quinta-feira, 23 de junho de 2016

Uma vez salvo, sempre salvo?


Eu estava conversando com um colega de trabalho evangélico e ele disse que a Bíblia ensina que uma vez que estamos “salvos”, nunca podemos perder a nossa salvação. Isso é verdade?

Absolutamente não. Na verdade, a Bíblia está cheia de passagens que direta ou indiretamente contradizem essa doutrina de “uma vez salvo, salvo para sempre”. Por exemplo:

Romanos 11,17-23: No entanto, se alguns dos ramos foram arrancados, mas tu, embora sendo oliveira brava, foste enxertado entre eles e te tornaste compartilhador da raiz de untuosidade da oliveira, não exultes sobre os ramos. Se, porém, exultares sobre eles, não és tu que suportas a raiz, mas a raiz [suporta] a ti.  Dirás, então: “Os ramos foram arrancados para que eu fosse enxertado.” Está bem! Foram arrancados por [sua] falta de fé, mas tu estás de pé pela fé. Cessa de ter idéias altivas, mas tem temor. Pois, se Deus não poupou os ramos naturais, tampouco te poupará a ti. Eis, portanto, a benignidade e a severidade de Deus. Para com aqueles que caíram, há severidade, mas para contigo há a benignidade de Deus, desde que permaneças na sua benignidade; senão, tu também serás cortado fora. Eles, também, se não permanecerem na sua falta de fé, serão enxertados; pois Deus é capaz de enxertá-los novamente.

Paulo está falando sobre como veio a salvação aos gentios, enquanto muitos dos judeus rejeitaram-na. E ele deixa muito claro que depois de ter sido enxertado em Cristo, você deve “continuar em Sua bondade,” ou você também pode ser cortado. Assim, mesmo depois de ter sido salvo, você ainda pode ser cortado de Jesus Cristo.

Isto é ainda visto em Gálatas 5,1:

Para tal liberdade [é que] Cristo nos libertou. Portanto, ficai firmes e não vos deixeis restringir novamente num jugo de escravidão.

Se uma vez salvo, salvo para sempre é verdade, então não se pode “enviar de novo” para um “jugo de escravidão”, e a advertência de Paulo não faz sentido.

Mas Paulo continua no versículo 4 a dizer: “Estais apartados de Cristo, quem quer que sejais que tenteis ser declarados justos por meio de lei; decaístes da sua graça”. Paulo está falando aos cristãos gentios que haviam sido erroneamente ensinados pelos judaizantes que eles têm de ser circuncidados e obedecer à Lei mosaica, a fim de ser verdadeiros cristãos. Paulo diz que isso é falso e se submeterem à circuncisão e à antiga lei, estarão “separados de Cristo.” Se uma vez salvo, salvo para sempre é verdade, no entanto, eles não poderiam ser separados de Cristo e, mais uma vez, a advertência de Paulo é sem sentido. 

São José Cafasso

 
José Cafasso nasceu em Asti, na Itália, em 1811. Foi contemporâneo de João Bosco. Ambos trabalharam, na mesma época, em favor do povo e dos menos favorecidos, material e espiritualmente. Era uma figura magra e encurvada devido a uma lesão na coluna. Cafasso dedicava-se à contemplação e a ouvir seus fiéis em confissão, o que acabou levando-o aos cárceres e prisões. Estava determinado a ouvir os criminosos que queriam se confessar e depois consolá-los mesmo fora da confissão. Padre Cafasso freqüentou o curso de teologia de Turim e ordenou-se aos vinte e dois anos. Com sua voz mansa e suave era muito requisitado pelos companheiros de sacerdócio que procuravam os seus conselhos. Padre José, de fato, dedicava grande parte do seu ministério sacerdotal escutando confissões e confidências de todos os que frequentavam a sua igreja, atraídos pelas grandes qualidades humanas de inteligência e de bondade daquele pequeno padre que compreendia os problemas de todos e sabia falar tanto aos doutos como aos simples, às almas devotas como às dissipadas. Antes de morrer, João Cafasso doou tudo o que possuía à João Bosco, para que ele continuasse sua obra no ensino e orientação dos jovens. Morreu jovem, com apenas quarenta e nove anos, no dia 23 de junho de 1860. Declarado santo em 1947, foi declarado o patrono dos encarcerados e dos condenados à pena capital. 

