domingo, 6 de março de 2016

5 sinais de que somos iguais aos fariseus


“Jesus veio para colocar uma prostituta acima de um fariseu, um ladrão arrependido acima de um sumo sacerdote e um filho pródigo acima do seu irmão exemplar. A todos os impostores que diziam não poder aderir à Igreja porque ela não era santa o suficiente, Ele perguntaria: ‘Que grau de santidade a Igreja precisa ter para receber vocês?’” - Fulton J. Sheen

Com frequência, as pessoas falam dos fariseus como se eles fossem apenas um exemplo histórico do que não fazer. Como se eles fossem algo alheio a nós. Na maioria das vezes em que as pessoas falam dos fariseus, elas estão, na prática, falando como eles:

“Graças a Deus, eu não sou como aquela gente!”.

Sim, é óbvio que Jesus não considera essas pessoas apenas como exemplos do que não fazer. É por algum motivo que Ele está tantas vezes perto dos fariseus. Ele vai às casas deles. Come sua comida. Passa tempo com eles. Responde às suas perguntas.

Jesus ama os fariseus.

São Paulo era fariseu. Ele é a maior prova de que o zelo mal orientado e a escrupulosidade podem ser redirecionados para um zelo genuíno de evangelização e santidade.

A crítica de Jesus ao comportamento dos fariseus é profunda. Se vamos à igreja, se conhecemos a nossa fé e se colocamos Deus em primeiro lugar, então estamos em perigo de nos comportarmos como fariseus (*). Aliás, podemos estar certos de que vamos agir como eles num momento ou em outro.

Se tentarmos reconhecer quando o nosso comportamento é semelhante ao deles no negativo, podemos tornar-nos cristãos com a intensidade de Paulo, encorajada por Jesus.

Com isso em mente, aqui vão 5 sinais de um fariseu de qualquer época, inclusive desta, com base nas Escrituras:

1. Fermento de discórdia

Jesus nos alerta: “Tenham cuidado com o fermento dos fariseus” (Mc 8,15).

A fermentação começa devagar, mas toma conta do pão inteiro. Uma das conotações da palavra fermentar é a de “incitar ou agitar”. Quando nos comportamos como os fariseus, incitamos a discórdia entre os fiéis. Muitas vezes, temos boas intenções, mas… As nossas ações incitam o “nós e eles”? Apontamos o dedo não para o pecado, mas para o pecador? Não nos disponibilizamos a ajudar, mas execramos quem não atende ao “nosso padrão de qualidade”? Então precisamos tomar cuidado.

2. “Eles o estavam vigiando”

Há uma passagem do Evangelho em que Jesus caminha por um campo com seus discípulos no sábado e os discípulos pegam espigas porque estão com fome. Surgem de repente fariseus e imediatamente acusam Jesus, porque os seus discípulos estão violando o sábado (Mc 2, 23-24).

De onde caíram esses fariseus? Estavam escondidos no meio do campo? Os esforços que os fariseus fazem para encontrar algo de errado em Jesus e nos seus seguidores chegam verdadeiramente ao absurdo. Algumas variações da frase “eles o estavam vigiando” são encontradas diversas vezes nos Evangelhos. Jesus se ocupa curando, fazendo milagres e pregando o Reino de Deus. Enquanto isso, os olhos dos fariseus estão sempre sobre Ele, mas não para aprender e dialogar, e sim para encontrar nele as mínimas coisas em que Ele esteja “errado”.

Tendemos a passar batido por todas as coisas boas e ir direito para o detalhe que não achamos bom. Tornamo-nos fariseus quando estamos sempre focados na crítica e na condenação. Nada é bom o suficiente para um fariseu. Nada merece alegria – a não ser a queda dos outros. 

Santa Rosa de Viterbo


Santa Rosa de Viterbo, que lembramos neste dia, muito cedo começou a externar atitudes extraordinárias e coragem e amor ao Senhor.

Nasceu em Viterbo, em 1233, de uma família pobre e humilde. A sua história nos conta que quando tinha apenas três anos fez preces a Jesus para que revivesse uma tia e foi atendida.

