Foto referencial Angela Marie via Flickr CCBY20 |
O confessionário é um dos lugares mais privados e
privilegiados do mundo. Assim, quando uma jornalista italiana violou o segredo
de confissão após fingir confessar-se com vários sacerdotes, o Arcebispo de
Bologna (Itália) denunciou a sua “grave falta de respeito” a todos os
católicos.
Laura Alari escreve para o jornal italiano
Quotidiano Nazionale, que tem a sua sede em Bologna. É autora de uma série de
quatro artigos no jornal que revelam as respostas de alguns sacerdotes quando
ela se aproximou deles fingindo querer confessar-se.
Alari foi à confissão várias vezes, inventando
estar passando por diversas situações complicadas: fingiu ser uma mãe lésbica
que pedia para batizar a sua filha; em outra ocasião uma mulher que convivia
com uma companheira do mesmo sexo; e também uma mulher divorciada recasada pelo
civil que comunga todos os domingos.
Em 11 de março, o Arcebispo de Bologna, Cardeal
Carlo Caffarra, respondeu em um comunicado que “com desconcerto pelo incidente
e com uma alma ferida por uma tristeza profunda, quero reiterar que estes
artigos constituem objetivamente uma falta grave contra a verdade da Confissão,
um sacramento da fé cristã”.
O Arcebispo assinalou que os artigos de Alari
“mostram uma grave falta de respeito aos fiéis que buscam a confissão como um
dos bens mais preciosos, já que abre os dons da misericórdia de Deus; e (uma
falta de respeito) aos confessores, ao expô-los à dúvida de um possível erro, o
que pode alterar a liberdade de julgamento que se baseia em uma relação de
confiança com o penitente, como a que existe entre um pai e um filho”.