Na vida humana, sinais e símbolos ocupam um lugar
importante. Sendo o homem um ser ao mesmo tempo corporal e espiritual, exprime
e percebe as realidades espirituais por meio de sinais e de símbolos
materiais.
O sonho de Jacó Gn 28,10-22 |
Como ser social, o homem precisa de sinais e de
símbolos para comunicar-se com os outros, pela linguagem, por gestos, por
ações. Vale o mesmo para sua relação com Deus. Assim, os sonhos são
interpretados pelos homens como símbolos, sinais, que podem conter uma mensagem
do mundo espiritual ou do inconsciente.
Deus pode revelar o futuro a seus profetas ou a
outros santos. E também usou e usa de sonhos para isso. Todavia, a atitude
cristã correta consiste em entregar-se com confiança nas mãos da providência no
que tange ao futuro, e em abandonar toda curiosidade doentia a este
respeito. A imprevidência pode ser uma falta de responsabilidade.
Para a Igreja, todas as formas de adivinhação hão
de ser rejeitadas: recurso a Satanás ou aos demônios, evocação dos mortos ou
outras práticas que erroneamente se supõe "descobrir" o futuro.
A consulta aos horóscopos, a astrologia, a
quiromancia, a interpretação de presságios e da sorte, os fenômenos de visão, o
recurso a médiuns escondem uma vontade de poder sobre o tempo, sobre a história
e, finalmente, sobre os homens, ao mesmo tempo que um desejo de ganhar para si
os poderes ocultos. Essas práticas contradizem a honra e o respeito que,
unidos ao amoroso temor, devemos exclusivamente a Deus.