Deus, nosso Pai, pela intercessão de João Cafasso, ensinai-nos a amabilidade, a alegria, o bom humor, pois um semblante amável, alegre e de bem com a vida tem força divina que eleva o ânimo dos que estão abatido e vale mais que mil conselhos e instruções. Por Cristo Nosso Senhor. Amém.

quarta-feira, 22 de junho de 2016

Catedral francesa não foi iluminada com cores da bandeira LGBT



 
A diocese de Orléans, na França, publicou um comunicado no qual denuncia que nunca iluminou a fachada da Catedral de Saint-Croix com as cores da bandeira gay e que a fotografia que circula na internet é uma montagem.

“Trata-se de uma fotomontagem fácil de realizar através de um programa de Photoshop. A cidade de Orléans, que se encarrega de iluminar a catedral, jamais fez a iluminação que aparece nessa foto falsificada”, assinalaram.

Papa assume admiração por Bento XVI em homenagem


O Papa Francisco escreveu o prefácio do livro de homenagem a Bento XVI, no 65.º aniversário da sua ordenação sacerdotal, no qual manifesta admiração pelo exemplo do seu predecessor.

“Ainda antes de ser um grandíssimo teólogo e mestre da fé,vê-se que é um homem que acredita verdadeiramente, que reza verdadeiramente; vê-se que é um homem que personifica a santidade, um homem de paz, um homem de Deus”, assinala.

O texto foi divulgado hoje pela Rádio Vaticano, após publicação no jornal italiano ‘La Repubblica’.

Francisco apresenta o Papa emérito como um exemplo da “Teologia de joelhos”, que valoriza a oração como “fator decisivo” na vida de quem se consagra a Deus.

Bento XVI vai voltar ao palácio apostólico do Vaticano a 28 de junho, para uma cerimónia de homenagem nos seus 65 anos de sacerdócio.

Sacerdote chinês: Em meu país vivemos uma fé em silêncio porque não somos livres.


O Pe. Pedro Liu de origem chinesa, foi ordenado sacerdote há algumas semanas na Catedral de La Almudena em Madri (Espanha). Alguns dias depois, visitou a cidade de Roma com sua família – são cinco irmãos, duas são religiosas – e conseguiram saudar o Papa Francisco, algo que nunca esquecerão.

“Na China eles vivem uma fé em silêncio, mas aqui veem uma Igreja livre, alegre; por isso estão muito contentes, sobretudo de ver o Papa, que abençoou a minha sobrinha. Estamos todos emocionados”, explicou o sacerdote fazendo menção à perseguição que sofre a Igreja Católica em seu país.

“Estou muito contente de servir à Igreja e a minha família veio comigo a Roma para agradecer ao Senhor”, explica ao Grupo ACI. “Participamos da Audiência Geral do Papa e conseguimos saudá-lo porque estivemos muito perto dele”.

Sobre sua vocação, o jovem sacerdote de 33 anos contou: “Em 2003, chegou um grupo de catequistas do Caminho Neocatecumenal na minha cidade e começaram um grupo de catequese”. “Uma religiosa me convidou ao grupo, porque eu estava passando por um momento de crise de fé e minha vida mudou. O Senhor me chamou, me deu a vocação e a confirmou com o tempo”.

Papa: não tenham medo de tocar o pobre e excluído




PAPA FRANCISCO
AUDIÊNCIA GERAL

Praça São Pedro
Quarta-feira, 22 de junho de 2016

«Senhor, se quiseres, podes purificar-me!»: assim falou a Jesus um leproso; um leproso que não se resignava com a sua doença, nem com as normas sociais que faziam dele um excluído: devia manter-se separado, longe de todos. Este homem, porém, viola aquelas normas, entrando na cidade e aproximando-se de Jesus. Na sua súplica, o leproso mostra-se certo de que Jesus tem poder para curá-lo; tudo depende da vontade d’Ele. Profundamente impressionado com a fé daquele homem, o Senhor toca-o e diz-lhe: «Quero, fica purificado!» Quantas vezes encontramos um pobre que se aproxima de nós, conseguimos sentir compaixão e até dar-lhe uma esmola, mas habitualmente não tocamos a sua mão. Esquecemo-nos de que aquele é o corpo de Cristo! Jesus ensina-nos a não ter medo de tocar o pobre e o marginalizado, porque naquela pessoa está Ele próprio. Creio eu nisto ou não? Sim; mas… E começam as desculpas para não nos envolvermos. Tocar o pobre pode purificar-nos da hipocrisia e levar-nos a preocupar-nos com a sua condição. Mas pensemos em nós, nas nossas misérias… com sinceridade. Quantas vezes as cobrimos com a hipocrisia das «boas maneiras». É precisamente então que é preciso estar a sós, ajoelharmo-nos diante de Deus e rezar: «Senhor, se quiseres, podes purificar-me!»

