quinta-feira, 9 de junho de 2016

O leigo deve ser fiel a Cristo e à Igreja


O Catecismo da Igreja, no n. 897, define leigo(a) como “todos os cristãos com exceção dos membros da ordem sacra ou do estado religioso reconhecido pela Igreja, isto é, os fiéis que, incorporados em Cristo pelo Batismo, constituídos em povo de Deus e feitos participantes, a seu modo, da função sacerdotal, profética e real de Cristo, exercem, pela parte que lhes toca, na Igreja e no mundo, a missão de todo o povo cristão”. Ainda o Catecismo, no n. 898, afirma que a “vocação própria dos leigos consiste precisamente em procurar o Reino de Deus ocupando-se das realidades temporais e ordenando-as segundo Deus […]. Pertence-lhes, de modo particular, iluminar e orientar todas as realidades temporais a que estão estreitamente ligados, de tal modo que elas sejam realizadas e prosperem constantemente segundo Cristo, para glória do Criador e Redentor”.

O leigo cristão deve servir, ser instrumento de caridade e de misericórdia para os indivíduos que estão dentro e fora da Igreja. O modelo do leigo é Cristo, aquele que é a “cabeça da Igreja” (Efésios 5, 23) e que foi “obediente até à morte, e morte de cruz” (Filipenses 2, 8).

A princípio, toda essa discussão sobre a missão e vocação do leigo na Igreja deve ser bem conhecida dos movimentos e instituições que representam os leigos cristãos. No entanto, muitas vezes, a realidade é bem diferente. Em muitos ambientes de leigos cristãos reina o espírito da desobediência, da rebelião, da revolução e, por conseguinte, da negação do Evangelho, do Magistério e da Doutrina da Igreja. Com isso, cria-se uma situação conflituosa, pois, de um lado, têm-se movimentos leigos fiéis a Cristo e à Igreja e, do outro lado, grupos e organismos leigos num estado de rebelião contra a caridade e a misericórdia.

Um exemplo dessa situação conflituosa é o manifesto publicado pelo Conselho Nacional do Laicato (CNL), em 1º de junho de 2016, cujo título é “Momento Político Atual”. O manifesto, de uma entidade que oficialmente representa os leigos cristãos no Brasil, e carregado com uma linguagem ideológica, demonstra, mesmo que indiretamente, apoio a um grupo político envolvido com escândalos de corrupção e, o mais grave, rotula de “conservador” e “fundamentalista” os cristãos que nos últimos anos foram às ruas, num gesto profético, criticar a corrupção, clamar por reformas políticas e pela destituição de um governo corrupto.

Letônia: Igreja Evangélica Luterana proíbe ordenação de mulheres.


O sínodo da Igreja evangélica luterana de Letônia votou uma resolução que proíbe a ordenação de mulheres pastoras, rejeitando, assim, uma norma de 1975, anos da dominação soviética.

Para uma mudança tão significativa era necessário alcançar um quorum muito elevado, igual a 75% dos votos. Ao final 77% dos delegados, de fato, aprovaram a emenda que muda a norma original que dizia “qualquer um que, segundo as normas estabelecidas pela Igreja Luterana Letona for chamado por Deus e formado para o ministério, pode procurar a ordenação” por “Todo candidato de sexo masculino que, segundo as normas estabelecidas pela Igreja Luterana Letona for chamado por Deus e formado para o ministério, pode procurar a ordenação”. 201 votos contra 49.

A Federação Luterana Mundial expressou “profunda confusão pela decisão dos irmãos letônios, que corre o risco de comprometer as relações com outros componentes da nossa comunhão e coloca em crise também as relações ecumênicas com outras confissões”.

O sínodo da Igreja evangélica luterana de Letônia votou uma resolução que proíbe a ordenação de mulheres pastoras, rejeitando, assim, uma norma de 1975, anos da dominação soviética.

