quarta-feira, 17 de junho de 2015

Papa orienta como lidar com o luto na família


PAPA FRANCISCO
AUDIÊNCIA GERAL

Quarta-feira, 17 de Junho de 2015

Todas as famílias, sem exceção, devem lidar com a experiência da morte. A morte faz parte da vida, mas quando se dá na família, é muito difícil vê-la como algo natural. Pensemos nos pais que vivem a desoladora experiência de ter de enterrar seus filhos, ou nas crianças que ficam órfãs: algo difícil de explicar, pelo que há quem chegue até a culpar a Deus. O pecado faz com que esta realidade seja ainda mais dolorosa e injusta. Jesus nos ensina a não temer a morte, mas também a vivenciá-la de forma humana. Ele mesmo chorou e ficou turbado ao compartilhar o luto de uma família querida. Entre os cristãos, há muitas famílias que dão um belo testemunho de que a fé na Ressurreição é fonte de força e consolação. Protege-nos tanto do niilismo como das falsas consolações supersticiosas e nos confirma que a morte não tem a última palavra. Realmente, quando uma família de luto encontra forças para perseverar na fé e no amor que une as pessoas caras, experimenta-se que o amor é mais forte que a morte. 

Um homossexual pode se confessar normalmente?


Com certa frequência, em nossa relação com Deus, surgem sentimentos de indignidade frente a Ele. A sensação imediata é a de estar diante da majestade de um amor incompreensível pela grandeza e perfeição que possui. Nossa pequenez, miséria, mas sobretudo o peso dos nossos pecados fazem que abaixemos a cabeça para repetir, uma e outra vez, como o publicano que orava no templo: "Senhor, tem piedade de mim, pecador".

Não é de se estranhar, então, que tal sentimento se torne mais evidente e profundo naqueles momentos em que, conscientes e verdadeiramente contritos, nós nos aproximamos do sacramento da Confissão para dizer ao Pai do céu: "Senhor, pequei, tem misericórdia de mim".

Mas o que acontece se, junto a estes pecados cotidianos, se une uma condição sexual de caráter particular e muitas vezes desprezada pelas pessoas? Como agir como penitentes e confessores diante de quem se reconhece como homossexual e, acreditando firmemente na misericórdia do Senhor, quer recebê-lo com todo o coração e toda a alma?

Acima de tudo, a verdade; mas não só a epistemológica, senão também a existencial. Dizer as coisas com clareza, entendendo o que se é, sem desprezo nem humilhação por tal condição. É importante reconhecer que a condição de filho de Deus não se perde pela orientação sexual, dado que tudo aquilo que passa pela nossa natureza humana foi assumido pela morte de Jesus na cruz. 

terça-feira, 16 de junho de 2015

Vaticano pede mais moderação no sinal da paz na Missa


CONFERÊNCIA EPISCOPAL ESPANHOLA

JOSÉ MARÍA GIL TAMAYO
SECRETÁRIO GERAL

Madrid, 28 de julho de 2014

Aos senhores bispos membros da Conferência Episcopal Espanhola

Eminência/Excelência:

Com a data de 12 de julho, o Sr. Cardeal D. Antonio Cañizares Llovera, Prefeito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, remeteu uma carta ao Presidente da Conferência Episcopal, sobre a questão levantada na sequência dos debates do Sínodo dos bispos sobre a Eucaristia (2005; Propositio 23) na questão da oportunidade ou não do “sinal” da paz, no modo e o momento que se encontra hoje no Ordinário da Missa. Também, o Santo Padre Bento XVI, na exortação apostólica pós-sinodal Sacramentum caritatis (22 de fevereiro de 2007), no nº 49 (com a nota n. 150), convidava as congregações competentes a estudar a questão.

Por sua parte a Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, empreendeu a tarefa começando por tomar em consideração os pareceres das diversas Conferências Episcopais do mundo, que, com ampla maioria, pronunciaram-se a favor de manter o “rito” e “sinal” da paz no lugar que hoje tem no Ordinário da Missa, por motivo de considerá-lo uma característica do Rito romano e por não crer que seja conveniente para os fiéis introduzir mudanças estruturais na Celebração Eucarística, no momento. 

A esse respeito, o Sr. Cardeal Cañizares roga que se faça chegar a todos os senhores bispos a presente “Carta Circular: O significado ritual do Dom da Paz na Missa”, fruto deste trabalho e de consultas aos Sumos Pontífices Bento XVI e Francisco.