Com sete anos, Rosa pegou uma forte doença que foi meio para começar sua vida de consagração. Diz-se que Nossa Senhora apareceu a ela restituindo a saúde e chamando a total entrega de vida.

Santa Rosa, antes mesmo de ter idade suficiente, resolveu vestir um hábito franciscano, já que sua meta era entrar na Ordem de Santa Clara de Assis. Menina cheia do Espírito Santo, Rosa enfrentou os hereges cátaros, que semeavam a rejeição às autoridades. O próprio Imperador da Alemanha, que protegia os hereges, foi questionado pela jovem Rosa. Sua atitude contra o imperador, fez com que a menina fosse banida da cidade, mas ela não abandonou sua fé e continuou profetizando, até o imperador morreu.

Rosa voltou, então, como heroína para Viterbo e mesmo sem ser aceita com dezesseis anos pelas Irmãs Clarissas, Santa Rosa perseverou no caminho da santidade até pegar uma doenças que a levou com dezoito anos para a Eterna Morada de Deus. 

ORAÇÃO


Deus Pai de bondade, pelo exemplo de Santa Rosa, comunicaste aos cristãos o desejo de vos servir e vos amar acima de todas as coisas. Dai aos corações sinceros a graça de conhecer-vos e propagar o vosso amor. Por Cristo nosso Senhor. Amém!

sábado, 5 de março de 2016

O pai misericordioso e seus dois filhos


Estimados Diocesanos! No texto do Evangelho narrado por São Lucas, capítulo 15, temos a parábola do pai e seus dois filhos, conhecida também como a história do filho pródigo. Geralmente, nos comovemos pela situação de abandono em que se encontra o filho mais novo, depois de ter desperdiçado a herança recebida do seu pai antes do tempo. Digo antes do tempo, porque era considerado um gesto indelicado por parte de um filho pedir ao pai parte da herança, enquanto ele ainda estava em vida. Mas diante do pedido do filho mais novo, o pai, silenciosamente, acolhe a sua solicitação, lhe dá parte da herança e vê o filho afastar-se da sua casa. Glória, decadência e miséria acompanharão a vida do filho mais novo. Ele percebe que o retorno à casa do pai é condição para recuperar a sua dignidade de vida. Ansiosamente, com evidente apreensão, o pai estava à sua espera. Quando ainda estava longe de casa, seu pai o avistou e sentiu compaixão. Correu-lhe ao encontro, abraçou-o e cobriu-o de beijos. O coração do pai se alegra, propõe uma festa para celebrar o retorno do filho que tinha recebido a herança e partido sem dar notícias, “estava morto”, porque tinha renunciado à sua dignidade de filho.

A alegria que transbordava do coração do pai não contagiou o coração do filho mais velho. Não só, mas decide não entrar na casa do pai, mesmo quando este sai ao seu encontro e insiste para que entre e participe da festa. O filho mais velho se lamenta do comportamento misericordioso do pai e é indiferente à vida do seu irmão: “Quando chegou esse teu filho...” (Lc 15,30), fala como alguém que não reconhece o seu irmão. 

Bispo Militar da Austrália é declarado inocente de acusações de abusos sexuais


A Corte do Distrito da Austrália Ocidental recentemente declarou inocente Dom Max Leroy Davis, Bispo Militar da Austrália, frente às acusações de abusos sexuais contra menores atribuídas a ele.

Dom Davis enfrentava as denúncias desde junho de 2014. Foi acusado pela polícia local por ter abusado de um menor de 13 anos na escola St. Benedict em 1969, dois anos antes de ser ordenado sacerdote. Outras acusações vinculavam-no com incidentes ocorridos na mesma escola até 1972.

O processo judicial foi realizado entre os dias 8 e 15 de fevereiro de 2016.

A Diocese Católica das Forças de Defesa Australianas (o exército do país) confirmou por meio de um comunicado difundido no dia 15 de fevereiro que “o Bispo Max David, da Diocese Católica das Forças de Defesa Australianas, foi declarado inocente de todas as acusações”.

Desde que surgiram as acusações, o prelado australiano defendeu sua inocência e, inclusive, durante o julgamento, revelaram que o Bispo havia denunciado ante as autoridades da escola um religioso – hoje falecido –, depois de receber distintas acusações feitas pelos estudantes. 