A conquista de Jericó


Jericó é cercada; é preciso conquistá-la. E como é que Jericó é conquistada? Não se desembainha a espada, nem se arremessa o aríete, nem se lançam dardos; apenas são utilizadas as trombetas dos sacerdotes, e são elas que derrubam as muralhas de Jericó.
Frequentemente se verifica que Jericó é utilizada nas Escrituras como imagem do mundo. Também no Evangelho, o que se conta acerca do homem que descia de Jerusalém para Jericó e caiu nas mãos dos ladrões, era sem dúvida a imagem daquele Adão que foi posto fora do paraíso e colocado no exílio deste mundo. Também os cegos que estavam em Jericó, dos quais Jesus se aproximou para lhes dar a vista, representavam a imagem daqueles que neste mundo eram oprimidos pela cegueira da ignorância e que o Filho de Deus veio socorrer. Portanto, isto é Jericó, quer dizer, este mundo que há de ruir. De facto, o fim do mundo foi já revelado há muito tempo nos livros santos.

Como será feita a sua destruição? Por que meios? Ao som das trombetas, diz a Escritura. Que trombetas? Paulo revela-te o segredo deste mistério. Escuta o que ele diz: Soará a trombeta: os mortos que estão em Cristo ressuscitarão incorruptíveis; e o próprio Senhor, ao sinal dado, à voz do Arcanjo e ao som da trombeta de Deus, descerá do Céu. Portanto, nessa altura, Jesus nosso Senhor vencerá Jericó ao som das trombetas e a sujeitará de tal modo que dela apenas se salvará a mulher pecadora [Raab] e toda a sua casa. Virá, diz ele, Jesus nosso Senhor, e virá ao som das trombetas.

E salvará somente aquela que recebeu os seus exploradores, aquela que recebeu os seus Apóstolos na fé e na obediência e os colocou nos postos mais altos, e associará esta mulher pecadora à casa de Israel. Mas não recordemos nem a acusemos da antiga culpa. Em tempos foi pecadora, mas agora é a virgem casta, desposada com um só Esposo, Cristo. Ouve o que o Apóstolo diz a seu respeito: Eu quis desposar-vos com um só esposo, apresentando-vos a Cristo como virgem pura. Era também descendente dela aquele que dizia: Também nós outrora fomos insensatos, incrédulos, errantes, sujeitos a toda a espécie de desejos e prazeres.

Queres ainda aprender de modo mais explícito como é que a pecadora já não é pecadora? Escuta ainda as palavras de Paulo: Vós éreis de facto assim; mas fostes purificados, fostes santificados no nome de Nosso Senhor Jesus Cristo e do Espírito do nosso Deus. Para que ela pudesse salvar-se e não perecer com Jericó, recebeu dos exploradores um sinal muito valioso, uma corda cor de escarlate: era o sinal do Sangue de Cristo, pelo qual foi salva a Igreja universal no mesmo Jesus Cristo Nosso Senhor, a quem é dada a glória e o poder pelos séculos dos séculos. Amém.


Das Homilias de Orígenes, presbítero, sobre o Livro de Josué(Hom. 6, 4: PG 12, 855-856) (Sec. III)

A dor do luto


A gente sente mesmo quando a dor não é nossa. Sente o aperto e a aflição daqueles que choram pelo seu ente querido. Pelo vendaval que vem e entra de repente levando aos poucos ou rapidamente alguém querido. Um amigo, um colega, um familiar ou um conhecido. Aquele vizinho que víamos passar na rua e nem sabíamos seu nome.

Tudo acontece sem escolher o dia e a hora. Chega e bate na porta deixando tudo escuro e o coração às lagrimas. Tentamos entender mesmo querendo não acreditar, parece um pesadelo irreal.

Tudo é confuso, a medicina, o abraço e as palavras dadas para confortar. Nada é favorável, nem o silencio e nem o grito, nada muda ou refaz o fôlego voltar. Sentimos como crianças perdidas, com medo, frágeis e queremos colo. Acolhemo-nos e analisamos tudo e todos e a música fúnebre nos toca.

