domingo, 7 de fevereiro de 2016

Amar a Deus pelo que Ele É


O verdadeiro amor a Deus só existe quando é gratuito, desinteressado; por puro desejo de agradar a Deus.

Jesus disse a seus discípulos na noite da última Ceia: “Se me amais guardareis os meus mandamentos” (João 14,15). E no Sermão da Montanha alertou: “Nem todo aquele que me diz: Senhor, Senhor, entrará no Reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus” (Mateus 7,21).

Em outra ocasião Jesus disse a todos, algo que os quatro evangelistas narram de modos diferentes: ”Se alguém quer vir após mim, renegue-se a si mesmo, tome a sua cruz a cada dia e siga-me; porque, quem quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; mas, quem sacrificar a sua vida por amor de mim, salvá-la-á” (Lucas 9,23; Mt 16,24; Mc 8,34; Jo 12,25).

Essas passagens mostram que Jesus nunca prometeu riquezas, fortunas, prazer, honra, glória e outras coisas terrenas para o cristão; ao contrário, no Sermão da Montanha deixou bem claro: “Entrai pela porta estreita…” (Mateus 7,14).

Não sei com que base bíblica inventaram uma tal “teologia da prosperidade”, que outros chamam de “teologia da compensação”, “teologia da retribuição”, mas que na verdade é um “teologia de barganha”; uma triste troca de favores com Deus. Faz-se Deus de pronto-socorro; de banco, vai-se no bolso do Pai, como um filho interesseiro. Não se busca a sua glória, a edificação da Igreja e a salvação das almas. É o maior desvirtuamento que já vi do Evangelho, e que está causando escândalo.

O verdadeiro amor a Deus só existe quando é gratuito, desinteressado; por puro desejo de agradar a Deus. Quando Satanás se apresentou diante de Deus e o desafiou dizendo que Jó o renegaria e blasfemaria, se Deus lhe retirasse as bênçãos: sua família numerosa, seus bens, seu gado, etc., na verdade queria provar para Deus que ninguém seria capaz de amá-Lo gratuitamente. “É a troco de nada que Jó teme a Deus? Mas estende a tua mão e toca em tudo o que ele possui; juro-te que te amaldiçoará na tua face” (Jó 1, 9-11). Assim, de certa forma, Satanás estaria se justificando por ter se revoltado contra Deus. “Se ninguém te ama sem recompensa, então, eu estou justificado”.

Com a autorização de Deus, Satanás fez de tudo para que Jó blasfemasse contra Deus. Jó perdeu seus bens, seus filhos, seu gado, etc; mas não pecou: “Nu saí do ventre de minha mãe, nu voltarei. O Senhor deu o Senhor tirou: bendito seja o nome do Senhor! Em tudo isso, Jó não cometeu pecado algum, nem proferiu contra Deus blasfêmia alguma” (Jó 1,21-22).

Por fim Satanás pediu a Deus autorização para tirar a saúde de Jó, o que foi feito, ficando com uma lepra da cabeça aos pés; mas Jó continuou firme. Sua mulher desesperou-se e blasfemou: “Persistes ainda em tua integridade? Amaldiçoa a Deus, e morre!” (2.9). Mas Jó foi fiel até o fim e deu a resposta da fé à esposa: “Aceitamos a felicidade da mão de Deus; não devemos também aceitar a infelicidade? Em tudo isso, Jó não pecou por palavras” (2,10). 

São Ricardo, rei e confessor


No século V, a rainha da Inglaterra meridional era Sexburga, que mais tarde se tornou abadessa e uma santa da Igreja Católica. Ela teve três filhos e duas filhas.

O filho do meio, Ricardo, se tornou provisoriamente o rei da Inglaterra por causa da morte prematura do irmão mais velho. Neste cargo reinou alguns anos.

Quando o sobrinho alcançou a idade de assumir o trono, Ricardo deixou o palácio e foi morar num mosteiro junto com dois filhos ainda adolescentes. No ano de 720 empreenderam uma romaria até a cidade eterna, Roma.

Atravessaram toda a França, mas quando chegaram na cidade de Luca, a viagem teve de ser interrompida porque Ricardo ficou doente e acabou falecendo. Os milagres foram acontecendo em seu túmulo e o local se tornou uma rota de devoção para os cristãos, que o chamavam de "rei santo".