No mesmo tempo que cumpro com esta incumbência, aproveito a ocasião para manifestar-lhe minha consideração e apreço no Senhor,

José María Gil Tamayo
Secretário Geral da Conferência Episcopal Espanhola

Bispos do regional Leste 2 divulgam nota sobre Planos Municipais de Educação


NOTA DA CNBB SOBRE OS 
PLANOS MUNICIPAIS DE EDUCAÇÃO


Os (Arce)bispos do Regional Leste 2 da CNBB - Minas Gerais e Espírito Santo, considerando a importância da elaboração e votação dos Planos Municipais de Educação, manifestam as seguintes ponderações:

1. A definição de diretrizes e planos para a educação há de ter como pressuposto antropológico uma visão integral do ser humano, fundamentada nos valores humanos, éticos e cristãos, identidade histórica do povo brasileiro.

2. Na elaboração dos Planos Municipais e Estaduais de Educação, devem participar todos os educadores, incluídos os pais como os primeiros responsáveis pela educação de seus filhos. Para isso deveriam ser organizadas iniciativas, tais como conferências e audiências públicas, que antecipem as votações em cada município, quando especialmente as famílias sejam ouvidas em suas expectativas quanto ao modelo de educação.

3. Em muitos municípios, este processo está ocorrendo sem a participação dos principais interessados, pais e educadores. A não participação da sociedade civil na escolha do modelo de educação fere o direito das famílias de definir as bases e as diretrizes da educação que desejam oferecer a seus filhos.

4. O Plano Municipal de Educação deve, entre tantos aspectos, considerar o controle do investimento financeiro do município para a educação; a garantia de capacitação dos docentes; a garantia de infraestrutura de cada unidade escolar; mecanismos colegiados para acompanhamento da aplicação das diretrizes da educação. 

Polónia - Grande Novena de Fátima prepara centenário


Em 2017 vamos celebrar o centenário das Aparições em Fátima. O Secretariado de Fátima – um dos importantes centros de pesquisa e de divulgação da mensagem da Virgem Maria da Cova da Iria, que funciona no Santuário de Nossa Senhora de Fátima em Zakopane/Polónia – convidou, por esta razão, o clero e os fiéis da Igreja Católica polaca para se prepararem em comum para este importante evento por via da participação na Grande Novena de 9 anos, que começou no dia 13 de Maio de 2009 e que terminará no dia 13 de Maio de 2017.

A ideia da Novena foi abençoada por Sua Eminência o Cardeal D. Stanislaw Dziwisz, Arcebispo Metropolitano de Cracóvia, aprovada pelo Santuário de Fátima e pelo Instituto Mariano de Regensburg/ Alemanha. Praticamente todas as dioceses polacas aceitaram e estão a espalhar nas suas paróquias o convite para participação na Grande Novena de Fátima. Os sacerdotes e os leigos do Canadá, Estados Unidos, Noruega e Hungria declararam também a sua associação à iniciativa.

Cada ano será consagrado a um dos fundamentais conteúdos da mensagem de Fátima. Durante a Novena procurar-se-á reflectir sobre os mais urgentes apelos que Deus dirige a todos nós, através do Imaculado Coração de Maria. 

segunda-feira, 15 de junho de 2015

Fogo destrói a Basílica de São Donatien na França


Um grande incêndio irrompeu na Basílica Saint Donatien em Nantes, na França.

O fogo, que tem sido supostamente em andamento desde 10:30am demoliu três quartos do telhado da Basílica e continua a ser enfrentado pelos serviços de emergência.



Noventa bombeiros e aviões foram mobilizados, mas as chamas rapidamente devastaram a cobertura deixando apenas uma casca do último piso. O incêndio foi controlado após várias horas.

“O fogo começou logo após missa matinal e os que estavam dentro do edifício foram rapidamente evacuados”, disse o Rev. Benoit Bertrand da diocese Nantes à televisão local.

Homilética: 12º Domingo Comum - Ano B: "A Tempestade Acalmada"


As leituras de hoje nos convidam a deixar nossos lugares costumeiros, a perder o medo e partir para a outra margem. Enquanto estivermos dando demasiada atenção aos nossos problemas pessoais (à semelhança de Jó), não teremos abertura para evangelizar o mundo. O mundo parece estar no caos, as ondas se lançam contra a barca, mas Deus está no controle; é necessário arriscar-se em direção ao novo.

Aventurar-se a sair do ambiente judaico foi o desafio das comunidades do final do primeiro século de nossa era. Após a morte de Jesus, em tempos de conflito, perseguições e medo, e contra aqueles que queriam fechar-se num gueto, alguns cristãos sabiam que o evangelho deveria ser anunciado ao mundo inteiro e deram início a uma ousada marcha de saída de si.

Por isso, assegura-nos o apóstolo que as coisas velhas passaram, temos de nos renovar. Vamos abrir as janelas da Igreja para que o vento do Espírito Santo remova todo o mofo que ali se acumulou, como diria o papa João XXIII. 