Homilia no funeral do Juiz Antonin Scalia, da Suprema Corte dos Estados Unidos da América.


Nós estamos reunidos aqui por causa de um homem. Um homem pessoalmente conhecido por muitos de nós, e que por muitos outros é conhecido apenas pela reputação; um homem amado por muitos, repudiado por muitos; um homem de muitas controvérsias, e de grande compaixão. Este homem, obviamente, é Jesus de Nazaré.

É ele que nós professamos: Jesus Cristo, Filho do Pai, nascido da Virgem Maria, crucificado, morto, ressuscitado, sentado à direita do Pai. É por causa dele, por causa da Sua vida, morte e ressurreição que nós não choramos como aqueles que não têm nenhuma esperança, mas confiantemente recomendamos Antonin Scalia à misericórdia de Deus.

A Escritura diz que “Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje e amanhã”. E isto estabelece um bom roteiro para os nossos pensamentos e preces aqui hoje. Portanto, olhamos em três direções: para o passado, em ação de graças. Para o presente, em súplica. E para a eternidade, em esperança.

Olhamos para Jesus Cristo ontem – quer dizer, no passado – em gratidão pelas bênçãos que Deus derramou sobre papai. Na última semana, muitos rememoraram o que papai fez por eles, mas hoje, aqui, lembramos o que Deus fez por papai; como Ele o abençoou. Nós damos graças, em primeiro lugar, pela morte expiadora e pela ressurreição vivificadora de Jesus Cristo. Nosso Senhor morreu e ressuscitou não apenas por todos nós, mas também por cada um de nós. E, agora, nós olhamos para esse ontem de Sua morte e Ressurreição, e agradecemos que ele tenha morrido e ressuscitado por papai. Além disso, agradecemos que Jesus tenha dado a ele uma vida nova no batismo, que o tenha alimentado com a Eucaristia e o tenha curado com a confissão. Agradecemos que Jesus lhe tenha concedido 55 anos de matrimônio com a mulher que ele amou – uma mulher que o completou em cada passo, e que o manteve responsável.

Deus abençoou papai com uma profunda fé católica — a convicção de que a presença e o poder de Cristo continua no mundo de hoje através do Seu corpo que é a Igreja. Ele amava a coerência e a clareza do Magistério da Igreja. Ele amava as cerimônias eclesiais, em especial a beleza de seu culto ancestral. Ele acreditava no poder dos Sacramentos como os meios de salvação – como o Cristo trabalhando em seu interior pela sua salvação.

Embora, uma vez, num sábado à tarde, ele tenha ralhado comigo por ter ouvido confissões naquela tarde, naquele mesmo dia. E eu espero que seja uma fonte de consolação (se houver algum jurista aqui presente) que o colarinho romano nunca tenha sido um escudo contra suas críticas. O assunto, naquela tarde, não era que eu estivesse ouvindo confissões, mas que ele tivesse ido parar na minha fila do confessionário. E ele rapidamente se retirou: “sem chance de que eu me confesse com você!”. O sentimento era recíproco.

Deus abençoou papai, como se sabe, com um amor pelo seu país. Ele sabia muito bem quão apertada fora a fundação de nossa nação. E ele enxergava nessa fundação como os próprios fundadores também achavam, uma bênção. Uma bênção logo desperdiçada quando a fé foi banida do espaço público, ou quando nos recusamos a levá-la até ali. Assim, ele compreendeu que não havia nenhum conflito entre amar a Deus e amar o próprio país, entre a própria fé da pessoa e o seu serviço público. Papai compreendeu que quão mais profundo ele chegasse em sua fé católica, tão melhor cidadão e servidor público ele se tornaria. Deus o abençoou com um desejo de ser o melhor servo para o seu país, porque ele era o melhor servo para Deus. 