ORAÇÃO


Deus de misericórdia, derramai sobre nós a graça santificante que nos permite contemplar sua face, e concedei-nos, pelos méritos de são Ricardo, o ânimo para evangelizar os mais sofredores. Por Cristo nosso Senhor. Amém.

sábado, 6 de fevereiro de 2016

Papa pede que rezem pelos Bispos


No dia 22 de janeiro deste ano, o Santo Padre ao celebrar sua missa matinal na Capela Santa Marta, no Vaticano, fez uma importante reflexão, falando do Evangelho do dia, que foi o de Mc 3, 13-19. Este Evangelho narra a escolha dos Doze Apóstolos por parte de Jesus: o Senhor os escolhe: “para que estejam com Ele e para enviá-los a pregar com poder de expulsar os demônios”. O Papa afirma: “Os Doze são os primeiros Bispos. O Papa fala da eleição de Matias. Este, depois da traição e morte de Judas Iscariotes, foi eleito. Diante dessa realidade, disse o Papa: “ali foi a primeira ordenação episcopal da Igreja”. 

Os Apóstolos formam as doze colunas da Igreja. Os Bispos são os sucessores dos Apóstolos e são chamados a serem testemunhas da Ressurreição de Jesus.  Quanto a isso, disse o Papa Francisco: “nós bispos temos esta responsabilidade de ser testemunhas: testemunhas que o Senhor Jesus está vivo, que o Senhor Jesus ressuscitou, que o Senhor Jesus caminha conosco, que o Senhor Jesus nos salva, que o Senhor Jesus deu a sua vida por nós, que o Senhor Jesus é a nossa esperança, que o Senhor Jesus nos acolhe sempre e nos perdoa. O testemunho. A nossa vida deve ser isto: um testemunho. Um verdadeiro testemunho da Ressurreição de Cristo”. 

Segundo o Papa Francisco, os Bispos possuem duas tarefas específicas: Sua primeira tarefa é rezar e a segunda tarefa do Bispo é ser testemunha, isto é, pregar. O Bispo deve pregar a salvação que o Senhor Jesus nos deixou. Duas tarefas não fáceis, mas são propriamente essas duas tarefas que fortificam as colunas da Igreja. Se esses pilares são deixados de lado, a oração e o anunciar o Evangelho para o Bispo se ocupar de outras coisas, a Igreja se enfraquece e sofre. Com isso, o povo de Deus também sofre porque os seus pilares estão fracos. 

Pela 1ª vez líderes das Igrejas católica e ortodoxa russa se encontrarão


No próximo dia 12 de fevereiro, o papa Francisco fará uma escala em sua viagem apostólica ao México: ele desembarcará em Cuba, país que, na ocasião, estará recebendo a visita do patriarca ortodoxo russo, Cirilo I, ou Kirill, seu nome em russo que, às vezes, também é mantido em português.

O papa e o patriarca terão uma conversa privada no aeroporto internacional de Havana e, em seguida, assinarão uma declaração conjunta.

O pe. Federico Lombardi, porta-voz da Santa Sé, anunciou hoje (5) o encontro entre os líderes das Igrejas católica e ortodoxa russa destacando que “será o primeiro na história e marcará uma etapa importante nas relações entre as duas Igrejas”.

Católicos e ortodoxos, prosseguiu Lombardi, veem neste gesto “um sinal de esperança para todos os homens de boa vontade”. Ao encerrar o anúncio, o porta-voz vaticano pediu que todos os cristãos rezem com fervor “para que Deus abençoe este encontro e o faça produzir bons frutos”. 

Ativista homossexual defende confeitaria cristã denunciada pelo lobby gay


O ativista britânico Peter Tatchell expressou repetidamente seu apoio ao matrimônio e à agenda gay. Entretanto, recentemente manifestou-se em defesa de uma confeitaria cristã perseguida judicialmente na Irlanda do Norte pelo lobby gay por negar-se a preparar uma torta que celebrava as uniões homossexuais.

