçulmanos no Oriente Médio, que assinalaram que agora querem “ir a Roma”, “pedimos aos guardas que estejam mais atentos, observem bem a movimentação das pessoas. Não podemos fazer mais”.

“O que aconteceu em Paris pode acontecer aqui e não se pode prevenir sem um serviço de inteligência que tenha informação precisa”. “Estamos preparados para intervir. Nossa tarefa é a segurança e estamos bem organizados como os guardas. Estamos preparados se acontecer alguma coisa”, explica Graf.

Sobre a sua designação, o comandante da Guarda Suíça afirma que “o Papa me perguntou se estava disponível e poderia ter dito que não. Mas acho que esta é uma missão e respondi que ‘sim’, porque vejo um projeto do Senhor. Sei que há várias cruzes para carregar (risadas), mas confio na ajuda de Deus”.

Ao ser perguntado sobre se o Santo Padre tem medo de alguma coisa, o comandante da Guarda Suíça afirma que “acho que o Papa não tem medo de nada. É só olhar o que ele faz, ama a proximidade com as pessoas. Pode acontecer qualquer coisa, mas se vê que não tem medo”.