1ª Dor de Nossa Senhora: A Profecia de Simeão


Neste vale de lágrimas o homem nasce para chorar. Deve padecer e suportar os males que lhe sobrevêm cada dia. Entretanto, muito mais infeliz seria a vida se cada um soubesse os males futuros que o esperam. Desgraçadíssimo seria aquele a quem tocasse tal sorte, disse Sêneca. Usando de misericórdia conosco, oculta-nos o Senhor as cruzes vindouras. Quer que só uma vez as padeçamos, à hora e momento certos. Não usou entretanto da mesma compaixão com Maria. Destinara-A para ser a Rainha dos mártires e em tudo semelhante a Seu Filho. Devia por isso sofrer continuamente e ter sempre diante dos olhos as penas que A esperavam. E elas eram a Paixão e morte de Seu amado Filho. 

1. Nas palavras de Simeão reconhece Maria, os pormenores da Paixão de Jesus 

Eis que S. Simeão recebe em seus braços o Menino-Deus, e prediz a Maria que aquele Filho seria o objeto das contradições e perseguições dos homens. "Eis aqui está posto este Menino como alvo a que atirará a contradição: e uma espada de dor transpassará até a tua alma" (Lc 2, 34). 

Disse a Virgem a S. Matilde que a esse vaticínio se Lhe mudou toda alegria em tristeza. Efetivamente, como foi revelado a S. Teresa, a bendita Mãe sabia dos sacrifícios que Seu Filho devia fazer da vida para a salvação do mundo. Mas naquele momento, de um modo mais particular e distinto, conheceu as penas e a cruel morte, reservadas a Seu pobre Filho no futuro. Conheceu, então, que o havia de contradizer, e contradizer em tudo: em Sua doutrina, porque, em vez de nEle crerem, O haviam de condenar como blasfemador, por ter dado testemunho da divindade. Pois não disse o ímpio Caifás: Ele blasfemou contra Deus; é réu de morte? (Mt 26,65). Contradizê-lO na hora e na estima, porque, apesar de Sua nobre e real estirpe, O desprezaram como vilão: Porventura não é ele o Filho do carpinteiro? Não é sua mãe essa, que é chamada Maria? (Mt 63, 55). Sendo Ele a própria Sabedoria, foi tratado como ignorante: Como sabe este as letras, não tendo aprendido? (Jo 7, 15). Foi escarnecido como falso profeta: E vendavam-Lhe os olhos, davam-Lhe na face, O interrogavam, dizendo: Adivinha quem foi que te deu? (Lc 22,64). 

Chamavam-nO de louco. Muitos diziam: Perdeu o juízo; por que o estais ouvindo? (Jo 10, 20). Disseram-nO ébrio, glutão, amigo dos vinhos: Eis o homem, glutão, que bebe vinho e faz amizades com publicanos e pecadores (Lc 7, 34). 

Espalharam que era feiticeiro: É pelo príncipe dos demônios que ele expulsa demônios (Mt 10, 34);que era herege e endemoninhado: Não dizemos nós bem que tu és samaritano e que tens um demônio? (Jo 8, 48, 52). Em suma Jesus foi apontado por celerado tão notório, que nem se precisava processo para condená-lO. Pois não disseram os judeus a Pilatos: Se este não fosse malfeitor, não to entregaríamos! (Jo 18,30). Sofreu também contradição na alma. Até o Eterno Pai para satisfazer a justiça divina O contrariou, desatendendo-Lhe o pedido: "Meu Pai, se é possível, passe de mim este cálice" (Mt 26, 39). No excesso de Seu sofrimento, chegou a suar sangue. Contradisseram e perseguiram-nO, enfim, no corpo e na alma. Basta dizer que foi Ele martirizado em todos os Seus membros sagrados: nas mãos, nos pés, no rosto, na cabeça, em todo o corpo, e finalmente morreu consumido pelas dores, já sem sangue e coberto de opróbrios, sobre um madeiro infame.  

Casa infestada de demônios é demolida nos Estados Unidos


No estado de Indiana (Estados Unidos), foi demolida recentemente uma casa que tinha sido infestada por demônios e cujo caso foi centro de investigações por diferentes agências da polícia local desde maio de 2012.

Dois anos depois, em uma reportagem feita pelo jornal Daily Mail, relataram que a família que ocupou tal casa – Latoya Ammons e seus três filhos –, também foi exorcizada em três sessões pelo sacerdote católico Pe. Mike Maginot, autorizado pelo Bispo de Gary (Indiana), Dale Melczek. 