Armênia, primeiro país da história que se reconheceu cristão, se prepara para receber o Papa


A Armênia se prepara para receber no próximo fim de semana, do 24 ao 26 de junho, a visita do Papa Francisco. Este país se considera o “primeiro país cristão” já que no ano 301, graças a São Gregório, o Iluminador, foi o primeiro a tornar o cristianismo religião oficial. Nesta sexta-feira começa, portanto, a 14ª viagem internacional do pontificado de Francisco, e o país de número 22 que visita.

Esta viagem também é considerada a primeira etapa da ‘viagem ao Cáucaso’, cuja segunda parte será do dia 30 de setembro ao 2 de outubro, na Georgia e Azerbaijão. Umas das razões pelas quais a visita aos três países não se pode realizar numa só etapa – explicou o pe. Federico Lombardi, diretor da sala de imprensa da Santa Sé – é porque nestes dias o patriarca de Georgia tinha um compromisso já marcado: estar em Creta no Concílio Pan-ortodoxo.

Na apresentação da viagem aos meios de comunicação, acontecida na manhã de hoje na Sala de Imprensa da Santa Sé, o porta-voz do Vaticano esclareceu que o Santo Padre quer “visitar a comunidade católica” deste país e manifestar “a todo o povo armênio a sua proximidade, amizade e apoio”.

A verdadeira, perfeita e eterna amizade


Jônatas, aquele nobilíssimo jovem, sem atender à sua ascendência real nem à sua futura sucessão no trono, fez um pacto de amizade com David; e, colocando em pé de igualdade o seu amor para com o senhor e o servo, quando este se encontrava fugido de seu pai Saul, escondido no deserto, ameaçado de execução, preferiu-o a si mesmo, humilhando‑se a si e exaltando David: Tu serás rei, disse-lhe, e eu serei o segundo depois de ti.

Oh brilhantíssimo espelho da verdadeira amizade! Palavra admirável! O rei estava furioso contra o seu servo e levantava contra ele todo o país como se fosse um rival do reino; acusa os sacerdotes de traição e manda-os matar por simples suspeita; percorre os bosques, procura pelos vales, ocupa montes e penhascos à mão armada, todos se comprometem a ser os vingadores da indignação real; só Jônatas, o único a poder, com justiça, ter alguma ambição, entendeu que devia resistir ao pai, mostrar-se fiel ao amigo, dar conselho em tão grande adversidade e, preferindo a amizade ao reino, disse: Tu serás rei e eu serei o segundo depois de ti. E repara como o pai do jovem excitava a inveja contra o amigo, insistindo com invectivas, aterrando-o com ameaças de ser expoliado do reino, lembrando-lhe que seria privado das honras.

Mas, quando foi proferida a sentença de morte contra David, Jônatas não abandonou o amigo. Porque há de morrer Davi? Que pecado cometeu? Que mal fez? Arriscou a sua vida pelo rei, matou o filisteu e tu alegraste-te. Porque há de então morrer? Ao ouvir estas palavras, o rei ficou fora de si e tentou cravar Jônatas na parede com a lança, cobrindo-o de insultos e ameaças: Ó filho de mulher perversa e rebelde! Sei que tu o amas para tua perdição e da tua desavergonhada mãe! Depois vomitou todo o seu veneno, intentando manchar o coração do jovem, sem poupar palavras que o excitassem à ambição, à inveja, à rivalidade e à amargura: Enquanto viver o filho de Jessé, o teu reino não estará seguro.

Quem se não demoveria com estas palavras e não se encheria de inveja? A quem não seriam elas capazes de corromper, diminuir e esquecer qualquer amor, benevolência e amizade? Mas aquele jovem, cheio de afeição sincera, fiel ao pacto de amizade, permaneceu forte perante as ameaças e paciente diante dos insultos; renunciou ao reino pela fidelidade para com o amigo, esqueceu a glória, mas não a amizade: Tu serás rei e eu serei o segundo depois de ti. Esta é a verdadeira, perfeita, estável e eterna amizade. Não se deixa corromper pela inveja, não diminui com suspeitas, não se dissolve pela ambição; posta à prova, não cedeu; assaltada, não caiu; batida por tão graves insultos, ficou inflexível; provocado por tantas injúrias, permaneceu imóvel. Então vai e procede de modo semelhante.


Do tratado do Bem-aventurado Aelredo, abade, sobre a amizade espiritual(Livro 3: PL 195, 692-693) (Sec. XII)