O corpo sente, vem dor de cabeça, insônia, angústia, depressão e dores da alma. Tentamos refazer cada segundo e parece que a estrutura acaba ali, o fim é esse. As flores, tudo preparado para o funeral, e a despedida não são agradáveis e aceitáveis. Choramos, as coisas ficam sem significado e palavras não mudam nada.

Tudo fica cinza, horrível, a dor será a companhia de meses. Só Deus e o tempo aliviarão as feridas e aceitação de caminhar sem o outro. Mas jamais nos permitirá esquecer e apagar os momentos vivenciados. 

São José de Anchieta

 
José de Anchieta nasceu no arquipélago das ilhas Canárias no dia 19 de março de 1534. Na puberdade, Anchieta foi enviado à Universidade de Coimbra, em Portugal. Aos 17 anos fez votos como religioso e entrou para a Companhia de Jesus. Aos 18 anos, decide-se pela missão evangelizadora do Novo Mundo e inscreve-se para participar de uma missão no Brasil no ano seguinte. Em Salvador, Anchieta tem sua primeira tarefa: ajudar na organização do Colégio de Jesus. Nesse mesmo ano, Anchieta visita pela primeira vez a aldeia de Reritiba, lugar onde vai encontrar no futuro seu repouso eterno. Anchieta segue para o litoral paulista. Ao tomar contato com a injustiça sofrida pelos nativos, Anchieta se posiciona firmemente a favor dos humilhados e ofendidos indígenas. Em 25 de janeiro de 1554, junto com Manuel de Nóbrega, Anchieta funda outra escola jesuíta, o Colégio Piratininga, núcleo do que mais tarde veio a ser cidade de São Paulo. Em 1556, Anchieta recebe sua ordenação sacerdotal em Salvador, Bahia. Logo depois ele passa um período de tempo em Reritiba, entre os índios puris e tupiniquins. Em 15 de agosto de 1579 a imagem de Nossa Senhora da Assunção, trazida de Portugal é entronizada no Santuário de Reritiba. No dia 9 de julho de 1597, o velho sacerdote morre vítima de um acidente fatal, ao tentar descer a escada da cela para socorrer um índio doente. O frágil e desengonçado adolescente da Espanha tinha se tomado um gigante em terras brasileiras. Era chamado de 'paizinho' pelos indígenas; agora é chamado de "Apóstolo do Brasil" pela CNBB. É um dos pilares da civilização brasileira. 

São José de Anchieta que deixaste vossa pátria, família, parente, para servir a Deus sobre todas as coisas, vós que sofreste a solidão e as dificuldades de um Brasil recém descoberto, e cercastes os índios de cuidados espirituais, peço-vos exatamente por todos os índios que existem na humanidade, para que se sintam amados e protegidos, continuando assim vossa santa missão no mundo. Por Cristo Nosso Senhor. Amém.

quarta-feira, 8 de junho de 2016

Papa explica o "primeiro milagre" de Jesus.


CATEQUESE Praça São Pedro – Vaticano Quarta-feira, 8 de junho de 2016

Queridos irmãos e irmãs, bom dia!

Antes de começar a catequese, gostaria de saudar um grupo de casais que celebram 50 anos de casamento. Isso sim é “o vinho bom” da família! O testemunho de vocês é algo que os recém-casados – que saudarei depois – e os jovens devem aprender. É um belo testemunho. Obrigado pelo testemunho de vocês. Depois de ter comentado algumas parábolas da misericórdia, hoje nos concentramos sobre o primeiro dos milagres de Jesus, que o evangelista João chama de “sinais”, porque Jesus não os fez para suscitar maravilhas, mas para revelar o amor do Pai. O primeiro destes sinais prodigiosos é relatado justamente por João (2, 1-11) e se realiza em Caná da Galileia. Trata-se de uma espécie de “portal de ingresso”, em que são esculpidas palavras e expressões que iluminam todo o mistério de Cristo e abrem o coração dos discípulos. Vejamos algumas.