Na história recolhida pelo National Catholic Register, o sacerdote católico assegurou que as possessões demoníacas sofridas pelos menores ocorreram porque a mãe foi vítima de uma maldição satânica, “possivelmente de um ex-namorado”. Acrescentou que “anteriormente tinham praticado rituais satânicos nesta casa, os quais permitiram que fosse aberta uma porta ao inferno”.

A infestação da casa chamou a atenção da mídia internacional depois que policiais, agentes de serviço social e vizinhos deram testemunhos dos inexplicáveis fatos.

Por exemplo, detalharam acerca de acontecimentos estranhos como enxames de moscas negras atacando o pórtico durante o inverno, escutavam o barulho constante de passos na escada do porão e da cozinha quando ninguém estava ali ou viam levitar sobre uma cama, completamente inconsciente, um dos meninos da família.

Segundo o livro Summa Daemoniaca do sacerdote e teólogo especializado em demonologia, Pe. José Antonio Fortea, “a infestação é o fenômeno pelo qual um demônio possui um lugar. Quando o demônio possui um lugar, pode movimentar coisas a vontade ou provocar ruídos ou aromas”. 

Sirvamos a Cristo na pessoa dos pobres


Diz a Escritura: Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia (Mt 5,7). A misericórdia não é certamente a última das bem-aventuranças. Lemos também: Feliz de quem pensa no pobre e no fraco (Sl 40,2). E ainda: Feliz o homem caridoso e prestativo (Sl 111,5). E noutro lugar: O justo é generoso e dá esmola (Sl 36,26). Tornemo-nos dignos destas bênçãos, de sermos chamados misericordiosos e cheios de bondade.

Nem sequer a noite interrompa a tua prática da misericórdia. Não digas: “Vai e depois volta, amanhã te darei o que pedes”. Nada se deve interpor entre a tua resolução e o bem que vais fazer. Só a prática do bem não admite adiamento.

Reparte o teu pão com o faminto, acolhe em tua casa os pobres e peregrinos (Is 58,7), com alegria e presteza. Quem se dedica a obras de misericórdia, diz o Apóstolo, faça-o com alegria (Rm 12,8). Essa presteza e solicitude duplicarão a recompensa da tua dádiva. Mas o que é dado com tristeza e de má vontade não se torna agradável nem é digno.

Devemos alegrar-nos, e não entristecer-nos, quando prestamos algum benefício. Diz a Escritura: Se quebrares as cadeias injustas e desligares as amaras do jugo (Is 58,6), isto é, da avareza e das discriminações, das suspeitas e das murmurações, que acontecerá? A tua recompensa será grande e admirável! Então, brilhará tua luz como a aurora e tua saúde há de recuperar-se mais depressa (Is 58,8). E quem há que não deseje a luz e a saúde?

Por isso, se me julgais digno de alguma atenção, vós, servidores de Cristo, seus irmãos e co-herdeiros, em todas as ocasiões visitemos a Cristo, alimentemos a Cristo, tratemos as feridas de Cristo, vistamos a Cristo, acolhamos a Cristo, honremos a Cristo; não apenas oferecendo-lhe uma refeição, como fizeram alguns, não apenas ungindo-o com perfumes como Maria, não apenas dando-lhe o sepulcro como José de Arimateia, não apenas dando o necessário para o sepultamento como Nicodemos que dava a Cristo só uma parte do seu amor, nem, finalmente, oferecendo ouro, incenso e mira, como fizeram os magos, antes de todos esses. O Senhor do universo quer a misericórdia e não o sacrifício, e a compaixão tem muito maior valor que milhares de cordeiros gordos. Ofereçamos a misericórdia e a compaixão na pessoa dos pobres que hoje na terra são humilhados, de modo que, ao deixarmos este mundo, eles nos recebam nas moradas eternas, juntamente com o próprio Cristo nosso Senhor, a quem seja dada a glória pelos séculos dos séculos. Amém.


Dos Sermões de São Gregório de Nazianzo, bispo

(Oratio 14, De pauperum amore, 38.40:PG 35,907.910)            (Séc.VI)