PAPA FRANCISCO
AUDIÊNCIA GERAL
Praça São Pedro
Quarta-feira, 22 de junho de 2016
Quarta-feira, 22 de junho de 2016
«Senhor,
se quiseres, podes purificar-me!»: assim falou a Jesus um leproso; um leproso
que não se resignava com a sua doença, nem com as normas sociais que faziam
dele um excluído: devia manter-se separado, longe de todos. Este homem, porém,
viola aquelas normas, entrando na cidade e aproximando-se de Jesus. Na sua
súplica, o leproso mostra-se certo de que Jesus tem poder para curá-lo; tudo
depende da vontade d’Ele. Profundamente impressionado com a fé daquele homem, o
Senhor toca-o e diz-lhe: «Quero, fica purificado!» Quantas vezes encontramos um
pobre que se aproxima de nós, conseguimos sentir compaixão e até dar-lhe uma
esmola, mas habitualmente não tocamos a sua mão. Esquecemo-nos de que aquele é
o corpo de Cristo! Jesus ensina-nos a não ter medo de tocar o pobre e o
marginalizado, porque naquela pessoa está Ele próprio. Creio eu nisto ou não?
Sim; mas… E começam as desculpas para não nos envolvermos. Tocar o pobre pode
purificar-nos da hipocrisia e levar-nos a preocupar-nos com a sua condição. Mas
pensemos em nós, nas nossas misérias… com sinceridade. Quantas vezes as
cobrimos com a hipocrisia das «boas maneiras». É precisamente então que é
preciso estar a sós, ajoelharmo-nos diante de Deus e rezar: «Senhor, se
quiseres, podes purificar-me!»
Queridos
amigos de língua portuguesa, que hoje tomais parte neste Encontro, obrigado
pela vossa presença e sobretudo pelas vossas orações! A todos saúdo,
especialmente aos membros da Comunidade brasileira Doce Mãe de Deus e ao grupo
de Escuteiros de Leiria, encorajando-vos a apostar em ideais grandes de
serviço, que engrandecem o coração e tornam fecundos os vossos
talentos. Sobre vós e vossas famílias desça a Bênção do Senhor!
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Santa Sé
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