Na introdução encontramos a expressão “Jesus com os seus discípulos” (v. 2). Aqueles que Jesus chamou para segui-Lo ligou-os a si em uma comunidade e, agora, como uma única família, são convidados todos para as bodas. Dando início ao seu ministério público nas bodas de Caná, Jesus se manifesta como o esposo do povo de Deus, anunciado pelos profetas, e nos revela a profundidade da relação que nos une a Ele: é uma nova Aliança de amor. O que há no fundamento da nossa fé? Um ato de misericórdia com o qual Jesus nos ligou a si. E a vida cristã é a resposta a esse amor, é como a história de dois apaixonados. Deus e o homem se encontram, se buscam, se encontram, se celebram e se amam: justamente como o amado e a amada no Cântico dos Cânticos. Todo o resto é consequência dessa relação. A Igreja é a família de Jesus em que se derrama o seu amor; é este amor que a Igreja protege e quer dar a todos.

México: PRI e Peña Nieto recebem “voto de castigo” por casamento gay


Aproximadamente duas semanas depois que o presidente do México, Enrique Peña Nieto, anunciou medidas para legalizar o casamento gay e a adoção homossexual em todo o país, seu grupo político, Partido Revolucionário Institucional (PRI), sofreu um duro revés eleitoral em 5 de junho. Importantes defensores da família relacionaram a situação como um “voto de castigo”.

No dia 5 de junho, aconteceu no México as eleições para governador em 12 estados. Segundo a contagem preliminar, a espera dos resultados oficiais no dia 8 de junho, o PRI teria perdido as eleições em 7 estados.

O caso foi abordado pela imprensa mexicana como “duro revés” e “domingo negro” para o PRI. Estas eleições, segundo muitos analistas, serviriam de referência para a votação presidencial de 2018.

Na derrota do PRI, indicou ao Grupo ACI o presidente do Conselho Mexicano da Família (ConFamilia), Juan Dabdoub Giacomán, observa-se claramente a influência do “voto de castigo” ao que convocaram os defensores do matrimônio e da família nesse país.

Logo depois de que Peña Nieto anunciou que promoveria uma reforma constitucional a fim de reconhecer o casamento gay em todo o país, assim como modificações no Código Civil Federal para permitir a adoção homossexual, mais de mil organizações se uniram na Frente Nacional pela Família (FNF).

Filipinas: Presidente da CBCP responde com a “virtude do silêncio” às ofensas do presidente eleito no país, Rodrigo Duterte, à Igreja Católica.


Dom Sócrates Villegas, Arcebispo de Lingayen-Dagupan e presidente da Conferência de Bispos Católicos das Filipinas (CBCP), respondeu com a “virtude do silêncio” as ofensas realizadas há alguns dias por Rodrigo Duterte, presidente eleito no país, e rechaçou a “magia negra da vingança”.

Duterte, que ganhou as eleições presidenciais no dia 9 de maio nas Filipinas, qualificou em 20 de maio a Igreja Católica como “a instituição mais hipócrita” e insultou os bispos filipinos: “vocês filhos de p***as, não estão envergonhados? Pedem tantos favores, inclusive a mim”.

O presidente eleito das Filipinas também insultou no passado o Papa Francisco e é conhecido pela sua forma dura de governar como prefeito, por isso foi chamado “O castigador” (The Punisher) pela revista americana Time.

Dom Sócrates Villegas se pronunciou no último dia 5 de junho, segundo informações da página da CBCP, e explicou que sua “linguagem é de paz, a qual rechaça a magia negra da vingança”.

“Minha linguagem é o silêncio, como respeito por aqueles que nos consideram seus inimigos, mas por cujo bem verdadeiramente rezamos e cuja felicidade queremos que se realize”.