Maria recebeu de Deus graças especiais e a missão
específica de dar à humanidade o Salvador. Ela acolheu com fé e confiança a
vontade do Pai, aderiu ao seu projeto salvífico e cumpriu fielmente esse
encargo. Por meio dela, portanto, “veio a salvação, a força e o reino de nosso Deus
e o poder de seu Cristo” (Ap 12,10).
No evangelho, ecoa a resposta de Maria ao amor de
Deus: quer nas palavras de Isabel, a exaltar a grande fé com que a mãe de Jesus
aderiu ao projeto divino, quer nas palavras da própria Virgem, que prorrompe
num cântico de louvor ao Altíssimo pelas grandes coisas nela realizadas.
Maria não tem o olhar sobre si, a não ser para
ressaltar sua pequenez. Eleva ao Senhor a sua expressão de gratidão,
engrandecendo-lhe a bondade e a misericórdia, a obra e o poder em favor dos
pequenos, dos humildes, dos pobres. Entre esses se inclui Nossa Senhora mesma,
com extrema simplicidade. Sua resposta ao imenso amor de Deus, que a escolheu
entre todas as mulheres para ser a mãe do seu Filho, é análoga à que deu ao
anjo: “Eis aqui a escrava do Senhor” (Lc 1,38). Para Maria, ser escrava
significa estar totalmente aberta, disponível para Deus: que ele faça dela o
que quiser. Assim o cântico do Magnificat manifesta a gratidão de Nossa Senhora
a Deus por ele ter valorizado os pequenos.
Maria louva e agradece ao Senhor pelas graças dele
recebidas. Cada um de nós também recebeu, com certeza, bênçãos e graças da
parte dele… Será que paramos uns instantes para louvá-lo pelo que realiza em
nossa vida?
A boa notícia de hoje nos relata dois encontros: um
físico (Maria com Isabel) e outro espiritual (Jesus com João Batista). Maria
vai ao encontro de Isabel para servi-la. A sublime lição desse evento é que,
quando tomamos a iniciativa de visitar, ajudar e servir os irmãos e irmãs que
precisam de nós, sempre acontece nosso encontro espiritual com Deus, pois ele
se faz presente na pessoa do pobre, do humilde, do pequeno e necessitado. A
obediência de Nossa Senhora à vontade divina, a sensibilidade que ela sempre
demonstrou para com os outros (lembremos as bodas de Caná e a já citada visita
à Isabel, idosa e grávida, para servi-la…) valeram-lhe a vida eterna.
Aprendamos dela o jeito de assumir com
responsabilidade nossos compromissos cristãos, para herdar a felicidade eterna.
Pe. Gilbert Mika Alemick, SSP
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Paulus, O Domingo
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