No Evangelho (Mc 4, 35-41) São Marcos narra que Jesus estava com os Apóstolos na barca e aproveitou esses momentos para descansar, depois de um dia particularmente intenso de pregação. Era noite. Jesus dormia. Quando ninguém esperava, começou uma ventania muito forte e as ondas se lançavam dentro da barca, ficando quase cheia de água. Cheios de medo, os discípulos acordaram Jesus, que com uma simples ordem acalma aquele temporal. Gritaram: Mestre, estamos perecendo e tu não te importas? E Jesus: “Silêncio! Cala-te!”. O vento cessou e houve uma grande calmaria.

Às vezes, a tempestade está em nosso coração. O mar de Tiberíades era pequeno, apenas um lago, contudo lá se armou uma grande tempestade! Tentações, desânimos, rebeliões: tudo parece abater-se sobre nós. Salvai-me, ó Deus, porque as águas me vão submergir (Sl 69, 2). É o momento de despertar a fé que o Evangelho nos propõe: Por que sois tão medrosos? Ainda não tendes fé? É o momento de despertar Jesus que dorme em nossa mesma barca e dizer-lhe: “Senhor, não te importas que esteja para afundar?”. Procurar o diálogo com Ele na oração; procura-lo a qualquer custo. Hoje, Ele também espera este grito para se levantar e agraciar-nos a nós e a sua Igreja com aquela grande bonança que não significa o fim de toda dificuldade e de toda contradição, mas antes a paz e a certeza também no meio das contradições.

O Senhor nunca nos deixará sós. Devemos aproximar-nos dele e dize-lhe a todo momento, com a confiança de quem o tomou por Mestre, de quem quer segui-lo sem nenhuma condição: Senhor, não me largues! E passaremos as tribulações junto dele, e as tempestades deixarão de inquietar-nos.

As tribulações, as tempestades…, devemos aproveitá-las para purificar a intenção, para estar mais unidos ao Mestre, para nos fortalecermos na fé. Recorda-nos Santo Agostinho: “Cristão, na tua nave dorme Cristo, desperta-o, que Ele admoestará a tempestade e far-se-á a calma”. Tudo é para nosso proveito e para o bem das almas. Por isso, basta-nos estar na companhia do Senhor para nos sentirmos seguros. A inquietação, o medo e a covardia nascem quando a nossa oração murcha. Deus sabe bem tudo o que se passa conosco. E se for necessário, admoestará os ventos e o mar, e far-se-á uma grande bonança. E também nós ficaremos maravilhados, como os Apóstolos.

“O episódio da tempestade acalmada, cuja recordação deve ter devolvido muitas vezes a serenidade aos Apóstolos no meio das suas lutas e das dificuldades, serve também a cada alma para nunca perder o ponto de mira sobrenatural: a vida do cristão é comparável a uma barca: Assim como a nave que atravessa o mar, comenta Santo Afonso Maria de Ligório, está sujeito a milhares de perigos, corsários, incêndios, escolhos e tempestades, assim o homem se vê assaltado na vida por milhares de perigos, de tentações, ocasiões de pecar, escândalos, ou maus conselhos dos homens, respeitos humanos e sobretudo pelas paixões desordenadas. Não por isto há que desconfiar nem desesperar-se. Pelo contrário, quando alguém se vê assaltado por uma paixão incontrolada, ponha os meios humanos para evitar as ocasiões e apoie-se em Deus: no furor da tempestade não deixa o marinheiro de olhar para a estrela cuja claridade o terá de guiar para o porto. De igual modo nesta vida temos sempre de ter os olhos fixos em Deus, que é o Único que nos há de livrar de tais perigos”.

Data fixa para celebrar a Páscoa com todos os cristãos


O Papa Francisco, durante um encontro que teve lugar no sábado (12), em Roma, com alguns sacerdotes reunidos para o III Retiro Mundial, manifestou a intenção de fixar uma data para celebrar a Páscoa com todos os cristãos. Assim, todos os fiéis que seguem Jesus poderiam comemorar juntos.

Desde a época de Paulo VI (1963-1978), a Igreja Católica está disposta a estabelecer uma data específica e renunciar o primeiro solstício após a lua cheia de março, pelo qual é estabelecido a data da Páscoa. E sobre isso, afirmou Francisco, "temos de pôr-nos de acordo".

Na catedral de Roma, a Basílica de São João de Latrão, o Papa disse: "A solução mais definitiva seria uma data fixa, por exemplo, imaginemos o segundo domingo de abril”.

O Santo Padre, falando espontaneamente em espanhol, disse que a situação atual é um escândalo: "Quando o seu Cristo ressuscita? O meu hoje, o seu na próxima semana", indicou com certa ironia, revelando a existência de contatos com o Patriarca Bartolomeu de Constantinopla e Cirilo de Moscou, para chegar a um entendimento.