Em 2014, Tatchell celebrou a condenação contra a confeitaria Ashers em Belfast (Irlanda do Norte), a qual foi acusada de “discriminação” porque seu administrador, Daniel McArthur, e sua esposa, Amy, se recusaram a preparar uma torta com a frase “Apoio o Matrimônio Gay”, solicitada por Gareth Lee. Dois anos depois, o ativista mudou de opinião radicalmente e assegura que seu motivo foi a defesa da liberdade.

“Assim como quero defender a comunidade gay, também quero defender a liberdade de consciência, expressão e religião”, escreveu o ativista em um artigo publicado pelo jornal britânico ‘The Guardian’, no dia 1º de fevereiro.

“A corte se equivocou ao penalizar a confeitaria Ashers e eu errei ao apoiar sua decisão”, lamentou.

Embora Tatchell continue defendendo o matrimônio gay e acredite que a denúncia contra a confeitaria foi um ataque bem-intencionado contra a homofobia, considera que a acusação legal contra Ashers foi “muito além do que deveria ser”.

Depois de muita consideração, o ativista acredita que Ashers simplesmente estava atuando conforme o seu direito à liberdade religiosa, não por intolerância política, como a sentença da corte expressou.

O “pedido da torta foi recusado não porque a pessoa que fez o pedido era gay, mas pela frase solicitada. Não há evidência de que sua sexualidade foi a razão pela qual Ashers rechaçou seu pedido”, disse Tatchell.

Esta sentença contra a confeitaria “é um precedente preocupante”, advertiu. 

Parlamento Europeu qualifica como genocídio perseguição de cristãos na Síria e Iraque


O Parlamento Europeu aprovou ontem (4), por unanimidade uma resolução na qual assegura que o grupo terrorista Estado Islâmico (ISIS ou Daesh) “está perpetrando um genocídio contra cristãos, yazidíes e outras minorias religiosas e étnicas” na Síria e no Iraque.

A resolução foi apresentada e apoiada por membros de todos os grupos do Parlamento Europeu e nela se expressa a “terminante condenação do denominado Daesh e de suas cruéis violações dos direitos humanos, que constituem crimes contra a humanidade e crimes de guerra, nos termos do Estatuto de Roma da Corte Penal Internacional, e que o Conselho de Segurança de Nações Unidas deve tomar medidas para que estes sejam reconhecidos como genocídio”.

Segundo declarou ao Grupo ACI, a eurodeputada Teresa Jiménez Becerril do grupo parlamentário Popular, há mais de um ano apresentaram uma resolução a respeito da situação que as minorias étnicas e religiosas vivem no Meio Oriente.

Nesta ocasião quiseram dar um grande passo e através da qualificação de genocídio recordam que os terroristas islâmicos “estão exterminando (os cristãos e outras minorias). Porque se não pagarem os impostos ou não se convertem, são assassinados ou exilados”.

No mesmo documento, recordam que os estados membros das Nações Unidas têm a obrigação legal de proibir todo tipo de ajuda ao ISIS, sobretudo o fornecimento de armas e ajuda financeira, inclusive o comércio ilegal de petróleo e exige que se caracterize este tipo de ajuda como delito em seu Direito nacional.

Do mesmo modo, os eurodeputados insistem às autoridades dos países que apoiam, colaboram ou financiam de qualquer modo estes crimes contra a humanidade, que “ponham fim a esta conduta inaceitável que está causando um dano enorme às sociedades do Iraque e da Síria e está desestabilizando gravemente os países vizinhos, a paz e a segurança internacionais”. 

Deputado católico ecoa na Câmara repúdio da CNBB ao aborto


O deputado Flavinho (PSB/SP) discursou na Câmara Federal em nome dos milhões de brasileiros contrário ao assassinato de bebês no ventre de suas mães. Grupos defensores do  aborto tentam apresentar o crime como opção para as crianças microcéfalas. Flavinho embasou sua fala na nota emitida pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil contra o aborto. 

“Eu venho à Tribuna da Câmara para ecoar a voz dos bispos do Brasil “, disse o deputado antes de ler a nota da CNBB que diz em um trecho: “O estado de alerta [Sobre o Zika Vírus] , contudo, não deve nos levar ao pânico, como se estivéssemos diante de uma situação invencível, apesar de sua extrema gravidade. Tampouco justifica defender o aborto para os casos de microcefalia como, lamentavelmente, propõem determinados grupos que se organizam para levar a questão ao Supremo Tribunal Federal num total desrespeito ao dom da vida”.

Ao final da leitura o deputado foi taxativo com ação permanente e oportunista dos defensores da morte. “Esses assassinos insistem em querer implementar em nosso país políticas públicas a partir deste Governo atual , que é o maior promotor para que o aborto seja implantado em nosso país através da Secretaria das Mulheres , Secretaria de Direitos Humanos e dos seus deputados que atuam nesta casa. Querem implantar o aborto no nosso Brasil”. 

Os pecados dos padres


Consideremos o castigo, que tem de ser proporcional à gravidade do seu pecado. S. João Crisóstomo tem por condenado o padre que no tempo do seu sacerdócio comete um só pecado mortal: "Se pecardes como particular, será menor o vosso castigo; se pecais no sacerdócio, estais perdido".

São em verdade terríveis as ameaças, que o SENHOR profere pela boca de Jeremias contra os padres que pecam: "Estão manchados o profeta e o sacerdote, e Eu encontrei na minha casa a iniquidade deles, diz o SENHOR. Por isso o seu caminho será como um atalho escorregadio e coberto de trevas; hão de impeli-los, e cairão".

Que esperança de vida poderíeis dar a quem caminhasse à borda dum precipício, em terreno escorregadio e às escuras, sem ver onde punha os pés, e ao mesmo tempo impelido fortemente para o abismo por seus inimigos? Tal é o estado desgraçado a que se encontra reduzido o padre que comete um pecado mortal.

Lubricum in tenebris, – derrapando no escuro. – Pecando, o padre perde a Luz e cai nas trevas. Mais lhes valeria, assegura S. Pedro, não ter conhecido o caminho da justiça, do que voltar atrás depois de o haver conhecido. Oh, sem dúvida, mais valeria a um padre que peca ser antes um camponês ignorante, que nunca tivesse compreendido coisa alguma; porque depois de tantos conhecimentos adquiridos, – por meio dos livros que leu, pelos oradores sagrados que ouviu, pelos diretores que teve, – depois de tantas luzes recebidas de Deus, o des-graçado calcar aos pés todas as graças, pecando, e merecer que as luzes recebidas só sirvam para o tornar mais cego e impenitente.

A maior ciência, diz S. Crisóstomo, dá lugar a mais severo castigo; se o pastor cometer os mesmos pecados que as suas ovelhas, não receberá o mesmo castigo, porém uma pena muito mais dura. Um padre cometerá o mesmo pecado que os seculares, mas sofrerá um castigo muito maior, permanecerá mais profundamente cego que todos os outros; será punido conforme o anúncio do Profeta: Que vendo não o vejam, e ouvindo não compreendam!

É o que a experiência deixa ver, diz o autor da Obra imperfeita: Um secular, depois de pecar, facilmente se arrepende. Se assiste a uma Missa, se ouve um sermão enérgico sobre alguma verdade eterna, – malícia do pecado, certeza da morte, rigor do juízo de Deus, penas do inferno, – entra facilmente em si e volta-se para Deus; porque estas verdades, como coisas novas, tocam-no e penetram-no de temor. Mas, quando um padre há calcado aos pés a Graça de Deus, com todas as luzes e conhecimentos recebidos, que impressão podem fazer ainda nele as verdades eternas e as ameaças das divinas Escrituras? Tudo quanto encerra a Escritura, continua o mesmo autor, é para ele uma coisa gasto de pouco valor; porque as coisas mais terríveis que lá se encontram, por terem sido muito lidas, já não causam impressão. Donde conclui que nada mais impossível que a emenda de quem sabe tudo e ainda assim peca sem temor.

Quanto maior é a dignidade dos padres, diz S. Jerônimo, tanto maior é a sua ruína, se num tal estado chegam a abandonar a Deus. Quanto mais alto é o posto em que Deus os colocou, diz S. Bernardo, tanto mais funesta será a sua queda. Quando se cai em plano, diz Sto Ambrósio, raro se experimenta grande mal; mas cair de alto não é só cair, é precipitar-se, e a queda será mortal.